Emma
Depois de toda a confusão com a Fada Negra e batalha final, as coisas finalmente pareceram voltar ao normal em Storybrooke. Tão normal, que algumas pessoas. - Hook - Não suportaram a monotonia e partiram em busca de novas aventuras.
Algo me diz que ele está bem, em algum lugar por aí com a Lily. Sim, ela acabou partindo com ele, não que eu ache que ele a mereça, mas bom, assim ela pode ficar perto da mãe dela, que decidirá ficar na Floresta Encantada. Ah é, esqueci de mencionar... Tanto a Malévola quanto qualquer outra pessoa que fora atingida pela minha falta de crença voltaram depois que nós vencemos a Batalha Final, o que foi um alívio para muita gente.
Acho que no fim, tudo isso pelo que passamos acabou valendo a pena no final. Nos mostrou que nada é mais importante do que o amor da sua família. E bom, eu acho que posso dizer com toda a certeza que sou bem sortuda sobre isso.
Eu contei a vocês que a Regina finalmente fez o seu ultrassom do quarto mês de gravidez? Pois é, ainda bem que eu não apostei, porquê ela e o Henry estavam certos. É uma menina. E eu não podia estar mais radiante com isso. É por isso que nesta manhã de domingo nós decidimos juntar toda a nossa família em um almoço na nova casa de fazenda dos meus pais e lhes contar a novidade. Ela era bem grande, espaçosa e o melhor de tudo, tinha uma piscina e uma área com churrasqueira no fundo.
Então, enquanto o meu pai ensinava o Henry a como temperar uma carne e assa-la na churrasqueira. A Violet cuidava da Robin. E o Neal e o Roland corriam pelo quintal brincando com o Bolt, o novo cachorro/mascote da família. Mais ao canto, eu via a Regina, a Zelena e a minha mãe brigando por espaço na cozinha, cada uma com a sua receita e com o seu jeito de temperar as coisas. Tudo isso enquanto eu e Ruby bebiamos uma cerveja e riamos, dando palpite na comida apenas para perturba-las:
-Zelena, acho que você colocou sal demais nesse arroz. - Disse Ruby dando outro gole na sua cerveja.
-Oh, você acha? - A ruiva perguntou sarcástica, fazendo um biquinho e a Ruby assentiu tentando não rir. - Quer vir fazer? - Esticou a espátula em direção a garota, mas ela negou.
-Não, porquê se eu fosse fazer, eu humilharia todas vocês. - Ela sorriu confiante enquanto as três bufavam e se dividiam entre falar: "Ahh, tá bom", "Aran..." "Sei...".
-Oiê! Tem espaço para mais três? - Belle chegou acompanhada do Gold carregando o Gideon no colo.
Ah é, o Gideon! Como pude me esquecer? Depois que o Gold fez o certo e resgatou o coração do seu filho, alguma força divina ou o destino, ficaram ao seu favor e lhe deram uma segunda chance com o seu filho. Transformando o Gideon em um bebê de novo.
-Belle! - Fui ao encontro dela e dei um abraço na mesma, quando eu a soltei, foi a vez da Ruby. - Gold! - Acenei com a cabeça.
-Sra. Swan-Mills. - Ele devolveu o aceno e também cumprimentou a Regina de longe.
-Chegaram bem na hora, a carne está quase pronta. - Comentou meu pai secando a sua mão em um pano de prato que ele deixará pendurado sobre os ombros. - Sabe alguma coisa sobre churrasqueiras, Gold? - Deu um tapinha no ombro do mesmo incentivando-o a acompanhá-lo.
-E talvez eu saiba uma coisa ou outra. - Sorriu o Senhor das Trevas enquanto a Belle se juntava a nós no balcão.
-Então, já descobriram o quê é? - Belle apontou para a barriga aparente da Regina.
-É uma menina. - Sorriu a morena. - Fiz o ultrassom ontem.
-Ah, meus parabéns! - Sorriu Belle. - Já escolheram o nome?
-Bom, eu disse para chamarem de Zelena, mas ninguém aprovou a ideia. - Brincou a ruiva tirando uma risada de todas.
-Ah, mas isso é porquê você já é única, meu amor. - Disse Ruby recebendo um: "Ownt" brincalhão de todas nós.
-Nós ainda não escolhemos o nome, mas estamos quase lá. - Sorriu Regina.
-Estamos? - Perguntei intrigada me lembrando que a última vez que cogitamos os nomes tínhamos "brigado" pela Regina achar que era uma menina e eu ainda achar que era um menino.
-É, estamos. - A morena sorriu acariciando a própria barriga.
Depois do almoço, por volta das três horas da tarde, o Gold tirou mais algumas fotos nossas, da Belle e do Gideon com a sua nova câmera e se despediu junto a ela, partindo logo em seguida. Poucos minutos depois, a Ruby acabou jogando a Zelena na piscina, antes de pular atrás dela também. Aquelas duas ainda me matariam de rir.
Eu não preciso dizer que isso deu o gancho necessário para que todos acabassem entrando posteriormente, Roland, meus pais, Henry e Violet, até o Bolt. Claro que eu e Regina não resistimos. Aquela foi a primeira vez que eu a vi de biquíni, um preto de laço, o qual eu a ajudei a amarrar, antes de também colocar o meu azul claro e entrar.
A água estava uma delícia, morna na temperatura do ambiente, e lá nós ficamos. Vendo a Ruby, Zelena, Henry e Violet brincarem de briga de galo, até a Zelena acabar jogando água no cabelo da irmã de forma "acidental", o que a fez bufar e olhar para a ruiva como se pudesse enforca-lo com as próprias mãos, mas foi só para que a morena começasse a rir segundos depois, afinal, ela estava em uma piscina, não tinha como evitar.
Depois, nós evoluímos da briga de galo para o vôlei, formando dois times. Meus pais, Ruby, Zelena e Roland. Eu, Regina, Henry e Violet. Ficamos em desvantagem no número de pessoas, mas eu sabia que aquilo não duraria muito, minha filha estava chegando para nós ajudar a dar uma surra em todos eles. - Sorri ao pensar nisso. - E bom, se querem saber, em desvantagem ou não, nós ganhamos.
A água estava tão gostosa, que eu só saí mesmo quando percebi que meus dedos começaram a enrugar. Então, eu me sentei em uma cadeira de balanço perto da piscina para deixar o sol me secar antes de entrar para dentro e tomar uma ducha.
-'Tava pensando no quê? - Regina se sentou ao meu lado usando uma saída de praia branca, quase transparente por cima do seu biquíni.
-Em nada, eu acho. - Dei de ombros. - É só que... Eu estou feliz. - Sorri e ela tombou a cabeça no meu ombro.
-Foi um bom dia, não foi?
-Que venham mais assim. - Sorri e dei um beijo no topo da sua cabeça e acariciei a sua barriga.
-Quer escolher o nome agora? - Ela sorriu sem mostrar os dentes e entrelaçou seus dedos com os meus, mantendo nossas mãos unidas acima da sua barriga.
-Algo me diz que você já escolheu. - Sorri.
-É, mas talvez você tenha pensado em algo melhor e... - A beijei, calando-a.
-Regina, o que quer que seja. Será perfeito. Sempre é quando se trata de você. - Trocamos um sorriso e ela encaixou a sua cabeça no meu ombro de novo antes de responder.
-Eu pensei em chama-la de Hope. Porque querendo ou não, ela me ajudou a ter forças para lutar por aquilo que valia a pena. Nós deu esperança nos momentos mais difíceis. - Eu não respondi, apenas sorri, foi então que a Regina levantou a cabeça de novo e me olhou com um misto de preocupação e curiosidade. - Você gostou?
-Se eu gostei?! - Meu sorriso mal cabia no meu rosto. - Regina, eu amei! - Dei um beijo na sua bochecha e me abaixei próxima a sua barriga. - Você ouviu isso, princesa? Você vai se chamar Hope. - Disse baixinho e beijei a sua barriga uma vez antes de encontrar os olhos marejados da morena me observando.
-Eu te amo. - Ela disse baixinho.
-Eu te amo. - Subi para beija-la de novo, encontrando a sua boca em um beijo doce e apaixonado.
Cinco meses depois
Emma
-Merda! Henry, você viu a chave do carro? - Eu gritava desesperada para o garoto.
-O quê? Não, porquê? - Ele desceu as escadas correndo e me encontrou na cozinha.
-O bebê está nascendo.
-Sério? - Ele sorriu animado.
-É, mas não fique aí parado. Me ajude a encontrar a chave ou vá ficar com a sua mãe.
-Emma! - Ouvi a Regina gritando.
-Já estou indo, amor, aguenta só mais um pouquinho.
-Já olhou no bolso da jaqueta? - Ela perguntou e assim eu fiz, colocando a mão dentro do mesmo e encontrando a chave.
-Certo, vamos. - Disse ao garoto e corri até a Regina, ajudando-a a chegar no carro como pude. - Você é incrível, sério. - Dei um beijo na bochecha dela me referindo a chave que eu só tinha encontrado por sua causa, enquanto isso o Henry já abria a porta do fusca, mas quando ele me trouxe a chave de volta eu neguei. - Não, você vai dirigindo hoje, garoto.
-Sério?!
-É, vai, eu preciso ficar de olho na sua mãe.
-Emma! - Regina reprovou.
-Regina, por favor, agora não é hora de discutir.
-Ele não tem... - Fez uma pausa segurando a enorme barriga com uma expressão de dor. - Idade para dirigir.
-Ele tem dezesseis. - Ri e ela fez uma pausa como se estivesse assimilando que o nosso filho tinha sim idade para dirigir.
-E daí? Ele poderia ter trinta, eu sou a mãe dele, sou eu quem digo quando ele tem ou não idade para dirigir. - Ela disse e eu revirei os olhos, ajudando-a entrar no carro.
Com tudo pronto, o Henry deu a partida e nós fomos até o hospital. Onde as enfermeiras nos colocaram em um quarto e nós esperamos pelo Dr. Whale:
-Esse sim é um parto que eu nunca pensei em fazer. - Dr. Whale ria. - Você está pronta? - Ele perguntou e a Regina apenas assentiu.
-Apenas faça o que tem que fazer. - Ela dizia com dificuldade.
-Certo, vamos começar. A regra é bem simples. Quando eu disser você empurra com toda a força, está bem? - Assentiu de novo e o Whale se posicionou.
-Emma, eu estou com medo. - Regina sussurou para que apenas eu a ouvisse, e em resposta eu peguei a sua mão, segurando-a firmemente.
-Você não precisa estar, está bem. Eu estou aqui com você e não vou soltar a sua mão até que a nossa filha esteja em seus braços, está bem? - Ela assentiu e eu dei um beijo na sua testa suada. - Eu te amo. - Disse baixinho.
-Muito bem, podemos começar? - Doutor Whale perguntou e a Regina concordou.
Como o prometido, eu fiquei segurando a mão da Regina. Sentindo-a esmagar os meus dedos e vendo as luzes piscarem toda a vez que o Dr. Whale a pedia para empurrar. Por fim nós ouvimos o choro e a nossa bebê veio ao mundo, linda e saudável:
-Parabéns, é uma menina. - Whale a pegou e entregou para a Regina que sorriu.
-Emma, olha a nossa filhinha.
-Ela é linda. - Comentei.
Minha visão era borrada pelas lágrimas que se acumulavam no canto dos meus olhos, mas não foi difícil de notar que ela tinha puxado o verde dos meus olhos e a cor do meu cabelo. Mas, a boca, o nariz e o formato do rosto eram todos da Regina e aquilo me fez sorrir.
-Algo me diz que eu ganhei outra loira marrenta, olha ela tem os seus olhos. - Sorriu.
-É, mas o nariz e seu. - Sorri e dei um beijo no topo da sua cabeça. - Posso chamar o Henry?
-Claro. - Ela sorriu radiante.
Então, eu me afastei e saí do quarto para chamar pelo Henry que nós aguardava na recepção. O que eu não esperava era que toda a nossa família estaria ali nos esperando, e que uma série de olhares curiosos seria direcionada a mim quando eu aparecesse.
-Então, querem conhecer a minha filha? - Sorri e todos eles se levantaram de uma vez.
Eu não preciso dizer que a situação ficou fora do meu controle e a minha família inteira acabou entrando no quarto de uma vez:
-Nossa, Ruby, vem ver. Me fala se essa não é a sobrinha mais linda do mundo. - Zelena puxou a Ruby se aproximando de mim para ver a garota que estava no meu colo e a Regina sorriu vendo a cena. - Ela é até mais fofa que você, sabia? - Zelena dizia fazendo uma careta e brincando com a nossa filha.
-Ah, mas essa princesa pode ser mais fofa que eu que eu não vou ficar com ciúmes não. - Brincou Ruby abraçando a Zelena pelas costas, cheirando o seu pescoço e dando um beijo na bochecha da mesma.
-David, vem ver. Me diz se a nossa netinha não é a criança mais linda do mundo. - Dizia a minha mãe também puxou o meu pai pela mão e acariciou a mão da Hope que se mexeu e abriu a boca de sono.
-Ela é uma princesa mesmo. - David disse baixinho e sorriu.
-E loira igualzinha o avô. - Regina brincou e meu pai trocou um sorriso com a morena, antes de dar um beijo no topo da minha cabeça antes que eu devolvesse a bebê aos braços da Regina.
-Você merece isso, Emma. Essa felicidade. - Dizia minha mãe.
-Não, mãe, nós merecemos. - Sorri.
-Oi, gente! - Henry se enfiou no nosso meio.
-Entra aí, Henry. - Meu pai disse dando espaço ao mesmo.
-Você quer segurar sua irmãzinha? - Perguntou Regina.
-Eu posso? - Perguntou o garoto.
-É claro. - A morena assentiu e com cuidado passou a bebê para o colo do nosso filho.
-Violet, olha isso. Eu tenho uma irmã. - Dizia Henry sorridente.
-Ah, ela é muito fofa. E essas bochechas, eu quero esmagar essas bochechas. - Dizia Violet brincando com os pés da nossa filha.
-Aí meu Deus, já estou até imaginando ela e a Robin daqui alguns meses, correndo por aí e deixando todas nós malucas. - Disse Zelena.
-Mal posso esperar. - Regina riu.
-Oiê, tem espaço pra mais uma? - Tinker Bell apareceu batendo na porta do quarto.
-Claro, Tink. Entra aí. - Sorri dando passagem para a loira.
-O que faz aqui? - Perguntou Regina.
-Bom, primeiro eu vim conhecer o fruto do amor verdadeiro de vocês. Um amor que até eu duvidei que fosse acontecer. - Disse Tinker Bell arrancando uma risada de nós. - E segundo, vocês sabem que toda a criança precisa de uma fada madrinha, não é?
-Na verdade, acho que todos nós ficamos meio traumatizados com essa coisa de fada. - Disse David, mas Regina apenas sorriu e revirou os olhos, o ignorando.
-Quer ser a fada madrinha da Hope? - Perguntou Regina com um sorriso no rosto.
-Se você me permitir. - A Fada deu de ombros.
-Seria uma honra. - Disse Regina e as duas trocaram um sorriso.
Ali, vendo todos reunidos e entretidos com a minha filha, eu só podia pensar em uma coisa. Eu era a pessoa mais sortuda do mundo. Não só por finalmente ter uma família, mas por ter essa família. A família mais inusitada que se poderia querer. Uma que pode ser vista em qualquer página de um livro qualquer em uma estante empoeirada, mas que só pode ser encontrada por aqueles que acreditarem de verdade, aqueles que tiverem fé e esperança.
--------------------
E chegamos ao fim, pessoal!
Meu Deus, eu nem acredito, foram tantos capítulos...
Eu sei que eu já disse isso, mas nunca é demais, então, eu só queria agradecer mesmo a todos os que leram e acompanharam a fic até aqui, agradeço mais ainda a aqueles que votaram ou comentaram. Sério, vocês são incríveis, muito especiais p/ mim.❤️
Eu espero muito que vocês tenham gostado das decisões que eu tomei ao longo da trama, casais que eu juntei, separei, pessoas que eu matei (Robin Hood), bom, eu tentei dar o meu melhor e estou contente com o resultado, espero que vocês também estejam. Essa foi a minha primeira fanfic e eu não fazia ideia da proporção que isso ia tomar, então eu peço desculpas por qualquer coisa que eu possa ter feito de errado.
E bom, acho que é isso. Eu me despeço por aqui, pelo menos nessa fic. Eu odeio despedidas, sério, nunca sei como fazer isso direito, mas é isso, eu só tenho a agradecer por todos os créditos que vocês depositaram em mim, e bom, até algum dia. Quem sabe? Ksksks.
Obs:. Eu comecei a escrever a fic nova (com base na sétima temporada, porém mudando um pedaço do script) e bom, estou com alguns capítulos escritos já, porém eu não sei, estou hesitante em posta-los por enquanto, porquê por mais que uma coisa seja boa, sempre é importante saber a hora de terminar, então não sei. Talvez, eu acabe postando os três primeiros e deixe vocês verem com os próprios olhos se vale a pena o investimento ou não. Além das teorias de vocês que são muito importantes para mim e que realmente podem me fazer mudar o rumo da história se eu gostar ksksks.
Bom, eu não sei, me digam o que acham: Eu posto ou não? Ksksks.