Apesar de Você

By Droppada

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CONTÉM BOOK TRAILER. Apesar de Você conta a história de Lana Fontenelle; filha de empresários ricos, estudan... More

Book-trailer
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Bônus- Linc
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21 (Zack)
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Bônus- Linc
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Bônus Frances- A conversa
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Bônus-Linc
Capítulo 42 (Zack)
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Bônus- Linc
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Bônus- Linc
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58 (Zack)
Capítulo 59
Penúltimo Capítulo
Final
Epílogo
Agradecimentos

Capítulo 46

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By Droppada

Minhas pernas estão cruzadas, e não consigo parar de mexer meu pé.

—Ei, está tudo bem? —Zack repousa sua mão em cima da minha perna inquieta.

—Sim, só estou um pouco nervosa. —Mordo a pele do meu lábio inferior.

—Confesso que também estou. —Ele retira a mão da minha perna, e verifica as horas no seu celular.

Olho para a mulher grávida com uma barriga enorme sentada um pouco distante, e vejo-a comendo um lanche engordurado; sorrindo agradecida para o marido que não esconde a expressão abobada ao olhar para a barriga da esposa.

—Estou te achando bastante pálida. —Zack toca minha bochecha. —Não quer remarcar a consulta? Você poderia ficar em casa hoje.

—Claro que não. —Respiro pela boca, na tentativa de afastar o mal-estar causado pela imagem do lanche.—Já fiquei em casa por bastante tempo. Depois daqui, irei direto para a emergência pegar algum caso.

A porta da sala da obstetra se abre, e uma adolescente sai com os olhos inchados de tanto chorar, deixando-me ainda mais apreensiva.

—Lana Fontenelle Romanov? —A médica mexe no iPad, e em seguida procura-me com os olhos.

—Sou eu. —Levanto-me e ajeito minha blusa.

Zack fica de pé, e coloca a mão na base da minha coluna. A médica sorri profissionalmente, e estende a mão nos convidando à entrar.

Eu e Zack entramos, e nos sentamos um ao lado do outro. A médica olha o iPad novamente e digita algo, sentando-se à nossa frente.

—Primeiramente, olá. —Ela sorri, aliviando um pouco do meu nervosismo. —Meu nome é Hera, e serei a médica de vocês; quer dizer, sua médica Lana.

Ela estende sua mão nos cumprimentando.

—Hera? Pelo visto seus pais gostavam de mitologia grega. —Zack fala com admiração.

—Realmente. Meu pai é um historiador completamente apaixonado pela mitologia grega, e decidiu colocar o meu nome de Hera, que ironicamente era a deusa da maternidade. —Ela diz de maneira animada.

—Gostei amor, podemos aderir. —Zack fala encarando-me.

—Pode esquecer. —Nego com a cabeça, e ele revira os olhos.

—Lana, aqui no seu prontuário mostra que essa é sua segunda ultrassom transvaginal. A primeira foi quando você teve o hematoma sub coriônico, certo? —Ela cruza as mãos adquirindo uma postura profissional.

—Isso.

—Bom, então vamos fazer outra ultrassom transvaginal, e ver se o hematoma diminuiu, ou sumiu completamente. Eu vou te dar esse avental. —Ela abre uma gaveta e tira um pacote, entregando-me em seguida.—E você vai tirar toda sua roupa, incluindo suas peças íntimas, ficando somente com isso.

Concordo com a cabeça, e levanto-me entregando minha bolsa para Zack.

—E se sentir que quer urinar, urine. Pois o exame não pode ser feito com a bexiga cheia. O banheiro é logo ali. —Ela aponta para uma porta branca.

Entro no banheiro, e começo tirando meu tênis. Depois, dispo-me das minhas outras peças de roupa, ficando totalmente nua.

Ponho o avental azul totalmente fechado na frente, e completamente aberto atrás; saio do banheiro encarando Zack que sorri maliciosamente para mim.

—Gostei desse avental. —Ele me olha de cima à baixo, e sinto minhas bochechas queimarem.

—Se você não se comportar, vai ter que esperar do lado de fora. —Digo ainda envergonhada.

—Cuidado para não ficar de castigo, papai. —Hera brinca.

A médica me pede para deitar na cama com os joelhos dobrados com os pés no estribo. Ela coloca um pano em cima das minhas pernas, e pega um pequeno aparelho.

—Creio que você já sabe como funciona, certo? —Ela pergunta encarando-me.

—Sim. —Aperto a mão de Zack.

—Eu vou inserir a sonda, e como ela vai estar com um preservativo e um gel, pode ser que você não sinta nada. Ou se sentir, será um pequeno desconforto. —Ela avisa, e concordo com a cabeça.

Zack permanece em pé ao meu lado, atento à cada movimento da médica. Sinto algo um pouco desconfortável adentrando minha entrada. Hera mexe no monitor, e o vira para mim com um sorriso no rosto.

—Mamãe, papai, apresento á vocês, o bebê.

Um sorriso involuntário toma conta do meu rosto.

—É tão... Pequeno. —Zack fala olhando para o monitor ainda embasbacado.

—Você fala tão admirado, que nem parece que é médico. —Sorrio olhando seu rosto admirado.

—É muito diferente quando acontece com a gente, amor. Fora que essa nem é minha especialidade. —Ele diz ainda olhando o monitor.

—Você está de oito semanas e um dia. —A médica fala.

—Oito? —Pergunto surpresa.— Minha menstruação sempre foi atrasada, mas como não percebi?

—É mais comum do que você pensa. —Ela me responde.

—Mas doutora, ela ingeriu álcool e... Tomou café, e comeu torta que tinha canela nesses últimos meses. Não fez nenhum mal ao bebê? —Zack pergunta visivelmente preocupado, e fico temerosa pela resposta.

—Não. Podem ficar tranquilos que o bebê está completamente saudável. E pelo que eu vi, quase não há resquícios do seu hematoma, Lana.

—Estou aliviada. —Solto o ar dos meus pulmões.

—Ei... Olhe só. —Hera sorri para o monitor, e fico curiosa.

—O que foi?

—Vocês poderão escutar o coração do bebê. —Encaro Zack um pouco perplexa, e vejo seu olho brilhar de empolgação.

Hera aperta um botão, e um som perfeitamente audível e alto toma conta da sala.

Tum tum. Tum tum.

Uma pequena vida crescendo em meu ventre.

As lágrimas de emoção deslizam em meu rosto. Coloco a mão na minha boca, reprimindo um soluço.

Zack beija minha mão esquerda, com os olhos ainda mais marejados que os meus.

—Obrigado por me dar tamanha alegria. —Ele encosta sua testa na minha.— Eu te amo.

—Eu também te amo. —Sorrio em meio ás lágrimas.

A médica imprimi uma foto do monitor e entrega para Zack, que guarda no bolso da calça.

Depois de receber uma lista de vitaminas pré-natais, lista do que posso e do que não posso comer, sinto-me preparada para voltar à trabalhar.

—Lana, eu recomendo que tire o dia de folga. Foram muitas emoções, e talvez você precise descansar. —Vejo-a trocar um olhar cúmplice com Zack.

—Tudo bem. Obrigada. —Sorrio agradecida, e saio da sala.

Sinto alguém pegando na minha mão, e logo me viro encontrando Zack feliz da vida.

—Que jogo sujo senhor Zack. Pedindo favores para minha médica? —Nego com a cabeça semicerrando os olhos.

—Sou completamente inocente. —Ele sorri da maneira que só ele consegue quando vence um desafio.

***

Depois de sair do hospital, vamos direto para a casa de Zack. Por causa do calor, tomo um banho gelado enquanto ele me prepara um lanche. Saio do banheiro, e fico apenas de calcinha.

Deito-me na cama, soltando um suspiro cansado.

—Eu tinha razão quando disse que você não tinha condições de trabalhar hoje. —Escuto a voz de Zack, e abro um olho encontrando-o com uma bandeja na mão.

—Eu só quero comer. Me passe essa bandeja agora.

Sento-me na cama, e agarro a bandeja, sentindo meu estômago roncar. Pego o sanduíche, e o mordo, fechando os olhos.

—Eu era uma criança magrela. —Zack fala aleatoriamente, e olho seu rosto travesso.

—E eu era a gordinha que sofria, e era zoada por todos. —Digo de boca cheia, tomando um gole do meu suco natural.

—Eu era um garoto hiperativo. Então, pode ter chances altíssimas do nosso bebê ser uma criança... Agitada.

—Ou não, pois eu era muito calma. —Deixo a bandeja de lado, e deito-me de frente para ele.

—Eu nasci com quatro quilos. —Arregalo os olhos.

—Espero que nosso bebê não herde o seu peso, pois vai ser trabalhoso fazer força para essa criança sair. —Ele gargalha jogando a cabeça para trás.

—Minha mãe falava que iria ser avó de uma garota. Que eu, ou Charlotte teríamos que dar uma neta para ela. Foi nesse dia que perguntei de onde vinha os bebês. —Ele sorri tristemente.

—E o que ela falou? —Aconchego-me à ele.

—Ela falou que quando duas pessoas se amavam, elas davam um abraço muito forte. —Ele gargalha novamente, fazendo meu coração palpitar.

—Pior foi comigo. Eu tinha escutado de uma colega de sala, que ela ia ter um irmãozinho. Lembro-me que cheguei em casa, e invadi o escritório do meu pai, perguntando de onde vinha os bebês e nesse momento ele estava conversando com um colega advogado.

—Sério? E ele? —Zack pergunta incrédulo.

—O amigo dele falou "boa sorte meu amigo" e foi embora. Meu pai ficou enrolando para falar, até que ele me pediu para procurar minha mãe. Aí ela falou que era uma semente de melancia que cresce, e vira um bebê. —Rimos com minha explicação.

—Parece que nos enganaram. Olha só no que resultou. —Ele acaricia minha barriga, e pega a foto da ultrassom no criado mudo.

Ficamos encarando a foto por um tempo, até Zack cortar o silêncio.

—Se nosso bebê não for uma menina, podemos pedir para Charlotte engravidar de uma. —Zack fala sorrindo.

—Você sabe que é mais fácil chover chocolate, do que a Charlotte chegar perto de um órgão sexual masculino, ou de qualquer coisa que envolva o órgão sexual masculino. —Ele sorri, e me puxa ainda para mais perto.

—Ou se não for uma garota, poderíamos tentar de novo, e de novo. Para quando envelhecermos, sentarmos em uma cadeira de balanço, e ver nossos filhos correndo atrás dos nossos netos à nossa volta. Sempre quis uma família grande. —Ele diz enquanto acaricia meu ombro.

—Teremos muito tempo para pensar nesse assunto, amor. Muito tempo.

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