Ultrapassando Limites.

By blessedrs

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O amor nos leva as alturas, mas também nos leva ao fundo do poço. Amar dói, amar cura, amar fere mas amar nos... More

cap. 1
cap. 2
cap. 3
cap. 4
cap. 5
cap. 7
cap. 8
cap. 9
cap. 10
cap. 11
cap. 12
cap. 13
cap. 14
cap. 15
cap. 16
cap. 17
cap. 18
cap. 19
cap. 20
cap. 21
cap. 22
cap. 23
cap. 24
cap. 25
cap. 26
cap. 27
cap. 28
cap. 29
cap. 30
cap. 31
cap. 32
cap. 33
cap. 34
cap. 35
cap. 36
cap. 37
cap. 38
cap. 39
cap. 40
cap. 41
cap. 42
cap. 43
cap. 44
cap. 45
cap. 46
cap. 47
cap. 48
cap. 49
cap. 50
cap. 51
cap. 52
cap. 53
cap. 54
cap. 55
cap. 56
cap. 57
cap. 58
cap. 59
cap. 60
cap. 61
cap. 62
cap. 63
cap. 64
cap. 65
cap. 66
cap. 67
cap. 68
cap. 69
cap. 70
Cap. 71
Cap. 72
Cap. 73
Cap. 74
Cap 75
Cap. 76
Cap. 77
Cap. 78
Cap. 79
Cap. 80
Cap. 81
Cap. 82
Cap. 83
Cap. 84
Cap. 85
Cap. 86
Cap. 87
Cap. 88
Cap. 89
Cap. 90
Cap. 91
Cap. 92
Cap. 93
Cap. 94
Cap. 95
Cap. 96
Cap. 97
Cap. 98
Cap. 99
Cap. 100
Cap. 101
.....
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cap. 6

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By blessedrs

A quarta foi a mesma rotina de ontem, acordei mais tarde porque não me vi na obrigação de fazer nada pro meu querido pai já que agora ele tem Marcia, eles que se virem. Fui direto pra faculdade e tomei café junto com meus queridos colegas quase amigos, foi puxado, matéria atrás de matéria e os tempos vagos que eu tive foram pra por matérias em dia, porque daqui a pouco vai começar a ter AV1 e eu preciso tirar notas boas, né?

Tô sentindo que tô muito em falta com os jovens da igreja, então acabei mandando mensagem para o Pastor da igreja e domingo irei conversar com o mesmo, agora eu preciso me afastar um pouco para lidar com meus pensamentos, meus estudos, não vou sair da igreja, vou aos cultos, fazer as coisas mas liderar no momento não dá, é eu aprendi que pra Deus não pode ser nada de qualquer jeito, tem que ser perfeito, pois ele merece o melhor.

O dia na faculdade passou num piscar de olhos, acho que é porque tínhamos muita coisa pra fazer, agora estou andando para o ponto de ônibus com as meninas, que estão tentando me convencer a ir em um churrasco com elas na sexta-feira.

Lorena: achei que ia demorar pra vocês tentarem me fazer curtir essas coisas mundanas. - ri prendendo meu cabelo em um coque meio solto.

Breno: aí mona, para de graça que é só um churrasquinho, não é baile não.

Bianca: é mana, vai tocar vários tipos de músicas, você não vai precisar nem dançar, vai beber refrigerante, comer e ficar sentada conversando com a gente poxa. É pra gente se conhecer melhor, você vai esta pela sua vó, não é?

Lorena: vou pensar até lá. Sim, vou passar o fim de semana lá, mas domingo vou voltar pra despedida do meu pai lá na igreja. - falo meio cabisbaixa, lembrando da confusão de ontem.

Bianca: eu até agora não entendi, seu pai vai embora e te deixar... porque? - ela sentou no ponto, e eu e Breno ficamos em pé de frente pra ela, eu comentei com eles sobre o que rolou ontem, escondendo algumas coisas como meu pai ser policial.

Lorena: Eu também não sei, disse que se envolveu em uns problemas no trabalho, que vai ser transferido e ainda apareceu com uma namorada de 6 meses que nunca vi e ouvi falar.

Breno: é bem estranho tudo isso, né? E ainda deixar um maluco responsável por você, isso tem cheiro de coisa podre, se eu fosse você procurava saber disso.

Lorena: tenho medo de procurar saber e acabar achando coisas que eu nunca imaginaria, eu não sou santa porque santo só Deus, mas eu sou boba demais, frágil demais, não to acostumada com nada, minha vida sempre foi igreja e escola. Então eu tenho medo do que possa acontecer, entendem?

Bianca: mana, fica despreocupada que agora você tem a gente e tem seus avós, a gente vai tá aqui pra te defender dos perigos e como os crentes diz, tudo é permissão de Deus, né?

Breno: se tudo der errado pelo menos estamos juntas.

Lorena: nos conhecemos a 1 dia e já estamos assim, Deus é perfeito mesmo. - acabamos rindo e minha condução chegou primeiro, me despedi e peguei meu caminho de casa.

(...)

Cheguei no portão da minha casa e tinha uma presença que eu daria tudo pra não ver por tempo indeterminado, quem falou Pedro, acertou, abri o portão em quanto ele saia do carro.

Pedro: boa noite, Lorena.

Lorena: boa noite Pedro, o que quer aqui?

Pedro: seu pai pediu para eu vir até aqui conversar com você sobre umas coisas. Então, eu vim. - revirei o olho, dei passagem vendo o mesmo entrar, bati o portão e abri a porta da sala em seguida, ele foi caminhando pro sofá, fui até a cozinha pegando minha garrafa de água na geladeira e voltei pra sala.

Lorena: Pode começar a falar e seja breve, acabei de chegar da faculdade estou cansada.

Pedro: você só vive na defensiva, meu amor. Precisamos nos entender melhor, agora você será minha responsabilidade. Sabia? - ele disse sentando mais perto de mim, colocando uma mão na minha coxa, empurrei a mão do mesmo que me olhou negando a minha atitude.

Lorena: Pedro, eu tenho 18 anos e não sou sua responsabilidade, meu pai está indo embora porque quer, agora eu mesmo respondo por mim.

Pedro: aí aí Lorena, você não sabe nem a metade das coisas, tão inocente e é isso que me faz sentir esse tesão por você. Sabia?

Lorena: Eu não sou obrigada a ouvir essas coisas dentro da minha própria casa, se você soubesse o quanto eu te acho nojento, perverso, não me trataria assim.

Pedro: você não entende o quanto esperei o momento de ter você, meu amor. Você acha que eu queria entrar pra policia? Eu entrei só pra agradar seu pai, eu sempre fiz as coisas que ele queria só pra manter você por perto. Depois que entrei na policia e comecei descobrir as coisas que seu pai fazia, tudo ficou muito mais fácil.

Lorena: isso é errado Pedro, é obsessão. Se você fizesse as coisas do seu jeito, eu poderia ter me encantado e gostado de você, mas não, você sempre preferiu fazer tudo ao contrário. Eu não te quero Pedro, eu não gosto de você, eu tenho nojo do jeito que me olha, o jeito que você me cerca, você me agride com palavras, você me machucou, como alguem pode dizer que ama a outra e agir assim. Eu só não te odeio porque Deus não aceita o ódio, mas eu tenho repúdio de tudo que você faz pra mim. - as palavras saiam da minha boca, sem eu fazer nenhum esforço, minha cabeça latejava e ele ouvindo apertava com uma certa forma as próprias pernas dele, o qual me fazia ficar bastante assustada.

Pedro: CALA A BOCA. Você não sabe de nada, eu sempre fiz tudo pra chamar sua atenção mas você nunca prestava atenção em mim, você falava com todos os meninos mas comigo não, você tratava bem todo mundo e eu não. Você é uma vagabunda, você gosta de ser tratada que nem o seu pai tratava sua mãe, sendo esculachada só assim pra você me dar a atenção que eu mereço. E se eu te machuquei a culpa é toda sua, se fizesse tudo que eu peço nada disso aconteceria. - ele se levantou e me puxou pra levantar também, jogando meu corpo contra parede, ficando na minha frente me prendendo com os braços.

Lorena: Pedro, não faz isso, pelo amor de Deus, as coisas não acontecem por força e nem por violência. Me deixa em paz, por favor Pedro. - eu já estava mais que assustada, com as costas doendo pela porrada e com meus olhos cheios de lágrimas. Ele negou rindo, o Pedro estava transtornado, as pupilas vermelhas e dilatadas, eu nunca o vi assim..

Pedro: te deixar em paz? A partir de hoje você não vai ter paz. Eu tentei Lorena de todas as formas, esperei o seu tempo por todos esses anos, eu entrei pra igreja, fiz aula de instrumentos, entrei pro grupo jovem e nada disso foi o suficiente, mas agora vai ser do meu jeito.. - ele começou a beijar meu pescoço, passava a língua devagar, as lágrimas já rolavam pelo meu rosto, ele apertava meu corpo contra o dele. Porque? Porque isso tá acontecendo? - eu empurrava ele pra trás, e ele forçava mais ainda, me fazendo sentir dor.

Lorena: por favor Pedro... não faz isso. - meu choro foi ficando mais alto, minha voz falhava, eu tentava puxar o ar e não conseguia devido ao choro forte. E ele ali, descendo a boca pelo meu pescoço, levantando minha blusa. Eu não conseguia pensar em nada, eu só pedia pra Deus tirar ele dali, não deixar nada de ruim acontecer comigo.

Pedro: esse seu choro não está me comovendo, eata me irritando, engole esse choro amor.. se não vou ser obrigado a fazer outras coisas que eu não quero agora.  -fechei os olhos pra não olhar pra ele, até que uma mão ele levou até meu cabelo e a outra segurou meu rosto, tentando me beijar em seguida, comecei a me debater contra ele, que apertou minha bochecha me fazendo sentir uma dor muito forte e o mesmo começou a me beijar, permaneci de boca fechada e ele mordeu meus lábios me fazendo soltar um grito, ele enfiou a língua na minha boca e começou a me lambuzar, me lamber.

Eu tô vivendo um pesadelo, o qual eu nunca, nem nos meus piores sonho imaginei viver, nessa hora meu pai não chega. Pedro está passando a mão pelo meu corpo, me fazendo eu me sentir suja, impura que nem a mulher do fluxo de sangue, me perguntando o porquê? Eu não merecia isso, eu não mereço isso.  Fechei os olhos vendo a imagem da minha mãe na minha frente, as coisas que ela passava com meu pai, toda vez que ele chegava estressado, ele descontava nela de várias formas inclusive abusando sexualmente. Ela sempre me dizia pra eu nunca me permitir a passa por isso, abri os olhos e comecei a gritar.

Lorena: SOCORRO, SOCORRO ME LARGA. PARA PEDRO EU NAO QUERO, ME LARGA. - Ele se assustou e se afastou rápido, caindo em si do que ele tava fazendo, começou a andar desesperado de um lado pro outro, balançando a cabeça em negação..

Pedro: meu Deus, me perdoa Lorena, me perdoa.. eu não queria fazer isso, me perdoa. - ele tentou se aproximar de mim e eu voltei a gritar.

Lorena: NÃO ME INCOSTA, SOME PEDRO, NAO QUERO MEU DEUS SOCORRO, SOCORROO. ALGUÉM ME AJUDA. - ele veio pra cima de mim, tentando tampar minha boca e eu mordi a mão dele, fazendo ele gritar e desferir um tapa em mim. Me fazendo ficar em choque, paralisada olhando pro mesmo, sem reação. Até que eu ouvi o barulho da porta e olhei na direção e era meu pai, olhando aquela situação com a cara de cansado, de poucos amigos.

Carlos: o que está acontecendo aqui, eu posso saber? - comecei a chorar, deixando meu corpo escorregar pelas paredes, caindo no chão.

Pedro: nada, não aconteceu nada demais. Lorena está fazendo drama. -eu neguei, chorando de soluçar.

Lorena: ele, ele.. ele me agarrou a força.. ele passou a mão pelo meu corpo, ele me bateu... meu Deus, ele me bateu. - comecei a chorar e meu pai veio até a mim, me fazendo levantar e me abraçou, chorei tanto meu Deus, tanto.

Carlos: qual foi o motivo, posso saber? - me afastou do seu corpo e me colocou sentada no sofá.

Pedro: não foi nada demais seu Carlos, você sabe como é Lorena, faz uma tempestade em um copo de água. - meu Deus, como pode ele falar isso?

Lorena: Eu falei pra ele que não gosto dele, que tenho nojo das coisas que ele faz comigo, ele me chamou de vagabunda e disse que eu mereço o mesmo que minha mãe..  ele falou coisas horríveis. -abaixei a cabeça, procurando um porque disso tudo, mas nada se encaixava, nada.

Carlos: Já passou, pai está aqui.. ele está nervoso, problemas do trabalho filha, ele só queria relaxar.. não leve Pedro a mal ou fique chateada com o mesmo, o homem quando tá estressado faz coisas precipitadas.

Lorena: pai, olha o que você tá falando.. faz coisas precipitadas? Pai ele tava abusando de mim, você tem noção disso? ABUSANDO, ELE TAVA ABUSANDO DE MIM.

Carlos: fala baixo Lorena, tá gritando o porque? Isso acontece, você são quase um casal, é normal essas coisas acontecerem.

Lorena: não..  eu não aceito ouvir isso de você, do meu próprio pai.. não é normal você apoiar um cara abusando da sua própria filha.

Carlos: foi só um beijo e umas mãos bobas Lorena, para de drama. Sobe pro seu quarto quer com o Pedro eu me entendo, espero que isso não saia daqui. - eu olhei pro meu pai negando, peguei minha mochila e subi pro meu quarto, chorando, com nojo dos dois, com nojo de mim, tranquei a porta e tirei a roupa indo pro chuveiro, entrei de cabeça na água quente e encostei a cabeça no gelado do azulejo e chorei, chorei tanto que me senti sem ar, cansada, minha cabeça latejava, tudo rodava. Terminei meu banho e sai me secando, enrolei outra toalha no cabelo e fui pro quarto, meu corpo tá vermelho de tanto que me esfreguei, quando fecho os olhos sinto as mãos do Pedro passeando pelo meu corpo, me fazendo me arrepiar. Coloquei um conjunto de calcinha e sutiã, coloquei uma blusa grande e uma calça de moletom, peguei meu celular ligando pra minha vó. Chamou até cair na caixa postal.

Lorena: meu Deus eu só queria sumir daqui, sair e sumir, ir pra um lugar onde nem Pedro e nem meu pai me ache..

Fiquei horas ali sentada na minha cama esperando uma ligação da minha vó, mas nada. Ela não retornou, a cada minuto que passava o medo me consumia, daqui alguns dias nem meu pai por aqui vou ter, e se ele conseguir abusar de mim? E se ele conseguir ir além e o pior acontecer? Meu Deus, eu nunca imaginei isso. Várias perguntas se passavam pela minha cabeça e eu não tinha respostas pra nenhuma, eu ouvi um silêncio absurdo pela casa, peguei uma mala e arrumei várias roupas ali, peguei uma mochila e arrumei só de roupas para ir a faculdade, peguei uma bolsa da farm e coloquei meus tênis e chinelo, peguei a bolsa da faculdade e coloquei junto acrescentando umas coisas de higiene, perfumes, peguei meu celular vendo a hora e são 23:50. Botei um casaco e desci vendo tudo escuro, abri a porta da sala devagar e o carro do meu pai não estava ali. Subi de volta e peguei meu celular pedindo um uber.

(....)

Não demorou muito o uber chegou, o tempo estava frio e estava com uma chuva fina, coloquei minhas bolsas no uber, tranquei a casa e entrei no uber.

Lorena: boa noite.

Uber: boa noite, o destino realmente é esse? -concordei com a cabeça, fazendo o assunto morrer e fui o caminho inteiro em silêncio, meus pensamentos me torturavam e tudo que eu queria agora é o colo da minha vó. O caminho foi tranquilo, chegamos na esquina da minha vó e assim que o motorista ia implicar, várias armas foi apontada pro carro me fazendo dar um grito.

Lorena: AI CACETE. - o motorista começou a mandar a eu ter calma, abaixou o vidro e falou com os caras.

Uber: boa noite, sou uber e vim deixar uma jovem aqui nessa rua.

XX: hoje não tá podendo passar não, pode deixar ela por aqui mesmo e o resto ela segue a pé. - o motorista me olhou, concordei com a cabeça, dei o dinheiro na mão do motorista e abri a porta, saindo e vendo que todos eles estavam me olhando mais agora com as armas para baixo. Tirei primeiro a mala e levantei a alça da mesmo a colocando no chão, peguei as 2 mochilas e a bolsa, fechei a porta me ajeitando e comecei a andar puxando a mala. Passei por eles desejando boa noite, até ouvir.

XX: Ajuda ela com as coisas até a casa da minha vó Ivone.. - reconheci a voz do tal do Marreta, aquela maldita voz que meu corpo se arrepiar, veio um menino me ajudar e eu não neguei e ele foi em completo silêncio até chegar no portão da minha vó, comecei a gritar a mesma. Até que ela aparece no portão com a cara toda amassada, preocupada.

Lorena: Obrigado pela ajuda.

XX: qualquer coisa estamos aí... -minha vó olhou para minhas bolsas, ela puxou a mala e eu fui entrando com as mochilas, sentei no sofá da mesma respirando fundo.

Ivone: o que foi, minha filha? - ela me abraçou e ali eu desabei, chorei, chorei e chorei tudo que eu não tinha mais pra chorar, sentia as mãos macias da minha vó fazendo carinho na minha cabeça em quanto eu chorava. Ali eu estava aliviando minha alma, no meu refúgio, não tinha melhor lugar que eu poderia está.. 



Que tristeza escrever esse cap!!
Boa tarde amores, postando mais que o combinado então quero ver bastante interação!
Beijos e feliz Páscoa para todos. ♥️🥰

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