Abra os olhos, Anjo (livro 2)

By ShaiAssis

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***ATENÇÃO***: NÃO LEIA ESTA SINOPSE CASO AINDA NÃO TENHA LIDO O PRIMEIRO LIVRO, POIS ELA CONTÉM SPOILER DO M... More

Prólogo
1 - Encontro
Encontro pelos olhos dele
3 - O sonho
4 - Safiras familiares
5 - Descobertas
6 - Sonho dado ao criador
Nota
7- A festa
8 - Sentimentos
9 - Presente
Sorte?
10 - Que tal um beijo?
11 - Pronta para o passado
12 - Existem outras lagartixas
13 - Descobertas e um passeio
14 - Não me provoque
15 - Crescendo
16 - Sublime
17 - Angel
18 - Detalhes
19 - Recordação
20 - Família
21 - Bons sonhos
22 - Êxtase
23 - O passeio
24 - A batalha
25 - Para o seu bem
26 - Declaração
27 - Um novo inimigo
28 - Disputa acirrada
29 - O louco
30 - Sacrifício
31 - Ele voltou
32 - O medo pode unir rivais
33 - A hora de renascer
34 - Um simples toque
35 - O baile
36 - Em paz
37 - A noite
38 - Final
Epílogo
Agradecimentos/Nota

2 - Apenas um toque

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By ShaiAssis

A aula passou rapidamente, e eu, como sempre muito teimosa, não tirei os olhos do novo professor, ele perdeu o desafio, claro, pois olhou para todos os lados durante a aula, menos para mim, parecia... intrigado com alguma coisa.

Ganhei.

Quando o sinal tocou, avisando-nos de que o primeiro dia de aula havia finalmente terminado, comecei a guardar meu material despreocupadamente. Juliana aparentava estar com pressa, mas não me importei.

— Vamos, Su!

— Pode ir na frente. — Disse-lhe, e fiz sinal com a mão para que ela fosse.

A garota saiu sorrindo, obviamente havia percebido meu "plano". Quando todos os alunos já haviam saído, caminhei nervosamente até a mesa de Luca, ele continuava fechando seus livros, como se realmente não tivesse notado que eu ainda estava na sala. Então, apoiei minhas mãos em sua mesa. Ele olhou para cima.

— O que você quer? — Indagou, seu olhar era estranhamente sério.

Por alguma razão, travei, não consegui pronunciar uma palavra sequer. Na verdade, eu estava me sentindo um pouco tonta.

— Eu...

— Você...? — Levantou-se.

Encarei-o.

— Gostaria que você tomasse uma providência com relação ao que aconteceu.

O quê?! Por que eu disse isso?

Luca contornou sua mesa e parou à minha frente.

— Provavelmente, seus pais também serão chamados no colégio.

— E daí? Aquele idiota tem que levar uma punição!

Ele sorriu de lado.

— Qual é o seu nome? Na lista de chamada só há os números de vocês, creio que o sabem quando verificam suas salas antes das aulas começarem... — Comentou, como que para não dar tanta ênfase à sua pergunta.

— Você vai tomar alguma atitude? — Quis saber, mas contive meu tom de voz.

— Não sei, depende.

— De quê?

— Qual é o seu nome?

Revirei os olhos com impaciência.

— Droga! Não interessa, eu só estou pedindo que faça seu trabalho como deve!

Luca me olhou com descrença e aproximou-se, parando bem perto de mim, exalando um perfume maravilhoso... Pareceu-me muito ser hortelã. Percebi que ele era bem mais alto do que, o que me frustrou um pouco, mas mesmo assim, sustentei seu olhar, que era de completo desdém.

— Quem você pensa que é para me dizer como devo fazer meu trabalho?

Droga!

Saí da sala de aula apressadamente e dei de cara com Juliana algum tempo depois. Ela me encarou e sorriu.

— E aí? O que descobriu?

— Descobri que ele é um palhaço.

— Por quê?

— Não importa...

No portão de saída, ignorei todas as perguntas dela com relação a ele, e me despedi de forma rápida. Eu não conseguia tirar da minha mente o modo como Luca me olhara, e nem o que havia dito. O pior é que ele estava certo, eu não era ninguém, nem mesmo conseguia entender o motivo pelo qual fui falar com ele, e ainda exigir alguma coisa, eu devia ter parecido uma completa idiota. No caminho para minha casa, tentei me lembrar dos dias em que eu tinha aula de Literatura, e não tinha na terça.

Ótimo, não terei que ver a cara dele amanhã... Droga, por que estou tão incomodada com isso? É tão ridículo! Pense pelo lado positivo, você não levará nenhuma bronca do papai.

Após aproximadamente vinte minutos de caminhada, cheguei em minha casa. Na sala, Heloíse assistia a algum desenho idiota, mas que provavelmente me prenderia no sofá se eu me sentasse para assistir -devia ser algum tipo de mágica dos desenhos animados, principalmente dos mais ridículos.

— Papai tá bravo. — Avisou-me minha irmã enquanto se levantava do chão.

Ela subiu no sofá e cobriu-se com uma coberta cor de rosa.

— O que aconteceu? —Perguntei, colocando a mochila no sofá.

— Não sei, não...

— Susana! — Ouvi a voz do meu pai gritar da cozinha.

Fui calmamente até lá, afinal, o que eu havia feito? Não tinha motivo algum para me preocupar. Bem, pelo menos era o que eu achava.

— Oi, pai. — Murmurei enquanto me recostava na geladeira.

— A diretora da sua escola me ligou há uns dez minutos, pediu para que eu fosse ao colégio amanhã, ela me disse que você se envolveu numa briga nas últimas aulas. Isso é verdade?

Hesitei.

— Eu... hum...

— Mas que droga, Susana! No ano passado foi a mesma coisa, bem no primeiro dia de aula... Eu mereço.

— Tá legal, no ano passado, talvez eu tivesse sido um pouco... encrenqueira. — Falei num tom ameno. — Mas dessa vez a culpa não foi minha, eu juro.

— O que realmente aconteceu, então? — Questionou-me ele, encarando-me furioso.

Cocei a cabeça, estava nervosa, não por estar levando aquela bronca, mas por não estar preparada para ela, afinal, Luca havia me dito que não faria nada a respeito do ocorrido.

— Um cara ficou me enchendo o dia inteiro, pediu para ficar comigo, mas eu não quis... Então, no fim da última aula, ele passou a mão em mim, pai... Eu tive que socar a cara dele!

— Bem, se foi por esse motivo, amanhã esse moleque ganhará mais alguns hematomas na cara! — Respondeu meu pai, ainda nervoso.

Mas eu sabia que não estava ressentido comigo. Sorri e virei-me para ir ao meu quarto, mas ele me chamou outra vez.

— Susana?

— Oi?

— Quero que você converse com Heloíse sobre um assunto delicado.

— Que... assunto? — Indaguei, embora já imaginasse do que se tratava.

— Muito provavelmente, nós... vamos nos mudar.

— O quê? Por quê?

Ele ficou de frente para mim e olhou-me seriamente.

— Lembra que eu estava tendo encontros com uma moça... Você disse que não se importava.

— Claro, se ela não tentasse se passar pela mamãe... Aliás, você nunca me apresentou essa mulher... e já faz bastante tempo que estão juntos.

— Sim, exatamente. Eu a apresentaria a vocês num fim de semana que fôssemos até o Rio... Nós queríamos morar juntos, mas ela não pode vir para cá.

— Por que não? Qual é mesmo o nome dela? Carine?

— Sim... Carine não pode deixar seus negócios no Rio.

— E o senhor pode deixar os seus aqui? Pai, eu cresci aqui! Juliana é minha amiga de infância, você não pode fazer isso!

— Posso, e enquanto vocês duas estiverem sob minha guarda, terão que me acompanhar para qualquer lugar que eu decida ir.

Eu queria gritar. Mas decidi magoá-lo um pouco, que dizer... bastante.

— A mamãe nunca faria isso com a gente.

Saí rapidamente da cozinha e fui para o meu quarto. Depois de me deitar na cama e chorar um pouco silenciosamente, ouvi o barulho da porta ser aberta, e notei uma criança de cabelos ondulados e ruivos entrar no quarto, seus grandes olhos verdes estavam tristonhos, e não havia nem sinal do sorriso doce que sempre estavam presentes em seus lábios rosados.

— Su... — Heloíse me chamou baixinho.

Ela subiu em minha cama com um pouco de dificuldade.

— O que foi, Ise?

— Eu ouvi... Você brigou com o papai.

— Não brigamos, não, meu amorzinho.

— Ele tá com uma mulher, a gente vai se mudar pro país dela?

Foi impossível não sorrir.

— País? Não, Ise, não vamos nos mudar, eu prometo. Bem, a menos que você queira...

— Não, eu gosto daqui, aqui tem a loja do papai, tem a sorveteria, tem o parque, tem o lago perto da escola...

— Lá na cidade da Carine também há todas essas coisas, talvez até mais.

Eu não queria me mudar, claro, mas eu tinha consciência de que o Rio seria muito melhor para Ise no quesito lazer. Não podia simplesmente mentir para ela apenas para meu bel-prazer.

— Gosto mais daqui. — Respondeu ela, apenas.

— Eu também... — Beijei sua testa. — Já almoçou?

— Sim... Papai fez batata frita.

— Eu vou almoçar agora, então, Ise.

Levantei-me e fui até a cozinha novamente. Meu pai não estava lá, devia ter ido para a loja, o que achei ótimo. Após o almoço, lavei a louça, varri a casa toda, e ainda reguei as plantas e flores do jardim, que estavam muito bonitas, diferentemente dos lírios do sonho que eu havia tido.

— Aquele sonho estranho...

O clima havia esfriado um pouco, então peguei uma coberta e fiquei lendo deitada em minha cama até às 18h, mais ou menos. Sim, passei o dia todo mergulhada na leitura. Tomei um banho e vesti uma calça de moletom confortável, juntamente com uma blusa de lã fina.

— Ise? — Chamei minha irmã enquanto saía do quarto, secando meu cabelo com a toalha.

— O quê? — Perguntou-me ela, ficando de pé no sofá na sala.

— Já disse pra você não ficar em pé no sofá!

Ela se sentou.

— Que foi?

— Que pizza?

Heloise sorriu.

— Quero!

— Do quê? — Indaguei, já pegando o celular a fim de ligar para uma pizzaria que ficava no centro da cidade.

— De chocolate.

— Ah, não, escolhe alguma coisa salgada.

— Calabresa.

— Okay.

Depois de encomendar nosso jantar, levei Heloíse para o banho, tinha sorte dela ser uma das poucas crianças que não se importavam de lavar o cabelo, pelo contrário, ela até gostava. Algum tempo depois, meu pai chegou do trabalho.

— Já jantaram? — Perguntou, sem olhar para mim.

— Não, a Su pediu pizzaaa! — Exclamou minha irmã.

— Ah, que bom... — Ele pegou sua carteira em um dos bolsos traseiros da calça jeans escura que usava e tirou algumas notas, depois as estendeu para que eu pegasse.

— Não, eu pago. — Respondi firmemente, pensando no que recebia quando trabalhava na loja para meu pai. — Tenho que me acostumar, afinal, vou morar sozinha daqui a algum tempo.

Papai me encarou, pareceu ter ficado chateado, mas não me importei. Ele beijou Heloíse no topo da cabeça, e foi para seu quarto. Respirei fundo. Eu realmente não gostava daquela situação, mas não podia e não aceitaria me mudar por causa de uma mulher que eu nem sequer conhecia.

Nosso jantar chegou algum tempo depois daquela longa conversa. Após comermos a pizza, Heloíse e eu conversamos sobre como seria ter um estoque de pizzas em casa, muito criativo vindo de uma menina de apenas quatro anos.

— Seria bem legal. — Comentei, por fim.

— Imagina um de chocolate!

Revirei os olhos.

— Certo, agora vá escovar os dentes para dormir, Ise.

— Mas tá cedo, e eu não tô com sono...

— Nem tanto, e eu estou com sono.

— Ah... tá bem.

Beijei-lhe a testa e ela saiu correndo para o banheiro. Guardei o que sobrou da pizza na geladeira, na verdade, até pensei em chamar meu pai para que ele pudesse comer também, mas desisti. Fui até o quarto da minha irmã, ela estava deitada e a luz de seu abajur, acesa.

— Boa noite, Ise.

— Boa noite, Su... — Murmurou ela.

Sorte que não está com sono.

Sorri e fui para meu quarto, peguei um edredom, deitei-me e apaguei a luz, felizmente o interruptor ficava próximo à minha cama, já que eu quase sempre esquecia que havia um abajur em meu criado-mudo, que ficava ao lado da cama. Demorei algum tempo para dormir, permaneci alguns minutos pensando no olhar de Luca quando me viu pela primeira vez naquele dia, como se quisesse... enxergar através de mim, tinha sido um olhar tão intenso que havia me deixado indiferente a todo o resto.

Adormeci ainda com os olhos negros dele em minha mente.

— Vamos logo, Susana! — Meu pai falou seriamente enquanto nós dois caminhávamos pelo corredor no qual se localizava a sala da diretoria da escola. — Sua diretora disse para estarmos aqui bem antes do início das aulas... Mas você não consegue acordar nem um minuto antes das seis.

— A diretora pode esperar um pouco...

O olhar severo do Sr. Albuquerque se dirigiu a mim com eficácia. Quando finalmente entramos na sala, dei de cara com Vitor e uma mulher alta e magra, cujo tom dos olhos era o mesmo daquele moleque, devia ser a mãe dele. Ela parecia furiosa com o garoto, pois não parava de lhe dirigir olhares de desaprovação. Eu queria rir, mas me contive. Então, percorrendo os olhos por toda a ampla sala, avistei Luca encostado em uma das janelas. Quando me viu, ele apenas acenou com a cabeça e tornou a olhar para a diretora. Virei-me para ela, cujo cabelo vermelho sangue era tão chamativo quanto o gato preto que se acomodava em seu colo. Em sua mesa havia uma plaquinha de madeira com a frase "Espero que seja a última vez que veio a esta sala". Bizarro. Eu mesma já vira aquela placa várias vezes, e nada de mais havia acontecido.

— Ah! — Exclamou a diretora Vanessa. — Sr. Albuquerque, sente-se aqui. — Ela indicou uma cadeira que estava em frente à mesa. — Susana, pode esperar ali no sofá, logo conversarei com você.

Eu apenas assenti, e vi a mãe de Vitor se sentar na cadeira ao lado do meu pai, e o rapaz ficar de pé ao seu lado. Caminhei até o sofá marrom que havia na sala, o qual ficava perto de uma janela alta. Sentei-me ao lado de Luca

— Achei que não fosse fazer nada. — Comentei de forma ríspida, mais do que eu pretendia, na verdade.

Ele me encarou.

— Susana. — Disse, somente.

— Que é? — Indaguei, questionando seu olhar curioso. — Você disse que não faria nada.

— Mas foi você quem pediu. — Rebateu, aparentemente desconfortável com alguma coisa.

Aproximei-me um pouco dele.

— Sim, mas se eu soubesse que levaria uma bronca quando chegasse em casa, já teria um resposta na ponta da língua. — Pisquei para ele. — Apesar de que meu pai está furioso com Vitor.

Encarei o garoto que se encolhia de pé ao lado da mãe. Comecei a rir baixinho quando esta segurou fortemente seu braço, repreendendo-lhe pelo que ele fez no dia anterior.

— Por que está rindo? — Luca me perguntou.

— Não está vendo? A mãe dele está dando apenas o começo de sua surra aqui... Queria poder presenciar o que acontecerá quando ele chegar em casa depois das aulas.

— Quanta infantilidade.

Encarei-o.

— Mas que belo estraga prazer... — Resmunguei.

— Ah, desculpe-me se estraguei sua diversão.

Fiquei em silêncio por alguns segundos.

— Chato. — Xinguei-o num tom baixo, e não soube dizer como ele me ouviu.

— Criança. — Retorquiu.

Abaixei o olhar e respirei fundo.

Acalme-se.

Comecei a enrolar meus cachos com o dedo indicador, esperando ser chamada pela diretora. Olhei para Luca, ele estava com os olhos fechados e mais perto de mim do que devia. Estaria ele sentindo meu perfume?

— Ei! — Chamei-o, tocando seu antebraço sobre a camiseta.

Eu tive certeza de que ele ficou constrangido.

— Desculpe.

Sorri brevemente.

— Você é meio... diferente, às vezes.

— Por quê? — Indagou ele, endireitando-se no sofá.

— Porque...

— Susana? — Interrompeu-me Vanessa.

Levantei-me e fui até a mesa dela.

— Sim?

— Ouvimos a versão de Vitor sobre o ocorrido, agora gostaríamos de ouvir a sua, se possível.

— Claro...

Contei a eles tudo o que havia acontecido no dia anterior, Vitor me encarou e franziu as sobrancelhas claras.

— Eu não fiz isso! — Exclamou, exasperado.

— Mentira! — Luca e eu falamos ao mesmo tempo.

Todos se viraram para trás, Luca havia se levantado, e caminhava em direção a nós com estabilidade.

— Alguns alunos viram, tenho certeza. — Afirmou.

— Você não sabe de nada! — Gritou Vitor.

— Vitor! — Repreendeu-o sua mãe.

— Não sei como me decidir... — começou a diretora. — Manteremos isto assim, livre de punições para ambos. Mas, caso haja mais algum acontecimento desse tipo, no qual você, Victor, estiver envolvido, as consequências serão péssimas.

— A senhora tem que tomar alguma providência! — Disse Luca, ligeiramente nervoso.

— Essa é a minha palavra final.

Ouvi-o respirar fundo, ele me olhou de relance, e apressadamente saiu da sala. Depois que meu pai foi embora, corri pelo corredor atrás de Luca, o sinal ainda não havia tocado, então supus que estivesse caminhando em direção à sala que daria aula. Procurei no corredor de baixo e não o encontrei. Subi rapidamente a escada e o avistei prestes a entrar em uma das salas. Andei rapidamente até ele e segurei seu antebraço. Quando ele se virou, olhou-me com fúria.

— O que você quer?

— Agradecer, você me defendeu... Obrigada.

— Não fiz isso por você. Aliás, era meu dever, já que eu sabia a verdade. — Respondeu, rispidamente.

— Por que está falando assim comigo?

Ele respirou fundo e encarou-me. Seu cabelo caído sobre a testa dava-lhe um ar juvenil e atraente.

— Porque toda vez que olho para você, eu lembro... — sua voz falhou.

Os olhos negros dele brilharam, e ele segurou minha mão com suavidade. Seu toque percorreu toda a extensão do meu braço, era um toque gentil, e quase... quase familiar. Percebi que muitos alunos nos encaravam tentando entender o que estava acontecendo, mas eu simplesmente não conseguia me soltar, era uma sensação terna e agradável.

— Lembra do quê? — Eu quis saber.

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