Apenas Uma Chance

By MichelleFontinele

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Rosely Lyndrax tinha dezesseis anos quando conheceu Alex, o melhor amigo do seu irmão. No momento que o viu s... More

Capítulo 1 - ROSE
Capítulo 2 - ROSE
Capítulo 3 - ROSE
Capítulo 5 - ROSE
Capítulo 6 - ALEX
Capítulo 7 - ROSE
Capítulo 8 - ALEX
Capítulo 9 - ALEX
Capítulo 10 - ROSE
Capítulo 11 - ALEX
Capítulo 12 - ROSE
Capítulo 13 - ALEX
Capítulo 14 - ROSE
Capítulo 15 - ALEX
Capítulo 16 - ROSE
Capítulo 17 - ALEX
Capítulo 18 - ROSE
Capítulo 19 - ALEX
Capítulo 20 - ALEX
Capítulo 21 - ROSE
Capítulo 22 - ALEX
Capítulo 23 - ROSE
Capítulo 24 - ALEX
Capítulo 25 - ROSE
Capítulo 26 - ALEX
Capítulo 27 - ROSE
Capítulo 28 - ALEX
Capítulo 29 - ROSE
Capítulo 30 - ALEX
Capítulo 31 - ROSE
Capítulo 32 - ALEX
Capítulo 33 - ROSE
Capítulo 34 - ALEX
Capítulo 36 - ALEX
Capítulo 37 - ROSE
Bônus - DERECK
Capítulo 38 - ALEX
Capítulo 39 - ROSE
Capítulo 40 - ALEX
Capítulo 41 - ROSE
Capítulo 42 - ALEX
Capítulo 43 - ROSE
Capítulo 44 - ALEX
Capítulo 45 - ALEX
Capítulo 46 - ROSE
Capítulo 47 - ROSE
Capítulo 48 - ALEX
EPÍLOGO
AGRADECIMENTOS
BÔNUS 1 - Gravidez
BÔNUS 2 - Os Nove Meses
Bônus 3 - Mãe & Filho

Capítulo 35 - ROSE

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By MichelleFontinele

— Eu não gostei desse veterinário. — anuncia Alex emburrado quando saímos da clínica veterinária e caminhamos para o seu carro.

Peço muita paciência a Deus. Este era o terceiro veterinário que Alex não foi com a cara só essa semana. Difícil de acreditar que em menos de sete dias Eros foi a três tudo por que o primeiro dizendo o Alex deu em cima de mim na entrada da clínica. 

Para mim o homem não estava paquerando apenas sendo simpático. Só que como o cretino tem a mente poluída apenas arrastou eu e Eros de volta para o carro para irmos numa outra clínica. Já o segundo veterinário era um conhecido que Alex cismou que eu tinha pegado. A verdade é que eu tinha realmente ficado, mas Alex não precisava saber.

Eu não conseguia entender o porquê desse ciúme besta desde que estamos juntos oficialmente. Entramos no consenso de não rotular o que temos.

— Ele me pareceu ser ótimo. — assim como os dois anteriores. — Tratou muito bem o Eros.

— O homem não tirou os olhos de você. — resmungou abrindo a porta do carro para colocar primeiro o Eros dentro.

— E daí? A recepcionista também não tirava os olhos de você e nem por isso quis deixar o local ou começar uma discussão. — retruco.

— Não vamos discutir, por favor. — ele pede abrindo a porta do carro para que eu entre.

— Você que começou decidindo implicar com cada veterinário. — entro no carro. — Eu já te disse que precisa parar com esses ataques de ciúmes.

— Eu sei, mas não tenho culpa que minha garota é bonita fazendo com que esses marmanjos não tirem os olhos de cima. — ele me dar um selinho e fecha a porta.

Meu celular vibrou. Uma mensagem da minha mãe querendo saber a que horas deixarei o Eros.

— Alex preciso que me deixe em casa. — eu disse quando entrou e ligou o carro. — Tenho que pegar meu carro para deixar Eros com mamãe já que sairemos hoje.

— Se você quiser posso te levar agora direto para a casa dos seus pais.

— Tem certeza?

— Sim, por quê?

— Minha mãe é meio que maluca. — sorrindo informo.

No momento que ver o Alex saberá que algo anda rolando e que estamos juntos. Minha mãe tem essa capacidade de descobrir coisas sobre mim sem que eu nem precise abrir a boca. Às vezes até me assusta.

— Já fui avisado por Dereck. Inclusive quando a conheci tentou juntar eu com a sua irmã. — ele disse.

— Essa é minha mãe. A maluca que ama bancar a casamenteira.

Em frente à casa dos meus pais solto um gemido quando a porta da frente se abre e minha mãe animadinha corre para fora. Saio do carro primeiro enquanto Alex tira o cinto de segurança do Eros que agitado começou a latir.

— Meu bebê. — minha mãe me abraça.

— Oi, mãe. — sorrio. 

Ela nunca deixaria de chamar os filhos de bebês.

— Cadê o pequeno Eros? — sou empurrada para o lado com aquela sua delicadeza de sempre. No momento que os seus olhos batem em Alex parado segurando Eros seu sorriso fica enorme. — Alexander.

— Senhora Lyndrax. — a cumprimentou ganhando dela um abraço maternal.

Ao se afastar mamãe olha para mim e depois para Alex. Nos analisa por uns poucos segundos até que a ficha caiu.

— Oh, filha por que não me contou... — ela para sugando uma respiração não querendo se alarmar. Se recompõe. Alex parece bem confuso. — Nos conhecemos querido então sem formalidades. Me chame de Laura.

— Tudo bem senho... Laura.

— Agora venha aqui Alex e dê um abraço em sua futura sogra. — ela disse se jogando em cima dele.

Um buraco, por favor. Minha mãe não falou tamanha barbaridade.

Lógico que Alex estava se divertindo. O que eu tinha na cabeça quando decidi deixá-lo me trazer. Bem que ele deveria ter ficado dentro do carro. Estava na cara que minha mãe descobriria que estamos juntos. E eu achando que poderia passar despercebida no seu radar.

— Minha filha espero que crie juízo e se aquiete. Veja que belo homem você tem em mãos. — ela disse dando uma boa olhada nele. — E esse a gente conhece.

Minha Senhora! Mamãe precisa controlar a sua boca.

— Mãe aqui está o Eros. — pego o filhote do Alex que apenas observa a tudo que acontece. — Você precisa de...

— Querida tenho tudo que é necessário. Agora me dê essa fofura. — ela disse pegando Eros.

— Bem, tudo resolvido. Vou indo. 

— Mais já? Pensei que iriam ficar para o almoço. — ela disse.

— Não vai dar, mãe. Precisamos voltar para a empresa. — tínhamos aproveitado o horário do almoço para levar Eros ao veterinário.

— Uma pena. Que tal amanhã?

— Verei, mãe. — se eu não estiver de ressaca.

— Verei o que, Rosely Lyndrax? Sou a sua mãe é para está disponível para mim e caso não esteja desmarque o compromisso. Faz tempo que não vem aqui me ver.

— Mãe nos vimos na segunda.

— Meu Deus vê quanto tempo se passou. — ela disse se virando para Alex que calado assistia. — Está vendo? Vem uma vez e acha suficiente. Esses filhos de hoje depois que crescem se esquecem de nós. Eu carreguei por nove meses esses três mal agradecidos. Passei horas em trabalho de parto até que finalmente parisse e veja o que ganho.

Tão dramática.

— Laura não se preocupe que iremos vim para o almoço amanhã. — garante Alex caindo no truque de mãe coitadinha que adora usar.

— Ótimo! — ela disse entusiasmada.

— Agora precisamos realmente ir. — ele disse.

Ela o abraça e antes de soltá-lo sussurra algo no seu ouvido o fazendo rir em seguida vem me abraçar. 

— Até amanhã, filha.

— Tchau, mãe. — acaricio Eros que se remexia nos braços da minha mãe doido para ir para o chão.

Entramos no carro e assim que saímos da propriedade dos meus pais encaro Alex.

— O que foi? — ele pergunta vendo que não falo nada.

— Você por acaso pirou? Ao aceitar esse almoço mamãe concluiu que estamos juntos.

— E qual é o problema dela saber? Estamos juntos mesmo.

— Sim, mas não sabe que o nosso relacionamento não é como pensa.

— E como Laura pensa? — ele quis saber.

— Que estamos namorando sério e que daqui alguns meses ficarei noiva. Minha mãe não entende que estamos curtindo um ao outro aproveitando o momento. Para ela o nosso futuro e de seus netos que até criou em sua mente está todo feito. Mamãe com certeza deve está colocando muita expectativa num relacionamento que para mim é complicado demais para se explicar.

— Entendo. — se focou na estrada a sua frente, mas pelo seu tom percebo que se irritou.

— Apenas diga, Alex. Não complique.

— Dizer o quê? — perguntou dirigindo sem tirar sua atenção.

— O que te deixou com essa cara.

— Tudo é tão complicado para a gente. Parece que quando as coisas estão finalmente indo bem vem outra bomba.

— O que houve agora? — pergunto.

— O prédio vai ser concluído antes do prazo combinado.

Fico calada tentando digerir que significa que o nosso tempo foi encurtado. Alex iria embora bem mais cedo do que o planejado. Após o dia que se declarou para mim e pediu para falarmos depois sobre o momento que fosse embora esse assunto nunca mais foi tocado.

— Uma boa noticia para meu pai. — eu disse com a voz falhando e sentindo um aperto no peito.

— Mas não para nós. — conclui Alex.

Não falamos mais nada até chegar ao estacionamento da empresa. Abro a porta do carro e saio.

— Rose eu... — ele tenta me alcançar quando ando rápido para o elevador.

— O que vai acontecer quando se for, Alex? — eu paro e me viro para ele. — Já pensou nisso? É complicado para mim estando emocionalmente envolvida e não...

— Apenas diga. — ele pede receoso

— Eu não quero um relacionamento à longa distância. Não acredito que possa dar certo esse tipo de relacionamento com a gente. Acho que o melhor seria acabar logo com...

— Não! — ele interrompe me puxando para seus braços. — Nem pensar. Eu preciso de você mais do que precisei de qualquer outra pessoa.

Meus olhos se enchem e não querendo chorar respiro fundo contra seu peito. Eu sentiria tanta falta dele. Estava perdidamente apaixonada por esse homem.

— Eu não quero que nenhum de nós saia machucado. — declaro olhando em seus olhos.

— Mas eu te amo, Rose. — ele deposita um beijo nos meus lábios.

— Eu também, mas sabemos que o amor não é tudo. — saio dos seus braços.

Por que será mesmo que para a gente é tudo tão complicado?

— Iremos encontrar um jeito de tudo ficar bem. Temos tempo.

Alex não entendia que tempo é justo o que não temos. Precisamos parar de fugir do assunto como se não fosse importante. Eu não podia mais permitir continuar assim sabendo que no fim  sairia machucada. Ele não queria abrir mão de Los Angeles e eu de Nova York. Não tem como funcionar. A vida dele era lá e a minha aqui.

— ROSE!

Agnes aparece e me puxa para um abraço animado. Ela e Vince agora estão se dando bem. O futuro papai ficou bastante assustado, mas ao mesmo tempo feliz em saber da gravidez inesperada. Estavam indo com calma desde que ambos não se conheciam e Agnes ainda não se esqueceu do incidente que causou a prisão dele.

Inclusive fazia uma semana que eu não falava direito com Rodrigo. Ele anda bastante estranho comigo desde que voltou daquela sua viagem repentina. Nas poucas vezes que nos esbarramos no prédio ou na empresa começava a ficar nervoso e inventava um compromisso. Alex estava amando, mas eu não gostava por que sabia que estava escondendo algo sério de mim.

— Menina parece coisa do destino. Estava pensando justo agora mesmo em te ligar, mas ainda bem que te encontrei aqui. — me soltou sorridente. — Boa tarde, Alex.

— Agnes. — ele a cumprimenta.

— Rose podíamos ir juntas para a casa da Vic? Eu iria pegar um táxi, mas Vince sugeriu que pegasse uma carona com você.

— Tudo bem. — sorrio fraco.

— Maravilha. Eu quero que você me ajude em... — agarrando meu braço começamos a andar para o elevador.

Olho para Alex que não gostou nada da intromissão da mulher, mas não poderia fazer nada. No elevador sem perceber o clima estranho Agnes tagarelava.

A noite eu e as meninas estávamos reunidas no quarto da Vic. Cada uma terminando de se vestir ou retocando a maquiagem.

— Eu queria ter um bumbum que nem o seu. — resmunga Agnes olhando para a sua bunda pelo espelho. — Estou me sentindo horrível perto de vocês.

— Pare de reclamar, Agnes. Você tem um corpo de matar. — eu disse calçando os saltos.

— Não tenho mais. Agora estou a cada dia mais gorda.

— Carrega um bebê por isso está engordando. — lembra Vic passando a chapinha na sua franja.

— Mesmo assim.

Levanto da cama indo me olhar no espelho. Analiso minha maquiagem e a blusinha preta não muito justa que combinei com uma saia jeans. E por fim nos pés nada como um belo salto alto.

— Essa blusa me deixa vulgar? — olho para o decote.

— Nem um pouco. Se eu tivesse esses seios estaria usando essa blusa também. — disse Nic tirando uma foto dela no celular.

— Eu concordo. — disse Holly saindo do banheiro com um vestido vermelho que se destacava na sua pele morena.

— Uau, mamacita. Tyler vai ter um ataque. — aprovo seu visual. 

Holly estava namorando com Tyler por mais que dissesse que estão só ficando. Inclusive foi com ele que minha amiga perdeu seu passe v.

— Tudo para o bonitão? — provoca Vic fazendo Holly mostrar o dedo do meio.

— Melhor irmos antes que eu comece a vomitar. — avisa Agnes ajustando seu vestido enquanto fazemos caretas e sons de nojo. — Esse excesso de perfumes diferentes acumulados neste quarto está me dando náuseas. Vamos, gostosas.

Saímos do quarto rindo. Na sala os rapazes estavam esperando sentados no sofá bebendo cervejas e conversando. Ao percebem nossa presença vejo os olhos dos homens ficarem luxuriosos. Vic estando ao meu lado me cutuca e dividimos um sorriso de entendimento. 

Me viro para Alex cujo os olhos estão me olhando com tanta intensidade e desejo.

— Você deve ser Ethan. — Vic se atira no homem que fica sem jeito. Ela o olha de cima a baixo o comendo com os olhos descaradamente.

Bufo enquanto algumas soltam risadinhas.

— Victoria em modo ataque. — murmura Nic enquanto finge uma tosse.

— Vão procurarem a droga de um quarto. — resmunga Hector.

Tyler e Holly estão se beijando.

— Vai se foder, cara. — rosna Tyler com o rosto enterrado no pescoço da minha amiga que solta uma risadinha. 

Sorrio vendo o quanto Holly está feliz e menos estressada por causa dos estudos.

Não prestando atenção levo um pequeno susto quando Alex agarra minha cintura me puxando para perto dele.

— No momento que estivermos no carro vou levantar essa saia e te foder duro. — ele sussurra no meu ouvido.

— Hora de ir. — eu disse fazendo com que todos olhassem para mim. — Que foi?

Hector e Vince sorriem, Ethan parece não entender nada, Tyler troca um olhar com Alex enquanto as meninas riem fazendo piadinhas safadas.

Saindo da casa dou uma boa olhada no Alex. Está muito gostoso usando camisa preta de manga longa onde as levantou até o cotovelo junto com calça jeans que se encaixa perfeitamente bem nele combinada com botas pretas.

No momento que estamos fora Beto chega no seu mini cooper.

— Hey, povo safado. — saiu do carro acompanhado com o seu novo namorado. — Estão de saída agora?

— As senhoritas demoraram se arrumando. Não sei para quê. Já que no final da noite estarão sem roupa com a maquiagem toda borrada sendo fodidas por seus homens. — disse Hector sorrindo.

— Você é um porco! — disse Nic.

— Nicole também te amo. — ele retruca piscando um olho para ela que revira os olhos.

— Se quiser podemos te esperar, Beto? — sugere Agnes. 

Os rapazes começam a resmungar sobre como demoraria assim como demoramos.

— Não precisa. — disse Beto rindo. — Eu ainda tenho que esperar minha irmã chegar. Ela irá comigo, por tanto vejo vocês lá.

Vou para o carro do Alex estacionado logo à frente e abro a porta.

— Merda! Rose vai acabar matando um com essa saia. — disse Hector quando entro no carro.

— Pare de olhar para a bunda dela, imbecil. — rosna Alex socando o seu braço.

— Eu não tenho culpa que sua garota tenha uma baita bunda.

— Sério, não vou junto com esse pervertido dentro do carro. — avisa Nic.

Em meio a reclamações e ameaças Hector e Nicole entram no carro. Holly, Agnes e Vince vão no carro do Tyler e a Vic sendo safada no carro do Ethan.

No bar ao entrarmos sorrio ao ver dois jovens mandando bem cantando My First Kiss de 30H!3. Olho ao redor do ambiente vendo que há bastante gente.

— Eu preciso de uma bebida forte por que essa semana foi estressante. — Nic anda em direção a uma mesa desocupada.

— Já sei o que vou cantar. E será um dueto. — disse Agnes enquanto Vince solta uma maldição.

Os rapazes vão ao bar pegar bebidas enquanto eu e as meninas para a mesa disponível. Há um grupo de mulheres na mesa ao lado e quando sentamos Holly as observar com um olhar mortal. Olho para as mulheres que parecem animadas e percebo que estão de olho em nossos homens no balcão do bar.

A apresentação anterior terminou e uma garota com violão foi chamada. No palco a garota começa a cantar uma música romântica, mas a sua voz não impede de que possamos ouvir o que as mulheres da outra mesa falam.

— Eu pegaria o de olhos azuis. — disse a mulher de cabelo curto.

— Olhe para o ruivo. — disse uma loira. — Aposto que essa aparência certinha é fachada.

— Eu quero somente o de camisa branca. — disse uma morena se referindo ao Tyler.

— Prefiro o de preto. Eu o quero para mim. — disse a outra loira de farmácia. — Já posso imaginar esse gostoso me fodendo.

A boca da Agnes caiu aberta. Vic rosna pronta para uma briga, a Holly solta faísca dos olhos e eu sem pensar levanto indo até as mulheres podendo ouvir Nic me chamar.

Parando na frente delas coloco minhas mãos sobre a mesa. E com bastante raiva me inclino para baixo olhando bem para o rosto de cada uma antes de parar meu olhar na loira de farmácia.

— Podemos te ajudar, queridinha? — sorrindo a loira perguntou para mim. 

Eu quero ver vadia você me chamar de queridinha quando eu quebrar esse nariz cirurgicamente empinado.

— Tem aqueles caras que você e suas amiguinhas estão olhando e falando descaradamente... — eu disse com a voz docemente venenosa.

— Fala dos gostosos? — disse a de cabelo curto.

— Exato. São gostosos, né?

— Especialmente o de camisa preta com cara de malvado. — essa mulher só pode está querendo apanhar hoje.

— Esse de camisa preta... — eu disse com um sorriso malvado me inclinado para mais perto dela. — É meu namorado. Então mantenha os seus olhos bem longe do meu homem.

— Eu não sabia que...

— Não se faça de burra. Você viu muito bem eu chegando com ele. Você e suas amigas viram cada um dos homens acompanhados.

— Sinto muito. — ela disse soando nada verdadeira com um sorriso falso. Piranha!

— Espero que você e suas amigas mantenham os comentários para si mesmas.

— Tudo bem, queridinha. — sussurrou entre os dentes com ódio.

Dou um olhar de aviso para todas e me viro para voltar para a mesa, mas paro quando ouço a loira de farmácia murmurar "Gorda estúpida!"

Vou dar na cara dessa puta.

Giro com tudo e pego sua bebida de cima da mesa que para minha felicidade é escura. Eu despejo em seu cabelo a fazendo gritar e dar um salto rápido levantando da mesa.

— Sua vadia! — ela rosna enquanto suas amigas pegam guardanapos e tentam a limpar.

— Da próxima vez queridinha eu não vou ser tão gentil. — aviso sorrindo antes de retornar para a mesa onde as meninas me aguardam. 

Os rapazes que já voltaram com as bebidas ficam me olhando. Agarro a bebida que Alex tem na sua mão e dou um gole. Porra! Que coisa forte é essa? Caralho!

— O que foi? — me sentando pergunto ao ver que ainda não tiraram os olhos de mim. — Aquela cadela me chamou de gorda estúpida. Ninguém me chama de gorda estúpida.

Ethan sorriu discretamente com certeza achando que sou doida. Tyler, Hector e Vince começam a gargalhar alto. Alex me puxa para um beijo que me deixa sem fôlego. 

Ouço os gritinhos das meninas.

— Você fica adorável ciumenta, baby. — ele sussurra no meu ouvido sabendo que não perdi a cabeça somente pela ofensa que sofri.

— Adorável é o caralho. — murmuro. Ele ri baixinho. — Não é engraçado, Alexander.

— Ciumenta é adorável, mas brava é muito sexy. — dar um mordidinha em minha orelha. — Porra! Estou ficando duro. Vamos ao banheiro.

— Nem pensar. Nada de rapidinha. — eu disse ganhando um grunhido de desaprovação.

— Menina má. — ele disse me beijando tão intensamente que penso seriamente em mudar de ideia sobre ir ao banheiro.

— Pelo amor de Deus vão para a porra do banheiro. — ouço a voz divertida do Beto.

Paramos o beijo e com muita dificuldade me afasto da tentação para cumprimentar meu amigo.

— Cadê a Dafine? — pergunta Holly.

— Aqui estou. — sorrindo ela gritou vindo em nossa direção, mas chegando de repente fica pálida.

— Tudo bem, Daf? — pergunta Beto preocupado. — Avisei que deveria ter comido algo antes de sairmos de casa. Passar o resto do dia com apenas o almoço não é suficiente.

— Estou bem. Não é nada. Preciso ir ao banheiro. — disse Dafine saindo em direção a banheiro.

— Nossa, que estranho. — murmura Agnes.

— Verei se está bem. — eu disse indo me levantar.

— Não! — agarrando meu braço Alex praticamente grita chamando a atenção de toda a mesa.

— O que foi, Alex? — olho para ele que parece nervoso. — Só vou ao banheiro ver como está Dafine.

Antes que diga algo Agnes solta um palavrão.

— O que está sentindo? — pergunta Vince ficando preocupado.

— Estou bem, pessoal. Só precisando fazer xixi. Aproveito e vejo Dafine.

— Vou contigo. — disse Vic acompanhando Agnes.

Iniciamos uma conversa descontraída movida de risadas, frases de duplo sentido, brincadeiras e insultos. As meninas retornam e Dafine informa que vai embora por que não estava se sentindo bem. Beto e o namorado vão junto com a irmã.

— A irmã do Beto parecia triste. — disse Agnes tomando a sua água. — Por que será?

— Por causa de um babaca. — disse Holly.

— Infelizmente Dafine acabou se apaixonando por um idiota que só sabe da sua existência quando está a fim de transar. — disse Vic.

— Eu odeio ver alguma amiga minha desse jeito, principalmente por causa de um canalha. — eu disse.

— Dafine não deveria sofrer por um homem que não se importa nem um pouco com ela. — disse Nic.

— Vamos beber por que amar está difícil. — disse Hector quebrando o estranho clima que havia se formado na mesa. 

A noite vai passando. Eu estava me divertindo. Os homens resolveram ficar bebendo cervejas enquanto nós mulheres tirando Agnes que não podia beber estávamos na terceira garrafa de vodka.

Após dançar com Alex retornamos para a mesa no momento que Nic desafiava os rapazes chamando para uma competição de karaokê onde seria mulheres x homens. Isso não iria prestar principalmente por que estamos meio que bêbadas.

Desafio aceito decidimos que iríamos cantar em duplas. A cada apresentação feita morríamos de rir com o que cada um fazia em cima do palco. Uma comédia.

— Alex tudo bem? — ao seu lado pergunto tirando a atenção da Agnes e Holly que cantam uma música romântica.

— Sim, por que não estaria?! — me puxou para sentar no seu colo. — Vai dormir hoje no meu apartamento?

— Uhum. — respondo beijando seu pescoço. — Alex preciso de você. — me mexo em seu colo.

— Isso não é coisa que se diga minha menina safada. — ele rosna. — Melhor irmos embora.

Eu concordo e depois que se despedimos dos nossos amigos saímos do bar. No carro decidimos ir para meu apartamento por ficar mais perto.

— Abra essa porta, Alex. — eu disse rindo. — Antes que resolva transar aqui mesmo no corredor contra a porta. 

— Calma, minha pequena menina safada.

Assim que conseguiu abrir a porta entramos no meu apartamento nos beijando e lutando contra as nossas roupas.

— Que diabos de porra é essa?!

Eu e Alex nos assustamos ao ouvir o grito feroz masculino vindo da sala. A luz é acesa. Ao ver quem estava na minha sala eu sinto meu sangue congelar e um pânico me invadir.

Oh, merda!

— Dereck. — solto o vendo olhando para Alex com tremendo ódio.

— Maldito filho da puta traidor! — disse meu irmão voando para cima dele.

— Dereck eu posso expli... — Alex recebe um soco forte o fazendo cambalear para trás.

— Ela é apenas uma menina seu desgraçado. Uma menina! Vou te matar! — disse Dereck com um olhar assassino.

Meu Deus! Nunca tinha visto o meu irmão assim tão transtornado.

— Não, Dereck. Nada de brigar. — me meto na sua frente empurrando seu peito. — Bater não vai resolver porra nenhuma.

— Não se meta nisso, Rosely. — ele tenta passar por mim só que não saio da sua frente.

— Não se meta é o caralho. — eu disse ficando irritada.

— Vá para seu quarto. Isso é entre eu e esse maldito. — ordenou segurando meu braço com tanta força que acabo soltando um gemido de dor.

— Está a machucando. — ouço o grito do Alex.

— Cala a boca! — meu irmão rosna sem me soltar.

Alex avança nele. Eu sou empurrada. Ambos caem em cima da mesinha de centro a quebrando. 

— Parem! — grito vendo os dois rolando no chão como se fossem animais selvagens.

— Mais que merda acontece aqui? — Rodrigo entra no meu apartamento.

— Faça com que parem. — peço histérica.

— Fique aqui para que não se machuque.

Ele vai separar os dois que estavam se matando puxando o Dereck de cima do Alex.

Vou até Alex no chão. Tomando cuidado toco no seu rosto vendo o nariz sangrando e um corte acima do olho.

— Sinto muito, Rose. — sussurrou e posso ver em seus olhos que ele não queria que as coisas tivessem sido assim, que meu irmão descobrisse dessa maneira.

— Tudo bem, meu amor. Isso iria acontecer em algum momento. — eu disse baixinho tentando o acalmar enquanto toca meu rosto com delicadeza.

— Me solta! Vou te matar seu canalha. Não toque nela. — meu irmão grita tentando se soltar do Rodrigo que o segura. — Nunca pensei que faria isso comigo, Alex. Pensei que fosse meu melhor amigo. Sempre confie em você por isso pedi que cuidasse da minha irmã e veja o que faz seu cretino se aproveita dela. Eu nunca imaginei que me trairia dessa forma.

— O Alex não se aproveitou de mim, Dereck. — grito furiosa.

— Não? Você tem apenas 19 anos. Alex é um maldito safado filho da puta.

— Dereck não faça parecer que sou uma pobre garota inocente por sabe muito bem que eu não sou. Nunca fui então não venha culpar Alex por que se for também tenho culpa por provocar ele.

— O que está querendo insinuar, Rose?

Me levanto e vou para cima dele empurrando seu peito e o enfrentando.

— Rose... — Alex me chama.

— Sei o que estou fazendo e no que estou metida. Não cai em nenhum papinho de cafajeste dele. Alex fez de tudo para se manter longe de mim por respeito a você, mas EU o atormentei muito até que consegui que cedesse.

— Não tente proteger esse pedaço de merda. — Dereck esbraveja.

— Não estou protegendo ninguém, porra. Estou te dizendo a droga da verdade.

— Você não vê que ele está apenas te usando. Você não o conhece como eu. Não sabe das merdas do Alex. Você não passa de uma foda. Um brinquedinho que quando enjoar vai jogar fora e logo a substituir.

— CHEGA, DERECK! — Alex agarra meu corpo. — Rodrigo leve a Rose para seu apartamento.

— Hein? — tiro minha atenção do meu irmão e olho para ele.

— Seu irmão e eu temos que resolver isso sozinhos.

— Vão acabar se matando. Não!

— Amor, por favor. — pede Alex enquanto meu irmão ainda o xingava.

— Não! — nego exasperada. — Não irei deixar merda nenhuma os dois sozinhos. Se querem conversar ficarei aqui. Eu também faço parte disso.

— Ela está certa. — disse Rodrigo soltando meu irmão. — Se continuarem agindo como moleques que só querem brigar não irão chegar a nenhum lugar.

— Você fala por que não foi com a sua irmã que seu melhor amigo traidor está fodendo. — disse Dereck focando seu olhar frio e de ódio em Alex. — Por que fez isso comigo? Logo a Rose?

— Eu me apaixonei por ela, Dereck. — responde Alex alto o suficiente.

— VOCÊ O QUE? — meu irmão berra incrédulo.

— Amo a sua irmã.

— Você não ama ninguém seu bastardo traidor. Você é incapaz de amar alguém. — meu irmão grita tentando partir novamente para cima dele. Rodrigo o segura a tempo.

Vejo a dor que Alex sente ao ouvir tais palavras.

— Parou. Sou a sua irmã e Alex seu melhor amigo entendo o motivo de está tão bravo.— eu disse cansada dessa inútil discussão que parece cena de novela mexicana.

— Bravo? Isso nem é a palavra que define o que estou sentindo.

— Eu e Alex erramos em manter escondido de você, mas a verdade é que estamos envolvidos faz pouco tempo. Não queríamos fazer disso uma grande coisa já que estamos numa relação casual. Você sabe que nunca fui do tipo de garota convencional que faz do jeito certo.

Me olhando Dereck pela primeira vez parece ver que a sua irmãzinha cresceu e que pode ser tão errada quanto seu melhor amigo. Nunca insinuei e dei a entender que era santa.

— Isso não justifica o fato desse traidor ter mentido para mim. — aponta para Alex. — Não ter me contato porra nenhuma.

— Você nunca entenderia. — disse Alex.

— Entender o quê? Que tudo não passa de um jogo para você chamado "foder a irmã do melhor amigo". Você não tem limites, Alexander. Eu não sei o que diabos minha irmãzinha viu em você, mas eu sei que você não é capaz de fazê-la feliz, de amar ela como deseja.

Isso não devia está acontecendo. Minha noite não deveria terminar desse jeito. Será que as coisas podiam piorar?

— Sua safada por acaso está dando uma festa regada a homens gostosos.

Me viro para ver entrando no apartamento uma Nic muito bêbada sendo carregada por Hector que parece chateado e vomitado.

Esquece, podiam sim piorar.

— Aqui está sua amiga maluca que me vomitou sã e salva. — disse Hector colocando Nic quase desacordada no sofá.

— Obrigado, Hector. — agradeço. Ele analisa os três homens parados e calados na minha sala. — Tudo bem por aqui, Rose?

— Sim, e...

— Merda! Cadê você, Rose? Está tudo rodando. — grita Nic com os olhos arregalados olhando para todos assustada. — Acho que vou vomitar.

— Oh, não. — corro a tempo de pegar seus cabelos, pois vomitou tudo em cima do resto da mesa de centro.

— Nunca mais vou beber. — ela resmunga vomitando suas tripas na sala.

No decorrer levo Nic para o quarto. A jogo no banheiro e depois de limpa faço com que tome um remédio para em seguida a colocar na cama para dormir. Fico alguns minutos no quarto apenas ouvindo as vozes masculinas. Respirando fundo volto para a sala querendo limpar a bagunça e colocar um ponto final nessa noite.

Encontro Alex e Dereck num bate boca.

— PAREM! — eu grito alto impaciente fazendo com que se calem no mesmo instante. — Hector obrigado novamente por trazer Nic e Rodrigo por ajudar a impedir que o meu irmão babaca e seu melhor amigo idiota se matem. Agora vocês dois. — olho para Alex e Dereck. — Iremos resolver isso amanhã.

— Eu não vou embora. — disse Alex.

— E eu também não. — informa Dereck.

Estava exausta, suja e começando a ficar com dor de cabeça. No momento queria apenas me livrar do excesso de testosterona que invadiu minha sala destruída e vomitada para assim poder ir tomar um banho e cair na cama.

— Fodam-se. Se querem se matar problema de vocês. Não irei ficar aqui assistindo homens adultos brigarem em vez de conversarem civilizadamente. — eu disse antes de sumir no meu quarto.

Sentada na cama depois de limpa fico pensando em tudo que aconteceu.

Eu não ficaria na sala agindo com uma coitadinha desesperada. Isso não ajudaria em nada e conhecendo meu irmão tentar falar com ele naquele estado com a cabeça quente é pura perca de tempo. 

Entendo que Dereck se sinta traído e magoado pelas duas pessoas que ama, mas tenho certeza que depois de explicar tudo vai entender. Eu não quero que a sua amizade com Alex seja abalada. Eu sei o quanto cada um significa para o outro. Alex sentia-se mal em manter nosso relacionamento em segredo dele.

O sono não veio então fico sentada na cama perdida em pensamentos até que ouço batidinhas na porta que se abre. Olho para cima para ver Rodrigo entrar com um pote de sorvete.

— Como está, garota? — ele pergunta com carinho.

— Péssima. — respondo sinceramente. — Não quero que a amizade dos dois acabe, Rodrigo. Se acontecer vou me sentir como uma maldita cadela.

— Não vai acontecer. — sentou ao meu lado me puxando para seus braços. — Seu irmão apenas está chateado, mas entendera assim que a raiva passar ao ouvir os motivos de você e Alex terem decidido manter segredo dele. Eu aposto que no futuro esses dois vão rir disso tudo.

— Espero, não posso permitir que os dois homens que amo acabem uma bela amizade por minha causa e comecem a se odiarem. — sorrio fraco.

— Aqui pegue. — me entregou uma colher e abriu o pote de sorvete.

— Sério?! — começo a ri.

— O que foi?

— Garotas normais estariam agora chorando e indo atrás deles tentando se explicar e não aqui comendo sorvete com o vizinho.

— Você é diferente. — disse me olhando sério. — Não é do tipo frágil que se abala com qualquer coisa por mais que seja um assunto delicado. É uma mulher forte e decidida que não se altera pelas reações dos outros. Pode amar aqueles dois, mas o que tinha para dizer você disse bem claro na sala agora o que vai dizer depois é apenas um acréscimo para que decidam onde querem chegar.

— Tão doce. — sorrio. — Seria bem mais fácil se eu tivesse me apaixonado por você, Rodrigo. Por que não aconteceu?

— Infelizmente não temos a capacidade de mandar em nossos corações.

Ficamos conversando e comendo sorvete até que o sono aparece. Eu verifico se Nic ainda está viva depois do Rodrigo ir embora. Vendo que estava bem caio na cama e em poucos minutos adormeço pensando no que me aguarda a partir de agora.

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