The 2 Of Us - Livro 1. Duolog...

By FlaviaLobato

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Heather Colbert aprendeu a andar com suas próprias pernas e amadureceu da forma mais dura possível, perdendo... More

Inspirações
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Extra - Por Dan
Capítulo 18
Capítulo 2 - Por Stephan
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Extra - Por Dan
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Coluna: Voce ouviu?
Capítulo 40
Extra - Por Dan
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Extra - Por Dan
Extra - Por Adam
Capítulo 46
Capítulo 47 (FINAL)
Epílogo

Capítulo 8

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By FlaviaLobato

"Foi apenas um vislumbre seu, como olhar por uma janela
Você conseguiu me ver?"
- Afterlife (Arcade Fire)

Na manhã de domingo, Adam me ligou para dizer que a boate não funcionaria, pois seria feita uma revisão para que fosse realizada a devida manutenção. Fiquei apenas desanimada com o pensamento em Daniel. Ficaria para outra noite.

Não tinha muito o que fazer durante o dia, então apenas vivi meu tédio normalmente. De manhã fiz alguns exercícios simples. Durante a tarde, alternava entre um livro qualquer e uma soneca. Outro livro qualquer e outra soneca. À noite, assisti um reality show sobre famosos esquecidos, o tipo de gente que fica mendigando atenção.

Segunda-feira quase não houve movimento e nem sinal de Daniel. Tentei me animar, mas não conseguia parar de pensar em nosso quase beijo, enquanto minhas esperanças sumiam rapidamente. Porque eu me sentia tão atraída por uma pessoa assim e, não por alguém que realmente me queria, como Stephan? Até pensei que era um masoquismo emocional da minha parte, mas logo descartei esse absurdo. Não havia sido nada prazeroso quando perdi pessoas que eu amava de verdade.

Ele já devia estar satisfeito com o que aconteceu, afinal eu deveria ser apenas um pontinho sem graça no meio das mulheres que ele poderia ter, certo? Estava me sentindo iludida e quase descontei minha frustração em alguns clientes, mas retomava minha compostura e os tratava da melhor forma possível.

Como era segunda-feira, eu precisaria ir embora às duas horas da manhã, conforme o combinado. Fui até a sala de Adam para me despedir. No meio do caminho passei no banheiro para dar uma checada na aparência, eu precisava estar apresentável. Sabia que precisava estar.

Bati à porta e logo fui atendida.
— Entre. – Adam me sorriu animado, como sempre.

Entrei sem pretensão alguma e, pelo bendito universo, minha mente não tinha outro foco e quase fiquei sem ação. Fui recebida por uma surpresa. Uma agradável surpresa. Daniel estava lá, o tempo todo ele estava lá. Senti meu coração palpitar pesada e apressadamente quando o vi sentado na poltrona bebendo algum uísque caro, despreocupado. Minha respiração era mais curta e rápida, por um momento até esqueci o que estava fazendo.

— Já estou de saída. – Disse, logo em seguida me arrependendo.
Dessa vez eu usava uma camiseta simples e calça jeans, pensei que quanto mais preservasse minha aparência fora da boate, corria menos riscos e ninguém precisaria se preocupar tanto.

Adam novamente pediu um momento e me pagou a quantia que eu achava ser a normal por dia. Daniel apenas observava até então, sem demonstrar nenhum sinal de nosso último encontro, me dando uma pontada de decepção.

— Porque ela vai tão cedo hoje?

— Esse foi o combinado.
Adam disse enquanto me acompanhava para fora do escritório. Daniel nos seguiu e paramos novamente no corredor.

— Trabalha em outro lugar? – O loiro dirigi-se a mim, quebrando lentamente o espaço entre nós dois.

Antes que eu pudesse responder, Adam me cortou de forma rude com o outro.
— Isso não é da sua conta, Fountain.

— Eu só perguntei.
Daniel fez sinal de rendimento com as mãos. Ele me olhou uma última vez, me arrepiando da cabeça aos pés, então saiu pelo corredor, sumindo no meio das pessoas na pista de dança.

Fiquei um pouco chateada com sua indiferença. Ele devia ter percebido que não perderia nada se me deixasse passar é que sua maravilhosidade, se é que essa palavra existe, merecia mais.

Adam e eu observamos por um instante a festa.
— Por favor, deixe que um dos rapazes a acompanhe. É perigoso você andar sozinha por aí.

Sorri diante sua preocupação.
— Não estarei sozinha e ainda há bastante movimento lá fora.

Adam ainda insistiu e mesmo não querendo, me deixou ir.

Saí da boate sentindo o vento frio em meu rosto. Fechei os olhos e respirei fundo o ar pesado daquela parte da cidade. Se não estivesse tão tarde, eu estaria me direcionando ao parque. Em quase um ano fui lá apenas uma vez, com Adam, e não tive tempo de aproveitar o ambiente que me acolheu tantas vezes e presenciou importantes momentos meus e de muitas outras pessoas.

Enquanto atravessava a rua, vi que um homem grande saia do bar da esquina. Ele estava muito bêbado, isso era perceptível apenas pelo seu modo de andar. Senti desconfiança ao vê-lo naquele estado, ele não parecia uma pessoa pacífica, então desacelerei o passo na esperança de que ele seguisse seu caminho, para onde quer que fosse, sem me perturbar.

O homem deu alguns passos desajeitados para frente, mas subitamente virou e se apoiou na parede. Meu coração disparou e senti medo quando ele dirigiu seu olhar a mim, fingi que nem notei sua presença, talvez eu passasse sem ser notada. Eu já estava perto demais quando percebi meu engano e me arrependi de não ter voltado para a boate quando vi que o homem vinha em minha direção. Não tive tempo de correr e no momento em que tentei, ele me agarrou pelo braço. Congelei. Simplesmente não conseguia me mover, nem podia. Queria gritar e socá-lo, mas algo me impedia de fazê-lo. O desespero só aumentava dentro de mim, enquanto sua mão apertava meu braço com uma força desmedida.

— O que uma putinha gostosa assim faz por aqui?
O cheiro de cerveja barata e urina era forte. Senti ouro nojo daquele ogro, enquanto tentava me soltar do aperto doloroso.

Tentei manter a calma e minha fala natural, mas gaguejava a cada palavra.
— M-me solta. Por favor!

Ele riu e o cheiro de álcool quase me intoxicou. Tentei puxar meu braço mais uma vez, mas não dava certo.

— Quanto você cobra pela noite? – Ele riu debochado, me puxando para mais perto.

O nervosismo me fez desabar e minha visão começou a ficar embaçada devido as lágrimas de raiva e medo. Eu nunca conseguiria me soltar e o pavor do que estava por acontecer só me deixava mais atordoada. Quando perdi as esperanças esperando o pior, ouvi uma voz atrás de mim. Uma voz que reconheci no mesmo instante.

— Solta ela.

O homem direcionava seus olhos escuros e cheios de raiva para Daniel, que estava a poucos centímetros atrás de mim. Eu podia senti-lo, sua presença ainda estava em mim e mais forte do que nunca. Foi então que minhas lágrimas vieram a tona enquanto eu tentava desesperadamente me soltar.

— Vá se foder! Procura o que fazer, seu moleque.

Seu aperto já não era tão firme, pois estava bêbado e não conseguia dar atenção a dois ao mesmo tempo, me dando a oportunidade de deslizar facilmente para o lado. Tentei correr para Daniel, mas o homem se meteu entre nós dois e, desajeitadamente, partiu para cima de meu salvador. Foi tudo muito rápido, Daniel se agachou e o derrubou com um soco no estômago. Ele caiu de quatro, urrando como um cão. Daniel desferiu um chute, dessa vez na lateral de seu corpo, fazendo-o virar, em seguida o pegou pela camisa.

— Olha aqui, filho da puta...– Daniel cerrou os punhos tentando controlar o instinto que fervia em seus poros. – Se eu ver você mais uma vez por aqui, não vou deixar só nisso. Agora sai, antes que eu me arrependa de não ter quebrado essa cara imunda.

Seu rosto estava vermelho e o maxilar tenso, além dos punhos cerrados. Podia ver que Daniel tentava se conter para não fazer de imediato o que prometera.

O homem não tentou reagir, apenas saiu o mais rápido que pode, ainda gemendo de dor, com uma das mãos na lateral onde levou um soco. Imediatamente, Daniel veio ao meu socorro. Minhas mãos tremiam e eu continuava a chorar silenciosamente, ainda apavorada, enquanto ele me acolhia em seus braços quentes. A fortaleza que se formou ao meu redor me trazia a sensação de segurança aos poucos

— Me desculpe, eu deveria... – Daniel cortou meus murmúrios.
— Não se preocupe. Está tudo bem, Heather. Estou aqui.

Daniel dizia paciente, enquanto eu soluçava como uma criança em seus braços, onde sentia-me protegida. Arrependimento e desespero me dominavam. Eu queria não ser tão teimosa! Eu só queria não ter sido tão estúpida e convencida.

Fui tão burra! Devia ter ouvido Adam, devia ter deixado que ele fizesse o que fosse preciso. Senti medo de que aquele homem voltasse, mesmo que fosse pouco provável.

— Por favor, eu não quero continuar aqui!
Supliquei a Daniel, olhando em seus olhos, que demonstravam preocupação.

Daniel subiu comigo até meu apartamento. Eu estava mais calma e mesmo assim minhas mãos ainda tremiam enquanto eu tentava, sem sucesso, encaixar a chave na fechadura. Ele a pegou delicadamente de minhas mãos e abriu a porta, depois me conduziu para o sofá mais próximo. Alguns segundos depois apareceu com um copo de água em mãos e me ofereceu.

— Beba.— Seu olhar me observava atentamente.— Ficarei aqui quanto tempo você desejar, Heather.

Tais palavras me acalmaram mais do que saber que estava em casa. Se Daniel quisesse me levar para qualquer lugar no mundo, depois de sentir seu calor, eu iria sem pestanejar. Terminei de beber a água e olhei para o chão, envergonhada e sem saber o que dizer. Ele também parecia buscar palavras, pois toda vez que tentava começar a falar algo, logo desistia. Enfim, tomei coragem e fiz o que achava certo naquele momento.

— Sou teimosa. Me desculpe.

Pela primeira vez admitia minha culpa e deixava um estranho ter o prazer de me ver arrependida. Eu estava me sentindo emocionalmente vulnerável, principalmente meu orgulho, destruído àquela altura. Não era o melhor sentimento, mas certas situações nos fazem amadurecer, e aquele era o meu caso além de trazer certo alívio. Percebi que nem sempre tinha que estar com a “razão” e muitas vezes é melhor assumir e se livrar da agonia da verdade, que muitas vezes nem é o que pensamos.
Arrependimento era algo que eu precisava praticar.

Arrisquei uma olhada para Daniel, que me observava com suavidade. Não parecia me culpar ou condenar, parecia apenas satisfeito. Ele não me obrigou a uma penitência, mas quando eu o fiz não mostrou gosto ou disse que estava certo o tempo todo, apenas absorveu e concordou.

Ele se agachou na minha frente e segurou minhas mãos entre as suas. Meu coração se agitou novamente quando senti o contato entre nossas peles, frisando o arrepio em meus braços. Nunca me senti tão confortável com um toque masculino como me sentia com o dele. Queria ser abraçada e acolhida, mas por ele novamente. Somente por ele. Queria entender o que estava sentindo, mas sabia que não adiantaria nada tentar, eu era um turbilhão de sentimentos.

— Você não voltará mais sozinha. Eu mesmo irei acompanhá-la e dessa vez não estou pedindo.

Apenas concordei com a cabeça e acabei sorrindo. Daniel também sorriu e se aproximou. Senti sua respiração quente atingir com suavidade meu rosto e seu cheiro dominar minha mente de forma inebriante. Seus lábios rosados estavam úmidos e muito próximos, enquanto a linda imensidão azul de seus olhos me observava com cuidado. Não esperei que ele me tomasse, não poderia aguentar mais um segundo sem experimentá-lo e simplesmente o beijei. Um beijo calmo. Um beijo de agradecimento. E ele correspondeu sem relutância alguma. Foi apenas um selinho, mas foi suficiente para eu me sentir insatisfeita ao permitir a separação desnecessária de sua boca da minha.

— Obrigada.

Me afastei sem aviso prévio, o deixando com um olhar confuso. Me levantei do sofá e Daniel também, mas logo me puxou para um outro beijo, se não fosse pelo leve empurrão que dei nele.

— É melhor você ir.
Disse sorrindo. Daniel não parecia tão feliz assim, o que aumentou meu nível de satisfação.

Não, senhor. Eu preferia que se ele me quisesse que não fosse apenas durante suas noites sem companhia ou quando estivesse carente. E se não fosse do meu jeito, não seria de nenhum outro. Ele havia me salvado e me acalmado, mas isso não significava que eu precisava me submeter ao seu desejo, seria ao meu.

— Me dê um bom motivo para sair daqui agora.
Seus olhos me desafiavam de um jeito nada amistoso e pareciam cobrar de verdade uma resposta significativa.

— Eu preciso acordar cedo pela manhã e, com você aqui... Não sei se seria possível.

Brinquei, sem fazer questão da prezada malícia. Daniel sorriu e me soltou, enquanto aqueles seus olhos brilhavam como os de uma criança. Ele não era perfeito, mas para mim não tinha igual. Nunca havia imaginado um homem tão bonito como ele, ainda mais quando seu sorriso alcançava seus olhos, me deixando sem fôlego. Ele respirou fundo e foi até a porta, mas antes de sair despediu-se.
— Até logo, morena.

Sorri ao ouvir o modo como me tratou.

Morena.

— Até.

Poucas palavras que pareciam sugerir grandes promessas. Não ligava se era mais uma desilusão, eu queria aproveitar aquele início de flerte enquanto pudesse e cada momento, mesmo que fosse por pouco tempo. Daniel fazia eu me sentir bem. E confusa, mas bem.

Quando a porta se fechou, meu sorriso se alargou, estampando a imagem de uma boba em minha face. O sorriso que demonstrava toda minha satisfação, o sorriso que demonstrava minha alegria e minha ansiedade. Daniel também parecia querer algo e isso piscava em letras néon na minha mente, mas eu sabia que não poderia me envolver tão facilmente, afinal seu nítido interesse poderia acabar tão rápido como começou.

Seria do meu jeito. E viveria intensamente cada momento. E teria cuidado com meus sentimentos.

Empolgação moderada, por favor.

Não passou cinco minutos e ouvi uma batida na porta. Olhei pelo olho mágico e vi que era Daniel. Pensei que ele deveria ter deixado algo para trás.
Abri a porta e o olhei com curiosidade.
— Esqueceu alguma coisa?

— Sim, algo muito importante.
Ele me olhava com expectativa.

Abri caminho para que ele entrasse, mas Daniel me puxou para seus braços e me tomou com firmeza. Não sabia listar nenhuma sensação melhor que sua boca na minha. Talvez fosse o fogo, talvez fosse a verdade, mas, com certeza, era maravilhoso. Seus lábios quentes e macios estavam em sintonia com os meus, acariciando com suavidade.

Correspondia o beijo, sentindo meu corpo pulsar e gemendo contra sua boca, dando passagem para sua língua, que adentrou o momento com facilidade e enlaçou a minha numa dança lenta e excitante. Passei minhas mãos por seu pescoço e o trouxe mais perto, nos colando. Senti seu calor, senti seu corpo e uma emoção indescritível me dominava. Àquele momento fazia jus a nós e à espera. Infelizmente, Daniel logo me soltou. Olhei para ele, pasma e ofegante, praticamente pedindo mais. Era um tipo de vingança, um jogo muito sujo!

— É uma pena que tenha que trabalhar, certo?— Ele esperou minha resposta e só continuou quando percebeu que não haveria uma — Até amanhã.

Sugeria uma falsa lamentação e mais uma vez o via se divertir as minhas custas. O observei partir. Daniel entrou no elevador e dessa vez não voltou.

Uma empolgação tomou conta de mim, senti certa agonia brotar no meio de tal sensação. Eu estava realmente nervosa por causa de um cara?!

A atração foi instantânea, como se a combinação fosse perfeita. Eu não lutaria contra a corrente, já estava perdida e não queria me afogar. Chegava a ser perturbador o modo como eu queria aquele homem e como ele mexia comigo, mesmo mal nos conhecendo.

Fiquei elétrica, como uma adolescente de 15 anos animada com seu primeiro encontro, mesmo sabendo que não era assim, ao pensar em Daniel. Ele não iria me trazer flores ou levar para jantar, eu sabia, mas, ainda assim, estava animada com a possibilidade de qualquer coisa acontecer.

Olhei para o balcão da cozinha e vi o retrato de minha mãe, no mesmo momento senti sua calmaria, meu peito se enchia de alegria ao vê-la. Minha expressão suavizou e fiquei menos tensa. Sorri ao pensar em sua memória e quando tentei imaginar o que ela acharia de Daniel.

Como alguém que surgiu tão de repente em minha vida podia invadir um espaço tão importante e inexplorado com tanta sutileza?

.
...
.

Heather tem que deixar essa teimosia de lado, hein? Se não fosse por Daniel...

O que estão achando, amores? Somos Heaniel ou Headam?

Comentem se gostaram ou não ;)

Vejo vocês nos comentários!
Até a próxima ;**

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