Ensaio Sobre Ela

By ADlauren

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Sinopse Lauren Jauregui é uma fotógrafa recém formada que acaba de receber uma proposta de emprego de uma gra... More

1. New York
2. Friendship
3. Social
4.Quase
5. Conversas
6. Amigas
7. Amigas?
8. Mentiras
8. Mentiras Part. 2
9. Modelos
10. Encontros
11. Tentação
AVISO
13. Conhecendo
14. Os Montgomery
15. Esclarecendo
16. Esclarecido
17. Despedida
18. Primeira Namorada
19.Miami
20. O sogro
Atenção
21. Minha Primeira
22. Brasil
23. Telefonema
24. Praia
25. Grávida
26. Acabou
27. Megan
28. Skinny Love
29. Vida nova
30. Anos...
31. Vivendo
32. Tempo
33. Anos
34. Epílogo
35. Nova temporada (especial)
36. Nova Temporada (especial 2)
37. Nova temporada ( Especial 3)
38. Nova temporada ( Especial 4)
39. Nova temporada (Especial 5)
40. Nova Temporada (Especial 6)
41. Nova Temporada ( Especial 7)
42. FINAL

12. Explicações

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By ADlauren


Quase meio­-dia e a Camila já deve está chegando aqui, confesso que estou um pouco ansiosa, não faço ideia do que se trata essa conversa mas espero que não seja uma daquelas que me deixam confusa e mal no final das contas. Ontem eu dei um grande passo em relação a Madison, quer dizer, eu poderia dizer que foi só sexo mas eu sinto algo por ela e isso é claro, então pra mim não foi uma coisa do momento e pra ela também não. Combinamos de não rotular nada, mas eu não acharia justo me entregar a outra pessoa, sendo que Madison está se mantendo fiel a mim, não posso mais ter recaídas em relação a Camila, sendo que ela claramente não sabe o que quer, e eu não tenho mais paciência pra esse tipo de jogo. Coloquei a lasanha no forno e fui pra sala, Camila estava demorando então peguei meu ipod e o conectei no aparelho de som. Logo começou a tocar daddy's eyes, Aslam que estava deitando no sofá se assustou com a batida e deu um pulo, sorri indo até ele e o pegando no colo. Chegou a minha parte preferida da música e eu não resisti, era como se eu tivesse no meu próprio show de rock e a sala fosse meu palco.

­ - And there's something that I wanna say, I love her too -­ eu cantava e fazia Aslam de microfone, já que ele era bem pequeno. -­ And all of this has nothing to do with you. And I'd like to stay but I can't because, I've... ­ - meu show foi interrompido pela campainha, bufei mas então lembrei que era a Camila e logo desliguei o aparelho de som, colocando Aslam no chão, esse que estava aparentemente bravo. Fui até a porta, respirei fundo e abri dando de cara com aquela que fazia meu coração errar uma batida.

- Oi -­ sorriu com a língua entre os dentes e me deu um breve abraço, seguido de um beijo no rosto.

- Oi, entra -­ eu disse dando passagem pra ela.

- Que fofo, é seu? -­ Camila disse indo até o meu gato e o pegando no colo, esse que deu um miado de satisfação e se aconchegou mais nela.

- Sim, comprei esses dias -­ respondi indo até ela que parecia encantada pelo Aslam, fiz carinho na cabeça do bichano, que parecia está no céu recebendo toda aquela atenção. -­ Eu estava me sentindo muito sozinha aqui, achei que seria bom ter um bichinho de estimação ­- dei de ombros e ela o colou no chão.

- Tão carente... -­ ela disse rindo e indo até o sofá, pegando o porta retrato que tinha em uma mesinha do lado. -­ Não me diga que essa coisa fofa é você ! -­ ela disse segurando o riso vendo uma foto onde estavam eu e meus pais.

- Sim ­- eu disse pegando o porta retrato de sua mão e o colocando de volta na mesinha.

- Você era tão linda -­ ela disse ainda olhando pra foto com um sorriso no rosto. -­ O que aconteceu? -­ perguntou divertida e eu rolei os olhos.

- Engraçadinha.

- Eu estou com fome, Lolo. -­ Camila disse levantando e indo até a cozinha sendo acompanhada de mim. -Mas estou com medo da sua comida.

- Vamos ver se vai continuar falando assim depois que prova-­la. -­ Eu disse indo até o forno e tirando a lasanha que já estava no ponto.

- O cheiro está bom. -­ Camila disse e eu sorri vitoriosa. -­ Mas isso não quer dizer nada - ela disse mostrando a língua, me fazendo rir.

- Uma hora você vai ter que dar o braço a torcer, Camz.

- Prometo ser sincera, levo comida muito a sério.

- Eu sei -­ eu disse rindo e ela arqueou uma sobrancelha.

- Por acaso você está me chamando de gorda?

- O que? não... -­ eu disse rindo alto -­ eu só disse "eu sei".

- Pra mim isso foi o seu jeito de me chamar de esfomeada, ou seja, gorda -­ ela disse séria, sorri negando com a cabeça.

- Claro que não, e alias você que começou dizendo que leva comida muito a sério ­- eu disse tentando me defender da sua loucura.

- Mas eu não me chamei de gorda -­ bufou cruzando os braços.

- Nem eu -­ dei de ombros e comecei a cortar a lasanha, quando ouço um fungado baixo, levantei o olhar devagar dando de cara com uma Camila chorosa e com um biquinho lindo no rosto, juntei as sobrancelhas e fui até ela a segurando pelos braços .­- Ei, Camz?

- Sai -­ ela disse se soltando de mim e indo para o outro lado do balcão.

- Você está chorando? -­ perguntei rindo mas parei assim que recebi seu olhar assassino. -­ Eu não quis te chamar de gorda, desculpa.

- Tudo bem -­ disse fungando baixinho e depois me olhando sorrindo, que mulher bipolar. -­ Devo estar na TPM, fico muito sensível.

- Ah mais uma -­ eu disse rindo me lembrando da noite anterior.

- Como assim, mais uma? -­ perguntou com uma sobrancelha levantada e eu travei.

- Ahn nada, e­eu... nada -­ eu disse dando de ombros e ela continuou me encarando em busca de respostas, dei um suspiro derrotado e falei. -­ Eu lembrei da Madison, ela disse a mesma coisa que você ontem, achei engraçado... a coincidência sabe, só isso.

- Ah -­ ela disse com a cara fechada. -­ Engraçado.

- Tá, chega -­ eu disse calma. -­ Você não gosta da Madison, então não vamos falar dela.

- Mas você gosta, não vejo porque não falarmos. -­ Camila disse com desdém cruzando os braços e eu olho pra ela com uma sobrancelha arqueada .­ - Ok, você tem razão... desculpa.

- Tudo bem -­ sorri torto e lembrei do porque dela está ali. -­ Até porque não foi pra falar da Madison, que você veio aqui.

- Não mesmo, mas podemos comer antes?

- Claro, assim você admite logo que eu mando bem na cozinha -­ eu disse divertida.

- Veremos, Jauregui -­ piscou pra mim e nos sentamos a mesa.

(...)

Camila aprovou minha comida e ainda repetiu. Agora estávamos sentadas no meu sofá conversando sobre várias coisas, ela ainda não tinha chegado ao seu ponto e eu também não queria pressiona-­la.

- Então minha mãe contratou uma babá pra mim, eu tinha 14 anos -­ eu disse lembrando do dia que meus pais viajaram pela primeira vez sem me levar. -­ Eles iam passar somente um dia fora, achei totalmente desnecessário.

- Deus, Lolo -­ Camila disse rindo. -­ Seus pais são super protetores, principalmente a sua mãe.

- E você acha que eu não sei? -­ perguntei rindo, me lembrando os meus velhos.

- Deve ser porque você é filha única -­ ela disse e eu concordei.

- Eu sei, as vezes queria ter tido irmãos -­ eu disse e sorri com o pensamento. -­ Na verdade, uma irmãzinha.

- Do jeito que você é ciumenta, a menina não arrumaria nenhum namorado.

- Não mesmo -­ eu disse como se fosse óbvio.

- Porque seus pais não tiveram mais filhos? -­ Camila perguntou.

- Não sei, eles disseram que um estava de bom tamanho.

- Mas sua mãe ainda pode engravidar?

- Acho que sim, mas na idade dela é mais difícil -­ eu disse e ela assentiu. -­ Mas eu ia adorar.

- Eu sei que sim, você parece gostar mesmo de crianças -­ ela disse com os olhos brilhando.

- É, mas como não gostar? -­ perguntei e ela riu concordando. -­ Mas e você, Camz? tem irmãos?

- Uma irmã mais nova -­ ela disse com um sorriso brincando em seus lábios. -­ A Sofia ia adorar você.

- Sofia? ela mora com seus pais? -­ perguntei e ela ficou tensa.

- Na verdade ela mora com o meu pai, em Miami -­ ela disse com um sorriso triste. - Morro de saudade todos os dias.

- Ah sim, mas... e a sua mãe? -­ perguntei receosa, alguma coisa me dizia que eu não devia ter perguntado, e quando a vi dar um longo suspiro e olhar pra baixo, soube que eu realmente não devia ter tocado no assunto.

- Minha mãe... ela faleceu quando eu tinha 15 anos ­- ela disse com a voz embargada, me aproximei mais dela e a abracei, ela passou os braços pela minha cintura e me apertou forte contra ela.

- Desculpa -­ eu disse baixinho enquanto fazia carinho em seus cabelos.

- Você não sabia -­ ela disse com a voz abafada pela minha camisa. -­ Além do mais, depois de tanto tempo... eu já devia ter superado.

- Ei, Camz... olha pra mim ­- eu disse pegando seu rosto entre minhas mãos e olhando para seus olhos tristes. -­ Você não tem que superar nada, ela era sua mãe. Não importa quanto tempo passe, é algo que você vai sempre lembrar... a saudade dói, mas quando isso acontecer é só lembrar dos bons momentos que passaram juntas.

- Eu sinto tanto a falta dela, Lolo -­ Camila disse chorando e se jogou nos meus braços mais uma vez, eu acariciava seus cabelos e meus olhos já marejavam, só por vê­-la sofrendo daquele jeito. -­ Não tem um dia que eu não lembre da minha mãe.

- Eu não posso fazer ideia da sua dor -­ eu disse sincera e podia senti-­la molhar ainda mais a minha camisa com suas lágrimas.

- Quando eu tinha 14 anos, descobrimos que minha mãe tinha câncer - ela disse limpando as lágrimas e me olhando nos olhos. -­ Ela tinha acabado te ter a Sofia, e nós não poderíamos estar mais felizes, mas dai descobrimos sua doença e desde então entramos numa luta junto com ela. Infelizmente um ano depois ela não resistiu. Eu... eu não imaginaria como seria minha vida sem ela, sabe... sem a minha mãe ­- soluçou baixinho e a puxei para mais um abraço, eu queria mantê­-la segura e fazer com que sua dor, ou pelo menos metade dela, fosse embora. - ­ As pessoas costumam dizer que com o tempo a gente esquece, mas não... apenas nos acostumamos com a dor, é um vazio que nunca vai ser preenchido.

- Eu não sei o que falar, só você sabe o que está sentindo ­- eu disse sincera e ela se apertou mais contra mim. - ­ Mas eu faria qualquer coisa pra te ajudar, odeio te ver assim.

- Você já está ajudando -­ ela disse baixinho. -­ Pela primeira vez na vida, eu estou me sentindo completamente protegida, segura e amada... nos seus braços.

- Camz...

- Não, me deixa falar o real motivo por eu ter vindo aqui -­ ela disse limpando o rosto e se recompondo. - ­ Eu não quero mais te confundir, e não quero que você ache que eu não dou a mínima para os seus sentimentos, que eu gosto de esfregar o meu namoro na sua cara... isso não é verdade.

- Eu não acho nada disso, Camz -­ eu fui sincera e ela negou.

- Mas eu me sinto horrível sempre que você me ver com o Harry -­ ela disse de cabeça baixa. -­ Eu não quero você ache que eu estou fazendo você de trouxa.

- Eu entendo -­ eu disse levantando seu rosto, a fazendo me olhar. -­ Você escolheu ele, e não tem motivos pra eu ficar com raiva disso... quer dizer, você sabe dos meus sentimentos por você, mas ninguém é obrigada a me amar de volta.

- Não, eu... -­ tentou dizer mas nada saia. - ­ Você tem que entender o porque de eu estar com o Harry e não com você.

- Porque o que você sente por ele é mais forte? -­ perguntei.

- Não -­ disse rapidamente e negou com a cabeça. -­ Quer dizer... não é isso.

- Então me diz.

­ - Harry e eu nos conhecemos desde criança, ele sempre esteve comigo. Quando a minha mãe teve câncer e todos os meus "amigos" me abandonaram, ele permaneceu do meu lado. Então quando minha mãe faleceu eu entrei em depressão, eu não queria mais viver... me sentia perdida sem ela e até pensei em me matar ­- ela parou um pouco e eu arregalei os olhos só com a possibilidade de perdê­-la antes mesmo de conhece­-la. - ­ Meu pai sempre tentou me ajudar a superar mas ele próprio estava péssimo e isso era nítido, ainda tinha minha irmã que era apenas um bebê necessitado de atenção, ou seja, meu pai teve que aguentar por ele, por mim e pela Sofia, foi muita pressão e as vezes ele não dava conta. Mas então o Harry todos os dias ia até a minha casa, conversava comigo e sempre tentava me animar, e por mais que a vida dele estivesse horrível, quando ele chegava no meu quarto se esforçava ao máximo e tentava de tudo... apenas pra me arrancar um sorriso sincero que fosse. Depois de muitos meses assim, ele me convenceu a não fazer nenhuma besteira com a minha vida e a seguir em frente. Eu devo muito a ele, não poderia simplesmente deixa-­lo agora... quando ele mais precisa de mim.

- Entendo -­ respirei fundo tentando assimilar o sentido daquelas palavras. -­ É algo com a família dele? -­ perguntei e ela assentiu devagar. -­ Mas também porque ele te ama e você não quer faze-­lo sofrer, não é?

- Ér... sim é algo relacionado a família dele -­ ela disse medindo suas palavras.

- E também porque ele te ama, não é mesmo? ­- perguntei novamente e ela permaneceu calada. -­ Camz?

- Ahn e... ­ - foi interrompida pela minha campainha e soltou um suspiro aliviado, franzi o cenho confusa com a sua atitude, mas deixei passar. Depois ela teria que me explicar tudo direitinho, dessa vez eu não deixaria passar.

Fui até a porta e assim que abri arregalei os olhos surpresa com quem via ali, fiquei alguns segundos olhando para os meus pais com cara de boba, e no instante seguinte me joguei nos braços dos dois.


Notas do autor: PAPA E MAMA JAUREGUI CHEGARAM HUHU HUHU quem a dona clara vai aprovar camila ou madison? HUHU HUHU eu matei a sinu por motivos de nao gosto dela na real entao nada de sinu empata camren na minha fic nao gosto dela entao desnecessario pra mim descartei msm sou pior que o tio martin gosto de matar pessoas que eu nao gosto ...


Até maais..

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