Wooyoung e Yeosang voltaram para o navio no fim do dia, com suprimentos e novidades. A vila de pescadores, embora pequena, tinha muito a oferecer. Eles conseguiram tudo o que precisavam, inclusive informações importantes.
Não eram exatamente boas notícias.
Depois de guardar o que trouxeram, os dois correram para o convés.
Eles nem precisaram chamar por todos os membros da tripulação, pois já estavam reunidos na cozinha. Até mesmo Seonghwa estava presente, sentado em uma cadeira perto da mesa de madeira. Jade preparava um pouco do café que Wooyoung conseguiu comprar. Assim que embarcou, ele correu para entregar o pacote de café moído a Jade. Os olhos dela brilharam de alegria e ela não perdeu tempo, imediatamente foi a cozinha e colocou um bule de água para ferver.
Sobre a mesa, havia um prato com biscoitos doces e um bule de chá. Parecia que estavam esperando os dois chegarem para passarem o relatório.
- Que bom que estão todos aqui. – Wooyoung começou, se jogando em uma cadeira – Temos novidades.
- Já prevíamos que teriam. – o capitão sorriu – Yeosang nunca volta sem algo novo para contar.
- É minha especialidade. – Yeosang disse com orgulho, tomando um gole do chá – Mas dessa vez, as notícias não são muito boas. – seu semblante ficou sombrio, e ele deixou a xícara sobre a mesa.
- Então falem logo! – Liz apressou, arregalando os olhos de ansiedade.
Jade colocou o bule de café na mesa e se serviu. Jongho e Wooyoung fizeram o mesmo.
- A rainha emitiu uma nova lei. – Yeosang continuou e limpou a garganta. Os olhos de todos estavam nele, tensos - Ela vai recompensar quem denunciar e entregar mestiços.
Ninguém disse nada. As expressões variavam entre choque, medo e raiva. Pelo visto, a rainha queria transformar a vida deles em um inferno.
- Não é só isso. – Wooyoung se manifestou – Enquanto comprávamos comida, ouvimos alguns comerciantes conversando e descobrimos que a vila próxima ao acampamento foi incendiada. Alguns moradores conseguiram fugir para a floresta, mas... – a voz dele falhou – Outros morreram. E os responsáveis por isso são os soldados da rainha.
- Temos certeza de que foram eles quem incendiaram o acampamento. Segundo o que ouvimos, o incêndio na vila ocorreu no mesmo dia. – Yeosang completou.
- Os mestiços que conseguiram sobreviver durante esse tempo todo em Kasen estão fugindo para os outros três reinos, já que agora, qualquer um pode representar uma ameaça. – disse Wooyoung.
- Até onde essa megera vai com essa loucura? – Aurora bateu a mão na mesa, alterada – Nós já não sofremos o suficiente?
Seonghwa encontrou a mão dela rapidamente e entrelaçou seus dedos, tentando acalmá-la.
- Ela deve estar nos caçando. – Jade disse, apertando os dentes – Não vai descansar até acabar com a nossa família.
- Acha que a rainha sabe que o vovô tem netas? – Nabi perguntou.
- Não tenho certeza, mas se ela encontrou nosso acampamento e a vila, tem pelo menos uma desconfiança. – Jade respondeu. Sua cabeça doía com tantos pensamentos e teorias que criava a respeito, mas sabia que a lei recente tinha relação com a vingança insana da monarca.
- Acha que alguém nos denunciou para a rainha? – Liz arregalou os olhos de choque.
- Talvez não tenha sido uma denúncia específica a vocês. – Hongjoong opinou, depois de pensar muito – A vila era bem movimentada. Alguém pode ter dito a rainha que havia muitos mestiços na região. E infelizmente os soldados encontraram o acampamento.
- É uma possibilidade. – Mingi concordou.
- Mas não podemos descartar a hipótese de que alguém sabia que vocês estavam ali e contou a informação a rainha. – Yeosang falou, terminando o chá – A recompensa é muito generosa. As pessoas podem se corromper pela ganância.
- Não vai adiantar pensar nisso agora. – o capitão disse, com um tom de voz suave e calmo – Vocês estão seguras aqui. A rainha não pode fazer nada enquanto estiverem no navio. Precisamos nos concentrar na missão e garantir que o resgate da princesa seja feito. Vamos ter uma moeda de troca valiosíssima em nossas mãos. E a rainha vai ficar muito surpresa quando souber que as mestiças que ela tanto odeia, ajudaram a resgatar a herdeira do trono.
As palavras do capitão acalmaram um pouco os ânimos. Embora a situação fosse estressante, ele tinha a habilidade de manter o controle, mesmos nos momentos mais críticos.
Krystal se mantinha calada, o que não era de seu feitio. Desde o início da conversa, seus pensamentos se misturaram com o que poderiam ser memórias. A menção dos soldados da rainha fez seu coração disparar. Sua cabeça latejava, mas Krystal não conseguia parar de se forçar a obter respostas. Algo lhe dizia que ela sabia que os homens que a atacaram e incendiaram o acampamento eram soldados. Soldados de seu próprio reino.
- Minha cabeça está doendo, vou me deitar. – ela disse ao se levantar da cadeira bruscamente e saiu.
Todos trocaram um olhar preocupado e Liz quis ir atrás dela, mas Jade a impediu.
- Ela precisa de um tempo sozinha. – ela sussurrou para a irmã mais velha.
Liz apertou os lábios e se sentou novamente, mas a preocupação não deixou seu rosto.
- Vou preparar o jantar. Precisamos de comida depois de ouvir esse absurdo. – Aurora suspirou e soltou a mão de Seonghwa com um pouco de relutância. Ele a encarou e piscou os olhos devagar, como se dissesse que estaria ali caso quisesse conversar.
Aurora esboçou um meio sorriso para ele e finalmente se afastou, indo até o porão buscar arroz.
...
Krystal se jogou na cama, afundando a cabeça no travesseiro. Sentia-se prestes a enlouquecer de vez, com tantos pensamentos e memórias invadindo sua mente ao mesmo tempo. Pesadelos vinham lhe atormentando desde que despertou. E em todos eles, ela via um soldado armado se aproximando. Acordava assustada depois que o soldado a acertava com a espada.
Talvez não fosse apenas um pesadelo. Poderia ser uma lembrança.
O hematoma em sua nuca já tinha se cicatrizado, mas Krystal podia sentir a linha onde ficava o corte.
Contudo, não podia afirmar nada com certeza ainda. Esperava que recuperasse completamente sua memória o quanto antes. Ela precisava de respostas.
Depois de tanto pensar, Krystal acabou cochilando. Quando acordou, já era noite.
A porta do quarto estava aberta. Mesmo assim, Wooyoung bateu de leve.
Krystal estava sentada na cama, com a cabeça encostada na parede, de olhos fechados, que abriram assim que ouviu a batida na porta.
- Liz pediu para eu te trazer um pouco de chá. - disse ao deixar a bandeja com a xícara na beirada da cama. Ele deixou a lamparina sobre a mesinha e se aproximou para ver como Krystal estava.
Ela acompanhou seus movimentos com um olhar atento. A camisa preta estava com dois botões abertos, lhe dando uma boa visão de sua pele bronzeada. Um cordão prateado, menor dos que geralmente usava, reluzia pouco abaixo do pescoço de Wooyoung. Os olhos dela pararam ali, vidrados.
Ela conseguia facilmente se imaginar puxando aquele cordão. Por alguma razão, ficou tentada a fazer isso.
- Não vai tomar seu chá? - ele perguntou, a despertando de seus pensamentos.
Krystal balançou a cabeça, tentando recobrar os sentidos rapidamente.
- Vou. - ela respondeu, pegando a xícara. Tomou um gole e de repente, uma ideia imatura e idiota lhe veio à mente.
O chá não estava tão quente.
Ela se levantou com a xícara na mão, e se aproximou de Wooyoung sorrateiramente. Ele estava distraído, olhando o céu pela janela. Não notou que Krystal havia se levantado da cama.
- Aí!
Tudo aconteceu muito rápido.
Krystal fingiu tropeçar e se jogou para frente, caindo em cima de Wooyoung. O chá caiu sobre ele, molhando a camisa. Os dois trocaram um olhar surpreso.
- Desculpa! - ela disse como se não tivesse planejado aquilo - Você se queimou?
Wooyoung segurou seus braços quando Krystal cambaleou. Apesar de sentir o calor forte, o chá não estava quente a ponto de causar uma queimadura.
- Você está bem? - ele perguntou preocupado - Não deveria ter se levantado rápido.
- Eu estou bem! Deixe-me ver se você se queimou. - Krystal disse com naturalidade, baixando o olhar para a camisa ensopada.
Sem qualquer aviso, ela começou a desabotoar a camisa. Wooyoung paralisou e apenas acompanhou com os olhos o que Krystal faria em seguida.
Ela abriu todos os botões e afastou o tecido da pele, para ter certeza de que não tinha provocado uma queimadura. Sabia que não o tinha queimado, mas precisava de uma desculpa para ver o que todas as suas irmãs viram, menos ela.
A pele dele ficou levemente rosada por causa do chá, como se tivesse acabado de tomar um banho quente.
Krystal aproveitou a oportunidade, observando cada detalhe.
Seus olhos focaram primeiramente na clavícula, que por algum motivo lhe chamou atenção. Depois desceram lentamente, tentando memorizar tudo o que viam. Suas irmãs tinham razão, o corpo dele era muito bonito.
- E-eu estou bem, não me queimei. - Wooyoung disse, um pouco nervoso.
- Ainda bem! - ela suspirou, voltando a olhar nos olhos dele - Desculpa.
- É tão estranho ouvir isso de você. - ele riu, abotoando a camisa - Geralmente você me ataca de propósito.
Krystal tossiu.
- Acha que eu faria isso para te queimar? - Perguntou, fingindo estar ofendida.
Ele fechou os três últimos botões e ergueu os olhos para ela. Um sorriso brincou em seus lábios quando notou o olhar fixo de Krystal.
- Não. Claro que não. - ele disse num tom irônico - Jamais esperaria que fizesse algo assim.
- Suas palavras não condizem com o seu tom. - ela estreitou os olhos, desconfiada.
- Tenho minhas suspeitas de que você derrubou de propósito. - Wooyoung sorriu convencido - Não para me queimar, mas para ter um bom motivo para abrir minha camisa.
Krystal soltou uma gargalhada alta.
- Eu não vou ficar aqui ouvindo você me acusar de fazer algo que eu obviamente faria. - revirou os olhos, dramática.
Wooyoung demorou um instante para perceber o sentido da frase dela. Arregalou os olhos, sem acreditar que ela admitiu tão rápido.
- Não disse que eu fiz isso, mas faria. - ela deu de ombros, como se não se importasse.
- Por que não me disse que estava louca para ver um pouco disso tudo? - ele abriu um sorriso atrevido, puxando a gola para revelar sua pele.
- Que exagero. - desdenhou - Só fiquei curiosa. Ainda mais depois que soube que minhas irmãs viram e eu não.
- Você está com ciúme, amor? - Wooyoung mordeu o lábio inferior ao sorrir, atraindo o olhar de Krystal para sua boca mais uma vez.
Ela não respondeu. Seria inútil negar, mas não estava disposta a falar abertamente.
- Se lembrou de alguma coisa? - Wooyoung perguntou, cruzando os braços.
Krystal ainda não havia dito que algumas memórias estavam de volta. Mas talvez seu comportamento a tenha entregado.
- Lembrei de alguma coisa ou outra, mas nada demais. - ela fez pouco caso.
- Tem certeza? - Wooyoung se aproximou, sorrindo travesso - Algumas coisas são muito difíceis de esquecer.
Ela perdeu o fôlego quando ele envolveu seu rosto, deslizando a mão para seu pescoço. O toque era cuidadoso e suave, por causa do ferimento na nuca. Mas ainda assim, provocou arrepios.
Aquele sorriso mexia com a mente dela de infinitas formas. Era difícil desviar o olhar.
Os lábios dele pareciam ser tão macios...
- Do que você está falando, exatamente? - Krystal quis saber, se aproximando mais involuntariamente.
- De algo que eu sei que você não esqueceu. - ele murmurou, perto o suficiente para beijá-la - Não completamente.
Krystal estreitou os olhos, irritada com a falta de clareza. Por que ele não podia simplesmente dizer?
Embora quisesse muito a puxar para si e a beijar até perder o ar, Wooyoung se conteve. Não queria fazer nada até que Krystal se lembrasse do que já tinha acontecido entre eles. E aquelas provocações estavam surtindo efeito, ele podia ver nos olhos dela.
As pupilas dilataram, se destacando nos olhos claros de Krystal. Havia um brilho diferente em seu olhar. Um reconhecimento.
Ela já tinha vivido aquela sensação. Seu corpo reagia mais rápido do que sua mente quando Wooyoung se aproximava. Não se lembrava de ter colocado as mãos nos ombros dele, mas lá estavam, como se fosse um hábito.
Como se estivesse acostumada a tocá-lo. A ser abraçada por ele.
"- Então você é desse tipo?
- Que tipo?
- Do tipo bonito e sedutor, que flerta o tempo todo, mas não toma uma atitude."
"- Mentiroso! Acha que eu não sei que isso foi só uma desculpa para você me agarrar?
- Se você quisesse, já teria se livrado de mim. Então, não finja que não gostou."
"- Você é tão boa em me torturar, amor. Tão boa em ser má comigo... Que eu questiono constantemente minha sanidade por estar ridiculamente atraído por você."
"- Eu te odeio...
- Odeia? Seus olhos dizem outra coisa..."
Sua mente continuava confusa. As memórias vinham aleatórias e bagunçadas. Krystal tinha um pouco de dificuldade para se recordar dos fatos, principalmente da ordem em que ocorreram, mas não tinha mais dúvidas em relação a sua atração por Wooyoung.
- Refresque minha memória, então. - ela o desafiou.
Ele sorriu, movimentando a mandíbula. Desviou o olhar, decidido a provocá-la um pouco mais. Não ia conseguir manter seu plano se a encarasse por muito tempo.
Wooyoung estava determinado a não a beijar até que Krystal não aguentasse mais. Queria que ela se lembrasse do que tinha esquecido, e sua estratégia estava funcionando. Mas era muito difícil continuar firme. Seu plano era uma tortura para ele mesmo.
- Não se preocupe, amor. - sorriu - Você está bem perto de se lembrar.
Wooyoung teve a ousadia de piscar um olho ao se afastar dela e a audácia de lhe jogar um beijo ao sair do quarto.
...
Enquanto tentava se distrair, depois de ficar profundamente irritada com Wooyoung, Krystal entrou em uma parte do navio que ainda não havia explorado. Nunca parou para abrir aquela porta no final do corredor, até que sua curiosidade finalmente a fez abri-la.
A porta de madeira estava emperrada, mas ela não desistiu. Forçou o corpo e empurrou. Algumas tentativas depois, a porta se abriu com um rangido.
Krystal pegou a lamparina e entrou no que ela descobriu ser uma adega. Havia várias prateleiras repletas dos mais variados tipos de bebida. Ela deixou sua fonte de luz sobre a mesa que ficava no centro da adega e foi procurar algo que lhe interessasse. Quando encontrou uma garrafa de vinho, sorriu. A retirou com cuidado da prateleira e sentou-se na cadeira ao lado da mesa.
Um miado lhe chamou atenção. Nero a observava com curiosidade.
- Oi Nero! – abriu um sorriso doce, pegando o gatinho no colo – Você estava me seguindo?
Nero tombou a cabeça e miou. Ela riu, fazendo carinho em suas orelhas.
- Eu queria ficar sozinha, mas aceito sua companhia.
O filhote se ajeitou nas pernas dela e se deitou, relaxado. Krystal continuou acariciando seu pelo preto, com um sorriso contido.
- É horrível perder a memória, sabia? – ela continuou, como se estivesse desabafando com uma pessoa – E para piorar, certas pessoas parecem estar determinadas a me enlouquecer!
Ela bufou, irritada.
- Não sei o porquê estou tão zangada com isso. E se eu não recuperar completamente minha memória? Ele nunca vai me dizer o que é tão difícil de esquecer?
Nero olhou para ela, e Krystal quase pensou que ele fosse lhe responder. Talvez já estivesse louca.
- Minha mente está muito confusa. – suspirou, olhando para cima – Ando tendo sonhos estranhos e não sei se são lembranças ou apenas sonhos mesmo.
Krystal não disse a ninguém que havia sonhado com Wooyoung. Muito menos, que tinha o beijado no sonho. Uma risadinha baixa escapou e ela mordeu o lábio quando percebeu. Deu um tapa no rosto, se obrigando a voltar a realidade.
Se ficava tão irritada com a presença de Wooyoung, por que se sentia tão atraída por ele? Por que sonhava com seus beijos?
Já estava cansada de ouvir de todos o quanto Wooyoung era apaixonado por ela. Mas Krystal queria se lembrar. Seus pensamentos e lembranças estavam tão bagunçados que ela não conseguia raciocinar com clareza. E a ideia de se apaixonar lhe parecia assustadora.
- Por que aquele garoto tem que ser tão bonito? – choramingou para Nero, que se espreguiçou e pulou de seu colo – Ah, então vai me abandonar no meio do meu desabafo? – fez cara feia para o gato, cruzando os braços.
- Da próxima vez, vou conversar com um cachorro! – disse irritada. Nero não ligou e saiu balançando o rabo.
- Por que estava conversando com o Nero? – Wooyoung perguntou, entrando na adega. Um meio sorriso brincava em seus lábios, como se soubesse o motivo – Há várias pessoas que podem conversar com você. Que vão te responder com palavras, não miados.
- Você é tão irritante sabia? - Krystal o encarou e revirou os olhos em seguida.
- Você me diz isso constantemente. - ele respondeu dando de ombros, se virando de costas.
Wooyoung caminhou até as prateleiras e observou as variedades disponíveis. Nunca tinham aberto aquela porta e suspeitava que as bebidas eram de alta qualidade, pois não conhecia a maioria delas. Privilégios da realeza. Distraído, ele não percebeu a aproximação dela. E quando notou, Krystal já estava tocando seu ombro. Ele se virou de frente para ela, um pouco surpreso.
- Chega a ser insuportável. - os olhos cristalinos pararam em sua boca e Wooyoung instintivamente umedeceu os lábios - Mas seus lábios são tão bons...
- Você está bem? - ele perguntou - Bebeu muito vinho?
Ela arqueou uma sobrancelha.
- Quer descobrir?
Wooyoung piscou várias vezes, achando que estava tendo alguma alucinação. Ficou calado, sem reação.
Krystal se aproximou e sorriu. Não lhe daria o gostinho de saber que estava presente em seus sonhos. Então, resolveu descobrir se o beijo que a atormentava tinha acontecido sem perguntar. Talvez suas memórias pudessem ser estimuladas se o beijasse.
- Será que eu vou ter que te beijar todas as vezes? - perguntou no tom irritado de sempre, envolvendo o rosto de Wooyoung - Esses malditos lábios estão a tempo demais na minha cabeça, então faça alguma coisa a respeito.
Ele riu, sem conseguir acreditar no que estava acontecendo. Mas não hesitou em puxá-la para perto, abraçando sua cintura.
- Por que não disse que queria um beijo, amor?
Wooyoung mordeu o lábio, encarando Krystal com um sorriso. As mãos dela passeavam pelo pescoço dele, subindo para o maxilar.
Não houve tempo de resposta, porque ele acabou com a distância rapidamente, selando os lábios dela com urgência. As mãos de Krystal se enroscaram no cabelo dele pela nuca. Ela sorriu contra seus lábios ao sentir sua pele quente e arrepiada sob seus dedos.
- Quanto de vinho eu devo ter tomado para querer tanto te beijar? - Krystal perguntou, sem se afastar.
Wooyoung riu, dando outro selinho nela.
- Eu amo como você tenta a todo custo, negar que me quer.
Ela estremeceu ao sentir a mão dele se enroscando em seu cabelo, deslizando suavemente pela nuca.
- Wooyoung. - a voz saiu baixa, e seus olhos estavam fechados.
- Diga, amor. - ele abriu um sorriso atrevido ao encostar o nariz no dela, a provocando. Ela abriu os olhos.
- Pare de sorrir assim. - sussurrou, sem conseguir desviar o olhar do sorriso dele.
- Por quê?
Sorriu ainda mais.
- Porque... - Krystal suspirou e as palavras sumiram. Ela engoliu em seco e piscou várias vezes, voltando a olhar nos olhos dele - Cale a boca e me beije!
O pedido soou como uma ordem. E embora estivesse ansioso para cumpri-la, Wooyoung não daria a ela o que queria tão fácil assim.
- Como quiser. - respondeu, se aproximando da boca dela, chegando até mesmo a roçar seus lábios, mas desviando pouco antes de beijá-la de fato.
Antes que Krystal expressasse sua frustração, Wooyoung começou a beijar seu maxilar, indo para a bochecha, até o canto da boca. Ele não tinha pressa.
Krystal não sabia que um beijo no rosto seria capaz de fazê-la suspirar, mas se tratando de Wooyoung, não deveria estar surpresa.
Ele se afastou minimamente, a encarando com um sorrisinho travesso, quase encostando os lábios nos dela.
- Interessante... - disse, beijando a boca de Krystal rapidamente - Não senti gosto de vinho.
A garrafa permanecia fechada sobre a mesa, intocada.
Wooyoung puxou a cintura dela e a beijou, dessa vez, intensamente. Krystal afundou as mãos em seu cabelo, o trazendo para perto. Ele suspirou, apertando tanto os braços em volta dela que a fez perder o fôlego.
- Você está completamente sóbria. - disse com um sorriso convencido ao se afastar brevemente.
Krystal acariciou a lateral de seu rosto, sem tirar os olhos dos lábios dele, que ainda permaneciam próximos aos seus. Não sabia dizer qual parte dele a atraia mais. A pele bronzeada, os lábios macios, que estavam em sua mente mais do que nunca, aquele sorriso provocador... Até às veias levemente saltadas eram atraentes aos olhos dela.
“- E então... agora eu faço o seu tipo?
- Acha que eu teria te beijado se não fizesse?”
A resposta a sua dúvida veio, como imaginava. Em seus sonhos, ela apenas o beijava e nenhum dos dois falava nada. Mas depois de ter o beijado, seus pensamentos clarearam e Krystal teve certeza de que tinha sido real.
- É, estou. - Krystal concordou, mordendo de leve o lábio inferior dele, lhe arrancando um sorriso - Devo ter enlouquecido de vez...
- Você sempre foi louca por mim. - ele ousou se gabar, piscando um olho.
Aquela frase tinha certo fundo de verdade, mas Wooyoung não precisava de uma confirmação. E talvez Krystal nunca admitisse isso.
- E você é meu, Piratinha. - ela sussurrou no ouvido dele, enlaçando os braços em volta de seu pescoço.
"- Por que não me disse que estava louca para ver um pouco disso tudo? - ele abriu um sorriso atrevido, puxando a gola para revelar sua pele."
"Ele sorriu, movimentando a mandíbula. Desviou o olhar, decidido a provocá-la um pouco mais."
"Wooyoung teve a ousadia de piscar um olho ao se afastar dela e a audácia de lhe jogar um beijo ao sair do quarto."
"- Diga, amor. - ele abriu um sorriso atrevido ao encostar o nariz no dela, a provocando.
- Pare de sorrir assim."
Sobre a notícia que os Woosang trouxeram
A Krystal vendo o Wooyoung entrar com a camisa meio aberta
A cabeça da Krystal
"- Você está bem? - ele perguntou - Bebeu muito vinho?
Ela arqueou uma sobrancelha.
- Quer descobrir? "
Eu, você, o Wooyoung:
"- Será que eu vou ter que te beijar todas as vezes?"
"- E você é meu, Piratinha."
Oiii
Estava ansiosa pra postar esse capítulo hehehe
Quero saber as teorias de vocês 👀
A serpente de coroa não dá paz né 😡 😤
A Krystal precisou de um momento para refletir, até o Wooyoung chegar com o chá e acabar com a paz mental dela...
A Globo tá perdendo uma atriz dessas, gente! O que foi essa cena do chá KKKKKKKK mas ela conseguiu o que queria né 🌚
Depois de ser provocada pelo boy, ela tem a sorte de encontrar uma adega e desabafa com o gato (a que ponto chegamos) nem o gato dá moral pra ela 😂 tadinho do Nero 🤭
Até que o PIRATINHA chega pra atormentar mais um pouco e... Só ganhamos né 🎉🙌
Me conta o que você acha que vai acontecer depois 🤭
Não esqueça da 🌟🙏❤️!
Beijos 💕