Apenas Uma Chance

By MichelleFontinele

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Rosely Lyndrax tinha dezesseis anos quando conheceu Alex, o melhor amigo do seu irmão. No momento que o viu s... More

Capítulo 1 - ROSE
Capítulo 2 - ROSE
Capítulo 3 - ROSE
Capítulo 5 - ROSE
Capítulo 6 - ALEX
Capítulo 7 - ROSE
Capítulo 8 - ALEX
Capítulo 9 - ALEX
Capítulo 10 - ROSE
Capítulo 11 - ALEX
Capítulo 12 - ROSE
Capítulo 13 - ALEX
Capítulo 14 - ROSE
Capítulo 15 - ALEX
Capítulo 16 - ROSE
Capítulo 17 - ALEX
Capítulo 18 - ROSE
Capítulo 19 - ALEX
Capítulo 20 - ALEX
Capítulo 21 - ROSE
Capítulo 22 - ALEX
Capítulo 23 - ROSE
Capítulo 24 - ALEX
Capítulo 25 - ROSE
Capítulo 26 - ALEX
Capítulo 27 - ROSE
Capítulo 28 - ALEX
Capítulo 29 - ROSE
Capítulo 30 - ALEX
Capítulo 31 - ROSE
Capítulo 32 - ALEX
Capítulo 33 - ROSE
Capítulo 34 - ALEX
Capítulo 35 - ROSE
Capítulo 37 - ROSE
Bônus - DERECK
Capítulo 38 - ALEX
Capítulo 39 - ROSE
Capítulo 40 - ALEX
Capítulo 41 - ROSE
Capítulo 42 - ALEX
Capítulo 43 - ROSE
Capítulo 44 - ALEX
Capítulo 45 - ALEX
Capítulo 46 - ROSE
Capítulo 47 - ROSE
Capítulo 48 - ALEX
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
BÔNUS 1 - Gravidez
BÔNUS 2 - Os Nove Meses
Bônus 3 - Mãe & Filho

Capítulo 36 - ALEX

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By MichelleFontinele

Entro no quarto segurando firme a garrafa de whisky e me sento no maldito puff de frente a janela. Olhos focados nas luzes de Nova York começo a beber do gargalo mesmo. Solto um gemido sentindo as dores da briga de cedo. Dores que daqui a pouco estariam adormecidas pelo álcool.

Ao sermos expulsos do apartamento por uma Rose bastante brava continuamos a nossa briga no estacionamento do prédio. Tentei me explicar. Contei que estávamos juntos num relacionamento sério e nada de casual como sua irmã relatou.

Dereck zombou não acreditando que realmente eu amasse Rose que tudo não passava apenas de tesão pela "irmãzinha do melhor amigo". Nossa discussão piorou. 

Até certo ponto entendia sua raiva e até aceitava as merdas que estava falando, mas quando passou do limite em algo que não deveria perdi o resto de consideração e paciência que me restava partindo para cima dele. Hector e o porteiro foram quem separaram a gente.

Está noite tinha sido uma merda. Não saiu como eu planejava. Se tornou um desastre. Porra! Só posso ser mesmo um bastardo covarde que traiu o melhor amigo e que vai perder a mulher que ama assim que o amanhecer chegar.

— Fodi tudo. — resmungo entornando a garrafa.

Dereck contaria tudo para Rose. Tinha razão eu não poderia fazer sua irmã feliz. Sou um homem que não vale a pena amar. Eu deveria ter dito antes. Falado dos meus pesadelos que tanto me atormentam.

Eu ainda posso ir no seu apartamento e contar antes que seja tarde demais. Porra! Ainda tem a Dafine que é amiga dela e irmã do Beto. Caralho! As coisas podiam piorar?

Pego o celular discando seu número. Ligo e fico sem resposta. Melhor ir lá. Tento me levantar, mas cambaleio e caio de volta no puff. Começo a rir feito um maluco e vendo que estou embriagado decido que ir desse jeito apenas pioraria mais do que estão as coisas. Sentado prometo que ao amanhecer tudo se resolveria. Falaria do meu envolvimento com a Dafine e o que quisesse saber.

Em algum momento devo ter desmaiado. Sentindo um dor infeliz de cabeça acordo com a peste do empata foda lambendo meu rosto. Empurro Eros e olho a redor vendo a garrafa vazia jogada no chão ao meu lado. 

Esqueço por um breve segundo o motivo de ter enchido a cara e dormido num puff com o sol me queimando, mas quando as lembranças do que ocorreu desabam em mim o meu estômago se revira fazendo com que eu corra rápido para o banheiro. Enquanto vômito tudo que bebi o suor escorre pelo meu corpo.

— Sério, primeiro Dereck e agora você.

Vomitando com o rosto enfiado na vaso sanitário escuto uma doce voz sarcástica. Rose manda Eros ficar quieto para depois sentir as pequenas mãos em mim. Tremo com o simples contato. Merda! Ela tinha que me ver justo assim.

— Um banho vai te ajudar, mocinho.

Ela espera que eu termine de por tudo para fora e depois começa a tirar minha roupa. Solto uma curta risada fraca ao ver como soou parecida com aquelas mães mandonas. Exausto e de ressaca fico parado a vendo tirar cada peça me deixando nu. Sem dó me jogou debaixo do jato gelado fazendo com que eu solte um palavrão. 

Limpo sou levado para a cama. Engulo o comprimido que me entrega. Como tinha se molhado ao me ajudar Rose troca a roupa por uma seca. A observo querendo saber o porquê de estar aqui principalmente cuidando de mim. Não consigo perguntar com medo da sua resposta.

Se tratando dela me tornei um grande covarde. Tenho vergonha de mim, um homem impetuoso que se tornou um garotinho assustado por causa de uma fodida mulher.

Cansado fecho os olhos. A cabeça ainda lateja. Sinto como se tivesse sido atropelado por que meu corpo todo doía. Eros se acomoda ao meu lado e nem me preocupo por estar em cima da cama perto de mim. Acabo me entregando ao sono.

— Se lembra de mim, Alexander? — ele pergunta dando um aperto forte no meu ombro ferido onde levei o tiro. Solto uma maldição ao sentir a dor. — Claro que se lembra. Você achou mesmo que iria escapar de mim tão fácil assim seu moleque estúpido. Não sabe o quanto esperei por esse maldito dia.

— Vai se foder! — rosno já sabendo que ele vai me matar de qualquer maneira então não suplicarei por minha vida. Esse desgraçado não terá misericórdia.

— Seu bastardo então é assim que vai tratar o seu único parente vivo? Pode ter me negado grana antes, mas não me negará agora. — ele disse com um sorriso frio. — Soube que a empresa que abriu com seu amigo está lucrando. Fontes me informaram que vocês estão indo muito bem. Inclusive aquele seu amigo drogado me contou algo interessante. Parece que você anda fodendo a irmã de seu parceiro de negócios. Parceiro que inclusive vem de uma família muito rica.

Fico calado apenas o encarando com um ódio mortal enquanto ele me olha com desprezo e aponta a arma para minha cabeça.

— Tenho que admitir você é tão ganancioso como o trouxa do seu pai e orgulhoso feito a cadela da sua mãe.

— Não ouse falar dos meus pais. — rosno.

— O que foi? Vai chorar? — ele zomba. — Me livrar deles foi a melhor decisão que tomei. Foi tão fácil e satisfatório.

— Do que diabos fala?

— Seu passado encontrou você e não haverá paz enquanto estiver ainda vivo o último Russell.

Meus olhos abrem, com o corpo suado e coração batendo rápido me sento na cama. Acabei adormecendo. As cortinas estão fechadas e não vejo Rose no quarto apenas encontro Eros roncando de barriga para cima ao meu lado.

Saio da cama e vou a sua procura. Um suspiro de alivio escapa quando a encontro na sala sentada no sofá perdida em pensamentos segurando uma xícara. Como se sentisse minha presença Rose vira o rosto me dando um sorriso fraco.

— Melhor? — perguntou para mim. Vou até nela sentando ao seu lado. — Aqui. — me entrega sua xícara cheia de chá.

— Obrigado. — agradeço tomando um gole. — Estou bem melhor.

— Seu lábio está cortado e o seu olho inchado. — ela disse analisando meu rosto. — Eu soube que você e meu irmão se atacaram novamente no estacionamento. Não sei qual é o maldito problema de vocês homens que acham que esmurrarem um ao outro resolve tudo

— Dereck acabou falando umas coisas bastante desagradáveis. Não pude ficar calado ouvindo a tudo. Entendo que esteja puto comigo, mas não tem o direito de falar certas coisas ofensivas ao seu respeito.

— Eu sei o que meu irmão falou, Alex. Ele já me pediu desculpas.

— Como?

— Minha mãe ligou para mim querendo saber o aconteceu para que o Dereck tivesse chegado em casa fedendo a álcool, machucado, falando o quanto te odiava e que eu fui possuída e precisava urgentemente se exorcizada.

Só Dereck bêbado para dizer uma coisa dessa. Eu riria se o assunto não fosse tão sério.

— Sua mãe deve me odiar agora e seu pai nem se fale com certeza quer me matar. — eu disse envergonhado baixando a cabeça e olhando para o chão. — Eu realmente sinto muito, Rose. Nunca quis que você e Dereck brigassem. Fui o culpado por não contar nada ao seu irmão. Tive tantas oportunidades, mas sendo um imbecil preferi manter segredo.

— Você não teve culpa de nada. Não foi somente você que quis se manter assim. Eu sei o quanto erramos, mas o que podíamos fazer desde que nosso relacionamento é complicado. Nem sabemos realmente se vamos ainda ficar juntos quando voltar para Los Angeles. Mantemos segredo por ser o melhor. Não queríamos o atormentar.

— Preciso conversar com Dereck. — procuro o relógio que fica pendurado na parede. Arregalo os olhos ao ver que marcava duas horas da tarde. — Cacete! O almoço marcado com sua mãe.

— Não se preocupe. Expliquei tudo quando dei uma passada lá antes de vim para cá.

— Você foi lá? — pergunto receoso. — Fazer o quê?

— Conversar com o meu irmão. Ele não te ouviria por está bravo então eu mesma teria que pelo menos amenizar um pouco a situação. Eu tinha que contar o meu lado da história e o porquê de não ter falado nada. Lógico que discutimos, mas sendo teimosa eu só sairia de lá quando resolvesse essa confusão. E depois de um tempo chegamos finalmente a um entendimento.

— Dereck te contou...   

— Apenas o de sempre.—  ela me interrompe. — Sabe, eu tive uma nítida sensação que estaria me escondendo algo. Na verdade nem prestei atenção desde que o idiota falava gritando. Você sabe que eu odeio quando gritam comigo. Acredita que foi preciso a nossa mãe interferir para acalmar os ânimos? Dereck poder ser um cabeça dura tanto quanto você. Poderiam ser irmãos, mas depois do sermão que tomamos da mamãe fomos capazes que conversamos civilizadamente.

— Se acertaram? — pergunto.

— Acredito que sim. Expliquei a nossa situação. Falei que não era uma menina indefesa para ele se preocupar. Já tinha feito o que um irmão faria que foi te bater. — ela sorrir. — E que caso terminássemos não morreria. Apenas iria seguir em frente com minha vida ficando com um gostoso melhor de cama do que você. A vida continuaria sem nenhum problema. Enfim, nos abraçamos e ficamos bem.

Eu admirava esse sua facilidade de resolver algo conversando. Na verdade para Rose qualquer problema tinha que ser resolvido de cabeça erguida e bem direto. Caso não desse certo foda-se esse era seu lema. Nada de ficar se lamentando. Para minha menina tudo tinha solução e as soluções que usava às vezes me surpreendiam.

— Fico contente que você e seu irmão tenham se acertados. — a puxo para perto de mim.

— Apenas falei a verdade, Alex. — se aconchegou em meu peito. — Dereck pode ter me perdoado, mas eu sei que está bastante magoado pelo que fizemos. Ainda vai levar um tempinho para entender totalmente e se conformar. Agora o que me preocupa é a situação de vocês dois. Eu tive a facilidade de ser perdoada por que sou a sua irmã e no fundo ele ache ainda que você é o grande lobo mal da história, mas eu não quero que por minha causa a amizade de vocês acabe. Sei que iram conversar e espero que cheguem ao um entendimento amigável. São melhores amigos e sócios na empresa que ambos construíram juntos com muito esforço. Odiaria ver os dois homens que amo se odiando justamente por causa de mim.

— Não se culpe, amor. — seguro seu queixo e puxo para que me olhe. — Há muita coisa fodida sobre meu passado que você não sabe, mas o seu irmão sim. Ele me conhece o suficiente para não querer sua irmã envolvida comigo. Então entenderei se Dereck não me perdoar e nunca mais querer ver minha cara.

— O que tanto me esconde, Alexander? — ela planta a mão no meu peito e se afasta. — Para mim você acabou de soar como se tivesse feito coisas muito ruins no passado. Falando assim é como se minha vontade de estar com você fosse errado. Como se nós juntos fosse errado.

— Não vou mentir, Rose. Eu não mereço você. Fiz coisas que no qual me arrependo. Sei que não sou bom o suficiente para você, mas enquanto me quiser eu sou todo seu. Estarei aqui te amando até o dia que perceber que não sou o homem certo para você.

— Acredito que esse dia nunca chegará. E pare com esse medo bobo. Você está errado em dizer que não te mereço. Eu te amo desse jeito seu cretino de ser.

Era obvio que eu não podia viver mais sem Rose na minha vida. A beijo com todo meu amor. O beijo apaixonado que começou delicado muda de proporção.

— Te quero para sempre, Rose. — sussurro contra seus lábios a puxando para meu colo. Ao sentir minha ereção ela solta um gemido. Tirando seu vestido e ficando somente de calcinha fico hipnotizando por tamanha beleza dessa mulher. — Maravilhosa. Te amo.

— Te amo. — sorrindo ela devolve olhando no fundo dos meus olhos.

Rapidamente se livramos do resto de roupa que faltava. Montada no meu colo Rose começa a baixar lentamente o seu corpo até que a ponta do meu pau duro toca sua entrada molhada.

— Alex. — ela sussurra meu nome me recebendo de devagar.

Ela precisa ser mais rápida por que se não eu iria explodir, mas a maldita resolve parar. Me encara dando aquele seu sorriso perverso.

Cadela provocadora! 

Me segurei enquanto me torturando Rose descia lentamente se afundando por completo no meu pau. Sem mais paciência com o joguinho agarro firme seu quadril e empurro o meu de encontro com o seu a fazendo gritar. Se movendo jogou a cabeça para trás me dando acesso completo ao seu pescoço. Beijei, lambi, mordi e a marquei. Minha. 

Minha pequena menina safada começa seu ritmo me montando rápido e duro. Ela estava quente, macia, molhada, apertada e... Porra! Não estou usando a droga do preservativo.

— Rose temos que pa... — ela me corta grudando a boca na minha. Me beijando manteve seu ritmo de sobe e desce.

Como conseguirei fazer com que pare? É impossível. Não tem como. Essa Deusa está me deixando incapaz de pensar e falar direito.

— Foda-se! — eu solto enquanto a ouço grita pelo seu clímax.

Maldição! Tão perfeita gozando. Não consigo mais me segurar. Enterro minha cabeça em seu pescoço quando atiro minha libertação dentro dela.

— Esqueci do preservativo. — passando a mão no seu cabelo informo depois de um tempo quando conseguimos nos acalmar. 

Não era a primeira coisa que eu queria dizer, mas tinha que falar. Eu nunca havia tido relações sexuais antes sem camisinha.

— Tudo bem. Estou tomando pílula.

— Está dentro de você sem nada entre nós foi a melhor experiência da minha vida. Uma sensação maravilhosa.

— Nossa que coisa romântica que se diga. — ela disse sarcástica me fazendo rir. Só que paro quando começa a se mexer no meu colo arrancando um gemido de mim. — Adorei te sentir sem nada, no entanto não é seguro.

— Eu sei, mas bem que poderíamos sei lá de vez em quando não usar nada nos dias que não tivesse no seu período fértil.

— Não vou arriscar, bonitão.—  ela discorda para minha infelicidade. 

A campainha toca e fortes batidas na porta acaba com o nosso momento de prazer no sofá da sala. No meu colo sinto Rose ficar tensa. Ela está encarando a porta.

— Será o meu irmão? — ela pergunta tirando os olhos da porta e mordendo seu lábio inferior. — Droga! Dereck tinha que aparecer justo agora.

Ela se levanta do meu colo. Eu entrego seu vestido.

— Vá para o quarto. — mando preocupado que caso seja realmente Dereck não vá gostar de saber que acabei de foder a sua irmã.

— Não. — ela coloca o vestido enquanto as batidas continuavam cada vez mais fortes. — Eu ficarei. Não quero que ambos novamente se machuquem.

Por que tinha que ser tão teimosa?!

— Meu amor não entenda errado, mas se o seu irmão a ver aqui não vai ajudar principalmente com sua aparência de agora.

— Porra! — passando a mão no cabelo bagunçado Rose compreende o que estou querendo dizer. — Tudo bem, mas, por favor, não batam um no outro.

Sorrio e dou nela um rápido beijo.

— Eu sei que está ai, Alexander! Abra a maldita porta seu maldito filho da puta mulherengo. — ouvimos vim por detrás da porta para em seguida mais batidas.

— Beto? — confusa Rose se afasta de mim ao escutar a voz do amigo enquanto congelo no lugar. — O que ele faz aqui?

Oh, não! Agora não.

— Me ouça, por favor. Suba e fique dentro do quarto. — peço a impedindo de ir abrir a porta.

— O que está acontecendo? — ela quis saber tentando se soltar das minhas mãos. — Eu posso saber o que um Beto furioso quer com você, Alex?

— Rose prometo que vou te contar, mas não agora. — eu disse ficando desesperado. — Por favor, apenas suba e fique no quarto.

— Eu vou derrubar essa porta. — grita Beto. Escutamos uma pancada contra a porta e depois um gemido. — Droga! Nos filmes para ser tão fácil. Aí, acho que quebrei meu braço e minha bunda.

Sem me dar ouvidos Rose me empurra indo abrir a porta. Beto que estava se levantando do chão ao vê-la na sua frente arregala os olhos. Seu choque não dura por muito tempo.

— Seu cretino mentiroso! — Beto invade o apartamento furioso sem ser convidado vindo na minha direção. E para minha surpresa sou pegue desprevenido por ele que me acerta um soco. Indo revidar por que homem nenhum bate em mim e sai ileso Rose se mete ficando na frente do seu amigo.

— Mais que porra, Beto! — chocada Rose se vira para encarar o seu amigo. — Por que bateu no Alex?

— Caralho, isso dói pra cacete. — disse Beto gemendo de dor. Bem feito! — Ser macho não é para mim. Além do meu braço e da minha bunda acho que quebrei também a minha mão. Preciso de um hospital. Preciso de um médico de preferência gostoso.

Respiro fundo. Me seguro para não acertar um soco de verdade na cara desse babaca para ver se ele vira homem e pare de falar besteiras.

— Menos drama, Beto. O que está havendo para você ter batido no Alex?

— Não acredito. Você não contou para Rose?! — Beto grita com um olhar acusador para mim. — Como pode, Alexander? Eu sei que minha irmã não é nenhuma santa. Vivia dando conselhos para aquela cabeça oca segurar a piriquita, mas Dafine nunca me deu ouvidos. Ela sabia muito bem no que dava se meter com homens galinhas. Mas você não vai fazer o mesmo com a minha melhor amiga. Eu não vou permitir que brinque com os sentimentos dela assim como anda fazendo com a burra da minha irmã seu cachorro insensível que acha que tem a porra de um pau super poderoso.

Rose ainda digere as palavras do Beto.

— Diga, Alexander! A espécie de homem miserável que você é. Que você é o cafajeste que anda transando com minha irmã às escondidas. Por isso Daf nunca me contava sobre o tal misterioso homem, até ontem quando a coloquei contra a parede exigindo saber o nome do cretino por quem estava se desmanchando em lágrimas.

— Rose eu... — dou um passo na sua direção e ela dar outro para trás.  

— E por acaso você pensa que eu não sei que mandou uma mensagem ontem para minha irmã pedindo que não contasse nada a Rose. 

— Não mandei porra nenhuma de mensagem. — me defendo.

— É muito cara de pau, né colega?!

Vou acabar batendo nele. 

— O canalha por quem Dafine se apaixonou é você. — a expressão antes de confusa some dando lugar a uma mistura de magoa com fúria.  

Me aproximo e quando tento tocar nela se afasta.

— Oh, não! Não se aproxime de mim. Isso não está acontecendo. — ela disse balançando a cabeça em negação. Porra! O que eu fiz? — Você ficou tão estranho ontem.

— Eu iria te contar.

— Quando, Alex? Estou farta de você esconder as coisas de mim. Ter que descobrir tudo pelas outras pessoas.

— Ontem mesmo estava indo te dizer só que... — começamos a nos pegar no bar e depois dentro do carro, no elevador, no corredor. Acho melhor não falar por que não justificar não ter dito.

— Só que nada, Alexander. — ela se vira para o seu amigo. — Beto se já terminou pode ir.

Isso meio que me surpreende, pois pensei que Rose o chamaria para irem embora. Olho para Beto que não parece nada surpreso. Os dois trocam olhares daqueles onde há uma conversa silenciosa que somente ambos sabem. E admito que isso acaba me preocupando.

— Maldosa veja bem o que você vai fazer, mas caso precise de mim para te ajudar a enterrar o corpo sei de um lugar perfeito. Um onde ninguém vai saber de nada. — Beto me olha com desprezo. — Você deveria ter pensado duas vezes antes de mentir e manter segredo da minha amiga. Sabe, eu realmente havia gostado de você. Parecia ser um cara legal e decente para minha Rose, mas me enganei. Minha Maldosa merece alguém bem melhor.

Após Beto soltar o veneno vai falar algo no ouvido da Rose. Me dando um último olhar mortal finalmente ele vai embora do meu apartamento.

Não sei agora se agradeço por minha menina não ter ido ou me preocupo por aparentar está calma. Por que vamos ser sincero as mulheres são malucas então tende a fazer um barraco tremendo quando sabem algo desse tipo. Coisa que no qual Rose não fez... Até agora.

— Que merda é essa, Alex? — ela pergunta se controlando para não explodir. — Vem cá, por acaso você transou com toda a população feminina de Nova York? Eu sabia que era um fodido mulherengo, mas não está dando mais para fingir. Machuca saber que o homem que amo transou com milhares por aí. Meu Deus! Você dormiu com a minha amiga Dafine. As vadias desconhecidas eu posso até aturar já que essas pragas estão em todo lugar, mas uma amiga é demais. Outra questão bem mais séria.

— Eu não sabia que se conheciam e além de tudo foi antes. — eu tento me justificar

— Como não sabia disso homem de Deus que a Dafine é irmã do Beto e minha amiga? Não sei como era a relação de vocês, mas com certeza em algum momento ela deve ter comentado algo.

— Dafine era somente uma foda disponível. Era desnecessário as conversas se o que ambos queríamos um do outro era apenas sexo.

— Como você consegue dizer isso tão frio assim? Alex essa mulher se apaixonou por você. TE AMA!

— Mas eu não a amo. — rebato elevando a voz. — Ela sabia que era só sexo. Nunca passaria disso. Dafine nunca demonstrou ter quaisquer sentimentos por mim. Acredite se eu soubesse de seus reais sentimentos cairia fora.

— Inacreditável. Você é muito cretino. — disse ela forçando uma risada

— Estou sendo sincero te dizendo.

— Agora você diz? Por que foi preciso Beto vim até aqui te desmascarar. Só falta me contar que trepou com a minha irmã para lascar tudo de uma vez. Já bastava Tabatha, as outras piranhas que esbarramos e agora vem com essa.

— Sinto muito, mas o que posso fazer? Esse era eu antes de me apaixonar por você. Meu amor eu iria te contar.

— Ah, claro que você estava indo me contar inclusive foi por isso que mandou uma mensagem para a Dafine. Vem cá por acaso eu tenho tatuado na minha testa BURRA? Assume Alex que você não iria contar porra nenhuma, que a otária aqui seria a oficial enquanto a outra seria a amante.

— Nunca te traí, Rosely. Nunca fui infiel. — perco minha paciência. — Parei de transar com Dafine assim que comecei a ficar contigo. Ela ainda tentou me ligando e mandando mensagens só que ignorei já que o canalha aqui tinha se apaixonado pela irmã do melhor amigo. Eu não posso mudar o meu passado regado a sexo casual, mas não tire conclusões sobre mim por causa dele. Eu nunca trairia estando num relacionamento sério. Se estou com você é somente você. Eu te amo então para quê iria transar com outra tendo a mulher por quem sou louco.

— Neste exato momento eu odeio o quanto te amo, Alexander. — essa doeu. — Odeio o quanto meu coração maldito está pedindo para esquecer isso e simplesmente te perdoar. Mas sabemos que não é tão simples assim. Eu não sou do tipo de mulher que fecha os olhos. Diferente de muitas que se estivessem em meu lugar estariam armando uma cena de novela mexicana agora eu paro e tento entender.

— Admiro isso em você. — murmuro.

— Mas estando com você aprendi que o amor é capaz de tornar nós mulheres fracas. No meu ponto de vista cada mulher se torna fraca a sua maneira. Umas são fracas por se fazerem de cegas aceitando qualquer merda de um homem apenas para tê-lo ao seu lado. Outras apenas fracas até certo ponto quando um dia finalmente acordam quando viram que aturaram demais por muito tempo e outras são as fracas duronas que podem parecer super poderosas não querendo saber do amor, mas mesmo assim são como qualquer outra mulher exposta a fragilidade de está apaixonada. Essas pelo menos sabem o momento exato para darem fim no que está destinado ao fracasso. — ela explica e eu não estava gostando do rumo disso. — Eu percebi que sou do time das duronas não permitindo de jeito nenhum que o homem por quem sou apaixonada saiba do poder que tem sobre mim. Sou a fraca durona que mesmo amando não permite que se aproveitem dessa fraqueza. Alex você sabe o quanto eu o amo, mas sempre soube também que se pisar na bola comigo não deixaria que esse amor permitisse o perdoar.

Rose pode me amar, mas como é apenas uma menina estava amedrontada por sentimentos conflituosos. Ela lutava para que esse amor que sentia por mim não ganhasse de seus princípios. Minha menina acha que estar apaixonada por mim fosse a sua maior fraqueza. 

Só que Rose estava muito enganada. Bem diferente de mim eu sabia que esse amor não iria acabar a destruindo. Conhecendo ela daria a volta por cima. Rosely Lyndrax podia ser jovem, mas cada dia que passava eu via nela uma mulher forte se formando que não queria se apegar ao passado.

Odeio ver que o seu amor por mim a faz duvidar de sua força. Tinha que admitir que o amor realmente deixava as mulheres fragilizadas incapazes de pensarem direito. Enquanto nós homens tínhamos a maior facilidade de seguirmos em frente, elas tinham a tendência de ficarem presas no passado por um bom e longo tempo querendo nunca mais se envolverem com ninguém por medo.

— Não, Rose. — sei no que vai dar o final dessa conversa. — Entendo que esteja chateada — ela arqueia uma sobrancelha. — Quis dizer furiosa, mas juro que não sabia. Dafine vai superar o que sente por mim. Você vai ver. Passado é passado. Não me deixe por essa simples besteira.

— Besteira?

— Sim, desde que aconteceu antes.

— Besteira é o caralho, Alexander. Como se sentiria se soubesse que Tyler me fodeu? Queria ver ser seria besteira para você saber que eu transei com o seu amigo por outra pessoa.

Eu o mataria por ter a tocado.

— Isso é diferente. — eu disse cerrando os dentes.

— Diferente como? E não me venha com a merda de papo machista.

— Rosely... — respiro fundo. Não sabia bem o que dizer sem que ela arrancasse minhas bolas.

— Não me venha com Rosely. — ela grita exasperada apontando o dedo para mim. — Você assim como qualquer homem não pensaria duas vezes em achar que sou uma vagabunda. Iria para um bar e se fazendo de vitima para seus amiguinhos diria o quanto sou uma cadela que não valho nada. No fim quando voltasse para casa estaria acompanhado com a primeira piranha oferecida que apareceu para trepar.

— Dar para calar a droga da sua boca, mulher. — grito alto a assustando.

— Não levante a voz para mim. — ela grita de volta nervosa. — Eu não sou uma das suas piranhas.

— Mas está agindo perfeitamente como uma. — logo me arrependo por minhas palavras.

— Seu maldito filho da puta. — avançou furiosa para cima de mim para começar a bater no meu peito. — Como eu pude me apaixonar por você? Tanto homem para eu ainda aproveitar. — seguro seus pulsos e vejo seus olhos marejados. — Como fui amar justamente o pior deles?

— Meu amor...

— Como pode esconder de mim, Alex? — me sinto horrível a vendo tão desolada. — Por que não me contou antes?

— Não foi por que eu quis. — eu disse odiando a ver assim se desmoronando aos poucos em minha frente.

— Imagina. — revirando os olhos puxa seus braços bruscamente fazendo com que eu a solte. — Chega para mim. Já deu no que tinha que dar.

Hein? Por acaso ela estava terminando tudo?

— O que isso quer dizer, Rose?

— Que... — ela para ao me ver se aproximando. 

Eu precisava a tocar e abraçar impedir que acabasse comigo por causa dessa besteira.

— Por favor, não se afaste de mim. Não sabe o quanto dói quando não me permite te tocar, Rose. — triste a vejo se afastar rápido e ir pegar sua bolsa. — Vai embora? Então é isso, acabou? — engulo seco.

— Preciso ficar sozinha. — ela disse sem me olhar caminhando até a porta.

— A Dafine pode ser a sua amiga, mas ela realmente não significa e nunca significou nada para mim. Eu sempre deixei bem claro para todas as mulheres com quem eu me envolvia o que teriam de mim. Todas sabiam que nunca passaria de sexo. Nunca dei expectativas que as coisas pudessem mudar daqui para frente. Se criaram esperanças que poderiam ter um compromisso sério comigo foram tolas de achar e até de quererem isso.

Porra! Se até eu mesmo estivesse no seu lugar iria embora sem nem olhar para trás.

— Sua sinceridade de canalhice é impressionada. — ela disse me olhando séria.

— Estou apenas dizendo a verdade. Você nunca pareceu se importar com isso.

— Eu vou te dizer uma coisa, Alex. Eu posso aparentar que não estou nem aí, mas você não tem nem ideia do que eu sinto por dentro toda vez que vejo suas ex-amantes aparecer principalmente quando começam a se insinuar para você. E não vai achando que só sinto somente ciúmes. Eu sei que disse que seu passado não importa, mas complica cada vez que vem à tona. Não pense que vou jogá-lo na sua cara, mas eu estou cansada de você esconder coisas de mim.

— Entenda que tem coisas que eu não posso te falar.

— Você não pode ou não quer? É problema seu se quer esconder as coisas de mim e ficar preso em seu passado. Eu fui compreensiva todo esse tempo para quê? Para porra nenhuma. Não sou mocinha de filme para aceitar na maior simplicidade e no final quebrar a cara. Gosto de saber onde estou me metendo. "Não posso" já me cansou. — ela disse e se vira para ir embora.

— Fica. — sem mais saber o que fazer eu peço não querendo que saia do apartamento. Não saia da minha vida.

— Dessa vez não. — ela bate a porta me deixando. Só que dessa vez algo me diz que é definitivo.

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