Insensato Amor

De andressarbs123

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Série irmãs Beaumont - Livro 3 Arabella é a filha mais nova das três princesas do reino de Beaumont, sendo co... Mai multe

Epígrafe
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXIII
Capitulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capitulo XLIII
Epílogo
Agradecimentos
Spin-off?❤️

Capítulo XXXII

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De andressarbs123


Depois que Ella foi embora, eu passei um bom tempo tentando fazer o meu cabelo voltar ao normal. Os produtos do banheiro cheiravam a lavanda e plantas frescas.

Uma parte de mim reviveu a sensação dos lábios de Harry roçando a minha orelha quando disse que gostava que eu cheirava a cereja. Não tinha nada aqui que pudesse deixar o meu cabelo com esse cheiro.
Nem ele.

Tentando não cair de novo no vazio, me forcei a fechar os olhos. Dormi por tanto tempo que, quando acordei, escutei um alto barulho de música e uma batida na porta. Demorei um pouco para me levantar, colocar o vestido, e abrir.

— Boa noite, Qhana. — Aland disse, estendendo a mão. — Está pronta? A festa já começou.

— Não vou poder te acompanhar.

Aland deixou o braço cair.

— Por que? Você está bem? — ele roçou o polegar em minha bochecha, com um olhar cuidadoso. Dei um passo para trás, recusando o gesto.

— Estou, só não desejo ir.

— Ella nos convidou. Não seria educado recusar. Não foi o que você me ensinou?

Não consegui deixar passar o fato dele se referir a ela pelo primeiro nome. Será que eles tinham passado a tarde juntos? Se tivessem, isso deveria me alegrar. Qualquer pontada de alegria me serviria agora para eu não pensar que estava traindo a memória de Harry ao estar preocupada com a rotina de outro homem.

— Não estou com muita vontade de seguir meus próprios conselhos agora. — agarrei a maçaneta da porta, sentindo o vazio retornar.
— Por favor, vá. A Princesa está te esperando. Você deve ir.

— A única Princesa que estou interessado em fazer companhia está na minha frente. Não irei sem você, não importa o que diga. — ele deu um passo à frente, e uma fragrância intensa de cedro e limão me atingiu.

Ele cheirava a brisa marítima.

Eu nunca tinha estado com ele perfumado antes, e isso era... bom. Não apenas o perfume, mas Aland parecia diferente. Mais autoconfiante.

Ele estava tão arrumado que seria completamente decepcionante se ele tivesse que perder a noite me fazendo companhia. Era um completo desperdício. Ella deveria vê-lo e... querer entrar no mar.

Soltei a respiração com força. Não era uma boa alegoria.

— E então, o que me diz? Vamos para a festa, ou permanecemos por aqui? Na festa parece ter comida. — ele ergueu as sobrancelhas.

Fechei a porta atrás de mim, e me apoiei em seu braço.

Talvez fosse isso que eu precisasse. Algo para encher o estômago e aliviar o coração.

— Eu estou mesmo com fome.


***

O som de flautas, clarinetes e tambores ocupavam o ambiente. Todos os homens usavam brincos dourados, assim como Jahi, e todas as mulheres dançavam livremente com as saias longas que eram leves o bastante para que os corpos se movimentassem.

Todas estavam lindas, adornadas com tiaras e
pulseiras, nos braços e tornozelos que se destacavam nos pés descalços. Depois de comer o melhor peixe que já tinha experimentado na vida, resolvi andar com Aland.

Muitas barracas foram montadas com panos brancos, vendendo roupas, acessórios, tecidos e objetos decorativos em forma de serpente. Peguei um pedaço de pano estreito na cor preta.

— O que é isso? — perguntei para a vendedora.

Aland também se aproximou para ouvir a resposta. Nunca vi nada parecido. As moças e os rapazes não pareciam usar nenhum pedaço de pano daquele.

Lançando um sorriso envergonhado, a senhora de pele parda e olhos castanhos se curvou em minha direção.

— É uma venda, para os maridos. — ela colocou a mão ao lado da boca. — As moças compram para a noite de núpcias. Sabe, se ele não enxerga, tenta encontrar a esposa com as mãos...

— Entendi! — cortei a mulher, jogando com força a tal venda de volta na mesa da barraca.
Aland quase cuspiu tentando não rir da minha cara.

— Não vai querer? — a senhora me estendeu o pano de volta.

— Não sou comprometida.

— Oh! — a mulher percebeu o meu vestido, e me lançou a mesma expressão de pena que me fazia querer desaparecer. — Me perdoe, fui indelicada. De qualquer forma, leve, menina. Quem sabe não se casará novamente.

— Isso não irá acontecer.

Ignorei o olhar de Aland sobre mim.

— Bom, de qualquer forma, é um presente meu. — ela estendeu a venda. Todos naquela ilha pareciam gostar de dar presentes. — Também pode servir para você dormir bem durante o dia.

Ela sorriu, estendendo a venda com tanta boa vontade que não consegui continuar o meu plano de dar as costas e sair.

— Muito obrigada. — aceitei o pano, e o coloquei em um bolso do vestido.

Aland andou ao meu lado, com um sorriso animado no rosto.

— Os costumes aqui são interessantes.

— Tenho certeza que acha isso.

— Não me julgue, Qhana. Como um homem que nunca teve uma mulher antes, me pareceu tentadora a ideia de um casamento.

— Nunca teve uma mulher?

— Eu estava ocupado tentando não sangrar com a corrente do pescoço.

— Me perdoa, por um momento eu me esqueci...

— Está tudo bem, eu estava brincando, não leve a sério. Tudo que eu quero agora é... me sentir um pouco humano novamente.

Paramos na parte principal, em que havia velas e uma grande cadeira única central. Ella parecia solitária, sentada no trono sozinha. Seus olhos tristes se iluminaram um pouco ao encontrar os de Aland.

— Bom, tem uma mulher disponível bem ali. Chame-a para dançar.

Aland pareceu decidido a recusar, até ver Ella o olhando com expectativa.

— Não quero te deixar sozinha.

— Eu estarei bem ali, sentada perto da fogueira. Não se preocupe comigo. Você precisa aprender a dançar, é a sua próxima lição para ser um bom líder. Por favor, vá.

— Eu volto logo. — ele se abaixou e deu um beijo em minha bochecha que me fez tremer um pouco. Foi tão rápido que eu não consegui sequer impedir. Eu não precisava me sentir pior por isso agora.

Sem conseguir mais ficar em um local repleto de pessoas que não conhecia, passei rápido por entre os casais que dançavam e fiz o caminho de volta ao meu quarto.

***

Tudo o que eu queria era ficar sozinha, até perceber que a solidão não era sempre a melhor das escolhas. O sono não veio, e eu chorei a noite inteira.

Em algum momento da madrugada, Aland me chamou do outro lado da porta e eu fingi que não escutei. Eu estava cansada de não conseguir controlar os meus sentimentos, e sabia que precisava sair da escuridão, mas não conseguia.

Quando amanheceu, tentei lavar o rosto o melhor que podia e, ao abrir a porta, Aland já estava lá me esperando. Dormindo sentado no chão do corredor. Com um brinco dourado na orelha. Eu não sabia qual das informações processar primeiro.

— Aland? — um suspiro escapou dos meus lábios enquanto eu me abaixava. Toquei em seu rosto, sentindo alguns curtos fios de barba roçarem meus dedos.

Ele se mexeu um pouco, e abriu os olhos.

— Qhana, você acordou. — ele tentou se levantar. — Quando voltei da festa, você estava dormindo.

— Você passou a noite aqui? No chão?

— Talvez você precisasse de mim.

Fiquei sem palavras.

— Você deve estar todo quebrado. Não precisava ter feito isso.

— Já dormi em lugares piores. Você estava lá comigo.

— Isso é um brinco? — apontei para a orelha dele, mudando de assunto.

— Sim, todos os homens aqui usam e acabaram me convencendo de colocar também ontem na festa. Ella disse que eu fiquei charmoso. Você gostou?

Sorri um pouco, tocando o pequeno brinco dourado em forma de gota. Era incomum, mas eu sabia que não tinha nada que pudesse deixar Aland feio.

— Gostei.

Ele sorriu, segurando em minha mão.

— Vamos tomar o desjejum. Precisamos nos despedir para seguir viagem.

Antes que eu pudesse questioná-lo sobre como continuaríamos, já que o nosso barco tinha sido estraçalhado pela serpente de estimação deles, Aland me puxa até a sala de refeições. A Princesa Ella já estava sentada no tapete, e se levantou quando nos viu, deixando de lado a xícara de chá.

— Que bom que já acordaram. Vem, preciso mostrar algo a vocês.

Um pouco triste por não ter comido primeiro, a segui enquanto Aland continuava a puxar a minha mão. Saímos do Palácio, atravessamos algumas pequenas plantações de legumes e, quando chegamos ao mar, a vi sorrir.

— Vocês não conseguiriam chegar à Vermênia com um barco qualquer, lá é um reino congelado. Na ilha temos muitos mestres de estaleiro, e eu pedi que fosse feito um bastante resistente para vocês continuarem a viagem em segurança.

Fiquei surpresa ao encarar o barco de madeira à minha frente. Não era um barquinho qualquer.

Com uma madeira clara, ele possuía duas velas infladas pelo vento. Era pequeno, mas confortável, e a gente não precisaria se preocupar com monstros marinhos nos derrubando com facilidade. Isso, sem contar o fato de que não passaríamos fome, já que tinha um bom estoque de frutas, pães e peixes.

Eu e Aland entramos, sem saber como agradecer o suficiente. No convés, tinha três cabines alinhadas, sendo uma delas de banho, com detalhes simples e janelas estreitas que permitiam vislumbres do interior.

Isso além das cobertas e pequenas camas em cada uma delas. Os detalhes em ferro forjado no convés adicionavam uma sensação de solidez à embarcação.

— Devolverei tudo em dobro quando o meu reino for estabelecido. — Aland beijou a mão dela.

— Desde que impeçam a guerra, não precisam me devolver nada. Estou torcendo pelo caminho de vocês. — ela retirou um colar do pescoço, e em um gesto íntimo, o colocou no de Aland. — Serve para proteção, e para você voltar um dia, se desejar.

Agora eu tinha a mais absoluta certeza de que nunca conseguiria flertar daquele jeito. Me sentindo uma vela maior que a do barco, aproveitei a comida do convés para tomar o desjejum que não tinha feito. Depois que eles se despediram, Ella voltou à praia e acenou, junto com vários servos.

Respirei fundo e observei Aland andando em direção ao leme. O nosso próximo destino era Irina, e de alguma forma, isso me deu mais medo do que enfrentar novamente outra serpente marinha.

Recado da autora

Olá queridos leitores reais de Áquiles (que é o reino em que estamos), como vocês estão? ❤️

Meu Wattpad está todo bugado, além de não aparecer as fotos dos capítulos agora nem as imagens de separação de texto estão indo mais, não sei mais o que fazer, mas não foi isso que eu vim dizer

Passando para avisar que o próximo capítulo sai sexta-feira, e ele vai trazer fortes emoções.

Beijos de luz💡

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