Capítulo 45 - ALEX

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"Rose sou eu mais você já sabe disso. Você precisa me ligar, meu amor. Eu não posso mais viver assim. Essa deve ser bem a trigésima mensagem que te mando. Não sei onde você está e não saber disso me mata um pouco a cada dia. Faz sete dias que não vejo o seu rosto, não ouço sua voz, não te toco e isso tá me deixando maluco. Baby onde diabos se meteu? Pelo menos ouve estas mensagens? Se sim me ouça, tudo não passou de um mal-entendido. Eu não te trai. Por favor se não quer falar comigo então apenas mande uma mensagem me respondendo se está bem. Te amo tanto minha pequena menina. Não aguento mais, preciso de você..."

Fecho os olhos e aperto forte o celular em minha mão quando o bip toca informando que meu tempo acabou. Mais outra mensagem cortada. Eu estava desesperado. Havia se passado uma semana e ninguém sabia onde ela estava. Entendi seu recado de que não queria ser encontrada.

George e Laura não pareciam tão preocupados pelo sumiço da filha, na verdade Laura me contou que a filha está bem apenas chateada com tudo por isso desapareceu. Já George declarou que sua menina ficaria de castigo. 

Algo me dizia que Rose entrou em contato com a sua mãe para estarem assim tão tranquilos. Mas mesmo que me pedissem para ter paciência eu odiava ficar nessa angustia sem qualquer noticia.

Não comia e nem dormia direito. Eu passava meus dias trabalhando e as noites em claro junto com Eros no seu apartamento na esperança que a qualquer momento fosse chegar e eu pudesse explicar tudo. Desde o ocorrido não falei com Dereck. Ainda estou com raiva dele principalmente quando ainda naquela maldita noite ao entrar no quarto encontrei no chão um pequeno embrulho. 

Ao abrir e ver o que era acertei outro soco nele para depois perder o controle e começar a quebrar o quarto. Num ataque de fúria e desespero destruí meu quarto ganhando cortes nas mãos.

Dentro da pequena caixinha continha uma corrente com uma chave sendo usada como pingente. Na mesma hora soube o que significava. Minha menina mudou de ideia e aceitou que morássemos juntos. Havíamos conversado sobre antes e terminamos brigando. Eu sabia que podia ser cedo para dar esse grande passo, mas estava decido em querer Rose perto de mim.

Confesso que nas vezes que fui buscá-la na universidade tive que me segurar para não matar os moleques que a secavam de longe. Alguns dos merdinhas que eram seus amigos não tinham medo de morrer sendo atrevidos ao ponto de beijarem na sua bochecha ao se despedirem. 

Fiquei apavorado que resolvesse romper comigo. Sou realista. Rose é bonita, tem somente 19 anos e pode ter o homem que quiser. Na verdade pode facilmente me trocar por algum babaca de vinte anos universitário. 

Porra! Minha peque menina está começando a viver agora então as chances de que a qualquer momento chegasse para mim decidia a terminar porque queria experimentar antes de se prender num relacionamento eram grandes. Já tive essa idade. Aprontei todas curtindo muito. Universidade era outro nível. Tudo é novidade para jovens que procuravam e amavam diversão.

— Não se preocupe que minha irmã vai voltar. — disse Mari colocando um prato com sanduíche na minha frente e me tirando dos meus pensamentos.

Mari cuidou dos meus cortes. Inclusive sempre estava ao meu lado desde que Rose sumiu. Acho que tinha medo que eu tivesse outro surto. Em certos momentos suspeitava que junto com a sua mãe sabia onde estava Rose. As duas estavam calmas e quietas demais sobre o que estava acontecendo. 

Ambas ficaram bravas quando souberam o que aconteceu. Mari xingou tanto Dereck de tantos nomes feios que eu e ele que estávamos no sofá ficamos calados chocados vendo a amável Marina falar tais palavrões que nem sabíamos que sabia. Laura como qualquer mãe apenas deu um sermão daqueles que fazem qualquer filho sentir vergonha dos seus atos libidinosos.

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