The 2 Of Us - Livro 1. Duolog...

By FlaviaLobato

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Heather Colbert aprendeu a andar com suas próprias pernas e amadureceu da forma mais dura possível, perdendo... More

Inspirações
Prólogo
Capítulo 1
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Extra - Por Dan
Capítulo 18
Capítulo 2 - Por Stephan
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Extra - Por Dan
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Coluna: Voce ouviu?
Capítulo 40
Extra - Por Dan
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Extra - Por Dan
Extra - Por Adam
Capítulo 46
Capítulo 47 (FINAL)
Epílogo

Capítulo 2

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By FlaviaLobato

"Não há conforto na verdade
Dor é tudo que você encontrará"
- Careless whisper (George Michael).

Quando acordei já havia anoitecido. Olhei para a TV e passava o noticiário das nove, peguei o controle remoto e desliguei. Não tinha cabeça para quase nada, queria ficar quieta e me recuperar. Levantei rapidamente e fui até a bancada da cozinha, onde se encontrava algumas frutas e um retrato do que um dia foi a nossa família.

Mamãe, Bruce e eu estávamos na praia de Roilsville no dia registrado com apenas uma foto. Não me lembrava muito daquilo, havia sido há 14 anos. Eu teria 9 anos, gordinha, com meu cabelo escuro contido em um rabo de cavalo, eu estava vermelha devido a exposição ao sol; Bruce, no auge dos seus 15 anos, seu cabelo negro esvoaçava pelo vento, a pele pálida o fazia parecer um turista na praia. Mamãe estava linda, usava um vestido florido que embelezava as curvas de seu corpo, o cabelo castanho emoldurando o rosto e abrindo passagem para um lindo sorriso travesso.

Sorri ao vê-la. Sempre fora tão cativante, divertida e cuidadosa. Abracei-me ainda observando o retrato, fazendo esforços para relembrar aquele dia, mas, infelizmente, apenas flashes me ocorriam. Conseguia até lembrar do sorriso de meu pai, se fosse algum custo.

Seria bom saber que vivemos mais coisas boas do que o inferno que vivemos depois de um tempo. Meu pai foi embora e a relação entre minha mãe e Bruce foi de mal a pior; eles discutiam quase o tempo todo e isso me irritava, então procurava ficar longe na maior parte do tempo. Saía com Rick quase todos os dias, ele até apresentou-me a seus amigos que faziam parte do time de basquete, inclusive Stephan.

Quando tinha 17 anos, eu adorava ir até um parque que ficava no bairro vizinho e passava a maior parte do dia por lá, às vezes lendo, outras descansando ou até mesmo observava o lugar e as pessoas. No primeiro dia de verão daquele ano, Bruce resolveu me acompanhar, fazia um bom tempo que nós dois não nos divertíamos e eu me lembro como se fosse hoje, exatamente do vento assobiando por cima das árvores que balançavam lentamente seus galhos. A brisa refrescando os admiradores e eu, que me sentia totalmente livre de tudo e de todos.

Enquanto Bruce espantava os pássaros eu aproveitava para relaxar sob a sombra de uma árvore magnífica, de tronco corpulento e copa densa, em um tom verde magnífico. Ele me contou sobre sua primeira namorada, seu primeiro fora e depois disse que precisava partir. Como nosso pai fez. Pelo menos, Bruce teve a consideração de se despedir de mim. Me senti como se fosse arrancada da minha paz e, infelizmente, eu não podia impedi-lo.

Foi mais uma experiência que a vida me proporcionou, na tentativa de ensinar que, por mais egoísta que sejamos ao amar alguém, temos que aceitar as perdas e lidar com elas. Não foi tão fácil compreender, eu ainda era uma adolescente duas vezes mais temperamental e com certa frustração em relação a sentimentos. Inicialmente senti raiva do meu irmão. Raiva por ser o melhor no mundo, por ter se tornado meu herói e depois me abandonar como se fosse a coisa mais fácil no mundo.

Acordei de meu transe, saindo de meus devaneios e fui até a geladeira, onde não havia muita coisa. Nem o armário estava abastecido, eu havia esquecido completamente de abastecer. Troquei de roupa, já pensando no mercado, que ficava a dois quarteirões. Praticamente me arrastei, sem vontade nenhuma de sair de casa e ao mesmo tempo com a vontade de ficar longe daquele recanto.

A rua de trás estava movimentada, carros de luxo estacionados ao longo do acostamento e muitas prostitutas desfilavam na calçada. Eu não morava em um bairro nobre e, mesmo no centro da cidade, os investidores de negócios noturnos não poupavam seus recursos e táticas, então era o mínimo que se podia esperar. Passei na frente de um clube onde muitos homens ricos e fartos de suas esposas elegantes, frequentavam. O letreiro gritava "Censored" e variava entre azul e púrpura, iluminando as pessoas que entravam e saíam o tempo todo. No mesmo momento, um luxuoso carro preto parou alguns metros a frente.

Primeiro saiu um homem que estava no banco do passageiro na frente. Logo após saíram homens de cada lado das portas traseiras. Eles olharam ao redor, e o primeiro fez um sinal positivo para quem estava dentro do carro. Logo, surgiu de dentro do veículo um homem alto, ele usava um terno escuro, seus cabelos eram negros. Ele se virou e seus olhos encontraram os meus. Grandes olhos verdes. Me senti mal por ser pega no ato enquanto ele continuava a me encarar. Desviei o olhar, atravessei a rua e continuei meu caminho, mesmo assim podia sentir que continuava a ser observada pelos grandes olhos verdes.

Enquanto andava, subitamente um nervosismo me dominou. Pensei na sensação que aquele olhar me transmitia e a profundidade das cores que, mesmo não estando próxima, eu conseguia observar, e logo o reconheci. Era Adam. Adam Gilbert. Talvez ele também tivesse me reconhecido. Ou não, mas por que isso importava? Pensei quão desnecessária eu estava sendo ao me dar o trabalho de pensar nele, sem saber se queria ou não ser notada. Grande dilema, Heather. Que besteira, o homem nem devia lembrar meu nome.

Cheguei ao mercado, que funcionava até ás onze horas da noite, já que os clientes noturnos rendiam muito aos pequenos empresários daquela parte da cidade. Comprei itens básicos, só para não faltar enquanto não chegava o dia de ir às compras. A balconista me ofereceu um sorriso brilhante, mas era claramente o resto de um que já foi verdadeiro e se tornará anestesiado.

Apressei-me e voltei pelo mesmo caminho, mas dessa vez apenas o carro continuava no lugar. Pensei que era óbvio o que um homem faria na Censored, mas o que um homem como Adam Gilbert, que cativava as mulheres ao seu redor e podia desfilar com diferentes tipos todos os dias, faria lá? De qualquer jeito, era melhor esquecer esse episódio. Eu não podia afirmar nada ou supor. Nada disso era do meu interesse.

No dia seguinte acordei mais cedo que o normal e resolvi ocupar a mente. Sabia que não adiantaria ficar chorando pelos cantos e lembrando o quanto eu amava minha mãe, pois enquanto ela estava comigo declarei-me várias vezes e quando ela adoeceu, cuidei e dediquei meu tempo. Fiz o que pude e mesmo Bruce não vindo, ele também fez muito pagando todas as despesas. Entrei no quarto de minha mãe, que estava organizado da mesma maneira que ela deixara na última vez que esteve no local. Antes de ser internada. Preferi manter as coisas como estavam.

Aproximei-me de sua cama e passei a mão pela coberta, encostei a portinhola do guarda-roupa e dei uma olhada nos seus produtos de beleza, apenas ganhando tempo dentro do cômodo. Lembrei do quanto era vaidosa, acabando por ceder a lágrimas insistentes, mas não de tristeza e sim de felicidade por ter tido o prazer de conviver com uma mulher tão boa, divertida e amante da vida. Por ter tido a mãe em um milhão. Claro que a melhor parte foi antes do meu pai decidir viver uma vida descompromissada e sumir. E antes de Bruce escolher o mesmo caminho.

Liguei o aparelho de som que ficava na sala, um modelo antigo que fora um sucesso há muito tempo, tocando discos com baladas de uma década antes do meu nascimento. Um som que reconhecia desde minha infância tomou o ambiente, me apertando o peito com as memórias boas que a música trazia. Alive and kicking da banda Simple Minds. Minha mãe era grande fã de música, passando tal gosto para mim, e aquela música significava muito, principalmente em vi a calhar depois de tudo. "Vivo e seguindo em frente", era o que seu título dizia.

Olhando para meu passado e pensando em meu futuro, percebi que a vida é tão efêmera, as coisas acontecem rápido e eu gastava meu precioso tempo com coisas que não somavam e, em sua maioria, só me faziam mal, como mágoa e tristeza. Definitivamente, não deixaria a minha vida tomar esse rumo, eu deveria aproveitar como e quanto desse em vez de também seguir o mesmo caminho dos meus pais. Ela com certeza desejaria me ver feliz. E se eu fizesse as escolhas certas, em algum lugar, minha mãe, Suzan Colbert, sentiria orgulho. Eu precisava viver minha vida e seguir em frente.

Tais pensamentos acalmaram minha alma, me fazendo perceber que eu não devia me culpar, simplesmente aceitar. Infelizmente é a vida. A desgraçada da vida. Depois de uma breve reflexão, me concentrei nas atividades domésticas, porque eu ainda estava viva e habitava naquele apartamento. Também corria o risco de provocar alguma reação alérgica. Passei o dia arrumando os cômodos, mudando móveis de lugar e deixando o lugar mais do meu jeito. Quando terminei me senti mais livre, daí em diante não só o apartamento deveria mudar, mas minha vida também. Me joguei no sofá para descansar antes de tomar um belo banho.

De repente me veio uma ideia, algo que resolvi de última hora, porque se eu ficasse pensando o orgulho me evitar. Não que estivesse arrependida de me assumir, finalmente, como independente, mas eu precisava fazer aquela ligação. Não era por mim, e sim pelos velhos tempos e pelas ofensas recentes. Peguei meu celular e disquei o número que ele forneceu, o do telefone executivo de sua sala. Pelo menos era a linha direta dele.

- Bruce Colbert.

Sua voz soou fria e arrogante, pegando-me de surpresa.

- Sou eu Bruce.

Minha voz acabou soando como quando éramos mais novos numa nostalgia não pensada, até então. Eu esperava que ele não fosse indiferente comigo, apenas.

- Ah! Heather. Eu... - senti sua agonia e o desconforto - Fui informado sobre o que aconteceu. Eu queria estar aí, mas...

O interrompi antes de completar seu raciocínio.

- Eu não liguei para falar sobre isso. Mesmo que fosse... Bem, não podíamos fazer mais nada, não é?

Sua resposta seria meu refúgio naquele dia. Ele suspirou pesadamente e eu torcia para que tivesse escolhido as palavras certas.

- É... Acho que sim.

Sua voz soava melancólica. O arrependimento, talvez, o tivesse afetado, o deixando digno de compaixão. Parecia mais um auto-consolo, sem toda sua confiança comum, me dando a certeza de que ele não se tornará inatingível como parecia, ainda poderia ser o mesmo lá no fundo. E se fosse a minha vez de acalmá-lo, como eu faria? Ligava para Bruce justamente para me sentir melhor comigo e estar bem com ele.

- Me desculpa.

Após um silêncio momentâneo, pude ouvir seu suspiro fraco e o tom de voz tornou-se surpreso ao mesmo tempo que demonstrava algum temor. Após nossa última discussão, havia motivos para isso.

- Por que?

- Eu estava muito aflita, deixando o estresse me abater porque... Eu já sabia o que aconteceria, então acabei descontando em você. Sei que não devia ter feito isso e que não posso obrigá-lo a nada, mas queria que vocês se entendessem antes de toda essa droga se tornar real.

- Você sabe que não conseguiríamos, Heather. - Bruce riu para si mesmo de uma forma que me machucou, demonstrando que suas lembranças ainda eram frescas em relação às turbulências. - Que diferença isso faz agora?

- Eu só queria que você soubesse.

- Agora sei.

Talvez não fosse uma boa hora pelo jeito aéreo de falar comigo ou ele não quer ouvir sobre isso, mas eu precisava fazer a minha parte.

- Obrigada por não desligar na minha cara.

Sorri.

Bruce riu e pude ouvir alguém chamá-lo. Na verdade ouvi "Senhor Colbert, precisamos de sua atenção". Eu precisava da atenção dele e ninguém mais.

- Fico feliz em saber que você não está irritada, então sou eu quem agradece. Você é minha irmã, Heather, e mesmo após todo esse tempo, não há como deixá-la desamparada. Eu preciso ir agora, tenho alguns compromissos a resolver. - Ele fez uma pausa rápida antes de completar. - Tchau, Heath.

- Tchau, Bruce. - Murmurei antes que ele desligasse.

Eu não poderia estar irritada, a escolha era dele e pelo que foi ouvido era palpável o arrependimento, não queria nem imaginar a sensação. Não éramos as mesmas pessoas nem de longe, mas preferia estar sem falar com ele, não pelas discussões, apenas pela distância que os anos impuseram. Como ele dissera, ainda éramos irmãos e, um dia, poderíamos resolver tudo isso com a possibilidade de resgatar o que perdemos.

No meu último dia de folga continuei trancada no apartamento, queria só descansar e me preparar para o trabalho dobrado que estava por vir. Não fiz refeições em horários bem marcados, apenas alguns lanches quando sentia fome. Estava apenas aproveitando cada minuto numa paz que encontrei após minhas últimas atitudes, restabelecendo algumas bases internas sem forçar regras. Daria um passo de cada vez, sem pressa.

À noite, assistiria um filme na TV aberta e bem na hora que sentei no sofá a campainha tocou. Fiquei um pouco desconfiada. Nem Wanda faria uma visita a esse horário, a não ser que fosse chamada. Corri e olhei pelo olho mágico da porta, ficando surpresa ao ver Stephan. Ele estava com um dos braços apoiados na parede, não parecia muito bem. Obviamente, me preocupei com seu estado já que, nunca vira Stephan do jeito que estava.

Quando abri a porta, ele endireitou a postura, levantando os ombros e parecendo um pouco mais rígido com o semblante tornando-se tenso. Seus cabelos castanhos estavam mais revoltosos que o normal e a barba estava por fazer, coisa que também era inédita. A camisa do time de basquete de sua universidade combinava com seu corpo esguio e atlético e, pelo que sabia de sua rotina, não havia saído do treino há muito tempo.

Stephan me olhou dos pés a cabeça, demonstrando não ignorar os detalhes, principalmente nos meus seios sob o tecido fino da camisola. Estava tão à vontade que nem me dei conta de como estava vestida. Arrepios percorreram meu corpo e naquele momento senti vergonha de não sentir vergonha perto dele. Seus olhos pararam nos meus e nem precisei pedir que ele me explicasse o que havia acontecido. Subitamente levantou três dedos e mostrou-me.

- Três garrafas de cerveja para me encorajar e vir até aqui.

Em seguida abaixou um dos dedos.

- O número de calmantes para não desistir no meio do caminho.

Fechei os olhos em frustração, quase gemendo de cansaço pela situação. Eu não queria ter a conversa de novo. Não pela terceira vez, mas ele simplesmente não aceitava o fim do namoro. Stephan parecia incapaz de entender que não havia mais nada para nós dois após tantas tentativas. Ele chegou mais perto, o suficiente para eu ouvir sua respiração calma e sentir a minha um pouco mais rápida. Olhou-me nos olhos e acariciou minha bochecha. Aquilo mexeu comigo, e muito mais fisicamente.

Droga.

- Eu não consigo ficar longe de você.

Stephan sussurrou ao pé do meu ouvido.

Não sabia o que dizer, apenas me calei e ouvi. Não queria vê-lo sofrer, mas, para mim, nós dois nunca fomos nada no campo amoroso e ele não aceitava. Talvez um erro? Um erro muito bom, com certeza. Vivi ótimos momentos com Stephan, mas não me sentia como supostamente deveria.

- Você sabe que não estamos juntos porque você quer?

- Fico feliz que você tenha, ao menos, essa noção.

Logo que disse isso ouvi a dureza em minhas palavras, não era para soar assim, se ao menos pudesse parecer menos fria. Vi a dor nos olhos de Stephan e me arrependi do que falei, não queria feri-lo de jeito nenhum.

- Heather...
Ele sabia e continuava insistindo.

- É melhor você ir, Stephan. - Antes que eu diga mais alguma idiotice.

- Por favor. Heather, eu amo tanto você!

Estremeci quando ele disse isso, afastando-me antes que ele pudesse me beijar, mas Stephan segurou meu braço e me olhou, esperando que eu falasse algo que ele pudesse rebater. Suspirei e tentei esclarecer - de novo - e acabar com aquilo de uma vez por todas.

- Desculpa, mas eu não posso forçar isso. Mesmo depois de tanto tempo, depois de tudo... Eu não... Eu não amo você, Stephan. Eu gosto muito, mas não o amo.

Stephan ficou mudo. Não achei que iria doer tanto em mim quanto doía nele e tive a certeza de que esse sentimento era tão cruel quanto a perda; falo da culpa. Culpa por não amá-lo e culpa por magoar seus sentimentos, trazendo, consequentemente, sofrimento a quem não merecia. Então, Stephan apenas me olhou sem saber o que dizer.

- Eu... - Sua voz estava embargada e eu não queria vê-lo assim, demonstrando fraqueza atípica. Mesmo que não o amasse, Stephan ainda era uma das pessoas mais especiais em minha vida, fazendo com que sua dor me torturasse também, acabando por ficar ainda pior, num impasse.

- É difícil assumir, Stephan. Eu sempre tentei me convencer de que eu sentia isso, só era contida demais para demonstrar. Foi em vão, afinal não dá para enganar a si mesmo, não é? - Tentei sorrir, mas não estava dando certo. Nada estava dando certo.

Stephan chegou mais perto e segurou minhas mãos contra seu peito. Suas mãos tremiam levemente e estavam gélidas.

- Deixa eu tentar de novo? Por favor, eu sei que posso te conquistar, nós podemos fazer o que você quiser...

Sua voz estava cheia de promessas que não podiam ser realizadas, ou mesmo proferidas.

- Se eu aceitasse atrasaria sua vida e perdendo tempo da minha. Estaria mentindo para nós dois e isso não é justo. Nós passamos tanto tempo juntos, então, talvez não fosse pra acontecer.

Lentamente buscava minhas palavras.

- Eu adoraria atrasar minha vida com você, Heather. Não ligo que você minta, não ligo se você me magoar. Eu só não posso ficar longe de você.

Eu não podia gritar e mandá-lo embora, então o beijei. Foi um simples beijo na bochecha, mas meu carinho era verdadeiro.

- Não dá, Stephan. Acabou.

Ele fechou os olhos e me abraçou. Eu não sabia se estava fazendo certo, mas tentaria acabar com isso sem traumas ou mágoas. Já havia sido doloroso por um longo tempo é só havia cessado enquanto minha mãe piorava. Seu falecimento poderia ter desencadeado uma série de reações, principalmente o protecionismo de Stephan sobre mim. Eu poderia deixar que ele me consolasse e até queria, mas sabia que ele confundiria tudo novamente.

Antes de ir embora, Stephan disse mais uma vez que me amava e prometeu que iria me reconquistar. Eu não podia impedi-lo de tentar, mas não o deixaria ir longe. Se em cinco anos ele não conseguiu mexer comigo, não seria em alguns encontros que eu me apaixonaria perdidamente. Meu único medo naquele momento era que Stephan fizesse alguma besteira, mas ele saiu de cabeça erguida. Céus, para a minha sorte era o mesmo Stephan!

Tentei me animar, mas naquela noite mal dormi com a esperança de que tudo voltasse aos eixos e se tornasse melhor do que antes.


.
...
.

r e v i s ã o: @Crazy_Nutelleira

Olá, gente! Como estão?

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Vejo vocês nos comentários!
Até a próxima ;**

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