Gabriel narrando..
Fim - parte 3.
Egoista é isso que ele é e apenas pensamentos ruins giram em torno da minha mente, porra eu tô fudido psicologicamente tendo que tirar forças de onde eu não tenho pra ajudar Gaby, pra ajudar minha mãe com Sophie, para da a cara aos tapas no curso, na reforma da loja que eu aluguei mas não, ele consegue vir e achar que o mundo gira em torno do tráfico, querendo honrar a porra da favela dele mas a família vira um tanto faz? Não é assim não mano, não é. Nunca vou desrespeitar meu pai porque eu sei de onde ele me tirou e por causa dele eu tenho essa vida hoje, mas não vou deixar ele fazer o que quiser com a Lorena, vou nada.. mina da a vida por nós, abre mão de várias coisas por causa da gente, tira do corpo pra da e quando mais precisa se vê sozinha? Ela tá grávida de um filho que ele quis mano, pra agora ficar agindo que nem um pai no cu? Não.. com a gente vai ser assim não, pego elas e sumo, deixar ele com a favela dele em paz.
Sai do banho fui direto pro closet botei uma cueca e um short do Flamengo, passei um perfume e desodorante e fui pro quarto dando de cara com a Gaby deitada na cama chorando baixinho, deitei abraçando ela, que me olhou, dei um beijo na testa dela e não falei nada, fiquei apenas ali..
Gaby: obrigado por tudo, por não me abandonar e me estender a mão sempre, eu te amo mesmo você sendo ciumento demais.. - ela segurou meu rosto dando um selinho, alisei o rosto dela.
Gabriel: tamo junto vida, te amo demais mesmo com meus vacilos tu sabe que tu é minha.. - ela assentiu.
Gaby: não sei o que vou fazer da minha vida, tá doendo tanto..
Gabriel: não tem como tirar essa dor de dentro de você, mas eu tô aqui pra te fazer levantar..
Gaby: não quero nem viver o dia de amanhã, deixar ela lá vai doer tanto, meu Deus.. - ela voltou a chorar, é foda eu já passei por isso, eu já senti essa dor e te falar parece que não tem fim, cavam um buraco no nosso peito que não fecha por nada, eu sinto a perda da minha vó até hoje, sei lidar mas sinto tanta falta, tantas saudades daquela mulher..
Gabriel: vai tomar banho, você precisa dormir.. - puxei ela, levando até o banheiro, deixei ela sozinha e fui até o quarto da Lorena, bati na porta e botei a cabeça, vendo ela deitada.
Lorena: oi amor, que foi? - encostei a porta e fui até ela ouvindo barulho de chuveiro.
Gabriel: tá melhor?
Lorena: sim, e a Gaby como tá? - balancei a cabeça em negativo.
Gabriel: mal, toda hora chora agora botei ela no banho e vim pedir um calmante pra dar a ela, onde tem?
Lorena: ela tava aqui querendo se fazer de durona dizendo que preciso ficar bem, olha quem fala.. lá no armário da cozinha tem, pega lá.
Gabriel: brigadão mãe, vou lá antes que ela saia do banho. - dei um beijo na barriga dela , ela sorriu. Ela ama quando chamo ela de mãe, fica felizona.
Lorena: ai mãe.. fico toda boba, deixa eu falar briga com seu pai não, apesar de tudo quero vocês todos bens, sem estresses tá? - neguei.
Gabriel: nós por nós, vejo teu esforço e tudo que faz por nós, sou sempre pela senhora tá maluco.. - o olho dela brilhou, abracei a mesma e ela me deu um beijo, dei outro na testa dela e sai quando ouvi a porta do banheiro sendo aberta, desci vendo a sala vazia, tv ligada desliguei e fui pra cozinha, peguei um copo de coca e bebi ali mesmo, peguei o remédio e água e fui subindo.. passei pelo quarto da Sophie e ela tava deitada vendo filme.
Gabriel: boa noite princesa, te amo em.. - beijei na testa dela que riu toda fofa.
Sophie: ai bieeel eu também te amo de montão - ela abriu os braços mostrando o amor dela, encostei a porta e entrei no meu, Gaby tava sentada na cama penteando o cabelo, dei o remédio na mão dela com a água e ela bebeu.
Gaby: penteia meu cabelo amor - fez um bico, abaixei e mordi.
Gabriel: da ai - peguei a escova da mão dela e creme, fui borrifando água e desembaraçando aos poucos, e penteando em quanto ela prestava atenção na tv.
(....)
O dia amanheceu sinistro, uma ventania e um chuvisco caía pelo lado de fora, Gaby ainda tá dormindo, fui direto pro banheiro fazer minhas higienes, já tomei banho, saí do banho e fui me arrumar, botei uma calça preta e uma blusa preta da Nike, botei um tênis preto da Nike, catei um óculos escuro e um boné e coloquei na cabeça, desci as escadas ouvindo vozes fui até a cozinha tava Lorena e Sophie sentadas na mesa tomando café..
Lorena: bom dia, acordou cedo.. - concordei dando um beijo na test dela e da Sophie.
Gabriel: bom dia amores, consegui dormir muito bem não, tava agoniado já na cama...
Sophie: bom dia maninho.. - ela tava toda arrumada pra ir a escola, Lore tava de pijama, esperando ela tomar café e o transporte vir buscar certeza. Sentei na mesa pegando uma xícara de café, peguei a garrafa e sentei pra beber.
Lorena: a blusa que fiz pra Gaby tá ali no braço do sofá, entregaram lá na minha vó ontem mesmo mas ela só me avisou hoje aí o Hugo buscou pra mim..
Gabriel: nem sabia que tu tinha mandado fazer.. - buzinaram lá fora e ela levantou pra levar a Sophie, me despedi dela e ela foi pulando, ama ir a aula, ela é braba a alegria da casa.
Lorena: voltando ao assunto fiz, sabia que ela tava sem cabeça pra nada..
Gabriel: me amarro no jeito que vocês abraçam a gaby da mesma forma que me abraçaram as vezes fico meio pá de ficar falando mas sou grato a Deus pra caramba ele sabe do meu coração.
Lorena: fazemos de coração por vocês, tu sabe disso né? Meus avós e dona Izabel vão no enterro com vocês..
Gabriel: sério, gaby vai se sentir bem com eles la, o apoio de vocês são essenciais. Pq não quer ir? - perguntei ouvindo passos, era meu pai.
Brayan: bom dia - ele entrou na cozinha s voltou pra mesa ontem tá o café, botou café na xícara e sentou na mesa.
Lorena: não tô me sentindo bem e algo me diz pra não ir, então vou respeitar minha intuição pelo menos uma vez na vida, queria muito tá com a Gaby nesse momento mas não vou contrariar meu coração.
Gabriel: bom dia pai.. se tá dizendo pra não ir, não vai.. vou fazer de tudo pra durar o menor tempo possível, Gaby não merece ficar horas lá passando por esse sofrimento ainda tem a família, os pais dela.
Brayan: vou mandar uns menó ficar de olho lá em vocês, uns de ficha limpa desconhecido..
Lorena: todo cuidado é pouco, se os pais dela fizerem graça, só virar as costas e vir embora, discutir não vai adiantar nada.
Brayan: isso daí, deixa que com eles a gente resolve depois, vamos ver se vão ter cara de subir a favela pra querer casa, herança ou alguma merda..
Gabriel: problema é eles quererem a Gaby né, ela é de menor..
Lorena: só tentarem ué, faço questão de ir até pra justiça jogar as provas que temos contra eles, nunca nem ligou pra menina maltratou a vida toda e agora que tá bem vão querer? Duvido..
Gabriel: a gaby eu já não sei mas se eles virem de graça vou dar logo um retao, desculpa a velha mas porra aguento ouvir muita gracinha não, tô no limite..
Lorena: seus bisa e sua vó vai tá lá, eles vão saber controlar a situação..
Brayan: duvido minha vó Ivone controlar algo, mais fácil ela jogar a mulher na cova.. porra - rimos, papo reto dona Ivone da um boi pra não entrar em uma briga mas da uma boiada pra não sair dela, velha é arretada demais, tem papa na língua para nada..
Gabriel: a velha é foda.. - rimos e ficamos um silêncio, terminei meu café e levantei indo lavar a xícara..
Brayan: não dá pra você me ignorar o tempo inteiro Lorena, precisamos conversar.
Lorena: teremos o dia todo pra isso Brayan, não preciso discutir com você na frente do Gabriel e em da Gaby, se quiser mesmo conversar espera eles saírem. - ouvi quieto, passei por eles indo na sala, peguei a blusa da Gaby e subi, abri a porta do quarto e ela não estava mais na cama, peguei meu celular e fiquei mexendo ali..
(....)
Já estávamos indo pra jardim da saudade onde ela vai ser enterrada, é um pouco longe de onde a gente mora mas tá tranquilo, o corpo estava na capela desde as 10h e o enterro vai acontecer às 14h, já são 11h porque ficamos esperando irmã se acalmar, o remédio fazer efeito já que ela teve outra crise de ansiedade.. o carro tá cheio, veio um segurança dirigindo, meu avô na frente e atrás tá eu, gaby, dona Ivone e dona Izabel, ainda bem que a land hover é espaçosa, Gaby o tempo inteiro segurando minha mão e deitada com a cabeça no ombro da dona Ivone.
Tirando o trânsito do Rio de Janeiro chegamos, descemos e o cara foi estacionar o carro e logo atrás dele tinha mais um carro com seguranças que meu pai mandou, não sei pra que isso tudo mas não faço nem questão de perguntar. Dona Izabel segurou a mão da Gaby de um lado e da outra dona Ivone.
Gabriel: amor, vou resolver os negócios aqui e já vou lá, quer que compre alguma rosa?
Gaby: compra um buquê de rosas brancas e um de girassol..
Gabriel: tá bom, já vou lá... - sai indo até os seguranças, cumprimentei cada um e fui resolver a papelada na administração, Lorena já tinha deixado tudo assinado, só passei pra pegar mesmo e informar que os responsáveis já chegaram, a menina me explicou algumas coisas e eu saí, comprei os buquês que ela queria e garrafa de água pra ela, trouxe mais calmante que Lorena mandou, não sabemos a reação dela né? E o remédio deixa de fazer efeito.. cemitério tá bem cheio, muitas morres, infelizmente todo dia enterramos o amor de alguém, filho, pai, vó e dói demais, dói na alma. Fui caminhando até a capela que estava, cheguei na entrada bem cheio por sinal, pedi licença ao pessoal que estava ali, entrei vendo Gaby do lado do caixão chorando com a mão no rosto da vó, meus olhos encheram de lágrimas por um momento me vi ali, minha cabeça voou no dia do enterro da minha vó, vários a minha volta mas nada importava mais.
Passei meu olhar por ali vendo umas pessoas desconhecidas por mim, chorando outras conversando, fui até os meus.
Ivone: tá ali desde a hora que entramos, não fala nada com ninguém, algumas pessoas que devem ser parente vem, abraça fala algo com ela e ela só concorda.
Emanuel: ela só abriu a boca pra falar com a vó, fica um pouco ali do lado dela. - assenti indo pro lado dela, ela me olhou e me abraçou, fiquei alisando as costas dela, em quanto ela chorava.
Gaby: ela parece que tá dormindo, olha amor como ela tá linda. Manda ela acordar amor, manda parar de palhaçada.. - ela falava só pra mim ouvir, as lágrimas rolaram impossível não sentir dor em ouvir ela dizendo essas coisas.
Gabriel: ela precisou descansar amor, ela descansou..
Gaby: porque ela fez isso comigo? eu não merecia amor eu não mereço - ela me soltou e voltou a olhar pra vó.. fiquei apenas do lado dela em silêncio.
Gaby: porque logo você vó? Tantas pessoas ruins no mundo e me tiraram logo você, aí vó tá doendo tanto. - peguei a água, abri e dei pra ela beber, os três estavam sentados no sofá observando tudo, dona Izabel é a mais derretida chora o tempo inteiro. Chegava umas pessoas uma vez ou outra, ela era bem querida porque Ivo até algumas pessoas lá do morro vindo aqui, desejando uma palavra pra Gabi e comigo do lado ela tem respondido pelo menos um obrigado, falado alguma coisa.. relógio batia 13h da tarde já, minha cabeça doía sem parar, tirei o remédio do bolso, trouxe dizendo que era pra caso ela esteja com dor de cabeça mas na verdade é o calmante mesmo..
Gabriel: amor, tá na hora do remédio.. - estiquei pra ela que negou.
Gaby: eu não vou tomar eu tô bem não tô nervosa, tô sem dor de cabeça. - disse rápido, toda agitada.
Gabriel: o que minha mãe disse? sem dor, sem crise que tem que tomar Gabriely.. - ela pegou da minha mão sem falar nada e bebeu a água, não passou dez minutos entrou uma mulher gritando horrores, Gaby se assustou e arregalou os olhos me abraçando, essa porra é a mãe dela.
XX: naaaaao você não maeeee não faz isso comigo meu Deus - ela se debruçou no caixão, gaby deu um passo pra trás, dona Ivone veio pegar gaby e colocou sentada no sofá afastada dessa cena patética. Apareceu um homem atrás dela segurando a mesma, a Gaby não dizia nada e só chorava.
XX: calma não fica assim, Deus sabe de todas as coisas.
XX: eu não aceito nem pra cuidarem da minha mãe serviram, olha aonde ela tá agora.. - a mulher falava tudo gritando, todo mundo que tava aqui parou pra observar a cena patética que eles estavam fazendo.
Gabriel: porra, com todo respeito mas vocês deveriam respeitar mais o enterro dela, ficou internada 3 meses e ninguém foi visitar, fora os anos que ela ficou doente e nem na favela subiram pra vê.la agora quer fazer cena, sai daí po. - começou maior burburinho, falatório, até velório de favela tem mais respeito do que essas merda aqui..
XX: e quem é você pra dizer essas coisas, tu sabe com quem tá falando? - ela veio pra cima de mim, me encarando.
Gabriel: pouco me importa quem tu é, mas que tu é uma merda como filha tenho certeza. Respeita o luto de quem tava com ela todos os dias, quer chorar? Quer ficar ? Fica namoral, respeita a morte dela. - FDP levantou a mão, segurei a mesma na hora, brabao alguém encostar em mim, porra. Marido dela veio puxando ela.
Gaby: CHEGA QUE INFERNO, respeita a gente que cuidou dela todo esse tempo e não abandonamos, respeita ela que morreu mas o corpo ainda tá ali esperando pra ser interrado, vocês sabem o quanto tá doendo pra caralho em várias pessoas que estão aqui? A minha que cuidava dela dia e noite? Você não sabia nem como minha vó estava, pois nunca foi lá ver, você não falava com a minha vó a bastante tempo já que você estava ocupada demais com essa sua vida de merda. Não vou invalidar seu sofrimento porque pra mim isso é remorso, quer fica? Fique mas sem show pq isso é um inferno e não um puteiro pra você ficar nessa putaria. - gaby falou chorando, um pessoal começou a concordar com a Gaby e a cena parou, gaby se manteve afastada do caixão em quanto a mãe estava perto, não demorou muito vieram os coveiros fechar o caixão.. segurei a gaby.
Gaby: deixa eu dar o último beijo nela, por favor.. - ela me pediu chorando, levei ela que deitou a cabeça sobre caixão e beijou a vó. Fez um sinal da cruz e sussurrou um descanse em paz, quando vieram com a tampa ela começou a gritar.
Gaby: fecha não, ela tá viva ela só tá dormindo.. vó levanta faz isso comigo não.. - segurei ela pela cintura, dona Izabel e dona Ivone pararam na frente delas.
Ivone: filha deixa fecharem o caixão, ela precisa descansar meu amor..
Izabel: vamos, a gente vai acompanhar o corpo.. a gente tá aqui com você.
Gaby: porque levaram ela? minha vó não fazia mal pra ninguém, tá doendo muito aqui - ela apontava pro peito, as duas abraçaram ela que chorava sem parar.. - fecharam o caixão e levaram pro carrinho, Gaby não quis ir sentada, foi andando do nosso lado segurando os buques da vó, só ouvia os respingos do chuvisco que caía novamente e barulho de choros.. chegamos até a parede, as pessoas em volta.
XX: vou deixar aberto por dez minutos pra jogarem as flores, buquês de quiserem fazer uma oração, cantar..
Gabriel: tudo bem.. - a Gaby não quis ser a primeira, então as pessoas começaram a jogar as flores..
XX: Nem sei porque você se foi quantas saudades eu senti e de tristezas vou viver, aquele adeus, não pude dar, você marcou em minha vida, viveu, morreu na minha história chego a ter medo do futuro e da solidão, que em minha porta bate.. e eu gostava tanto de você, gostava tanto de você.. Eu corro fujo desta sombra em sonhos vejo este passado, e na parede do meu quarto ainda está o seu retrato, quero ver pra não lembrar pensei até em me mudar, lugar qualquer que não exista o pensamento em você, e eu gostava tanto de você, gostava tanto de você... - todo mundo cantou junto em quanto iam jogando as flores, se afastaram um pouco e só restou a Gaby segurando as flores, o silêncio se fez presente, todos observavam ela ali parada de frente pro caixão..
Gaby: Dói quando a dor vem e você não vem mais e o que resta é só olhar pra trás, você deixou saudade demais.. Eu me lembro de tudo dos dias normais, quem você foi pra mim
eu não esqueço jamais, você deixou saudade demais, você deixou saudade... Será que tá ouvindo essa? Eu sei, o céu está em festa mas tá difícil acreditar que você não tá mais nessa, olha por mim se puder, manda um sinal quando der, eu juro não perder a fé a vida é do jeito que é.. eu me lembro de tudo dos dias normais quem você foi pra mim eu não esqueço jamais você deixou saudades demais.. - ela jogou o buquê de girassol..
Gaby: as lembranças ficam não tem como voltar pra aquele momento, aquele lugar, aquele sorriso jamais verá de novo.. onde estiver olha por mim, o meu amor tudo que passou do meu lado, estará pra sempre guardado. Onde estiver olha por mim, o meu amor não vai ter fim, tudo que vem, tem que ir, é a lei da vida, não é feita por mim... Descansa em paz vó, você foi e sempre será o amor da minha vida, quem lutei incansavelmente durante esses anos, descansa em paz e cuide de mim daí de cima pois vou precisas, só Deus sabe o buraco que você deixou aqui dentro. Eu vou vencer e vou realizar todos aqueles sonhos que vivíamos sonhando juntas. Em quanto eu existir, todos vão lembrar de você. Brilha vó. - ela jogou o buquê de rosas brancas. Todo mundo bateu palmas, fecharam o caixão, colocaram a placa, todos foram saindo devagar, fui atrás abraçado com ela e com as vovós, seu Emanuel já tinha feito até amizade com um velho que vc tava aqui, ri negando.
Gaby: não sei o que fazer da minha vida..
Ivone: nada, agora você precisa tirar um tempo pra cuidar dessa sua cabeça, ir ao psicólogo.. é um passo de cada vez filha, com calma..
Izabel: exatamente, Lorenzo já já nasce, você não dizia que tava ansiosa pra ele nascer, seu filho emprestado.. então.
Gaby: como que vou cuidar do Lorenzo? Eu não tenho forças pra nada.. - ela falava num tom baixo.
Chegamos do lado de fora do cemitério, avistei os seguranças mas distantes, mandei permanecerem onde estava, tô ligado que esses pais da Lorena são envolvidos com coisas erradas, passei o olho pelo local me sentindo ser observado. Bati meu olho em um cara de cadeira de rodas parado perto de um carro, conversando com os pais da Gaby.
Gabriel: vamos embora?
Gaby: vamos, quero tirar essa roupa.. - fomos andando, estávamos chegando próximo a eles, dei a mão a gaby e fomos em silêncio..
XX: se não é a minha filha.. vai falar com sua mãe não?
Gaby: me deixa em paz, pelo menos hoje..
XX: você sabe que é de menor né? Infelizmente vai ter que voltar pra casa dos seus pais... o que você acha?
Gaby pra aquele inferno eu não volto nunca mais, nem contato com vocês eu quero.
XX: vamos ver se eu não vou lá te buscar..
Ivone: tenta a sorte, tenta a sorte de pisar lá e encostar na gaby pra tu não vê o que acontece com você..
Emanuel: vamos Ivone, adianta perder tempo aqui não, Gaby só precisa ir pra casa.
XX: quem é você pra me ameaçar? Se eu quiser ir buscar eu vou buscar, vai morar na rua pq até a casa da minha mãe vou vender..
Ivone: vai, só quero que vai.. que tu vai sair igual a esse filha da puta de cadeira de rodas ou nem sair pra contar história de superação vai. Tomar no cu vai pró inferno casta. - saímos andando até o carro, entramos os seguranças entraram, fomos em silêncio.
Gabriel: onde você conhece aquele cara de cadeira de rodas? - perguntei pra dona Ivone que tava inquieta, puta xingando todo mundo.
Ivone: longa história meu filho, longa história..
Boa noiteeeeee!!
Apareci com a parte 3 desse longo fim e sei que a cada cap vocês passam mal kkkkkk mas prometo que tá acabando 🙏🏼
Comentem, votem e engajem muito.
Meta: 100 comentários.
Amo vocês e esperam que estejam gostando e sofrendo com esses finais. 😭
Beijoooos e tô on pelo insta @blesse.djr