Partner Forced

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3 DIAS DEPOIS

Ainda estava naquele porão, eu estava fraca, não comia direito e nem tomava água.

- Desculpa. – sussurrou Luke. Ele estava pendurado, amarrado apenas pelas mãos.

- Eu que tenho que te pedir desculpa, eu que te entreguei Luke. – disse sussurrando, não tinha força nem para falar.

- Que isso maninha. – ele disse tentando dar um sorriso. – Eu tinha que ter te soltado quando tive chance. – Luke era o único que eu considerava como amigo naquela delegacia, e ver ele ali realmente estava me machucando, ainda mais sabendo que a culpa era minha.

- Desculpa. – eu disse deixando uma lágrima cair.

- Tudo bem maninha. Posso te pedir uma coisa? – ele perguntou. – Se vinga por mim.

- Pode ter certeza que eu vou. – eu disse pela primeira vez com um sorriso sincero.

Escutei a porta sendo destrancada e logo Justin entrou, acompanhado por um menino.

- Que momento lindo, a vadia e o traidor conversando. – disse Justin debochado. Não falei nada. – Já que vocês se despediram, já posso te matar Luke. – ele disse com um sorriso sinico. Sem dó nem piedade Justin cobriu a cabeça dele com um saco e descarregou a arma na cabeça coberta dele, fechei os olhos para não ver aquela cena.

- Já você, não posso te matar porque tu vai ser útil nos meus negócios. – ele disse vindo em minha direção.

- Acha mesmo que eu vou te ajudar? – perguntei com deboche. – Sonha.

- Eu conheci a Melissa. – ele disse com um sorriso irônico, na mesma hora eu gelei. Como ele tinha descoberto dela? Ninguém nunca soube dela além do meu pai.

- Não quero que você toque um dedo nela. – eu disse mostrando meu descontrole. Melissa era minha princesinha, meu refugio de tudo que eu fazia, ela era minha irmã, mas meu pai nunca deixou que ninguém soubesse dela, para seu próprio bem.

- É uma criança linda. – ele disse provocando. Aquele filho da puta só pode estar brincando com a minha cara.

- Onde ela está? – perguntei tentando me controlar.

- Com uma tal de Maria, conhece? – ele perguntou com deboche. Não consegui responder, meu coração parecia que estava sendo destruído, ela era só uma criança.

- Ela é só uma criança seu monstro. – eu disse perdendo a voz no final.

- Não somos tão diferentes assim Cooper. – ele disse sério.

- EU NUNCA MATEI CRIANÇAS. – eu gritei nervosa.

- Não matei sua irmã, a deixei onde estava. Mas se você não ajudar, posso mudar o quadro dela rapidinho. – ele disse com maldade. Não disse nada, não estava com força para fazer nada imagina ficar conversando com um idiota como ele, mas puta que pariu porque esse garoto tinha que ser tão gostoso? – Ryan pega ela. – ele disse virando para o menino ao seu lado.

O tal de Ryan veio em minha direção e me desamarrou, se ele não tivesse me segurado tinha caído com tudo no chão, ele fez um sinal com o dedo e dois seguranças me seguraram um de cada lado, meus olhos estavam ardendo, eles saíram me arrastando junto.

Não conseguia mover nenhuma parte do corpo, então estava sendo arrastada, literalmente arrastada. Justin estava indo na frente com o tal de Ryan. Ele uma vez ou outra olhava para trás. Subi as escadas com a maior dificuldade, e ainda sujei o corredor com um pouco de sangue. Estávamos passando por uma sala, acho que era a principal da casa, tinha duas vadias sentadas no sofá, quando viram o Justin uma saiu correndo em direção dele, ver aquilo me deu nojo.

Life Of Crime [J.B]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora