Insensato Amor

Von andressarbs123

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Série irmãs Beaumont - Livro 3 Arabella é a filha mais nova das três princesas do reino de Beaumont, sendo co... Mehr

Epígrafe
Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capitulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capitulo XLIII
Epílogo
Agradecimentos
Spin-off?❤️

Capítulo XXIX

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Von andressarbs123


Para corrigir, a vila inteira estava pegando fogo. Descobri isso quando avistei, pela janela, chamas altas e pessoas correndo. Acordei Aland, desesperada, e o vi pegar Isis no colo enquanto eu guiava Calanthe para o lado de fora.

A tenda foi consumida e caiu no exato momento em que chegamos ao lado de fora. Todas as casas eram próximas umas das outras. O fogo tinha alcançado o quarteirão. Aland colocou Isis nos braços da mãe e me olhou uma última vez antes de correr.

Sem sequer pensar, ele atravessou as chamas e entrou nas casas, salvando as pessoas que gritavam do lado de dentro. Um grupo de mulheres se juntou e começou a trazer baldes de água. Calanthe e eu nos juntamos para apagar o máximo de fogo que conseguíamos.

Como se fosse uma salvação dos céus, gotas de chuva começaram a cair e o fogo cessou. Aland, exausto, carregou a última criança machucada no colo e a entregou nos braços dos pais. Todos da vila fizeram uma grande roda ao seu redor, e se curvaram, agradecidos por ele ter salvo a vida dos filhos.

Uma única mulher não se curvou, a mesma que tinha gritado no dia anterior que Aland era um bastardo.

— Não se curvem! Ele é um monstro, não estão vendo? Ele que deve ter colocado fogo na vila para nos enganar.

Encarei-a, incrédula pelas palavras. Como eles eram capazes de preferir um tirano que os açoitava ao invés de Aland? Como a maldade do coração humano conseguia chegar a esse ponto?

Antes que mais pessoas refletissem sobre a fala da camponesa, um casal se ergueu e deu um passo à frente.

— Não foi ele. Foi minha culpa. — a mulher de cabelos loiros longos cacheados disse, chorando compulsivamente. — Esqueci o fogo ligado, eu estava tão exausta.

— Perdoem a minha mulher, foi um acidente. — o marido segurou em seus ombros. — Eu os imploro. Irei restaurar a tenda de todos.

O burburinho começou, e os olhos das pessoas, repletos de ódio por terem perdidos suas casas, refletiam a vontade de acabar com o casal, até perceberem que se tratava de um casal com boas condições.

— Ele é um construtor de tendas, as pessoas terão casas melhores que antes. — Calanthe me explicou, enquanto Aland foi erguido pelos homens da aldeia.

Sorri, percebendo que pelo menos uma coisa boa tinha saído daquilo tudo.

O povo aceitou ser livre.



— Menino imbecil me devolva logo a minha boneca! — corri atrás do garoto gordo e insuportável que os meus pais insistiam para brincar comigo. Eu o detestava.

— Não quero e não vou. — ele ergueu o braço no ar. — Se quiser, vem pegar Belinha.

— Eu já disse para não me dar apelido, eu te odeio!

— Eu te odeio mais, melequenta!

— Eu não sou melequenta! Seu fedido!

— Um dia você vai querer me cheirar, assim como todas as garotas que vão cair aos meus pés!

— Nunca! — pulei, tentando alcançar a mão erguida dele. — Ninguém quer cheirar gambá. Se você se casar um dia, vai matar a sua esposa de tanto fedor!

— Então eu vou me casar com você, assim você também será fedorenta para sempre!

Ele sorriu, e jogou a minha boneca no rio.
Chorei compulsivamente porque eu não sabia nadar.

— A minha filha morreu!

— Era só uma boneca, boboca!

— Eu vou te odiar para sempre! — bati incansavelmente no peito dele. — Para sempre, Harry!

Acordei em um sobressalto quando a carruagem bateu em uma pedra. Aland me segurou, me olhando preocupado enquanto segurava a coberta ao redor do meu corpo. Eu tinha dormido no ombro dele.

— Você está bem? Parecia estar um em um sono profundo, não quis te acordar. — ele me encarou, preocupado.

Senti vergonha ao ver que a camisa que os homens tinham cedido a ele depois da festa em homenagem ao novo Príncipe estava molhada.
Oh, não! Eu tinha babado enquanto dormia?

— Me perdoa. — tentei limpar o ombro dele incessantemente. Aland sorriu.

— Que bobagem, Qhana. — ele parou as minhas mãos. — Olhe pela janela, já estamos chegando.

Abri a cortina da carruagem, sentindo meu peito se apertar. Era a floresta. Meu pulmão se encheu de ar. Eu estava em Sírios.

— Você consegue guiar o cocheiro até a cabana?

— Consigo sim.

A carruagem passou pelo rio, depois pelo lugar que Harry tinha me ensinado a cavalgar, pela árvore que eu colhia maçã e, quando enfim chegou à cabana, eu já estava completamente despedaçada.

Aland segurou a minha mão.

— Se quiser voltar...

— Não quero. — me soltei da mão dele e desci da carruagem. Ele me seguiu.

Bella estava amarrada na árvore, no mesmo local de sempre. Corri na direção dela e apoiei meu rosto no seu, acariciando a sua crina. Ela fez um barulho baixo, como se compartilhasse do mesmo sentimento.

Aland não disse nada enquanto eu fiquei com ela ali. Ele também não disse nada quando eu reuni coragem para entrar na cabana, e chorei enquanto segurava as roupas de Harry. Ele me deu o espaço necessário para que eu me despedisse da minha casa.

Me lembrei do meu coelho pulando atrás de mim pela cabana inteira, e deitando ao meu lado na cama.

— Eu já disse que não gosto desse coelho, meu bem. Tire ele daqui.

— Você irá se acostumar, agora pare de falar porque eu quero dormir.

— Eu não consigo dormir. Ele está me encarando.

— Ele não está te encarando.

Harry pegou o meu bichinho e jogou aos pés da cama. Seus olhos encontraram os meus.

— Agora você está me encarando. — suspirei, com medo de me perder nos olhos azuis dele. Sua voz saiu grossa, e baixa.

— Bem melhor.

— Bella? — uma voz me chamou, me arrancando da lembrança. — Bella!

Saí da cabana, encontrando Aland fechando a gola da camisa e escondendo as mãos atrás do corpo. Uma cesta de frutas caiu ao chão da dona da voz.

— Bella, é você! — os olhos de afago de Tiana encontraram os meus. Corri na direção dela, a dando um abraço. — Por favor, me diga que está bem.

— Eu estou bem. — um nó se formou em minha garganta.

— E o Harry? Ele veio com você? — ela olhou ao redor.

Não consegui responder, não de novo. Não suportaria dizer que ele estava morto. Eu odiava essa palavra.

Tiana compreendeu, ao perceber que eu segurava uma camisa dele encharcada pelas minhas lágrimas, e começou a chorar. Eu nunca pensei que a veria chorando.

— Ele conseguiu te salvar, é o que importa. Você vai conseguir superar, está me ouvindo?

— Superar o que? — outra voz surgiu atrás de Tiana. Poppy retirava o chapéu, enquanto me encarava estática a cor do meu vestido. — Do que vocês estão falando?

— Princesa, se acalme. — os guardas gêmeos ao lado dela falaram, ao mesmo tempo.

— Onde está Harry?

Se alguém me perguntasse isso mais uma vez, eu morreria. Senti meu corpo cair ao chão, e apoiei minhas mãos na terra, de joelhos.
Tiana andou em direção à ela.

— Poppy, eu sinto muito...

— Sente muito? — ela ficou vermelha. — O que você fez com ele? — ela berrou, andando em minha direção.

— Eu não fiz nada... — soltei, sem pensar.

Era mentira. Eu tinha feito. Eu tinha quebrado o coração dele antes de Arthur matá-lo.

— Ele só foi lá por você! — ela gritou, dando um tapa forte em meu rosto.

Comecei a me sentir enjoada. A dor começou a dilacerar a minha alma, novamente.

— Levem ela embora daqui! — Tiana tentou gritar para os guardas dela.

— Ele era feliz! Devia ter se casado comigo, mas foi se apaixonar por você, logo por você! Eu ia transformá-lo! Iria convencer ele a parar de apostar e ele teria as terras de volta, mas ele desistiu de tudo por sua maldita causa! Ele morreu por sua causa!

Fechei os olhos quando ela ergueu o braço para me bater de novo. Eu merecia. Ela tinha razão. Eu o convenci a desistir das terras. Eu aceitei o convite de Arthur, e quando as coisas ficaram ruins, pedi socorro a ele através dos sonhos. A culpa era minha. Esperei que o tapa viesse, mas ele não veio.

Uma sombra se formou em nossa frente, e o braço de Poppy estava parado no ar. Um braço forte a segurava.

— Não ouse tocar nela novamente. — a voz de Aland ecoou em um rugido profundo, carregado de ira.

Tiana me ajudou a levantar contra a minha vontade. Eu não me importava em permanecer ali, no chão.

— Quem é você? — Poppy se soltou dos braços dele, com o rosto coberto de lágrimas.
Ela também o amava. Não podia culpá-la pelo sofrimento dela.

— Não importa quem eu sou, nunca mais repita isso novamente. Não foi culpa dela.
De forma inusitada, Poppy começou a rir, descontroladamente.

— Você é mesmo uma meretriz. Já encontrou outro. Como podes ser tão atrevida ao ponto de trazer outro homem para a cabana dele? Não tem vergonha ou o mínimo de respeito? Você nunca o amou!

— Chega! — Tiana gritou, arrastando a Princesa pelo braço. Ela não pareceu mais se importar que a ação poderia ser considerada crime no próprio reino. — Vá embora, agora!

Desgastada, Poppy foi.

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