E Se SwanQueen Tivesse Aconte...

By bex_mills108

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O que teria acontecido em Once Upon a Time se Regina e Emma tivessem ficado juntas? Nessa fic eu conto a hist... More

Piloto
Aquilo que você mais Ama
Neve e Paixão
O Preço do Ouro
A Voz Interior
O Pastor
O Coração é um Caçador Solitário
Almas Desesperadas
O Verdadeiro Norte
07:15 da Manhã
O Fruto da Árvore Venenosa
Beleza Externa
O que Aconteceu com Frederick?
Sonhador
A Capa Vermelha
O Coração das Trevas
O Chapéu Mágico
O Homem do Estábulo
O retorno
O Estranho
Uma Maçã Vermelha como Sangue
Uma Terra sem Magia
Quebrado
Nós somos ambos
A Dama do Lago
O Crocodilo
O Doutor
Tallahassee
Filha da Lua
Nas Profundezas
Rainha de Copas
O Jogo de Cricket
O Forasteiro
Em Nome do Irmão
Pequenino
Manhattan
A Rainha está Morta
A Filha do Moleiro
Bem-vindos a Storybrooke
Autruísta, Corajoso e Sincero
Lacey
A Rainha Má
Segunda Estrela à Direita
Seguindo Até o Amanhecer
O Coração do Verdadeiro Crédulo
Garota Perdida
Uma Fada Comum
Maus Hábitos
Agir Corretamente
Ariel
Buraco Negro
Pense em Coisas Bonitas
Salvar o Henry
A Nova Terra do Nunca
Voltando para Casa
Serenata de Nova York
Noite de Prazer
Caça a Bruxa
A Torre
Mentes Silênciosas
Não é Fácil ser Verde
Jolly Roger
Passado Obscuro
Uma Coisa Curiosa
Kansas
O Portal do Tempo
O Lar é o Melhor Lugar
Um Conto de Duas Irmãs
Dentro do Gelo
Estrada Rochosa
Espelho Quebrado
Assunto de Família
A Rainha da Neve
Quebrar o espelho
Queda
Visão Partida
Heróis e Vilões
Escuridão nós Limites da Cidade
Imperdoável
Segundas Chances
A Volta do Dragão
Pobre Alma Infeliz
Força Maior
O Coração de Ouro
Lado Mal
Simpatia pelo Diabo
Lily
Mãe
Operação Mangusto Ī
Operação Mangusto ĪĪ
Dark Swan
O Preço
Assento Perigoso
Apanhador de Sonhos
O Urso e o Arco
Nimue
Escolhendo um Lado
Coração Partido
O que aconteceu em Camelot?
O Herói
Merlin
Nascimento
Senhora das Trevas
O Canto do Cisne
Almas dos que Partiram
Obra de Amor
Dever do Diabo
A Volta do Caçador
A Nossa Ruína
Seu Belo Herói
Sapatos de Viagem
Irmãs
Cabeça de Fogo
Ritos Finais
Somente Você
Uma História Não Contada
Remédio Amargo
O Outro Sapato
Um Caso Estranho
Ratos de Rua
Águas Escuras
Sem Coração
Eu Serei Seu Espelho
Crianças Trocadas
Gostaria Que Estivesse Aqui
Onde há Fumaça há Fogo
Mais Resistente do Que o Resto
O Desejo do Seu Coração
Padrões de Presságio
Um Novo Começo
Um Lugar Maravilhoso
Ajudante da Mamãe
Acordando
Onde Pássaros Azuis Voam
A Fada Negra
A Canção Em Seu Coração
A Batalha Final Ī
Batalha Final ĪĪ
Epílogo

O Salvador

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By bex_mills108

Killer - Valerie Broussard

Zelena

-Não é um máximo a Emma ter nos deixado ficar com essa casa agora que ela vai morar com a Regina? - Eu sorria para a Ruby enquanto entravamos na antiga casa da Dark Swan. Ruby já carregando algumas caixas da nossa mudança e eu com a bebê dormindo em sua cadeirinha.

-É sim, afinal nós não podíamos ficar morando na pensão da Vovó para sempre. - Ruby colocou as caixas que carregava no chão em um canto qualquer da sala e eu coloquei a cadeirinha da bebê ao lado da mesinha de centro, aproveitando que a mesma dormia. - Não que eu esteja reclamando, mas é tão bom termos um lugar só para nós. Bem aqui, longe de tudo, só eu, você e as crianças. - Ela sorria olhando ao seu redor, absorvendo cada detalhe com aqueles olhos brilhantes.

-Longe de tudo, é? - Sorri e me aproximei a beijando na bochecha e abraçando pelas costas, apoiando a minha cabeça no meu braço que eu tinha deixado repousar sobre os ombros da morena.

-Aran, onde ninguém pode nos incomodar e muito menos nos ouvir. - Ela sorriu maliciosa e me beijou, ficando de frente para mim e me incentivando a continuar aquele jogo.

-Acho que isso me dá algumas ideias. - Sussurrei próxima ao seu ouvido e mordi de fraco o nódulo da sua orelha, ouvindo a sua respiração pesar enquanto eu brincava com as minhas mãos na sua cintura e a fazia dar alguns passos para trás até que a morena estivesse presa entre mim e o braço do sofá. O que a levou a se sentar sobre o mesmo, dando espaço para que eu ficasse entre as suas pernas e voltasse a beija-la.

-É mesmo? E você vai me contar que ideias são essas? - Ela perguntou se separando dos meus lábios e fazendo um típico som de "ploc" que teve efeito direito na minha calcinha, o que a fez sorrir maliciosa com os olhos mais escuros enquanto passava suas mãos por debaixo da minha camiseta e as subia pelas minhas costas nuas, brincando com o elástico do meu sutiã apenas para me provocar.

-Isso e tudo o que você quiser. - Sorri contra seus lábios e me afastei, quando a morena buscou pelos meus lábios novamente eu neguei maliciosamente vendo a confusão no seu olhar antes de empurra-la, a fazendo cair de costas no sofá. Já erguendo o meu corpo sobre o dela logo em seguida e voltando a beija-la.

–Espera, Zelena, a bebê... — Ela murmurou contra os meus lábios.

–Está dormindo, e se acordar... — Dei um selinho nela. — Garanto que não se lembrará de nada. — Sorri maliciosa e a Ruby me puxou pela nuca, me fazendo colar a minha boca com a dela de novo.

Eu já estava mordiscando e chupando a sua mandíbula, me preparando para descer quando a Ruby voltou a resmungar:

–Zel, a minha arma... — Sua frase foi interrompida quando eu chupei o seu pescoço e ela arfou. — Está na cintura... - Ela disse já tentando alcança e tirar a mesma

-Deixa ela aí... - Murmurei contra o seu pescoço enquanto começava a trabalhar para desabotoar a sua calça jeans para que eu pudesse acariciar sua virilha.

-Pode ser perigoso. - Ela disse ainda tentando pegar a arma.

-Perigoso vai ser se você não parar quieta, Ruby Lucas. — Levantei a cabeça e olhei para ela. — Não sei se você percebeu, mas eu estou tentando me concentrar aqui. Então, será que dá pra você ficar quieta? - Disse tentando me manter séria.

-Desculpa. - Ela riu quando finalmente conseguiu tirar a arma, a colocando sobre a mesinha de centro e me puxando para mais um beijo enquanto eu enfim deslizava minha mão pela sua virilha e chegava a sua fenda tão encharcada. - Zelena... - Ela disse meu nome em meio a um suspiro e eu sorri antes de subir as minhas mãos novamente para tirar a sua camisa vermelha, desabotoando-a devagar apenas para provocar a morena.

Tudo estava indo bem quando a casa começou a tremer e eu parei de beija-la:

-O que diabos é isso? - Perguntei.

-Eu não sei. - Deu de ombros e rapidamente me coloquei de pé, ajudando a Ruby logo em seguida que já fechava os poucos botões que eu tinha conseguido abrir. - Quando eu acho que teremos um minuto de paz. - Ruby reclamou e pegou sua jaqueta preta e chapéu antes de abrir a porta e sair.

Lá fora, nós vimos uma coisa flutuando sobre a cidade. Parecia um balão, mas não era um balão. Era diferente, estranho.

Emma

Obviamente o zeppelin chamou a atenção de todos da cidade, então todos acabaram se reunindo em uma clareira:

-Que diabos é aquilo? - Perguntou David.

-É um dirigível. Da terra das histórias não contadas. - Disse Jakyll.

-E o que faz na nossa cidade? - Indagou Ruby que havia acabado de chegar com a Zelena e a bebê.

-Está se referindo a minha cidade? - Perguntou Hyde.

-Essa não é a sua cidade! - Disse minha mãe.

-Digam isso ao Senhor das Trevas, foi ele quem me deu. Agora, se me derem licença, vou me preparar para a chegada dos meus amigos. - Hyde começou a se afastar em direção as árvores.

-Regina... - Chamei baixinho fazendo sinal para atacarmos.

-Emma, meu lado mau se foi, eu não sei qual a minha força agora.

-O mal não te deixou forte, o amor deixou. Vamos fazer isso. - Regina assentiu ainda hesitante. - Hey, Costeleta! - Gritei chamando a atenção do vilão e começei a ataca-lo com magia junto a Regina.

Por um momento, nós achamos que estava fazendo efeito, mas isso foi até o homem começar a rir e a nossa magia se explodir:

-Eu vou dar-lhes um conselho. Tenham cuidado. Não há nada mais perigoso que uma história não contada. E as pessoas que não querem que elas sejam contadas.

-Pessoal, eu acho que tem alguma coisa errada! - Gritou Lily apontando para o dirigível.

E quando olhamos para o mesmo, tudo o que vimos foi ele cair em meio a floresta. Ao voltarmos nossa atenção para o Hyde, ele já tinha desaparecido.

Foi assim que eu e os outros acabamos nos aventurando em meio a floresta, até chegarmos no local onde o dirigível tinha caído:

-Alguém mais tá sentindo essa energia estranha? - Perguntou Ruby quando nos aproximamos.

-Não, tipo o quê? - Perguntou Zelena.

-Eu não sei, é como uma sensação de que algo ruim está prestes a acontecer. - Deu de ombros.

-Credo, vira essa boca pra lá. - Reclamou Lily.

Ignorei todos eles e me aproximei, adentrando o que tinha sobrado do dirigível, mas não parecia ter mais ninguém:

-Olá? - Chamei dando uma última olhada, mas nada, então eu voltei lá para fora. - Não tem ninguém aqui. - Avisei aos outros.

-Onde 'tá todo mundo? - David perguntou mais para si mesmo do que para nós.

-Em algum lugar da floresta. - Disse minha mãe ao longe olhando para o chão. - Olhem, é difícil dizer quantas pessoas são, mas pelo espaço entre as pegadas estavam correndo.

-Que ótimo, agora estão por aí espalhadas. - Zelena revirou os olhos.

-O que Hyde queria com elas? - Minha mãe Indagou.

-Bom, é difícil dizer. - Disse Jakyll. - Dependendo de quem ele trouxe, essas histórias poderiam muito bem criar o kaos.

-Muito útil. - Regina revirou os olhos.

-Mas nem tudo está perdido.

-E por que diz isso? - Perguntou Hook.

-Se lembram do bastão que usamos para deter o Hyde no meu reino? A mesma tecnologia foi usada para fazer o dirigível. Posso pegar algo nos destroços para fazer uma arma contra ele. A única coisa que vi que pode derrota-lo. - Explicou Jakyll.

-Então vamos procurar. - Disse meu Pai.

-Acho bom que isso funcione. - Disse Malévola enquanto nos espalhavamos.

Tudo estava indo bem até o meu pai jogar um metal sobre o outro fazendo aquele típico tilintar.

Ouvir aquilo me levou a outro lugar, ou pelo menos fez que uma visão me atingisse. Visão na qual eu estava em uma luta de espadas com alguém cuja face eu não conseguia ver. Quando tudo acabou, eu voltei e a minha mão estava tremendo descontroladamente:

-Hey, está tudo bem? - Regina apoiou uma mão sobre o meu ombro e por sorte tudo o que ela recebeu foi o meu olhar um tanto assustado, a minha mão já tinha parado de tremer, então ela não viu nada. - Emma, o que aconteceu? - Ela tentou de novo me olhando preocupada.

-N-nada, vamos continuar. - Dei de ombros e voltei a procurar, sentindo o olhar da morena ainda sobre mim.

Quando me dei conta, minha mão tinha voltado a tremer, mas eu já não estava mais sobre o campo de visão da Regina, foi quando outra visão me atingiu e eu vi tudo aquilo de novo, a luta de espadas, a figura encapuzada. Foi tudo muito rápido e logo eu acordei, desse vez eu estava deitada no chão e não fazia ideia de quanto tempo havia se passado. Por isso me levantei e me apressei para me juntar ao outros:

-Emma, onde você esteve? - Minha Mãe perguntou.

-O quê? Porquê?

-Você sumiu por quase uma hora, estávamos preocupados. - Disse meu Pai.

-Ah, desculpa. Eu acho que perdi a noção do tempo. - Dei de ombros. - Afinal o que eu perdi?

-Jakyll conseguiu, terminou a arma. - Disse minha Mãe.

-Ótimo, vocês já tem algum plano?

-Temos sim, mas eu te explico no caminho, vamos. - Disse Ruby já seguindo na minha frente.

Eu já estava seguindo-a acompanhada dos meus pais quando eu senti alguém segurando a minha mão e me fazendo parar. Conheceria aquele toque em qualquer lugar sem ao menos olha-la:

-Vai me contar o que está acontecendo? - A voz rouca da Regina me alcançou e eu a olhei.

-Ahn, nada. Eu estou bem. Estou ótima. - Dei de ombros e voltei a caminhar ainda de mãos dadas com a morena.

-Emma... - Regina me parou e me fez olhar em seus olhos. - É sério, o que você tem?

-Já disse que não é nada, Regina. - Apressei o passo a deixando para trás e entrando no carro junto Ruby e Zelena.

No caminho até a prefeitura as duas me explicaram o plano e eu acabei concordando em segui-lo. Aquela podia ser a nossa melhor chance, isso se não fosse a única:

–Estamos prontos? — Meu Pai perguntou e todos concordaram.

–Emma, tem certeza que pode fazer isso? — Era Regina quem me perguntava.

–Aran. — Respondi sem olhar para ela com o bastão de choque já em mãos.

Quando finalmente me virei para olhar para a Regina ela já não estava mais ali. Todos estavam abaixados e escondidos enquanto ela estava em frente a prefeitura segurando o Jakyll pelo casaco. O plano tinha começado:

–Sr. Hyde! — Regina gritava em direção a prefeitura. — Por que não vem aqui pegar o que realmente quer?! Ou devo priva-lo desse prazer e mata-lo eu mesma?!

A porta da prefeitura se abriu em um estrondo só e o Hyde saiu:

–Regina, é sempre um prazer enorme te ver!

–Vai acontecer o seguinte, faremos um acordo. Saía da nossa cidade e Jakyll será todo seu.

–O problema é que o meu trabalho está aqui, em Storybrooke. E está apenas começando. Que tal eu alterar o acordo? Você me entrega o Jakyll, eu fico com Storybrooke e você evita de se envergonhar, porquê todos temiam a Rainha, agora você... — Ele a olhou em desdém. — Nem é tudo isso.

–Nada feito! — Rapidamente a morena acendeu uma bola de fogo em duas mãos, jogando a mesma sobre o homem em gesto só.

Eu sabia que era hora de acionar o bastão de choque, mas quando eu tentei apertar o botão de novo a minha mão tremeu e as visões voltaram:

–Emma... — Ouvi a Regina me chamando, mas parecia algo tão distante. — Emma... Emma... — De novo. — Emma! — Quando as visões pararam eu percebi que o Hyde estava enforcando a minha mulher, então não perdi mais tempo, acionei o dispositivo eletrocutado o monstro que acabou caindo sobre o painel do carro da Regina.

Os meninos correram para algema-lo, colocando-lhe uma algema especial:

–Feitas sob medida, essas você não vai arrebentar. — Disse Jakyll.

–Você está bem? — Coloquei a mão sobre o ombro da Regina que passava a mão pelo pescoço.

–Vai continuar negando que tem alguma coisa acontecendo? Por que você hesitou?

–Já disse que não é nada, Regina. Eu estou bem.

–Você é mesmo uma Salvadora? — Questionou Hyde.

–Ignore-o, Emma. — Pediu Regina.

–Isso, ignore-me. Assim como os seus tremores. — Ele disse, mas o meu Pai e o Hook já estavam levando-no.

–Espera! Me fala, o que você sabe sobre isso? — O segui a passos largos.

–Bem mais do que você. — Ele sorriu. — Se quiser saber mais sobre o que está acontecendo, você já sabe onde me encontrar. — Foi a última coisa que ele disse antes de ser colocado dentro da viatura.

Saí dali sem esperar por qualquer um dos outros e voltei ao dirigível, eu precisava respirar:

–Arthie?

–Olá! — Vi se aproximar com dois cafés e...

–Pongo! — Me abaixei e acariciei o mesmo. — O que estão fazendo aqui? — Voltei a minha atenção ao ruivo.

–Soube que estava procurando pelos recém chegados e pensei que talvez você quisesse um café. — Ele ofereceu os mesmos.

–Os meus pais te enviaram.

–Ah, é... Pois é, eles, a Regina, estão preocupados com você, Emma. Pensaram que talvez fosse mais fácil você falar com...

–Um grilo? — O interrompi. — Ah, desculpe. Eu não quis soar anti-grilo ou te ofender, eu só... Eu só não estou afim de terapia no momento.

–Normalmente, é quando as pessoas mais precisam, sabia? — Eu não respondi. — Você vem lutando contra vilões a anos, sem ter descanso. Quando te conheci a anos atrás, você não tinha nada, só muros te protegendo. Mas, desde então com o Henry, seus pais, a Regina. Seus muros foram derrubados.

–E isso não é bom?

–Claro que é, mas você acabou ficando com os efeitos colaterais de toda essa luta. — Ele disse e eu revirei os olhos aceitando os fatos e dando um grande gole naquele copo de café.

–Ótimo, e como eu conserto isso?

–Com o tempo. E algum esforço é claro.

–Não pode me dar um comprimido ou alguma coisa assim?

–Para curar os nossos maiores problemas, Emma, não há atalhos.

A conversa com o Arthie só serviu para que mais dúvidas aparecessem na minha cabeça, dúvidas que eu sabia quem poderia ter as respostas. Por isso eu fui até o hospital e entrei na área das celas de segurança máxima, onde eu sabia que o Hyde estava preso:

–Então, você levou minha oferta em consideração, garota esperta. — Ele dizia calmamente virado de costas para mim.

–Continue me chamando de “garota” e verá o que vai acontecer.

–Por que não tira isso de mim para ver o que acontece com você? — Ele me mostrou as algemas.

–Disse que sabia o que estava acontecendo comigo, prove. — Me coloquei a frente dele para que o infeliz finalmente olhasse para mim.

–Emma... — Ele sorriu presunçoso. — Já foi prisioneira, sabe como isso funciona.

–Por que acha que eu já fui prisioneira?

–Fui diretor de um presídio, conheço esse olhar enjaulado. É um olhar que não desaparece. Deve saber que os prisioneiros respondem a recompensas e punições. E você não trouxe nenhuma, então da próxima vez traga uma garrafa de vinho e duas taças.

–Está blefando, não sabe como me ajudar. — Comecei a sair dali e ele se sentou indiferente.

–Eu sei da batalha que está travando em sua mente. — Ele disse e eu parei por um momento.

–O quê?!

–Desculpe, achei que estivesse de saída.

–Você está certa. — Me sentei ao lado dele. — Já estive presa. A pior parte foi a solidão. É horrível, principalmente para alguém como você que gosta tanto de falar. Então, ou você me diz o que sabe, ou eu vou embora e não voltarei com vinho. Simplesmente não voltarei, ninguém voltará. — Ele não disse nada e eu me levantei indo para perto da porta novamente. — Se quiser pode ficar aí sentado em silêncio e apodrecer.

–Então, escolheu a punição no final das contas. Isso é bem impressionante, Salvadora. Exceto por um detalhe. — Sem aviso prévio ele se levantou e correu na minha direção. Tudo o que eu pude fazer foi me encolher na parede e por sorte as suas correntes o impediam de se aproximar mais, deixando-o a centímetros de distância de mim e do meu pescoço.

Por conta do susto, a minha mão começou a tremer de novo:

–Está com medo de mim, não está? — Eu não respondi. — Não se preocupe, trouxe alguém que pode te ajudar. Se quiser encontrá-lo siga o pássaro vermelho.

–Pássaro vermelho? — Questionei.

–A questão é: Você está pronta para enfrentar a sua própria história, Salvadora? — Com isso ele se afastou de uma vez.

Saí do hospital e peguei o meu celular, tinha uma mensagem:

(21:56) Regina❤️: Emma, eu não sei o que tá acontecendo com você, mas estou preocupada. Pfv, me liga, ou pelo menos vem p/ casa. Te amo!S2

“Merda, a Regina”. — Dei um tapa na minha própria testa, peguei o fusca e fui até a casa da Regina, que agora aparentemente também era minha. Sorri ao pensar nisso enquanto cruzava o jardim e adentrar a casa:

–Soube que conversou com o grilo. — A voz da Regina se sobressaiu pela sala e eu a vi sentada no sofá.

–Regina, eu... — Tentei.

–Emma, está tudo bem. — Ela me interrompeu. — Você tem todo o direito de se sentir mais a vontade compartilhando suas inseguranças com um terapeuta, mas só não me afaste desse jeito.

–Regina, eu não estou te afastando, eu só estou tentando...

–Me proteger? — Ela riu. — É, eu sei. Acho que somos parecidas quando se trata de proteger aqueles que amamos. — Ela sorriu e se aproximou de mim. — Por isso, eu sei que se fosse comigo você não desistiria de mim. Então, eu também não vou desistir de você, Srta. Swan, por mais que você tente. — Senti a sua mão direita subir pelo meu rosto e me acariciar.

–Eu sei, e eu sinto muito, mas... — Meu olhar se desviou pela janela por um momento e eu vi o pássaro vermelho.

–Emma, o que foi? A sua mão. — Segui o olhar de Regina e vi que a minha mão tinha voltado a tremer.

–Regina, eu preciso ir. — Dei um selinho rápido nela. — Prometo que vou te contar tudo quando isso acabar, mas por hora preciso que confie em mim.

–‘Tá, eu confio. Só toma cuidado, okay?

–Pode deixar. Eu te amo.

–Também te amo. — Peguei a minha jaqueta e saí.

Lá fora, eu vi o pássaro voando até a floresta, nem preciso dizer que eu corri atrás dele, não é? Aquela corrida parecia não ter mais fim quando ele finalmente pousou em um galho e eu reparei que abaixo dele havia uma mulher sentada de costas para mim:

–Você achou o meu bichinho, Emma. — Ela se levantou e se virou para mim.

–Quem é você? Como sabe o meu nome?

–Sei de muitas coisas, sei porquê está aqui. As visões...

–Por que elas estão na minha cabeça?

–Porque essas visões, Emma, contam uma história. A história do seu futuro.

–Como assim? Você disse que estou vendo o futuro, mas para mim parece mais uma memória, por quê? Como você sabe de tudo isso?

–Eu já fui chamada de oráculo. Deveria confiar em mim. O que você viu foi uma pequena parte do seu futuro.

–Sim, pequena. Preciso ver mais.

–Conhecer o futuro é um fardo pesado. O futuro sempre se move, está sempre mudando, mas também é inevitável.

–As visões vem involuntariamente, vamos logo com isso. — Pedi e quando ela esticou a mão um cajado apareceu na mesma em um piscar de olhos.

–Veja. — Ela disse e o cajado acendeu dois pontos vermelhos brilhantes, ao olhar para os mesmos eu voltei a minha visão.

Nessa eu conseguia ver com mais clareza, ainda não via a pessoa com quem eu lutava, mas podia ver a minha família aí meu redor correndo para me ajudar e no final, o encapuzado me desarmava:

–Não vou deixar que te faça mal. — Eu dizia na visão antes da minha mão voltar a tremer e o encapuzado enfiar a sua espada na minha barriga.

Quando eu voltei, a garota me olhava atentamente:

–O que você viu, foi uma parte do fim da sua história, Salvadora.

–Tem que haver outro jeito.

–Você pode mudar o caminho para o destino, mas o destino é o mesmo. No dia que você viu, na batalha que você viu, você morrerá!

O pássaro bateu suas asas de novo e eu o olhei assustada, quando voltei a minha atenção a garota, ela já tinha desaparecido.

Ainda devastada pela minha descoberta, eu saí da floresta e voltei a prisão:

–Vejo que encontrou minha amiga, ela foi útil? — Hyde perguntava calmamente.

–Você sabia o que o oráculo me mostraria. O que está por vir e como posso impedir?

–Por que eu ia querer isso?

–Seja o que for, você ajudando ou não, eu vou derrotar!

–Engraçado, isso é o que os salvadores sempre dizem.

–O que você disse?!

–Isso mesmo, Emma. Não é a primeira Salvadora que eu encontro. Sempre que há um Salvador, há um vilão que o derrota. É assim que a história de um Salvador sempre acaba.

–Então quem é ele?

–Não sei quem é o seu vilão, talvez ele já esteja aqui ou talvez ele tenha vindo comigo. Imagino que queira ajudá-los, como os salvadores fazem, agora deve se perguntar: “Ajudá-los não é exatamente o que causará o fim da minha história?”

Depois de tudo, eu voltei para casa. Entrei, pendurei minha jaqueta e segui até a sala de estar, vendo que a lareira estava acesa. O que eu não contava era que me depararia com a Regina deitada no sofá usando apenas uma camisola e um hobby, com uma taça de vinho em suas mãos. Ela parecia uma obra de arte, uma que eu não me importaria nem um pouco em ficar horas parada, apenas admirando:

–Você demorou. — Regina disse ainda olhando para o fogo da lareira, virada de costas para mim. Foi então que eu olhei as horas no meu celular meia noite e meia.

–Me desculpa, acho que perdi a noção do tempo. — Disse me aproximando dela.

–Você ao menos encontrou o que procurava? — Ela perguntou quando parei ao seu lado e começei a acariciar seu cabelo e seu rosto com a minha mão direita.

–Mais ou menos. — Disse meio desanimada.

–E a sua mão? — Ela segurou a mesma que acariciava seu rosto.

–Era só estresse, não se preocupe.

–Tem certeza que era só isso, estresse? — Seu olhar se encontrou com o meu esperando por uma resposta sincera, então eu me abaixei e plantei um beijo na sua testa. — Eu juro. — Tentei parecer convincente e começei a me afastar, com a intenção de subir e tomar um banho, eu estava exausta.

–Espera, onde você vai? — Regina me chamou de volta.

–Ah, meu corpo está implorando por um bom banho, então eu acho que vou subir. — Dei de ombros.

–Que ótimo, Srta. Swan... — A morena se levantou rapidamente do sofá com a taça e a garrafa de vinho em mãos e eu a olhei sem entender. — Seria desperdício terminar essa garrafa de vinho sozinha, você não acha? — Ela passou por mim deslizando a sua mão pela minha clavícula, me provocando e me chamando com aquele sorriso malicioso e olhos brilhantemente sugestivos.

Sorri entendendo a sua intenção e tirei a minha jaqueta, a atirando sobre o sofá com indiferença. Depois eu corri em direção a morena, brincando com ela e tocando a sua cintura enquanto subimos as escadas:

–Emma! — Ela reclamou em tom de brincadeira enquanto eu ria junto a ela.

Zelena

Depois de passar no mercado e comprar algumas coisas para fazer a janta, eu voltei para casa com a Robin em meus braços:

–Ruby? Roland? Cheguei. — Chamei, mas nada, foi então que eu vi um bilhete na geladeira.

“Zel, fui com o Roland até o Granny's ajudar os refugiados. Estarei de volta assim que puder.

Com amor,
~Ruby”

–Aí está você!

–Regina? — Chamei reconhecendo a voz e seguindo a mesma, mas quem eu encontrei foi algo bem diferente.

–A vida não é deliciosamente irônica? — Era a Rainha Má que estava sentada na minha cozinha com duas taças de gin a sua frente.

–Você! Você está viva...

–Não pensou que ia se livrar de mim tão facilmente. Pensou, Sis? — Ela ria.

–O que você quer?

–Oh, vamos tomar um drink, Sis. Está na hora das irmãs se unirem.

–Eu não sou mais essa pessoa. — Neguei.

–Oh, mas você é. — Ela riu. — Pode negar o quanto quiser, Maninha, mas nós duas sabermos que não é tão fácil assim se livrar das trevas. — Ela me empurrou o drink. — Pode brincar de casinha, o quanto quiser, Sis, mas você sempre será a Bruxa Malvada do Oeste. Agora beba, temos um passeio a fazer.

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