Bateram na porta e eu me assustei, não acredito que eu tinha dormido no trabalho.
- Entra. – falei alto o suficiente para pessoa do outro lado escutar.
- Vim te buscar. – disse Jessie entrando na sala.
- Eu só vou porque estou realmente cansada. – eu disse me levantando e indo pegar minha bolsa. Jessie riu baixinho e saiu da sala, logo depois dela também sai, trancando a porta em seguida.
- Vai direto pra casa e descansa. – ela disse quando entramos no elevador.
- Tudo bem, estou cansada mesmo. Só vou passar em algum lugar pra comer. – falei dando de ombros.
- Cuidado. – ela disse. Jessie era muito preocupada, chegava ser até engraçado.
- Vou tomar. – falei sorrindo de lado, no mesmo instante o elevador abriu. Um cara todo vestido de preto entrou nele quando nos duas saímos, não devia ser nada. Me despedi de Jessie e fui para o meu carro, desliguei o alarme e entrei em seguida.
Sai dali e resolvi passar em uma lanchonete pra comprar alguma coisa para comer, eram oito e pouco da noite. Estacionei na frente do Mc Donalds, nem desci do carro, fiz meu pedido pela máquina e logo eles me entregaram, coloquei no bando do passageiro, paguei a conta e fui para casa.
Cheguei na minha casa, e coloquei o carro na garagem. Desliguei o alarme da casa e liguei o do carro, logo em seguida entrei em casa, deixei as coisas na cozinha e subi pro meu quarto.
- Nick? – chamei meu cachorro, sim eu tinha comprado um cachorro. – Nick? – chamei de novo e ele saiu de dentro do closet. – Ah você estava aí.
Entrei no banheiro me despi e entrei debaixo do chuveiro. O que aquele bandido tinha me falado estava martelando na minha cabeça. O que será que ele quis dizer com aquilo? Desdo dia que voltei para o FBI não fiquei mais sabendo nada sobre o Justin, eu pedi pra que fosse assim, ficou uma equipe responsável por prender ele, mas sempre eles falhavam, era até engraçado.
*Flashback On
- Ficou sabendo? – Jessie perguntou. Estávamos indo para uma cena de crime, investigar.
- O que? – perguntei sem dar muita importância.
- A equipe do Tales se deu mal de novo. – ela disse rindo. Tales era um agente que se achava o fodão, mas sempre deixava os bandidos fugir.
- Bem feito. – falei sorrindo.
- Bieber colocou fogo no carro dele, e fez ele voltar pra delegacia só de cueca. – ela disse gargalhando.
- Típico dele. – falei revirando os olhos. Justin nunca ia mudar.
- Né. – ela disse parando de rir aos poucos.
*Flashback Off
Terminei meu banho e sai do banheiro indo direto para o closet, vesti um short e uma blusa solta. Fiquei passando a toalha no cabelo, até que escutei a porta do quarto se fechar. No mesmo instante parei o que estava fazendo e peguei uma arma dentro da gaveta, destravando-a. Sai do closet devagar segurando a arma com força, vi Nick perto da porta, deduzi que ele tinha encostado e fechado a porta. Travei a arma de novo e joguei em cima da cama e me virei pra voltar para o closet.
- Sabe Cooper, você tem que trancar a sua casa melhor. – ele disse com um sorriso debochado.
- O que você está fazendo aqui? – eu perguntei um pouco assustada.
- Vim te ver. – ele disse com aquela pose de deboche.
- JUSTIN SAI DAQUI. – gritei e fui em direção da porta abrindo-a pra ele passar. – Sai. – falei um pouco mais controlada. Ele riu sem humor e veio em minha direção.
Ele foi se aproximando de mim bem devagar, sem tirar um segundo os seus olhos dos meus, quando pensei em reagir, ele estava segurando meus pulsos com uma mão só, enquanto a outra acariciava o meu rosto.
- Eu senti tanto a sua falta. – ele disse em um sussurro. Fechei os olhos com força, por mais que eu estive magoada com ele, eu sentia uma coisa mais forte que isso. Sentir o toque dele me deixava bem.
- Justin, vai embora. – eu sussurrei com a cabeça baixa.
- Você não quer que eu vá. – ele disse soltando meus braços e colocando as suas duas mãos no meu rosto. Eu realmente não queria que ele fosse.
- Eu... – quando fui falar, senti seus lábios nos meus. Sua língua pediu passagem e sem pensar cedi. Minhas mãos foram para seu pescoço e as dele envolveram minha cintura me puxando mais pra ele. Só Deus sabia o quando eu senti falta do toque, do beijo, dos olhos dele. Nossas línguas estavam travando uma batalha, senti sua mão aperta minha cintura me fazendo arfar entre o beijo, cravei minhas unhas na sua nuca, sem se importar se deixaria marca ou não. Ele foi parando o beijo por falta de ar, me deu dois selinhos e desgrudou nossos lábios, deixando nossas testas coladas.
- Kate, volta pra mim? – ele perguntou depois que a sua respiração já estava controlada.
- Não posso. – falei em um sussurro muito baixo.
- Está bem. – ele disse me soltando e saindo do quarto. Escutei a porta de baixo ser fechada e me encostei na parede mais próxima. O choro agora me dominava. O que eu tinha feito?
[...]
Acordei com o meu celular tocando, atendi sem ver quem era.
#Ligação On#
- Alô? – atendi me sentando na cama.
- Estamos com problemas, você precisa vim aqui rápido. – meu pai falou.
- Daqui uns 20 minutos eu chego. – falei me levantando.
- Tenta vim mais rápido. – ele disse e desligou o telefone. Odiava que desligassem o telefone na minha cara.
#Ligação Off#
Tomei um banho rápido, vesti uma saia de cintura alta preta e uma blusa de botões, e um salto alto preto. Desci rapidamente e fui para a garagem, entrei no carro, ativei o alarme da casa e fui direto para delegacia. O beijo do Justin não saia da minha cabeça, eu já estava ficando louca com aquilo. Logo cheguei na delegacia, estava um movimento estranho, tinha muitas pessoas apressadas.
- O que aconteceu? – perguntei para um dos seguranças.
- Soltaram os presos. – ele disse.
- O QUE? – gritei me estressando. Fui correndo até onde Jessie estava. – Detalhes do que aconteceu. – pedi fazendo ela se virar pra mim.
- Soltaram 8 presos da ala A, não sabemos quem foi pois estava sem digitais nenhuma. Ninguém viu nada e as câmeras foram desligadas. – ela disse nervosa. – Quem fez isso, fez um trabalho muito bom, não deixou nenhuma pista.
- Quem era dessa ala? – perguntei.
- Pessoas perigosas. – ela disse.
- Nomes dos fugitivos. – pedi pegando um papel e uma caneta dentro da bolsa.
- Felix, 34 homicídios. Gabi, um estuprador com 56 vítimas. Carlos, 74 homicídios. Alfredo, ele é ou era da gangue do Bieber, foi pego por causa de uma sorte dos policiais, e é extremamente perigoso... – eu a interrompi.
- Alfredo? – perguntei. E ela assentiu. – Que horas foi isso? – perguntei.
- Entre nove e onze da noite. – ela falou enrugando as sobrancelhas. – Acha que o Bieber tem haver com isso. – ela perguntou um pouco baixo.
- Não sei. – falei, essa era a hora que ele estava lá em casa, então não podia ser ele ou podia? – Vou para minha sala, qualquer noticia me informe. – falei e fui para minha sala. Tinha que pesquisar a ficha de cada um.
[...]
- Já estou indo. – Jessie disse entrando na minha sala.
- Conseguiu pegar quantos? – perguntei.
- 7 faltou aquele tal de Alfredo, parece que o cara sumiu do mapa. – ela falou. – Amanhã começamos a investigar possíveis locais que ele possa ter ido. – ela disse e saiu em seguida.
Já eram 23:50, quase meia noite e eu estava atolada de papéis para checar. Tinha poucas pessoas na delegacia, a maioria já tinha ido embora. Voltei a analisar as provas que tínhamos conseguido hoje.
POV's Justin
Tinha ido ver a Kate, eu estava sentindo falta dela. Desdo dia do galpão eu voltei a ser o galinha que eu era, o que essa mulher fez comigo?
Entrei em casa, vendo os meninos e Alfredo jogados no sofá, conversando coisas paralelas.
- Fala dude. – disse Alfredo vindo em minha direção, fizemos nosso toque.
- Estava bom na cadeia. – perguntei debochado, e os meninos começaram a rir.
- Não estava nem com vontade de sair. – ele disse irônico revirando os olhos, me fazendo rir.
- Estava onde Drew? – Ryan perguntou.
- Resolvendo uma parada aí. – eu disse me jogando no sofá. – Vocês não deixaram pistar né? – perguntei curioso.
- O plano foi perfeito dude, tu tinha que ter visto. – Chaz disse animado.
- Festa? – perguntou Chris com um sorriso malicioso. Todos assentiram e começaram a se movimentar e a chamar pessoas. Quem não queria vim para uma festa do Bieber?
- Trás algumas vadias da boate nova. – falei indo para o quarto.
[...]
Estava terminando de me arrumar, coloquei uma blusa branca e uma calça. Fui descendo as escadas e a festa já estava lotada, avistei os meninos perto da piscina e fui até eles. Mal cheguei perto deles e três vadia grudaram em mim.
- Cuida aí? – falei pro Ryan, ele era o que estava menos alegre ali.
- Vai onde Drew? – ele perguntou curioso.
- Resolver um negócio. – falei dando de ombros.
- Esse negócio se chama Kate? – ele perguntou com um sorriso malicioso.
- Quem é Kate Jus? – perguntou uma vadia que não saia do meu pé.
- Ninguém que te interesse. – disse rude e me desgrudei dela. – Se fode Ryan. – falei e sai dali, escutando a risada escandalosa do Ryan.
POV's Kate
- Vai ficar aí? – meu pai perguntou entrando na minha sala.
- Vou terminar de analisar isso. – falei com uma voz cansada.
- Está bem, tranca tudo quando for embora. – ele disse me dando um beijo na cabeça e saindo da sala.
Depois de um tempo a luz acabou, achei estranho. Me levantei e vi uma sombra dentro da sala e depois escutei a porta sendo trancada.
- Quem está aí? – perguntei com um pouco de medo. Claro que estava com medo, não sabia onde minha arma estava e tinha um estranho dentro da sala comigo. Tentei procurar o celular em cima da mesa, mas nada. Fui em direção da porta, e senti alguém envolver minha cintura, meu corpo congelou na hora.
- Não precisa ficar com medo. – sussurrou uma voz rouca no meu ouvido, e eu sabia quem era.
- O que você está fazendo aqui? – perguntei controlando minha respiração.
- Shiu. – ele disse beijando meu pescoço. Meu pêlos automaticamente se arrepiaram com o toque dele.
- Você devia ir embora. – sussurrei. Ele riu pelo nariz e me virou pra ele.
- Quer que eu vá embora? – ele perguntou passando seus lábios nos meus.
- Filho da puta. – eu disse baixinho e ele riu pelo nariz. – Não quero. - sussurrei.
Ambos queriam aquilo, queriam sentir um ao outro novamente. Queriam matar a saudades depois de tanto tempo separados. Queriam viver o agora sem pensar no amanhã ou depois...
- Só aproveita. – ele sussurrou e grudou seus lábios nos meus. A luz tinha sido acesa de novo, dando para ver o rosto dele agora.
Continua...