Programando o Amor - A Histór...

By IzzieGoes

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Uma jovem determinada, tímida e deslocada. Programadora de jogos e aplicativos em tempo integral, cantora nas... More

Carta aos leitores
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Aviso
Capítulo 30

Capítulo 7

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By IzzieGoes

Olá, amores!

Demorei, mas cheguei. Semana foi uma correria e uma loucura.

Nada de reclamar, vamos é nos divertir com a ruiva maluquinha e o coroa sexy.

Estou amando os recadinhos e dicas, tentando ao máximo encaixar o que vocês pedem.

bjss e até a próxima.

PS: Amores, o livro está cheio de errinhos e confusões, é que eu ainda não revisei. Estou apenas arrumando o narrador, passando da primeira pessoa para a terceira.

PS2: música do dia: A Waltz for a Night, com Julie Delpy, do filme Antes do Por do Sol. (Ethan Hawke está simplesmente uma delícia nesse filme)

Parado, encostado na parede ao lado de John, Spencer olhava aturdido para a multidão que se apertava dentro do bar, quase sem reação, olhando em verdadeira fascinação para a menina que tinha acabado de passar por eles, o advogado apenas encarou o amigo, que naquele momento o arrastava para fora do salão, "Joe que mulher é aquela? E ela ainda falou com você".

"Mulher? Que mulher? Ela é a menina que eu derrubei na porta da empresa semana passada", John nem olhou para Spencer, que usava o chamava pelo apelido de quando ainda era um garoto espinhento que perdia noites e mais noites sem dormir.

"Okay, segunda-feira vou até o departamento em que ela trabalha a sequestro e tranco no meu apartamento e nunca mais ela sai da lá".

John apenas deu uma gargalhada olhando para ele, "Ela é filha do Charles Moore, lembra dele?"

"Filha do Charles com a ... com...", Spencer gaguejava e gesticulava sem conseguir falar o nome da mãe de Catherine

"Isso, com a Sophie, pode falar o nome dela, hoje não dói mais. Aliás, você viu como elas se parecem? As pernas, o jeito de andar. É a Sophie."

"Ao mesmo tempo eu não diria que é filha dela só de olhar. O ruivo é 100% Charles, assim como os olhos verdes. O que você vai fazer?"

"Eu? Nada. Tentar esquecer que ela revira meu estômago e deixa minhas pernas bambas".

"Igual Sophie?"

"Não, muito pior, porque ela não tem noção do que está fazendo. A Sophie jogava, e quando ela me largou acabou com meu mundo."

Os dois estavam em outro bar, conversando sobre como o mundo era confuso. Até que Spencer se deu conta de uma coisa, que o amigo o tirou correndo do show, com medo de que alguém o reconhecesse. Ele sabia que John não gostava dos holofotes, tanto que sempre deixou que o irmão mais velho assumisse a frente da empresa, mas a realidade era que o menino tímido ainda estava em algum lugar dentro do empresário de sucesso. Sem contar que John não suportava mais as mulheres que se aproximavam da conta bancária e do status, não da pessoa.

Assim que começou a se destacar como empresário de sucesso nas empresas de jogos eletrônicos e programação, John aprendeu o lado ruim da fama. Sua família já tinha uma vida estável, o pai foi assessor de alguns políticos e chegou até mesmo a disputar um cargo no Congresso, isso fez com que mulheres como Sophie se aproximassem dele quando mais jovem, mas a fama e o dinheiro pareciam um imã para aspirantes a atriz sem talento e modelos desempregadas.

Saíram do bar já no meio da madrugada, foram em silêncio até o apartamento de Spencer. John até tinha um apartamento na cidade, mas gostava mesmo era de ficar em sua casa, a que ajudou a projetar e até mesmo a construir. Só que da maneira que ele bebeu não tinha a menor condição de dirigir por mais de quarenta minutos, então a melhor saída era dormir no quarto de hóspedes do amigo.

O domingo foi complicado. Como John não era adepto de beber com frequência, não estava acostumado a acordar tarde e ainda por cima de ressaca. O que de verdade incomodava o homem era a sensação persistente do toque da menina. Não foi nada demais, ela apenas colocou a mão em seu braço e sussurrou que estava em vê-lo, mas o calor e a maciez da palma da mãe de Cat persistia em seu braço.

Deitado de costas, olhando para o teto, John tinha a sensação que aquele simples toque em seu braço havia ligado alguma coisa dentro dele. Algo que ele desligou muito tempo atrás, depois de se declarar para a mulher que o desprezou.

Observando o vento e a claridade que se infiltrava pela cortina mal fechada John deixou que a mente analítica bolasse planos para se aproximar da menina. Conhecê-la melhor, saber se tinha a falta de caráter da mãe ou ser mais parecida com o pai. Avaliou que talvez promover a aproximação através de Julie, que poderia convidar a banda para ensaiar no estúdio improvisado que ele mantinha em casa, fosse uma boa ideia, mas achou que Catherine poderia se sentir intimidada, além de revelar logo de cara quem ele era.

Com uma careta ele descartou a ideia ao imaginar seu sobrinho, JohnJohn, dando em cima de sua menina. Sua menina! O pensamento o assustou e desgostou. Tesão era real, amor apenas uma ilusão. Sentimentos eram construídos com convivência, não aconteciam em um simples esbarrão. Aliás, qual a probabilidade de se conhecer alguém porque se esbarrou no 'grande amor da sua vida'?

A ressaca e a preguiça fizeram com que John acordasse mais tarde do que o normal. Ao acordar foi até a cozinha e viu que o amigo deixou dois comprimidos para dor de cabeça, café e um bilhete, 'Se fizer barulho eu te mato, acordo lá pelas três da tarde. Se quiser almoçar tem disque entrega na porta da geladeira'.

A vontade de ir para casa era inexistente, John queria conversar com alguém, debater as ideias que teve para se aproximar da menina sem parecer que estava cometendo assédio. Na verdade, ele queria que alguém dissesse que o fato dele ter o dobro da idade dela não era empecilho para uma aproximação. Nada de caso ou uma relação fugaz, ele apenas queria conhecer a filha da mulher que acabou com seu coração. Sem revanche.

Spencer não acordava, depois de tentar, em vão, usar o que o amigo chamava de computador – a coisa era tão básica e sem recursos que John colocou na agenda um lembrete de comprar com urgência um computador decente para ele – John foi assistir um filme na super tevê de plasma do quarto de jogos. Àquela hora da manhã de domingo o que tinha disponível era uma seleção de comédias românticas, e uma delas deu a John a ideia que ele precisava. A saída era tão simples que o homem se perguntou como não pensou nela antes e sozinho. As três vezes em que encontrou com Cat ele não era o empresário todo poderoso, amigo de atores famosos e sócio de estúdios de cinema – John precisava admitir que seu irmão era um administrador excelente.

A primeira vez ele estava saindo para correr e as duas vezes seguintes ele usava jeans e camiseta. Sem contar que, apesar dos fios grisalhos ele não aparentava a idade real que tinha.

"Droga, e se ela não gostar de velhos?", perguntou para ninguém em especial, já que estava sozinho na sala de Spencer.

Deixando a insegurança de lado, John decidiu que a melhor estratégia era mesmo se aproximar da menina usando a carta de "cara quase comum". Se isso falhasse ainda podia mandar "eu era amigo do seu pai".

No dia seguinte, uma segunda-feira fria, mas felizmente sem chuva, John trocou sua hora de almoço por marcar o tempo para a chegada dela logo cedo, no horário de entrada. Para seu espanto daquela vez Cat veio pelo lado oposto da praça, o lado contrário do metrô. Conversando animada com uma amiga, pelo menos alguém que trabalhava na empresa, já que estava com a pasta com o logotipo que todos os empregados receberam junto com um computador, no ano anterior.

John ficou tenso quando reparou no olhar de reconhecimento da outra funcionária, mas era tarde demais para voltar atrás.

"Bom dia meninas. Lindo corte de cabelo", John cumprimentou as duas, mesmo notando que a amiga de Cat o reconheceu. Por algum motivo ela não falou nada. "Te vi no bar sábado, você canta bem. Antes que pergunte se estou te seguindo, quero que saiba que eu não sou um stalker, não estou perseguindo você. Acontece que tenho uma cafeteria aqui perto, é por isso que estou sempre por aqui". Mal ele termina de falar pode notar que a acompanhante de Cat olha para ele com cara de quem não acredita em uma só palavra. Sorte que a ruiva é mais crédula.

"Também te vi. Vou entrar, eu e Mônica estamos atrasadas para o trabalho e nossa chefe é meio chata com horários".

"Okay. Ei, que tal almoçarmos, hoje o movimento na cafeteria é fraco, então tenho tempo na hora do almoço, o que acha? Se quiser pode levar sua amiga".

"Tudo bem, te encontro aqui por volta de uma da tarde, pode ser?"

Quando elas somem dentro do prédio. John ligou para a mesa da senhorita Mônica. "Bom dia senhorita, sei que me reconheceu, mas ficaria muito grato se não contasse a sua amiga quem eu sou. Faz tempo que não sou tratado como uma pessoa comum. Não estou mentindo para ela, apenas não disse ainda que sou o dono da empresa onde vocês trabalham, mas farei isso em breve". Ele desliga o telefone observando que Catherine novamente corre para as escadas enquanto a amiga espera o elevador.

Faltando mais ou menos 20 minutos para uma da tarde John já estava parado perto dos bancos na entrada do prédio, avaliou que ele estava agindo como o sobrinho de 17 anos e com todos os hormônios em ebulição. Porém todas as dúvidas somem quando a vê correndo em sua direção, sozinha.

"Sabia que você é uma menina meio maluquinha?! Você nem sabe meu nome é aceitou almoçar comigo, falando nisso, sua amiga não quis vir com você?"

"É, tem razão, eu não sei seu nome, mas você também não é nada normal, afinal convidou uma estranha para almoçar, porque eu nunca disse meu nome para você. Prazer, Catherine Moore, programadora júnior na Sagesse. As pessoas costumam de chamar de Cat."

"Eu sei, ouvi pelo menos meia dúzia de marmanjos gritando seu nome no bar, sábado, e não gostei nem um pouco. Sou Jonathan, mas deixa meu sobrenome pra lá, ele é complicado. Vamos?"

Os dois pareciam velhos amigos, o almoço correu bem e eles conversaram sobre o tudo e o nada. Cat contou como aos 19 anos estava terminando a faculdade e John apenas avaliou que tinha o dobro da idade da menina. Ela ainda falou sobre sua paixão pela música e a falta de paixão em ser famosa, além do amor pela computação, mas quando começou a falar sobre programação e como amava o que fazia parecia uma criança na manhã de Natal, Jonathan a olhava admirado e a menina parecia brilhar.

Cat falou dos projetos em que estava trabalhando por conta própria, no desenho, na programação. Tudo. De repente ela parou e me viu o homem completamente concentrado nela, "Desculpe, isso é meio chato para quem não entende de programação e desenhos de programa. Então mudou de assunto rapidamente, falando como a senhora Milestone era um osso duro de roer e que pegava mais no pé dos novatos, implicando com qualquer coisa. Quando perceberam já conversavam há quase duas horas e meia, ou seja, ela estava uma hora e meia atrasada para voltar do almoço e quando notou isso fez uma cara de desapontamento.

"Ei, sou assim tão chato?", John chamou atenção dela em uma tentativa de piada.

"Não é isso. É que estou uma hora e meia atrasada para voltar do almoço. Esse é meu terceiro atraso em três semanas, acho que vão me demitir e aí não sei o que vou fazer. O Phill é legal, um amigo quase irmão, me deixou morar com ele porque fui despejada, mas tenho que ajudar com minha parte do aluguel. Sem contar que comer é um hábito que tenho desde criança", ela olhou para John, meio divertida. "Hmm, tive uma ideia, já que você é dono de uma cafeteria e eu sou viciada em café, acho que vou seduzir você e tomar café todo dia de graça", então deu uma risada.

"Okay, pode tomar café todos os dias de graça, mas tenho certeza que você não será demitida hoje". Foi naquele momento que John foi mais cativado, porque Cat corou, como se nunca tivesse sido elogiada na vida.

Tentando amenizar o clima, ele pediu a conta e viu quando a menina se virou para pegar sua bolsa, "O que você pensa que está fazendo? Eu convidei eu pago. Sou meio antiquado".

"Eu não estou acostumada com isso, me desculpe", Cat respondeu sem jeito.

Depois de pagar a conta, eles foram andando, mais rápido do que John gostaria, mas nem tão rápido quanto a jovem esperava e antes de chegarem ao prédio John resolveu se arriscar mais uma vez pergunto se ela gostaria de almoçar com ele outro dia.

"Se eu aceitar seu convite você vai insistir em pagar meu almoço de novo?"

"Claro".

"Então eu te convido. Quer almoçar comigo na quarta?"

"Aceito, mas na quarta eu tenho uma reunião, posso te encontrar 13:30 aqui?"

Ela acenou com a cabeça e correu para as escadas.

Olhando para o relógio John viu que tinha menos de 10 minutos para trocar de roupa e chegar em uma reunião. Bancar o bobo apaixonado tudo bem, perder negócios não estava nada bem.

A terça foi bem mais tranquila e por mais que ele quisesse "esbarrar" com Cat, acabou se forçando a não fazer. Afinal John afirmou que não era um maldito stalker, mas a jovialidade da ruiva era contagiante e acabava por relaxar a cabeça de um empresário cheio de análises de contrato.

Na quarta quando John finalmente conseguiu chegar à portaria do prédio Catherine o esperava com dois cachorros quentes, daqueles gigantescos, "Você demorou, acho que esfriou, vem", ela entregou o dele, pegou a mão do grande homem e foi puxando-o para uma pequena praça do outro lado da rua. "Eu sei que não é sofisticado, mas é o melhor cachorro quente do mundo", ela falou enquanto se sentava no gramado.

Preocupado que algum dos clientes pudesse vê-lo comendo um cachorro quente gigante no gramado em frente ao prédio mandariam interná-lo.

"Poxa, Jonathan, eu hoje não posso demorar, tenho que terminar um projeto que será apresentado no final da tarde e se me atrasar não serei apenas eu a perder o emprego. Mas... o que você vai fazer sábado?"

"Precisa de um segurança?"

"Não"

"Ainda não sei, eu não sou muito de sair, passo a semana inteira fora de casa, então finais de semana eu gosto de descansar. Qual é o seu plano para tirar um velho de casa?"

Ela deu uma risada gostosa, "Você não é velho, se repetir isso eu nunca mais falo com você. Alguns amigos da faculdade de artes vão fazer uma exposição no Village e eu queria ir, mas é aniversário de namoro da Nick. O Phill jamais iria a uma exposição comigo, aí pensei que se você não tivesse nada de interessante para fazer poderia gostar de ir", ela falou de um fôlego só com medo que eu não aceitasse.

"Tudo bem, eu vou. Com uma condição: você jantar comigo depois. Isso não é negociável".

"Só isso?"

"Sim".

"Okay, nada muito caro, nada muito chique."

"Certo, Cat, agora que temos um encontro, me dê o número do seu telefone."

"Eu não tenho telefone. Quer dizer, na casa do Phill tem telefone, mas eu não sei o número, nunca precisei ligar para ele em casa. Nem tenho anotado. E eu não tenho celular."

"Sério? Você é uma nerd sem celular?", perguntou gargalhando da cara dela.

"Espere", ela pegou um cartão na bolsa, "aqui, meu telefone do trabalho, estou aqui todos os dias, teoricamente das 9:00 às 17:00, meu e-mail do trabalho, que nunca olho nos finais de semana e meu e-mail pessoal aqui atrás, que eu olho todos os dias."

"Certo, e quem disse que um velho como eu, que não entende nada de programação, sabe mexer com e-mails?"

"Primeiro porque eu já disse que você não é velho, segundo porque seu celular tem e-mail e eu ouvi o barulho de mensagem recebida".

"Okay sabichona, então me dê seu endereço para que eu possa ir buscá-la sábado".

"Ah, eu, quer dizer... Não pensei nisso. Eu estarei na exposição, vou ajudar a arrumar as coisas por lá. Eu te dou o endereço. Você vai certo?"

"Quer minha palavra?", perguntou olhando dentro dos olhos dela.

"Aqui o endereço e o horário. Te espero lá", deu um beijo na bochecha de John e saiu correndo em direção ao prédio.

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