E Se SwanQueen Tivesse Aconte...

By bex_mills108

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O que teria acontecido em Once Upon a Time se Regina e Emma tivessem ficado juntas? Nessa fic eu conto a hist... More

Piloto
Aquilo que você mais Ama
Neve e Paixão
O Preço do Ouro
A Voz Interior
O Pastor
O Coração é um Caçador Solitário
Almas Desesperadas
O Verdadeiro Norte
07:15 da Manhã
O Fruto da Árvore Venenosa
Beleza Externa
O que Aconteceu com Frederick?
Sonhador
A Capa Vermelha
O Coração das Trevas
O Chapéu Mágico
O Homem do Estábulo
O retorno
O Estranho
Uma Maçã Vermelha como Sangue
Uma Terra sem Magia
Quebrado
Nós somos ambos
A Dama do Lago
O Crocodilo
O Doutor
Tallahassee
Filha da Lua
Nas Profundezas
Rainha de Copas
O Jogo de Cricket
O Forasteiro
Em Nome do Irmão
Pequenino
Manhattan
A Rainha está Morta
A Filha do Moleiro
Bem-vindos a Storybrooke
Autruísta, Corajoso e Sincero
Lacey
A Rainha Má
Segunda Estrela à Direita
Seguindo Até o Amanhecer
O Coração do Verdadeiro Crédulo
Garota Perdida
Uma Fada Comum
Maus Hábitos
Agir Corretamente
Ariel
Buraco Negro
Pense em Coisas Bonitas
Salvar o Henry
A Nova Terra do Nunca
Voltando para Casa
Serenata de Nova York
Noite de Prazer
Caça a Bruxa
A Torre
Mentes Silênciosas
Não é Fácil ser Verde
Jolly Roger
Passado Obscuro
Uma Coisa Curiosa
Kansas
O Portal do Tempo
O Lar é o Melhor Lugar
Um Conto de Duas Irmãs
Dentro do Gelo
Estrada Rochosa
Espelho Quebrado
Assunto de Família
A Rainha da Neve
Quebrar o espelho
Queda
Visão Partida
Heróis e Vilões
Escuridão nós Limites da Cidade
Imperdoável
Segundas Chances
A Volta do Dragão
Pobre Alma Infeliz
Força Maior
O Coração de Ouro
Lado Mal
Simpatia pelo Diabo
Lily
Mãe
Operação Mangusto Ī
Operação Mangusto ĪĪ
Dark Swan
O Preço
Assento Perigoso
Apanhador de Sonhos
O Urso e o Arco
Nimue
Escolhendo um Lado
Coração Partido
O que aconteceu em Camelot?
O Herói
Merlin
Nascimento
Senhora das Trevas
O Canto do Cisne
Almas dos que Partiram
Obra de Amor
Dever do Diabo
A Volta do Caçador
A Nossa Ruína
Seu Belo Herói
Sapatos de Viagem
Irmãs
Cabeça de Fogo
Ritos Finais
Somente Você
Uma História Não Contada
O Salvador
O Outro Sapato
Um Caso Estranho
Ratos de Rua
Águas Escuras
Sem Coração
Eu Serei Seu Espelho
Crianças Trocadas
Gostaria Que Estivesse Aqui
Onde há Fumaça há Fogo
Mais Resistente do Que o Resto
O Desejo do Seu Coração
Padrões de Presságio
Um Novo Começo
Um Lugar Maravilhoso
Ajudante da Mamãe
Acordando
Onde Pássaros Azuis Voam
A Fada Negra
A Canção Em Seu Coração
A Batalha Final Ī
Batalha Final ĪĪ
Epílogo

Remédio Amargo

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By bex_mills108

Zelena

-Eu concordei em beber, não em fazer um passeio pelo cemitério. - Eu reclamava andando ao lado da Regina/Rainha Má no cemitério de Storybrooke. - Onde estamos indo?

-Você verá. - Ela sorria diabolicamente e foi então que eu vi que estávamos indo em direção a cripta.

-Não! De jeito nenhum. - Me coloquei a frente dela e a fiz parar de andar. - Não posso te deixar entrar.

-Se a Regina não quisesse que pegassemos alguns ingredientes, ela não teria selado a cripta com magia de sangue. - Ela dizia já passando por mim, então tudo que eu pude fazer foi segui-la.

A Rainha abriu as portas do lugar e entrou como se estivesse em casa, indo direto ao seu objeto de desejo:

-E como sabe que eu não vou contar a ela sobre esse pequeno passeio?

-Você já teria contado. Minta para si mesma, Zelena, mas nós duas sabemos que uma perte sua quer fazer isso.

-Por que precisa de toda essa magia? - Perguntei vendo-a pegar tantos frascos de poções além de outros ingredientes.

-Porque eu já usei tudo que o dragão tinha na loja dele para chegar a essa cidadezinha lamentável.

-E o que aconteceu com ele?

-Vamos apenas dizer que ele não devia ter se metido comigo. - Ela disse e eu ri.

-Esse parece um conselho para todos nós, não é?

-Você está preocupada que eu machuque a minha parte boa, não está?

-Ainda não sabemos qual a melhor parte.

-Relaxe, só vou usar isso para dar uma lição na Regina. E lembrá-la de que ela nunca pode escapar do que realmente quer.

-E o que eu ganho com isso?

-Uma irmã que aprecia todas as suas qualidades deliciosamente malévolas, uma irmã como você. - Com isso ela fez um gesto com as mãos e partiu, me deixando ali sozinha com o pensamento de que eu estava ferrada, se eu contasse para a Regina, tanto ela quanto a Rainha Má poderiam querer me matar.

Mas, se eu não contasse só uma Regina ia querer me matar, isso se ela descobrisse. Qual opção era pior?

Emma

Depois de passar uma das melhores noites da minha vida ao lado da morena, eu acordei e fiz o café para ela e o Henry. Depois que ambos acordaram e comeram, nós nos arrumamos e saímos. Tínhamos trabalho a fazer com os refugiados e tudo mais:

-Certo, Mãe, está pronta para isso? - Henry perguntava a Regina que caminhava de mãos dadas comigo.

-Acho que estou. - Ela suspirou e parou por um momento. - Todos me ouviram antes porquê eu era a Rainha Má. Agora preciso mostrar a eles que também sou forte sem ela.

-Hey, você vai conseguir. - Dei um beijo na bochecha dela e vi a mesma sorrir.

-É, lembre-se do nome que demos... - Henry lhe deu o livro de contos. - Operação Cobra parte dois.

-Parte dois?

-É, porquê dessa vez você é a heroína. - Ele explicou e todos sorrimos antes de finalmente adentrarmos o restaurante.

-Majestade, até que enfim. - Disse Hook assim que nos viu. - A ralé está inquieta.

Regina se afastou um pouco, coçou a garganta e jogou o livro sobre o balcão chamando a atenção de todos:

-Como Prefeita eu quero lhes dar oficialmente as boas-vindas a Storybrooke. Vocês fugiram para a Terra das Histórias Não Contada, porquê estavam com medo que acontecesse o que está nesse livro. Mas, agora que estão aqui, estão com medo de que elas realmente aconteçam, mas o que não sabem é que... Eu sou como vocês. Eu também estou recomeçando. E não sei o que o futuro nos reserva, mas de uma coisa eu sei. Nós não precisamos ter medo de nada, porquê o que quer que aconteça, nós vamos enfrentar juntos. - Me aproximei dela e a abraçei pela cintura quando uma salva de palmas começou.

-Hey, por acaso alguém sabe... - Segui meu olhar até encontrar a dona da voz e me deparei com a...

-Belle?

-Ah, oi! - Ela deu de ombros e sorriu sem mostrar os dentes.

-Você está aqui e acordada.

-Sim, e preciso de um lugar para ficar.

-Mas, e o Rumple? - Perguntou Regina.

-Nós não estamos juntos no momento, por isso eu precisava de um quarto na Vovó.

-Na verdade, eu acho que vamos ficar te devendo. Com todos os novos forasteiros, stamos com superlotação. - Explicou Ruby.

-Ah, claro, sem problemas. Eu posso achar outro lugar. - Belle deu de ombros.

-Na verdade, acho que conheço o lugar perfeito. - Disse Hook. - Vem, eu te mostro. - Ele chamou já saindo do restaurante e Belle o seguiu.

Também me separei da morena, pronta para me afastar:

-Onde você vai? - Perguntou Regina.

-Ah, eu tenho um compromisso com o Arthie.

-Ainda está consultando com o grilo? Estou impressionada.

-Você achou que eu ia desistir?

-Ah não exatamente, é que ser vulnerável não é muito o seu forte. - A morena deu de ombros.

-Você tem razão, mas passamos por muita coisa. Não custa falar a respeito.

-É, tem razão. Fico feliz em ouvir isso. - Ela sorriu e se aproximou para me dar um selinho. - Não volta tarde, 'tá bom?

-Pode deixar. - Dei um último selinho nela e parti.

Ruby

Estávamos do lado de fora do Granny's direcionando os forasteiros quando Henry saiu de lá de dentro descendo as escadas correndo:

-Vovó! Vovô!

-Henry, onde vai com tanta pressa? - Perguntou Snow.

-Um forasteiro, ele não quis me dizer qual era o seu nome. E quando eu fui procurar a sua história, ele desapareceu e deixou isso sobre o balcão. - Ele entregou um envelope aos avós. - Está endereçado a vocês. Snow White e Príncipe Charming.

-E ele simplesmente deixou isso sobre o balcão? - Questionou David.

-E então desapareceu. - O garoto deu de ombros.

-Será que ele é o homem invisível? - Sugeriu Lily.

-Talvez um vampiro. - Dei de ombros.

-E SE ELE FOR O DRÁCULA?! - Lily e Henry dissemos juntos um tanto animados.

-Isso não faria sentido nenhum, está de manhã. - Lembrou Zelena, o que fez com que Lily e o Henry soltassem suspiros decepcionados.

-Não, esse é outro conde. - Dizia a Snow lendo a carta na mão do marido. - Monte Cristo?

-Sinto muito, mas não está no cardápio. Eu nunca fui muito fã desse sanduíche. - Disse Vovó.

-Não, Vovó. É um lugar. - Expliquei também lendo a carta.

-Exatamente, e esse conde tem uma reputação e tanto. - Disse David. - Por que ele quer se encontrar com a gente?

-Ele não quer. - Regina saiu do Granny's. - Ele quer vocês mortos.

-O quê? Por quê? - Perguntou Snow.

-Ele quer vingança, e essa é a única forma de tê-la.

-Não faz sentido, nós nem o conhecemos. Por que ele iria querer nos matar? - Snow tornou a perguntar.

-Porque eu contratei ele para isso.

Emma

Depois de me despedir da Regina e dos outros no Granny's, eu parti para o consultório do Arthie. Entrei e me sentei, mas não consegui dizer nada. O som do relógio ressoava baixinho pelo cômodo, mas para mim mais pareciam badaladas, batendo de cada lado da minha cabeça: "Tic tac! Tic tac!"

-Emma, aqui é um lugar seguro, pode confiar em mim. - Disse Arthie me tirando dos meus desvaneios.

-Os tremores vem com visões. Ou... Visão. Uma visão, na verdade.

-O que aparece nessa visão?

-Ahn... Tá bom, ahn... Eu estou na rua com o Henry, minha família e os outros. Estou em uma batalha.

-Contra quem?

-Não consigo ver, mas ele é forte, muito forte. Estou dando tudo de mim. Estou quase ganhando, mas a minha mão começa a tremer...

-E o que acontece depois?

-Eu morro. - Disse me lembrando da imagem da espada me atravessando. - É a primeira vez que falo isso em voz alta.

-Eu acho que quanto mais você falar sobre isso, menos isso vai te assombrar.

-Devo contar a minha família?

-Bom, a questão é: por que não contou?

-Porque sei exatamente o que eles fariam. Eles me deixariam de lado, me diriam para parar de fazer isso até que eles salvem o dia.

-E por que é errado tentarem te proteger?

-Porque eu sou a Salvadora.

-E a Salvadora não pode tirar uma folga?

-Se eu não ajudar as pessoas quem sou eu?

-Não sei, Emma, isso é uma... - Ele se inclinou para colocar o seu bloco de anotação sobre a mesa. - É uma pergunta que deve fazer a si mesma.

-Arthie, não estou aqui por uma crise de identidade. Estou aqui porque quero que me ajude a vencer essa luta e proteger aqueles que amo.

-Na verdade eu acho que está aqui para eu te ajudar e enfrentar aquilo que está te incomodando e se for uma crise de identidade você pode... - Me levantei.

-Está bem, isso foi um erro. - Disse já colocando a minha jaqueta.

-Emma! - Ele me chamou, mas eu nem sequer o olhei, apenas sai fechando a porta atrás de mim.

Regina

Com uma ajudinha da Vovó, nós descobrimos em que quarto o Conde havia se hospedado. Então não perdemos tempo, fomos até lá cuidando para que não fossemos vistos e abrimos a porta com cuidado:

-Ele esteve aqui. - Disse Snow vendo o seu selo em outras cartas.

-Ow! - Expressou David ao abrir um baú. - E caligrafia não é o seu único hobby. - Ele fechou o baú e se voltou para mim. - Por que não nos contou?

-Eu não sabia que ele estava em Storybrooke. - Dei de ombros. - Querem mesmo que eu conte todas as vezes que tentei matar vocês?

-Claro! - Disse David.

-Eu sinto muito. Eu... - Suspirei. - Vocês sabem que estou tentando deixar tudo isso para trás. E parece que o Conde não recebeu a mensagem.

-Se esse é o problema, você o contratou, pode demiti-lo. - Disse Snow.

-E isso é exatamente o que eu vou fazer. A carta diz para encontrá-lo no dirigível...

-Então nós vamos com você. - Disse Charming.

-Não! Essa confusão é minha, eu dou um jeito. Na verdade, será mais tranquilo se eu impedi-lo antes dele tentar matar vocês.

-Tem certeza que devemos nos preocupar com ele? Levaram algumas maldições e paradas em outros reinos até que ele nos encontrasse.

-Não foi exatamente assim.

Depois de contar toda a história sobre como os seus caminhos já haviam se cruzado antes e o que eu tinha feito a criada da Snow, eu finalmente parti rumo ao dirigível e lá eu esperei:

-Infelizmente você não está na lista de convidados. - Uma voz ressoou atrás de mim e eu me virei me separando com ele.

-Estou cancelando o nosso acordo, Conde.

-Ah é? E o que aconteceu? Finalmente te convenceram de que encontar a sua felicidade é a melhor vingança? - Ele riu.

-Na verdade sim. - Sorri. - Levou um bom tempo, mas eu finalmente percebi que eles estão certos.

-Isso não muda nada! - Ele apontava a lâmina afiada da sua espada em minha direção.

-Me deixa te ajudar. - Dei um passo a frente. - Você não precisa de vingança para superar o que houve com a pessoa que você amou. Se eu aprendi isso, qualquer um pode.

-Você pode ter me colocado nesse caminho, mas nem você pode me tirar dele agora! - Em apenas um jeito ele jogou a sua espada em minha direção, a mesma teria me acertado se eu não tivesse conseguido para-la a poucos centímetros do meu rosto, usando magia.

Depois que a mesma caiu por terra, eu a peguei rapidamente e a apontei contra o homem, ficando em guarda, porém, o mesmo já tinha desaparecido.

Emma

Depois de sair do Arthie eu encontrei com os meus pais e eles me contaram tudo. Me propus em ajudar e fiquei por perto. Estávamos indo de encontro com a Regina quando a mesma ligou e disse que o plano tinha falhado e o Conde desaparecido:

-'Tá bom, eu te amo! - Desliguei o celular e dei partida no carro.

-O que aconteceu? - Perguntou minha mãe.

-Hora do plano B. - Começei a dirigir e acelerei em direção a fronteira.

-Para onde está nos levando? - Questionava a mais velha.

-Para um lugar seguro. - Pisei mais fundo quando vi a placa: "Você está saindo de Storybrooke".

-Não vamos para a cidade, não estamos fugindo do Conde. - Protestou, mas eu não ouvi.

Foi então que eu bati em alguma coisa que fez o carro rodopiar e ser jogado para fora da pista:

-Vocês estão bem? - Perguntei.

-O que diabos aconteceu aqui? - Perguntou meu Pai.

-Acho que o Conde também não quer que vocês fujam.

Saí do carro e liguei para a Regina, e então logo eu vi a típica fumaça roxa:

-O que aconteceu aqui? - Ela dizia olhando para a viatura.

-O Conde aconteceu. - Dizia meu pai batendo o capô do carro e o fechando. - Ele deve ter sabotado o carro.

-Na verdade, acho que não foi o Conde que fez isso. - Disse levando a mão a fronteira e sentindo a magia, uma barreira invisível.

-Magia de proteção. - Reconheceu Regina.

-Como a que você usou para prender todos aqui durante a maldição.

-Não, não é como ela. É a mesma magia. E o único jeito de fazer isso é com os ingredientes da minha cripta que está selada com magia de sangue.

Nesse momento Ruby chegou com a Zelena na camionete do David:

-Alguém aí pediu um reboque? - Brincou a morena.

-Ah, graças a Deus. - Disse David se aproximando para pegar o cabo de aço na carroceria.

-Estão todos bem? - Ruby desceu para ajudar.

-Sabe, nunca vou entender porquê vocês preferem passear nessas armadilhas de metal de podem se teletransportar magicamente. - A verdinha deu de ombros. - Afinal, o que aconteceu?

-Bom, alguém pôs uma magia de proteção na fronteira da cidade. - Regina dizia com os braços cruzados e uma sobrancelha acusatória arqueada.

-É mesmo? Quem faria isso? - Perguntou Ruby.

-Na verdade, eu ia perguntar a mesma coisa. O que acha, Zelena? - A morena perguntava sarcástica.

-Está me acusando de causar isso?!

-Por favor, Zelena, além de mim você é a única pessoa que pode abrir a minha cripta.

-Isso não é verdade!

-É mesmo?! Se não fui eu e não foi você, então... Quem foi?

-Não faço ideia, maninha, mas estou cansada de ser acusada ao primeiro problema que aparece. - Com isso ela se teletransportou.

-Sério, Regina? Precisava disso? - Ruby protestou.

-Ela colocou uma barreira na cidade! - Regina aumentou o tom de voz e apontou para a fronteira.

-Não foi ela! - Ruby também aumentou seu tom de voz.

-Ah não? Então me diz quem foi, porque eu nunca conheci ninguém que fosse forte o suficiente para quebrar magia de sangue! - Regina cruzou os braços.

-Eu não sei quem foi, mas não foi a Zelena, ela esteve comigo o tempo todo.

-Certo, já chega disso. - Entrei no meio da discussão. - Brigar não vai resolver nossos problemas, precisamos encontrar uma maneira de deixá-los seguros e descobrir quem fez isso.

-Quem quer que tenha sido. - Completou Regina lançando um último olhar a Ruby que revirou os olhos.

-Tenho a impressão de que o Conde não será o único com o qual devemos nos preocupar. - Disse minha Mãe.

Regina

Enquanto os outros se espalharam por Storybrooke para procurar o Conde e tentar mantê-lo o mais longe possível dos Charmings eu voltei ao dirigível acompanhada do Henry para tentar descobrir quem estava por trás daquilo. Sim, apesar de ter acusado a Zelena, eu não acreditava que ela tinha feito aquilo sozinha, não, alguém estava por trás daquilo:

-Sei que acha que foi culpa sua, Mãe.

-Não é isso, Henry. Eu estava lá no Granny's e disse para todos da Terra das Histórias Não Contadas que não precisavam ter medo. Eles só estão aqui a um dia, não posso deixar o primeiro dia ser assim, não quando fui eu que devolvi a magia e começei tudo... - Pulei de susto e afastei o Henry quando me deparei com um corpo no chão.

-Mãe? - Henry me chamou quando eu me aproximei mais para ver quem era.

Foi então que eu vi que se tratava da antiga criada da Snow, as manchas no corpo e veias dilatadas não mentiam:

-Ele a envenenou... - Conclui. - Com o veneno que eu dei. - Tentei toca-la, mas algo me repeliu.

-Mãe, você está bem?

-Mas que diabos foi isso? Que droga está acontecendo aqui?! - Eu perguntava irritada pelo joguinho doentio e olhava ao redor procurando por quem tinha feito aquilo.

-Acho que a história da criada finalmente acabou... - Não, não, não! Eu não podia acreditar que estava ouvindo aquela voz de novo. Como aquilo era possível? Eu a matei! - Assim como a sua história também está prestes a acabar. - Me virei devagar na direção da mesma. - Sentiu minha falta? - A Rainha ria da situação. - Olá, Querido, a Mamãe voltou! - Ela dizia ao Henry.

-Não! Eu matei você! - Me levantei rapidamente me colocando a frente do Henry.

-Você achou mesmo que seria tão fácil?!

-Mãe...

-Fique atrás de mim, Henry! - Pedi.

-Depois de tudo o que eu fiz por você, depois de tudo que nós conseguimos juntas. Você me descartou como se eu nunca tivesse existido!

-Não, eu te descartei porquê você existia! - Tentei acender uma bola de fogo na minha mão, mas nada, algo me impedia. - O que diabos está acontecendo? - Tentei com a outra mão também.

-Bom, eu joguei um feitiço de humildade na roupa da moça. - Disse como se não fosse nada.

-Mas, é claro, é você que tem controlado o Conde por todo esse tempo.

-É claro que sim. - Ela materializou o coração do Conde na palma da sua mão. - Eu não deixo nada por acaso. - A Rainha ria.

-Por isso ele não quis a minha ajuda. Por isso ele disse que nem eu poderia detê-lo.

-Você ordenou o Conde a matar a Snow e o Charming anos atrás e agora... É exatamente isso que ele vai fazer. Deveria me agradecer. - Ela riu uma última vez antes de fazer um gesto com as mãos e desaparecer em uma nuvem de fumaça roxa.

-Mãe, o que fazermos agora? - Perguntava Henry.

-Precisamos encontrar seus avós. - Abri meu celular para ligar para a Snow, mas não precisei quando vi a mensagem que a Emma tinha me enviado a minutos atrás. - Sua mãe disse que eles foram para as docas, mas nós temos que nos apressar.

Segui com o Henry para as docas o mais rápido que pude e cheguei bem a tempo, Snow e Charming estavam desacordados no chão e o Conde se aproximava pronto para mata-los:

-Sinto muito, eu só queria um novo começo! - O Conde ergueu a espada para mata-los, mas eu fui mais rápida e cruzei espadas com ele.

-Você ainda pode ter um. - Começamos a duelar. - Me escuta, eu sei que a Rainha Má está com o seu coração, mas você pode lutar contra isso! - Ele me empurrou para longe com um tilintar de espadas. - Tudo bem, já é um começo.

-Eu tentei lutar, mas não consigo!

-Sua história não tem que acabar assim.

-Minha história acabou quando o Hyde nos arrancou da Terra das Histórias Não Contadas! - O Chutei.

-"Nos tirou"? Refere-se a Charlotte? Sinto muito, cheguei tarde demais.

-Então o veneno finalmente a matou.

-Posso não tê-la salvado, mas eu vou salvar você! - Sua espada bateu com a minha novamente e eu caí para trás.

Para ganhar tempo, tentei jogar uma bola de fogo nele, mas minha magia ainda estava falhando:

-Henry, ligue para a sua Mãe, preciso da magia dela agora! - Eu dizia enquanto me colocava de pé novamente e retomava o duelo.

-Eu não consigo, a Rainha fez alguma coisa com o meu celular.

Tentei segurar aquela briga o máximo que pude, mas o Conde me desarmou. Corri para pegar a minha espada enquanto o homem aproveitava a deixa para se aproximar dos Charmings:

-Pare! Espere... - Implorei.

-Esse é o único jeito. - Ele se virou novamente pronto para mata-los e eu não tive outra escolha, ergui a minha espada e a arremessei em direção ao seu peito, o atingindo em cheio e o matando.

-Não! - Depois que o homem caiu eu corri para ajudá-lo.

-Mãe, você está bem?

-Eu sinto muito, Henry... - Minha voz era falha e chorosa. "O que eu fiz?"

-Mãe, você fez o que tinha que fazer. - Henry colocou a mão sobre o meu ombro e os Charmings finalmente começaram a acordar.

-Edmund... - Reconheceu Charming, vendo o que tinha acontecido.

-Não... - Disse Snow.

-Eu não tive escolha...

-Não... - A voz da Rainha se sobressaiu. - Isso não é verdade!

-Ela voltou! - Snow levantou boquiaberta acompanhada do marido.

-Eu não podia ficar parada vendo o Conde matar meus amigos!

-Pensei que heróis sempre achavam um terceiro caminho. - Ela ria diabolicamente. - A não ser é claro que isso signifique que você não seja uma heroína... - Me levantei e fui em sua direção a passos largos.

-Eu vou arrancar o seu coração! - Eu dizia com os dentes cerrados, a agarrando pelo colarinho.

-Isso! Essa é a Regina de quem eu me lembro! Gostamos de violência, não é mesmo?! - Eu a soltei e dei um passo para trás.

-Você nunca quis que o Conde os matasse. Você queria que eu o matasse.

-Era a única maneira de te mostrar que não importa o que faça, as trevas sempre estarão aí dentro. - Ela apontou para o meu coração com o dedo indicador. - E essa pequena porção de trevas que eu despertei hoje só vai aumentar.

-Não dê ouvidos a ela, Regina! - Snow se colocou ao meu lado, fazendo uma afronta a Rainha.

-Snow White! - A voz da Rainha era carregada pelo ódio.

-Snow! - Charming veio em defesa da esposa.

-Eu não tenho medo dela! Já a derrotamos uma vez, vamos derrotar de novo.

-Oh, mas dessa vez não sou eu quem vou destruir os seus finais felizes.

-E quem vai? - Perguntei.

-Você! É você quem vai destruir o final feliz de todo mundo!

-Você não vai separar essa família! - Disse Snow.

-Eu não preciso! O povo da Terra das Histórias Não Contadas não são os únicos que não querem suas histórias contadas. E quando as suas histórias finalmente terminarem... - Ela riu. - Eu vou sentar e assistir, a vocês se destruindo. - A Rainha riu por uma última vez antes de desaparecer.

Emma

Depois que a Regina me ligou e me contou sobre tudo eu parei de procurar e fui até o Granny's para encontrar com ela e o resto da minha família:

-Regina, isso não é culpa sua. - Peguei a sua mão depois que a mesma virou um copo de whisky.

-Ah, 'tá bom... - Ela puxou a sua mão e riu.

-Ela armou para você, te deixou sem escolha.

-É claro que eu tive escolha. Eu podia tê-la mantido dentro de mim, onde ela era problema meu.

-Não, isso é exatamente o que ela quer. Que você duvide de si mesma.

-E fez um belo trabalho.

-Olha, isso pode ser novo para você, mas eu já enfrentei a Rainha Má antes e não fugi nenhuma vez. - Disse minha mãe. - Temos que enfrenta-la, estar a frente do seu plano.

-E como faremos isso?

-Eu não sei... Regina, essa será a única vez que vamos pedir para você pensar como Rainha Má. O que ela quis dizer sobre termos histórias que não queremos que sejam contadas? - Lembrei da visão de novo quando ouvi aquilo e a minha mão voltou a tremer no mesmo instante.

-Emma, você está bem? - Regina perguntou enquanto eu pegava o meu copo de whisky para disfarçar.

-Sim, estou bem. - Dei de ombros.

Zelena

Fiquei na minha antiga casa de campo por boa parte do dia afastada de tudo e todos. Eu precisava pensar depois da forma que a Regina havia me acusado. Afinal, o que eu poderia fazer, contar a ela?

Quando ficou muito tarde eu voltei para casa, dei uma olhada rápida no Roland que dormia no seu quarto abraçado com um lobo de pelúcia que Ruby havia lhe dado a alguns dias atrás. E depois eu segui para o meu quarto e vi que a Ruby também dormia, dei um beijo na testa da mesma cuidando para que ela não acordasse, coloquei uma camisola e antes que eu pudesse ao menos encostar na cama eu ouvi um típico choro de bebê, Robin.

-Shii, a mamãe está indo, meu amor... - Disse enquanto amarrava um roupão, mas quando eu levei a mão na fechadura da porta do quarto da Roland o choro parou.

-Gostou desse chocalho, minha flor? Minha Mãe usava isso para me acalmar. - Abri a porta de uma vez quando ouvi a voz dela.

-O que faz aqui?!

-Calma, vai assustar o bebê. - Ela começou a chacoalhar o chocalho de novo. - Não é mesmo, minha Querida?

-Nossa Mãe usava isso com você?

-Sim! - Ela sorriu. - E agora, é seu. - A Rainha Má deixou o mesmo sobre a cômoda. - É um presente. - Com isso ela se levantou da poltrona e colocou a Robin de volta no berço.

-Por quê?

-Bok, você não contou a Regina sobre nossa visitinha a cripta. Na verdade, você nem contou que eu estava na cidade, para ninguém. Você sabe como eu admiro a capacidade de alguém conseguir guardar um segredo.

-Ah, então foi um teste?

-Uhn. - Ela sorriu.

-E eu pensei que você fosse diferente da Regina.

-E eu sou, porquê ao contrário dela, eu nunca vou duvidar de você de novo.

-Então quando disse que eu teria a minha irmã de volta, você não se referia a Regina.

-Eu sou a irmã que você quer, Zelena. E eu sei disso porquê você é como eu, você nunca se contentaria com menos. E a Regina é literalmente o menor dos males. - Ela riu.

Emma

Depois de voltar para casa com a Regina e o Henry, eu tentei dormir, juro que tentei, mas eu não conseguia. Tudo o que eu conseguia ver assim que fechava os olhos, era a visão. Então, eu me levantei tomando cuidado para que a Regina não acordasse, peguei a minha jaqueta e saí rumo ao consultório do Arthie, que por sorte ainda estava com as luzes acesas:

-Arthie? - Dei duas batidas na porta e entrei fechando a mesma atrás de mim. - Desculpe se eu perdi a cabeça hoje de manhã, você está certo. Eu deveria contar para a minha família sobre as visões.

-Fico feliz em saber...

-Mas eu não posso, pelo menos, não agora.

-Emma, isso tem alguma coisa haver com a chegada da Rainha Má?

-Você soube?

-Soube. Atendi o Dengoso antes das 4pm, ele fala sobre as atualidades antes dos problemas.

-Ela disse que iria nos destruir, e começou tentando escurecer o coração da Regina.

-Está preocupada que ela consiga?

-Eu estou preocupada com a pessoa de capuz no meu sonho. Estou preocupada com a pessoa que pode me matar.

-Quem? Quem vai te matar, Emma?

-A única pessoa que não estava com a minha família e os outros na minha visão... A Regina.

-Espera, você está preocupada com a Regina, ou com a Rainha Má?

-Eu não sei.

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invenções loucas da minha mente