Programando o Amor - A Histór...

By IzzieGoes

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Uma jovem determinada, tímida e deslocada. Programadora de jogos e aplicativos em tempo integral, cantora nas... More

Carta aos leitores
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Aviso
Capítulo 30

Capítulo 8

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By IzzieGoes

Que tal começarmos o sábado com um capítulo fresquinho e cheio de errinhos? kkk

@AnaLuciaBruno o capítulo é para você, só porque está de cama.

Antes do capítulo um aviso: a autora agora tem perfil no Face, quem quiser me seguir é só caçar a I.C. Góes (https://www.facebook.com/profile.php?id=100013753088626)

A música de hoje é He needs me, versão da Nina Simone, grande cantora de jazz.

Preocupado em não conhecer ninguém e com isso sentir-se deslocado na tal mostra de arte para a qual foi convidado por Cat, John resolveu levar Spencer, e a nova garota dele, para o encontro com a ruiva. O problema foi entrar na galeria, o segundo andar de um antigo galpão de armazenamento, e dar de cara com um pôster de mais de dois metros de altura, colocado na parede central da galeria. Ali estava uma foto de Catherine, em preto e branco, aparentemente nua, com os cabelos ainda longos, cobrindo os seios, protegendo o sexo, a mulher da foto segurava uma maçã totalmente verde, essa era única outra fonte de cor em todo o quadro, além dos olhos.

John tremia dos pés à cabeça, sorte que Spencer o cutucou, porque a bela modela vinha em sua direção, com um sorriso que demonstrava alegria e surpresa constar que o homem realmente havia comparecido ao evento. "Você veio mesmo, que bom", cumprimentou enquanto o abraçava.

"Oi, sou Spencer amigo do Joe e essa é Liza, uma amiga. É você na foto?", ele apontou com o queixo.

"É, sou", Cat respondeu de maneira seca e nem olhou para a foto. "Queria colocar fogo naquilo, eu agora sou a 'menina apetitosa da maçã', odeio essa foto", falou antes de explicar que a foto foi uma brincadeira com dias amigas da aula de Artes, mas como elas perderam todo o material que usariam na exposição, e era um trabalho que valia nota na faculdade, ela acabou autorizando o uso da imagem.

Pegando a mão de John, o olhar de Cat era como pedisse desculpas por ele a ver tão exposta, o que era uma loucura, já que aquela era apenas a terceira vez que se viam. Porém, sentir ao sentir o toque da ruiva foi como se John saísse do transe em que estava, "Cat, me dê um minuto sim, eu e Spencer vamos lá fora fumar um cigarro e já voltamos", falou John de maneira rápida, meio atropelando as palavras, antes de rebocar Spencer pelo braço até o lado de fora da galeria. "Eu quero aquele pôster, dê um jeito, não quero saber quanto custa, quero o original, a cópia, o cartão de memória, tudo. E quero o fotógrafo morto".

O amigo o olha com um ar de diversão, "Fumar? Deixe-me pensar, a última vez que vi você fumando foi na encarnação passada, não tinha uma desculpa melhor não?"

"É, eu tinha sim: olha Cat desculpe, ? Vou ali fora colocar gelo no meu pau e volto depois que ele voltar ao normal. Acho que você também precisa colocar gelo no seu".

Spencer apenas olha para John e gargalha antes de perguntar, "Ela te fisgou?"

Mais controlado e sabendo o que encontraria, John retorna para o salão e descobre, para seu desgosto, que são várias fotos dela, todas com pouca roupa e tem uma ainda pior, em que Cat está sentada, com as pernas encolhidas, cruzadas, os joelhos cobrindo os seios, os pés tapando o sexo e o cabelo é um ponto focal, o vermelho cobrindo todo o seu corpo. O homem apenas olhou para Spencer que entendeu que teria que comprar toda a exposição e retirar as peças o mais rápido possível.

Ainda constrangida com suas imagens ocupando metade da exposição, Cat levou John por todo o espaço, mostrando as obras e apresentando alguns artistas. Deliberadamente a jovem evitou todas as áreas em que suas fotos estavam expostas.

John aparentava calma, não teceu um único comentário sobre as fotos e pareceu acreditar na explicação que ela ofereceu, mas assim que estivessem sozinhos, ele gostaria de muitos detalhes sobre como, onde e quando ela fez as fotos. As imagens eram lindas, de bom gosto, algumas até mesmo beiravam a inocência, mas sem a menor sombra de dúvida todas exploravam um lado extremamente adulto da mulher. Depois algum tempo conversando e vendo as obras, ele notou como Cat estava incomodada e pouco a vontade com o assédio, coisa que ele entendia bem, afinal o que o atraiu nela foi sua completa espontaneidade, o fato de ela ser tão desligada que nem sabia quem ele era de verdade.

Pensando em todas aquelas coisas, e em como tinha sorte que artistas universitários não leem as páginas de fofoca dos jornais, então ele não precisaria temer ser reconhecido, John não se deu conta de que um homem se aproximou de Cat puxando-a pelo braço de maneira grosseira. Ele só percebeu algo de errado quando sentiu a jovem encostando-se nele, como quem busca proteção.

O 1,96 de altura de John provavelmente foi o que espantou o abusado, isso e os músculos definidos dos braços, que de maneira instantânea foram rodear a cintura de Cat, aproximando ainda mais os dois. Cerca de cinco minutos depois do incidente ela pediu para irem embora alegando que a festa estava cheia e ela cansada demais, já que estava trabalhando na montagem desde cedo.

Saíram do galpão de mãos dadas, apenas para o caso de aparecer outro engraçadinho achando que só porque a menina posou para fotos sensuais, algumas eram claramente sensuais. Enquanto descia as escadas John se deu conta de que todas as imagens, todas as fotos de Cat eram inspiradas em filmes. Absolutamente todas as fotos eram ou cartazes de filmes clássicos ou poses inspiradas em cenas, objetos e temáticas de filmes clássicos. Mesmo que ainda sentisse incômodo pelas reproduções usando o corpo de Cat, John admirou a visão do fotógrafo, ou melhor dos fotógrafos, disfarçadamente ele notou que algumas das fotos tinham duas, até três assinaturas.

Ao chegarem ao estacionamento a jovem reparou o carro que John destravou e ficou ainda mais incomodada, mas não falou nada, seu desconforto era notado em seu rosto e atitudes, mais duras. Seu corpo estava como que se preparando para fugir. Mesmo assim ela entrou no veículo e se acomodou no banco do carona.

Jonathan escolheu um restaurante aprazível, pequeno e afastado do centro da cidade, mais próximo de sua casa do que do escritório. Um local bucólico, anexo de um pequeno hotel e spa, que ele costumava frequentar quando saía com o irmão e queria privacidade para conversar. Mesmo que ele estivesse adorando ser tratado como um pequeno empresário, alguém absolutamente comum, sabia que mais cedo ou mais tarde teria que contar à Cat quem realmente era, ele se decidiu por mais cedo. Não queria um relacionamento, principalmente com uma menina tão mais nova. Claro que no momento em que ele lembrou porque se sentia tão atraído pelos olhos dela até considerou uma pequena aventura, mas ele gostava que suas parceiras ocasionais soubessem exatamente onde estavam se metendo. Também gostava muito do fato de elas terem uma idade próxima a dele.

Já no restaurante Catherine deixa a atitude defensiva por alguns instantes enquanto observa o local, seus olhos movem-se por todos os lugares, mas ela não fala nada, estava até mesmo um pouco cabisbaixa. Isso deixava John preocupado, porque nem mesmo quando ela lhe deu um banho de café ficou com o semblante tão triste. Ele se perguntava o que poderia ter de errado com a jovem.

Quando o maître perguntou o que ela gostaria de beber, Cat levantou os olhos para John e sussurrou "O que o senhor quiser". John fechou a expressão na mesma hora, podia-se notar a confusão em sua cabeça, como de Jonathan ele tinha virado 'senhor'? Ele acabou respondendo que um vinho para acompanhar o jantar e muita água, porque estava dirigindo. Só depois que o maître foi embora que lembrou que o restaurante era em um hotel, caso ficasse bêbado poderia pedir dois quartos e dormir por ali mesmo.

Jonathan começou vários assuntos, mas Cat era sempre monossilábica em suas respostas, isso quando se dava ao trabalho de responder.

"Certo senhorita Moore, qual é o problema?", não aguentando mais a expressão derrotada da menina ele apelou para seu principal trunfo nos negócios, ser direto. "Você nem mesmo tocou na comida, sei que é apenas a quarta vez que nos encontramos, terceira se não levarmos em consideração o encontrão na porta do seu local de trabalho. Só que você é sempre falante, exuberante e agora está aí, com essa cara de que alguém surrou seu gato".

"Bom, senhor Jonathan, é que eu me dei conta que o senhor deve ser uma pessoa importante e bem relacionada. Mesmo quando o senhor me contou que é dono de uma cafeteria, eu não pensei nessa possibilidade. Então eu quero pedir desculpas se falei ou fiz alguma coisa que possa tê-lo aborrecido".

"Por Deus menina, por que isso agora?"

"É que, bom, o senhor tem amigos ricos. Aquele que estava lá na exposição comprou todos os quadros em que apareço. O senhor tem um carro muito bonito e caro, esse restaurante é afastado da cidade e também é bem caro, e eu nem sei como é que vou voltar para casa. E fico aqui fazendo o senhor perder tempo comigo. Quando falou que era um velho no outro dia, lá no parque, eu pensei que era porque o senhor se achava mais velho que eu, mas agora eu entendo que foi uma maneira educada de tentar me fazer entender que eu não pertenço ao seu mundo. Se o senhor me der licença eu vou procurar um táxi para me levar até em casa".

"Sente-se", a voz de Jonathan saiu um pouco mais rude e autoritária do que ele gostaria, mas toda a situação o incomodava. "Sim, eu sou rico, mais do que você pensa. Quem comprou todas as suas fotos fui eu. Eu simplesmente não gostei de pensar na possibilidade de qualquer outro homem olhando para elas. Sim, eu sou muito mais velho que você. Tenho o dobro da sua idade, ou quase isso. E já que estou abrindo o jogo, eu não sou dono de UMA cafeteria, tenho algumas, além da empresa onde você trabalha".

A boca de Cat estava tão aberta que por um momento ela pensou que precisaria de um guindaste para a colocar de volta, mas então ela se recompôs rápido, "O senhor é Jonathan Pettersen? Meu patrão? O dono da empresa onde eu trabalhava?"

"Por que trabalhava, você se demitiu? Eu não aceito sua demissão. E pare de me chamar de senhor, eu gosto tanto da maneira como você me trata. É bom ser um cara comum".

"Senhor Pettersen, desculpe se eu, bom, me desculpe por tudo, eu vou embora, não quero mais perturbar sua noite."

"Vai como e para onde?", perguntou descansando o rosto sobre as mãos. Aqui não tem táxis, não passa ônibus. Você veio comigo e vai voltar comigo. Amanhã, estou cansado e decidi que vamos dormir no hotel anexo ao restaurante".

"Eu não posso dormir aqui. Tenho que voltar para casa."

"Eu sei, reservei um quarto para você. Eu até queria voltar hoje, mas estou muito cansado. Não pense besteira, você não está no mesmo quarto que eu. Não sou esse tipo de homem. Só quero te pedir um favor."

"Pode deixar, eu não vou contar para ninguém que o senhor saiu para jantar comigo"

"Não é isso, menina. Você não está com fome?", questionou olhando seu prato e ela apenas acenou. "Certo então, o favor é apenas para que pare de me chamar de senhor, pode ser?"

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