Zarek via uma grande esfera roxa se aproximando dele em alta velocidade, uma ameaça da qual ele mal poderia se esquivar. No entanto, antes de ser atingido, tudo parava; as pessoas à sua frente estavam imóveis, e a esfera suspensa no ar. Zarek olhou para trás e viu todos confusos com o que estava acontecendo. "O que é isso? Por que tudo está parado?" perguntou Adrian, olhando para aquilo com um pouco de medo.
Zephyr olhava para o lado e viu um portal se abrir. De dentro dele, duas mulheres surgiram: uma de cabelos brancos curtos e olhos verdes, vestindo uma capa dourada e verde; ao seu lado, uma mulher encantadora de cabelos ruivos, olhos azuis e uma armadura vermelha com detalhes em azul. Era alguém conhecido por todos. "Sienna e você," disse Zephyr, surpreso ao ver Sienna naquele momento.
"Vamos, todos vocês, entrem no portal agora," disse a mulher de cabelos brancos, dirigindo-se a Zarek. Em resposta, Zarek ordenou com autoridade: "Todos entrem no portal agora."
"Mais e aquele desgraçado?" reclamou Zephyr, enquanto seu pai o encarava. "Tudo bem," respondeu Zephyr, fechando ndo a mão com firmeza. Zarek olhou para Dante e ordenou: "Você, pegue Aurora e leve-a junto." Dante pegou Aurora nos braços, e todos atravessaram o portal. Antes de entrar, Sophia lançou um olhar triste para Lucien, com os olhos lacrimejantes.
Após entrarem no portal, foram transportados para outra dimensão. Zephyr se aproximou de Sienna e perguntou, "O que está acontecendo?"
Sienna respondeu, abraçando Zephyr, "Ela vai explicar tudo."
Zarek olhava para Seraphina. "O que está acontecendo? Você não me disse que isso ia acontecer, Seraphina," reclamou Zarek. Sophia perguntou, "Você o conhece?" Zarek explicou, "Sim, ela é a Deusa do Tempo." Todos olharam para Seraphina. "Você é um daqueles deuses que destruíram o mundo anterior," disse Adrian, e Zarek dirigiu seu olhar para Adrian.
"Como você sabe disso?" perguntou Zarek, intrigado. "Ele e seu filho encontraram o livro que eu escrevi," disse Seraphina. Zarek olhou para Zephyr, que acenou com a cabeça.
"Escutem o que vou explicar, e vocês vão entender," disse Seraphina, suspirando. "Eu e essa mulher que chamam de Sienna, tanto ela quanto eu, somos reencarnações de deuses do espaço e do tempo. Este mundo foi criado por nós duas e mais dois deuses. Depois de destruirmos três mundos, este é o quarto mundo," explicou Seraphina.
"Então quer dizer que tem quatro deuses por aí, e onde estão os outros dois?" perguntou Sophia, olhando para a Deusa do Tempo. "Uma vocês já conheceram, Alexia, a mulher que lançou o poder da destruição em vocês. Ela é a Deusa da Destruição. Zarek sabe bem o quão poderosa ela é," disse Seraphina, olhando para Zarek.
Zephyr olhava para o seu pai. "Como assim você conhece bem o poder dela?" perguntou Zephyr, percebendo a expressão armaga no rosto de seu pai. "Espera, Sera, você foi uma das pessoas que sobreviveu à destruição do mundo anterior?" disse Zephyr, deixando Sophia e Sienna olhando para ele.
"Do que você está falando, Zephyr? Eu não estou entendendo," perguntou Sienna. Adrian tirou um pequeno livro com a capa de um lobo preto de sua bolsa. "Esse livro fala sobre uma pessoa que sobreviveu ao fim do mundo," disse Adrian. "Esse livro, eu o achei na biblioteca da mansão de Cássius, e você disse que foi você que escreveu isso," disse Zephyr, enquanto Dante e Lucas olhavam para ele.
"O tempo se move de várias formas, e eu não estou com meu poder total. Nenhuma de nós está. Esses corpos são muito frágeis, mas eu ainda consigo manipular o tempo. Tudo isso é para ter o melhor final possível. Eu sei de tudo que vai acontecer, eu sei de tudo que pode acontecer. Então, para evitar que o final ruim aconteça, eu tenho que fazer o final bom acontecer, não importa o que eu tenha que fazer. Estes mundos são dos deuses que os criaram," disse Seraphina.
"Então você está guiando tudo para o melhor caminho," disse Zephyr, olhando para Seraphina, e depois dirigiu seu olhar para Zarek. "E você, se você é mesmo a pessoa que sobreviveu ao fim do mundo, como ainda está vivo?" perguntou Zephyr.
"No meu mundo, é normal as pessoas terem mais de um poder. Você já sabe sobre o meu poder de adaptação, mas eu também tenho outro poder", disse Zarek, que olhava para Seraphina, a qual acenava. "Eu também sou imortal", acrescentou Zarek, enquanto Zephyr se sentava no chão com a mão no rosto.
"E agora, o que vamos fazer com aquele desgraçado?" disse Zephyr. "Zephyr, onde está Lyra?" perguntou Adrian, e Zephyr olhava para ele. "Você só notou que ela não está aqui agora", disse Zephyr com um sorriso fraco, enquanto Sienna fazia uma expressão desagradável. Sophia se aproximava de Adrian com um rosto melancólico.
"Cássius a matou e depois", disse Sophia com uma expressão amarga, e Adrian arregalava os olhos. "Não, isso é impossível. Eu aposto que isso é apenas uma ilusão dela. Ela está brincando comigo. Muito engraçado", disse Adrian, começando a rir. Zephyr se levantava e andava até Seraphina.
"Você sabia que isso ia acontecer, não é mesmo?", disse Zephyr com uma expressão carrancuda. "Você se assustaria com o que eu sei", respondeu Seraphina com um sorriso provocador. "Você não pode trazê-la de volta?", perguntou Sienna, que observava tudo calada. "Eu não posso trazer as pessoas de volta à vida. Eu controlo o tempo, não a vida. Mas eu posso ajudá-los a se vingarem, se só vocês me escutarem", disse Seraphina.
"E por que a gente te escutaria? Tudo isso aconteceu porque você quis", disse Dante, que estava tentando entender o que estava acontecendo. "E vocês têm outra escolha", ela respondeu com um olhar penetrante. "Eu disse que quero o melhor final possível, e por isso que fiz isso", explicou Seraphina. "Então a Lyra tinha que morrer para termos o melhor final?", perguntou Sophia, e a Deusa do tempo acenava.
"Então, se alguém aqui tiver que morrer para termos esse seu final que você tanto quer?", perguntou Zephyr. Seraphina respondeu: "Eu não hesitaria em deixar alguém aqui morrer para isso, mas eu não me preocuparia com isso se eu fosse vocês", disse ela, encarando Zephyr. "Você terá sua vingança, e eu terei o meu final. Isso eu prometo, se só vocês me escutarem", concluiu Seraphina, enquanto Zarek segurava no ombro de Zephyr.
"Filho, ela tem razão. Não podemos lutar contra a Deusa da Destruição", disse Zarek, tentando acalmar Zephyr. "Então, o que vamos fazer?" perguntou Zephyr. "Vocês vão ter que ficar mais fortes, para quando Cássius tentar algo contra vocês, ele fique impotente", disse Seraphina, apontando para o lugar onde estavam.
"Aqui o tempo não funciona como do lado de fora. Vocês podem treinar por dez anos, e apenas se passarão cinco lá fora. E eu tenho o conhecimento de quatro mundos, então também conheço muitos estilos de luta para a sorte de vocês", disse Seraphina com um sorriso animado. "O que está acontecendo?" Todos se viraram e viram Aurora que acordava.
Cinco anos depois.
Cássius estava com um caderno na mão. "Você sempre está lendo esse caderno. O que ele tem de tão interessante?" perguntava Alexia, que estava abraçada com Cássius, sentada em seu colo. "E por causa desse livro que eu sempre tive a vitória. Ele me fala o que devo fazer, mas não tem mais nada nele", disse Cássius, fechando o caderno. "E quem foi que deu ele a você?" perguntou Alexia, curiosa.
"Foi uma mulher de cabelos brancos. Ela me disse para seguir as instruções desse caderno que eu teria o sucesso que queria. Eu me lembro que neste dia estava chovendo. Eu só sentia fome, mas com esse caderno, tive uma das melhores refeições que já tive", disse Cássius com um sorriso nostálgico. "E agora, tudo acabou. Você chegou no fim. Talvez isso signifique que você chegou no topo", disse Alexia com um sorriso.
Um bater de porta era ouvido pelos dois. Alexia se levantava e abria a porta. Na sua frente, estava um guarda. "Eu tenho uma péssima notícia", disse o guarda, e Cássius olhava para o guarda. "O rei e a rainha de Avalonia foram mortos, e o seu cavaleiro real também está morto", disse o guarda, fazendo Cássius arregalar os olhos.
"Entendi", disse Cássius, e Alexia olhava para ele. "Alexia, vá para o Reino de Avalonia e cuide das coisas para mim", disse Cássius, e Alexia concordava.
No Reino de Axis, um garoto loiro de olhos dourados e um homem de cabelos pretos e olhos dourados, com cicatrizes no braço, andavam pelas ruas. "Agora é a nossa vez", disse Lucas com um sorriso animado. "Eu só espero que você não faça nenhuma merda, ouviu", disse Adrian, olhando para Lucas.
No Palácio de Axis, Darian, vestido com uma armadura, estava na frente da rainha Isabela. "Então, os três foram mortos por alguém, e ninguém sabe quem foi", perguntou Isabela, e Darian assentia. "Ele esperou que Belthor não estava lá e atacou o Palácio real", disse Darian.
"E Cássius já mandou uma carta ou algo assim?" perguntou Isabela, olhando para Darian. "Não", respondeu Darian. "Tome cuidado, talvez seja alguém que queira matar os reis", disse Isabela com uma expressão pensativa. "Não se preocupe, eu sou o seu cavaleiro real. Eu vou te proteger", disse Darian com um olhar sério. "Eu sei, eu só queria saber quem matou o rei de Avalonia", disse Isabela.
Darian andava pelos corredores do Palácio de Axis. 'Eu vou protegê-la, não importa contra quem eu vá lutar', pensou Darian, que estava com uma expressão fria.
A noite chegava no Reino de Axis, e a rainha estava deitada em sua cama, cansada, com a janela aberta. "Que vento bom e tão refrescante", disse Isabela com um suspiro. "Que bom que você está relaxada, rainha de Axis", disse uma voz um pouco familiar. Ela se levantava, virava-se e via um homem com um olhar selvagem. Seus olhos dourados demonstravam ferocidade. Isabela se assustava com o homem que estava na sua janela.
"Como você ainda está vivo? Eu vi você morrendo", disse Isabela, e Adrian pulava da janela. A porta se abria, e Darian aparecia com a espada na mão. "Você é um dos assassinos que minha irmã matou", disse Darian, que estava com a espada na mão. Adrian desembainhava a sua espada. Isabela piscava, e os dois se chocavam. Darian parecia estar com problemas com o golpe de Adrian, que parecia uma fera.
Em outro local, um garoto loiro de olhos dourados estava andando com uma espada suja de sangue. "Então, qual vai ser o próximo suicida que quer morrer? Você ou eu? Ou melhor, que tal todos?" disse Lucas com um sorriso malicioso.
Três cavaleiros tentaram atacá-lo, mas seus pescoços eram cortados e suas cabeças caíam. Lucas começou a andar, e sempre que qualquer cavaleiro se aproximava dele, suas cabeças caíam. Ele estava usando o vento para cortar as cabeças deles. Quando chegava no quarto da rainha, ele ficava impressionado. "Espera, por que ela ainda está viva?" perguntou Lucas, que via Darian inconsciente no chão, e Isabela sentada na cama, assustada, com os braços tremendo.
"Eu acabei me animando um pouco", disse Adrian, que estava com a espada cravada na perna de Darian. Lucas via do lado de fora se aproximava alguém que era extremamente rápido. "Cuidado", disse Lucas, mas já era tarde. Um dragão já estava dentro do quarto ao lado de Adrian, que encarava o dragão. "Fala, chifrudo. Se eu te matar, vou ser conhecido como matador de dragões", disse Adrian com um olhar penetrante.
"Seu insolente, você é apenas um verme", disse o dragão. "Tire eles daqui", disse Isabela, desesperada. O dragão assentia, pegava os dois, e os tirava de lá pela janela em alta velocidade. 'Droga, aquela vadia não nos falou que ia ter um dragão', pensou Lucas enquanto os dois foram jogados no chão. O dragão abria a boca, e fogo era lançado em direção a Lucas, que conseguiu criar uma barreira de ar para se defender do ataque.
Adrian, que já estava irritado, começou a correr. Pulava e socava o dragão, que era empurrado. Adrian caía no chão e encarava o dragão. Levantou o dedo do meio para o dragão, irritando-o. O dragão voava em direção a Adrian, mas quando foi dar um soco, passou direto. O dragão ficou sem entender o que aconteceu, mas antes que pudesse reagir, sangue começou a sair de sua boca. Ele se virava e via um coração na mão de Adrian.
"Eu estou com o seu coração, sua aberração", disse Adrian com um olhar imponente. O dragão caía no chão, morto. "Que foda, nós matamos um dragão", disse Lucas, e Adrian o encarou. "Quero dizer, você matou um dragão", disse Lucas com um sorriso brincalhão.
"Agora eu quero ver aquelas duas encherem o meu saco", disse Adrian, que via um portal se abrindo na sua frente. "O que você quer? Eu ainda vou matar aqueles putos, então não me atrapalhe", disse Adrian, e Sienna saía do portal. "Seraphina disse que vocês já fizeram o que deveriam e que não era pra você tentar estrupar a rainha de Axis", disse Sienna.
'Então, em alguma linha do tempo louca, eu conseguiria estrupa-la, Meu eu de outra linha temporal é um sortudo', pensou Adrian. "Espera, você ia estuprar a rainha?" perguntou Lucas, espantado. "O que foi? Você também queria um pouco?" provocou Adrian. "Vocês parem de conversar e entrem no portal", disse Sienna, e os três entraram no portal.
No Reino de Asura, Cássius tinha acabado de receber uma nova informação. "Eles ainda estão vivos, aqueles desgraçados", disse Cássius, pegando seu caderno e começando a folheá-lo. 'Nada, não tem nada aqui. Espera, por que estou me preocupando com isso? Eu sou muito mais poderoso que qualquer um deles, e eu tenho um exército', pensou aliviado. "Mande dragões para todos os Reinos, e se alguma coisa acontecer, quero ser avisado."
No Palácio Real de Arvandor, na sala real, havia duas pessoas. "Na primeira vez que vim aqui, era um velho broxa que estava sentado aí, e agora tem um verme sentado nele", disse Sienna, rindo da cara do Dragão que estava no trono.
"Verme, você me chamou de verme, sua puta. Você é um ser inferior", disse o dragão, levantando-se do trono. "Sim, e é esse ser inferior que vai te humilhar", disse Sienna com um sorriso provocador. Ela desaparecia e aparecia atrás do Dragão, os dois sumiam e reapareciam em uma pequena ilha.
"Ei, aonde estamos?", perguntou o dragão. Sienna acenou com a mão para o dragão. "Para a sua sorte, não vai ser eu que vai te matar", disse Sienna, sumindo da frente do dragão, que olhava para o lado e via o mar se abrir na sua frente.
No meio do mar, que estava se elevando, uma figura de uma mulher aparecia com seus longos cabelos prateados e seus lindos olhos azuis. O dragão, vendo essa linda figura, só sentia uma coisa: medo. Ele começou a voar, mas todo o mar ao seu redor começou a se aproximar dele a uma velocidade incrível, até que fosse envolto e o mar se transformasse em gelo, congelando-o.
Aurora, vendo isso, quebrava tudo, incluindo o dragão que caía em pedaços no mar.
"Vocês só se chamam de monstros até que encontram um de verdade", disse Aurora, que via os restos do dragão. Em seguida, Aurora voltava para o mar.