Henry
Cerca de meia hora depois a Fada Negra voltou com uma bandeja em mãos, e quando ela destampou a mesma eu vi que se tratavam de cinzas, das quais em algumas eu podia reconhecer os símbolos do livro de contos:
–Não... Não pode ser.
–Oh, eu temo que esse seja o seu livro de contos. Ou o que sobrou dele. — Ela sorria.
–Sem chance, minha mãe nunca o queimaria.
–Mas ela queimou. Qualquer resto de fé ao qual ela se agarrava virou fumaça junto as páginas do seu precioso livro.
–Nem mesmo você poderia destruir toda a fé dela.
–Então, me diga, por que ela está arrumando para Boston nesse exato momento?
–Eu vou te deter.
–Oh, você já tentou isso e olhe onde isso te levou.
–Não sou só eu. É a minha família. Não te deixaremos vencer.
–Ah, eu esqueci de mencionar as consequências da Emma perder a sua fé? — Ela perguntava irônica. — A sua família mal terá tempo o suficiente para se salvar, quem dirá a sua mãe. — Sorriu.
Regina
O caos parecia ter se acalmado por um momento, mas só parecia mesmo:
–Charming... — Silibou Snow. — Tem alguma coisa errada.
–Onde? Eu nos levo lá. — Avisei.
–Eu não sei. — Dizia a Princesa.
–Então vamos encontrá-lo. — Jasmine se aproximou e estralou os dedos, logo o seu tapete mágico apareceu.
Henry
O nosso tempo estava acabando, então eu saí do hospital e corri para encontrar a minha mãe. Acabei encontrando-a no Granny's, já fechando o porta-malas do carro e se preparando para partir:
–Então é verdade, você está deixando Storybrooke.
–É o melhor para nós dois, garoto. — Revirei os olhos.
–Você não entende? Isso é o que ela quer. A Fada Negra lançou uma maldição para você ir embora. É por isso que eu tenho que ir, porquê você continua acreditando que essa loucura é verdade.
–E é!
–Henry, pare. Não me entenda mal, eu estou feliz que você me encontrou, e estou feliz por ter conhecido o meu filho, mas está tudo claro agora. Vir para Storybrooke não foi bom para nenhum de nós.
–Você está errada.
–Estou? Henry, olhe onde eu fui parar. Olhe para você, para o seu braço. Nos mandou para um destino perigoso, eu preciso voltar para Boston, para a minha vida. E você também.
–Ela conseguiu. Você realmente não acredita.
–Não há nada para acreditar. Adeus, garoto. — Ela me deu um beijo na testa. — Eu te amo. — Com isso ela se foi, entrando no Fusca e partindo.
Emma
Com algumas horas de viagem eu cheguei ao meu apartamento, larguei as coisas sobre a mesa e me joguei no sofá. Foi quando algo me chamou a atenção dentro da bolsa, era um livro. Curiosa, eu me levantei para pegá-lo, tirando-o de dentro da bolsa e colocando sob o balcão e me atentando ao que estava escrito na capa:
“Você pode até pensar que essa história não é verdade, mas eu sei que é. E você ainda pode ter o seu final feliz”.
~Henry”
Foi quando o meu celular tocou e eu o atendi:
–Alô?
–Swan, eu recebi sua mensagem. Você voltou? — Era um dos meus antigos contatos, do meu tempo como cobradora de finanças.
–É, eu voltei.
–Ótimo, pronta para o trabalho? Eu tenho um cara que fugiu, perfeito para o seu truque de “primeiro encontro”. O que me diz?
–Parece bom.
Disse e desliguei, voltando a minha atenção ao livro e o abrindo. Dentro tinha o que eu penso ser uma tentativa do Henry de me desenhar debruçada sobre um balcão e assoprando uma vela. Assim como eu tinha feito a cinco anos, segundos antes dele aparecer na minha porta.
Virei mais uma vez e me vi de frente para um dragão com uma espada enfiada no peito:
“Emma derrotou o dragão com o golpe perfeito”.
Mais uma comigo dando um beijo na testa do Henry:
“O beijo de amor verdadeiro acordou o Henry e quebrou a maldição”.
Regina
Já fazia quase uma hora que a Snow tinha saído com a Jasmine quando o Hook entrou no castelo carregando um feijão mágico:
–E você deixou a Snow para trás?!
–Eu tenho o feijão, essa é a prioridade. Voltar para casa, para a Emma e o Henry. Ela vai encontrar o David, ela sempre o encontra. — Ele me entregou o feijão e o mesmo estava seco, sem magia.
–Nós temos um problema.
–O que diabos aconteceu? — Perguntou o pirata.
–Emma. A falta de crença dela está minando a magia de tudo aqui.
–Você não pode consertar? Fazer funcionar? — Perguntou Lily.
–Eu não posso. Eu... Não tenho magia o suficiente.
–Claro que você tem, Sis. Você não está sozinha. — Disse Zelena.
–Mas, você não tem magia.
–Eu não, mas elas tem. — A verdinha apontou com a cabeça para Lily e Malévola que sorriu para mim.
Henry
Com a minha mãe fora do jogo, eu tive que procurar ajuda de outra pessoa. Meu avô:
–Sr. Gold? — Cumprimentei o mesmo que estava no balcão e passei reto indo em direção aos fundos da loja, meu avô nunca admitiria que estava acordado, então eu precisava comprovar a minha teoria por conta própria.
–E onde você pensa que está indo, rapaz? — Ele perguntou e eu parei para olha-lo. — Esse quarto não é para clientes.
–Eu não sou um cliente. Eu sou seu neto.
–Claro, com certeza. Você deve ter batido a cabeça com força. — Riu. — Mas, se você não se importa. Eu tenho trabalho a fazer, então, por favor... — Ele apontou para a saída e eu fingi recuar, apenas para entrar nos fundos de uma vez, atravessando a cortina e ouvindo meu avô vindo atrás de mim.
Não demorou muito para que eu achasse o que estava procurando. Havia um lençol cobrindo alguma coisa que estava sobre a mesa, então tudo o que eu precisei fazer foi tirá-lo. Embaixo, haviam dezenas de vidros de poções e livros de magia:
–Você está acordado. Eu sei como a magia se parece. O que houve com você, vovô?
–Inteligente em qualquer circunstância, não é, meu rapaz?
–Por que você esteve fingindo?
–Porque acredite ou não, eu não confiei na minha mãe quando ela lançou a maldição. E eu estava certo ao fazer isso. Nosso acordo só serviu para me colocar aqui nessa circunstância patética, sem a Belle. Ela me traiu. De novo.
–O que está planejando?
–Descobrir suas verdadeiras intenções. Ela me disse que Belle foi ver o mundo, mas eu a conheço melhor que isso. Ela a manteria aqui para usar como chantagem se precisasse.
–Bom, Belle terá que esperar. Todos na Floresta Encantada estão em perigo porquê a Fada Negra fez a Emma deixar de acreditar. Você tem que me ajudar a salvar a minha família. A nossa família. E depois podemos encontrar a Belle.
–Desculpe, Henry, mas você está por conta própria. Tudo o que me importa agora é a Belle.
–Está bem, mas se você não vai me ajudar. Pelo menos me deixe levar algo que possa me ajudar.
–E o que exatamente você tem em mente?
–Na verdade, há duas coisas. — Sorri e pedi a ele um espelho mágico e a espada do meu avô.
Depois eu fui até a praia, longe dos olhos da Fada Negra e de todo o movimento curioso das pessoas na cidade:
–Então eu... Não tenho certeza se algum de vocês aí do outro lado estão me ouvindo, mas se estão, eu sinto muito. — Eu falava para o espelho. — Tentei dar o meu melhor para a Emma não perder a crença, mas não foi bom o suficiente. — Apoiei o mesmo em uma rocha. — Mas, isso não significa que eu vou perder sem lutar. — Abri a maleta e peguei a espada do meu avô. — Se a Emma não voltar para enfrentar a Fada Negra, então, eu irei.
Regina
–Ele está indo sozinho, mas como ele pode vence-la se nem a Emma pode?
–Ele é um garoto forte. — Disse Malévola.
–Vamos, precisamos fazer aquele feijão funcionar agora. — Disse para a Lily e Malévola.
–Claro, mas você precisa estar ciente de que mesmo com as nossas magias combinadas, isso ainda levará tempo. — Disse Malévola.
–Nós não temos tempo. — Disse no mesmo minuto que Snow chegou acompanhada do Charming.
–Aquela coisa já está chegando na floresta e se movendo rápido. — Disse David.
–Ela está quase aqui. — Disse Snow.
–“Quase”. — Repetiu Zelena olhando pela sacada. — Eu temo que isso seja um pouco de eufemismo. Já está aqui.
–Vamos reunir todos e levá-los para um lugar seguro. — Disse David já saindo acompanhado da Snow e os outros.
Eu até ia segui-los, mas acabei reparando que a Malévola não nos acompanhou. Ficando parada em frente a sacada:
–O que diabos você está fazendo?
–Eu vou atrasa-la o máximo que eu puder.
–Você vai morrer.
–Dará uma chance para que você chegue ao pátio. Vá para o centro do castelo. Você e a Lily poderiam ficar lá até conseguirem ativar o feijão. Vocês só precisam de tempo, me deixe dar isso a vocês.
–Malévola... — Ela não disse nada, apenas colocou o feijão na minha mão. — Vá. É a vida da minha filha que também está em risco, garanta que ela sobreviva. — Ela pediu e eu assenti.
–Obrigada.
–Não me agradeça ainda. — Ela disse e com isso eu sorri antes de partir.
Corri até o pátio do castelo onde já estavam todos:
–Todo mundo, para o centro, rápido. — Instrui para que todos se apertassem naquele pequeno espaço.
–Fiquem juntos. — Dizia Snow.
–Onde está a minha mãe? — Perguntou Lily e eu hesitei em responder.
–Está nos dando a nossa melhor chance. — Disse e vi uma expressão dor toma-la. — Mas, eu não posso salvar a todos sem você. Preciso da sua ajuda Lily.
–O que eu tenho que fazer? — Ela fungou tentando parecer forte.
–Apenas estique a sua mão e tente pensar que parte da sua magia está se transferindo para o feijão. Você pode fazer isso? — Perguntei e ela assentiu já esticando a mão.
–Mãe, ‘tô com medo. — Disse Roland a Zelena.
–Eu sei, Querido, eu sei. — Disse a Verdinha.
Foi quando o castelo a nossa volta começou a cair que eu desisti do feijão e abraçei a minha irmã com força. Ouvindo o choro da Robin e do Neal. Logo, tudo o que restará fora o chão que nós pisavamos e o mesmo estava diminuindo cada vez mais.
Henry
Adentrei a prefeitura com a espada do meu avô em mãos, determinado a matar a Fada Negra se fosse preciso:
–Não tão rápido. — Senti um aperto no meu punho e logo reconheci a minha mãe.
–Você voltou! — A abraçei.
–É, voltei, garoto. — Ela sorriu quando nos separamos.
–Então, você se lembra?
–Eu encontrei o livro que você deixou. Eu estava prestes a assumir outro trabalho, mas pensei sobre aquela mulher que você escreveu. Uma heroína com uma família e uma Salvadora que nunca fugiu de uma batalha...
–Você?
–Eu não tenho certeza que aquela sou eu, mas é quem eu quero ser. — Sorriu. — Então, eu não me lembro das coisas malucas que você me contou, mas eu acredito.
Regina
De repente tudo parou, o chão deixou de ser destruído e a fumaça abaixou. Tudo parecia tão... Calmo:
–O que aconteceu? — Perguntei.
–Emma. Ela voltou. — Disse Snow.
Emma
–Okay, garoto. Eu fico com isso. — Peguei a espada da mão dele. — E você me espera aqui.
É claro que o Henry protestou, mas eu não fiquei discutindo, apenas empunhei a espada e fui até a sala da prefeitura dando um chute na porta e a arrombando. Mas, para o meu azar, a Fada Negra não estava lá. Então, eu corri para encontrar o Henry de novo.
Eu não faço a menor ideia do que aconteceu, mas nós estávamos saindo da prefeitura quando eu senti um vento forte passando por mim e logo as minhas lembranças me atingiram como uma onda:
–Eu me lembro. — Sorri.
Foi quando o Gideon apareceu a nossa frente com uma espada em mãos, que eu soube que aquilo ainda não tinha acabado:
–Bem a tempo, Salvadora.
–Henry, vá. — Disse sem tirar os olhos do Gideon.
Regina
Quando abri os olhos, reconheci que estávamos de volta ao terraço todos com suas roupas de casamento ainda, era quase como se a maldição nunca tivesse sido lançada:
–O que diabos aconteceu? — Perguntou Zelena.
–Eu não faço ideia, mas eu preciso encontrar a Emma. — Com isso usei magia para trocar a minha roupa de vestido de noiva para algo mais casual e fiz o mesmo com a Zelena. — Vamos, não temos tempo.
Com isso descemos as escadas e demos de cara com a Ruby vindo correndo em nossa direção:
–Zelena! — Ela passou reto e abraçou a minha irmã, beijando-a logo em seguida. — Você estão bem?
–Estamos. — Minha irmã dizia aliviada. — E você?
–Vou estar quando tirar essas roupas. — Ela apontou para a saia curta e a camisa amarrada, tirando uma risada da Zelena.
–Sério? Nós fomos amaldiçoadas e é com isso que você se importa, Ruby Lucas? Suas roupas?!
–Na verdade não, tem uma coisa mais importante. — Com isso Ruby puxou a minha irmã colando os seus lábios em outro beijo enquanto eu revirava os olhos.
–Hey, pombinhas. Nós temos que ir. — Disse para as duas.
Emma
Quanto mais o filho do Gold se aproximava, mais eu tentava me afastar. Eu não queria machuca-lo, aquele não era ele. Era a Fada Negra com o seu coração:
–Gideon... Você não quer fazer isso.
–Você não pode me vencer.
–Talvez, mas eu também não posso desistir. — Levantamos nossas espadas para duelar, mas nem precisamos começar, pois o Henry chegou por trás do Gideon e acertou a cabeça do mesmo com um extintor de incêndio, fazendo-o cair.
–Henry! — Sorri. — Vamos embora! Vamos! — Saímos correndo e eu fechei a porta selando-a com magia.
–Você conseguiu. — Disse o Henry ao ver que por mais que o Gideon tentasse, ele não podia passar.
–Quase, não vai segura-lo por muito tempo. — Avisei enquanto seguiamos a passos largos para saída.
–É a Fada Negra, Gold me ligou. Ele a matou, por isso a maldição foi quebrada, mas antes que o fizesse ela deu a ordem ao Gideon e escondeu seu coração. Mas Gold disse que vai tentar pegá-lo. Vai ficar tudo bem. — Ele explicava.
–Aprecio seu otimismo, mas temos que ir.
Corremos até a rua principal, mas eu sabia que o Gideon não poderia estar muito longe:
–Consegue vê-lo? — Eu perguntava ao Henry.
–Não, nós o despistamos, mas ele não vai demorar.
–Eu sinto muito por ter duvidado de você.
–Eu sei, está tudo bem. Foi a maldição. E eu estou feliz que ela foi quebrada.
–Nós também estamos. — Ouvimos a voz da minha mãe e logo eu vi toda a minha família chegando.
–Mãe! Pai! — Abraçei os dois enquanto o Henry tinha os seus segundos com a Regina, só para que eu a agarrasse em um abraço segundo depois. — Que lua de meu, hein? — Brinquei enquanto a enchia de beijos na bochecha, boca, queixo, enfim, onde eu alcançasse.
–Ah, está tudo bem. Nós chegamos lá. — Brincou.
–É, nós chegamos. — Sorri e tomei os seus lábios em um beijo intenso e apaixonado.
Obviamente, todos eles tinham muitas dúvidas do que estava acontecendo. Dúvidas das quais eu e o Henry tentamos responder ao máximo:
–Então, deixa eu ver se entendi. Ela o deixou com um último comando? — Perguntava Lily.
–Mata-la. Não importa como. — Disse Henry.
–Então, nós precisamos mata-lo primeiro. — Disse meu pai.
–Não, é uma armadilha. Nós não podemos interferir. — Disse Regina. — Se o Gideon matar a Emma, a luz será destruída. E se a Emma matar o Gideon, seu coração se encherá de travas e a luz será destruída do mesmo jeito.
–Você não precisa mata-lo. Apenas segure-o até o Gold pegar seu coração.
–Não sei se consigo segura-lo. Regina está certa, é uma armadilha e é perfeita, não importa o que aconteça, as trevas vencem.
–Mas, isso não quer dizer que você deva desistir. Você não pode. — Dizia Regina e eu desviei olhar desanimada, soltando um longo suspiro, mas Regina o ergueu para que nossos olhos se encontrassem. — Você se lembra do que eu disse a você nos meus votos?
–Claro, como eu poderia esquecer? — Sorri.
–Então, você se lembra quando eu disse que você sempre encontra um terceiro caminho, certo? Olhe, mais cedo eu vi a Malévola se sacrificando por nós. Por todos nós, justo quando eu pensei que nós estávamos sem saida, e ela encontrou uma para nós. E agora, eu sei que você também não vê uma, mas vai ver. Sempre há uma saída.
–Você falando de esperança? — Brinquei soltando uma risada nasal e ela fez o mesmo.
–Foi só uma coisa que você me ensinou em todos esses anos, quando não desistiu de mim. Nem uma única vez. — Sorriu.
–O que eu devo fazer? — Perguntei, mas ela apenas me deu um beijo na bochecha.
–Você saberá quando a hora chegar.
–Temo que esse tempo realmente tenha chegado! — Gideon apareceu e colocou uma espada contra o pescoço da minha mãe, ameaçando mata-la.
–Filho da puta! — Disse meu pai.
–Pai! Pare! — Tomei a frente dele. — Eu cuido disso! — Gideon deu alguns passos para trás ainda segurando a minha mãe contra si. — Deixe-a ir. — Pedi calma e assim ele fez.
Meu pai por sua vez tratou de abraça-la e depois tomar a sua frente, protegendo-a, enquanto eu dava a volta no Gideon, ficando do outro lado e tirando o seu foco da minha família. Era a mim que ele queria:
–Ninguém vira te salvar. — Assim ele começou, batendo a sua espada com a minha, até que ambas ficassem pressas, cada um fazendo força para um lado.
–Ninguém precisa me salvar! Eu sou a Salvadora! — Acertei uma cotovelada nele, empurrando para trás e por pouco não o acertei com a espada. — Estou lutando pelas pessoas que eu amo. — Batemos espadas de novo. — No fim, eu sou a heroína. Sou a esperança. Sou a luz. — O empurrei para trás de novo. — E a luz não pode ser vencida pela escuridão. Só pode criar mais luz. Eu não matarei inocentes. — Quase o acertei de novo, mas ele se abaixou, desviando. — Farei o que o Salvador sempre faz! Darei esperança... — O chutei para trás de novo e ele bateu a sua espada com a minha mais uma vez. — Não importa o custo. — Soltei a espada, jogando-a no chão.
–Não! — Regina gritou e tentou vir na minha direção, mas meu pai a segurou enquanto o Hook segurava o Henry.
–Mãe!
–Me desculpe, Emma. Eu esperava que você salvasse a nós dois. — Gideon disse baixinho e eu apenas sorri.
–Emma! — A voz da Regina foi a única coisa que eu ouvi quando o Gideon enterrou a espada no meu peito de uma vez.
Tudo o que eu vi depois que ele retirou a espada foi um clarão de luz branca saindo de dentro de mim.
Regina
O Gideon desapareceu antes mesmo que o corpo da Emma fosse ao chão, mas eu estava abalada demais para pensar nisso agora:
–Mãe! — Henry correu e se abaixou diante do corpo da loira.
–Emma! — Também o alcancei e me abaixei tocando o seu ombro. — Não, não, não! Você não pode morrer, Swan, não pode me deixar, eu... Eu te amo, Emma. — Me abaixei e dei um beijo singelo na sua boca, logo uma magia se espalhou e a Emma abriu os olhos puxando todo o ar que conseguiu como se estivesse sem fôlego.
–Eu também te amo. — Ela me puxou pela gola do casaco, tomando a minha boca para um beijo de alívio e desespero.
–Mãe! — Henry a abraçou também assim que nos separamos.
–Eu estou aqui, garoto. Estou bem aqui. — Ela sorriu ficando de pé e abraçando aos outros também.
Emma
Estávamos todos combinando de jantar no Granny's quando a minha mãe chamou pelo Henry, quando a olhamos ela estava com o livro de contos em mãos:
–Eu acho que isso é seu. — Ela sorriu entregando o mesmo ao garoto que abriu o livro na última página e leu.
“Quando o bem e o mal fizeram o certo. A fé foi restaurada. A Batalha Final foi vencida”.
–
É isso. — Ele fechou o livro e sorriu.
–Só isso? Sem “O fim”? — Perguntei.
–Não. — Deu de ombros.
–É claro que não. Esse não é o fim. Quer dizer, talvez seja o desse livro, mas esse não é o fim, fim. — Disse Snow.
–Então, e agora? — Perguntou Zelena.
–Agora? Agora, teremos que ver o que acontece a seguir. Crer na possibilidade um final feliz é uma coisa poderosa, mas viver com esse tipo de crença. Essa é a coisa mais poderosa de todas. Isso é esperança. Então, você que perguntou: “E agora?” Agora nós temos que continuar. Temos que continuar fazendo aquilo que amamos com as pessoas que amamos. — Troquei um sorriso com a Regina, abraçando-a com uma mão e segurando a mão do Henry com a outra. — Um final não é felicidade. Estar juntos é.
Por fim a minha mãe sorriu para todos nós e nós acabamos nos Granny's comendo uma grande porção de batata frita e rindo de tudo aquilo. Nós estávamos felizes, estávamos juntos e a minha mãe tinha razão, eu não sabia o que o futuro nos reservava, mas sabia que não importava desde que eu estivesse ao lado das pessoas que eu amava.
O que aconteceu em seguida? Bom, por onde eu começo...
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Gente, meu Deus, nós estamos chegando no fim!!! Preparados para o último capítulo? Porque eu não ksksks.
Queria agradecer a todos os que leram até aqui, de verdade, vocês são incríveis. Quando eu começei a escrever, nunca imaginei que a fic ia tomar essa proporção, mas tomou, graças a vocês. Então, muito obrigada, sério!!! Eu espero muito que vocês tenham gostado/estejam gostando. E... Até o último capítulo!
Obs:. Ele já está até escrito, mas acho que vou deixar vocês cozinhando mais um pouquinho. Vejo vocês lá!!!😘❤️