Regina
Como o habitual, na outra manhã, eu passei no Granny's com o Henry antes de levá-lo para a escola e acabei me deparando com a Cruella e a Úrsula:
-Regina! Arrancar um coração viria a calhar aqui. - Disse Cruella.
-A Vovó precisa de um empurrãozinho para trazer o nosso pedido. - Completou Úrsula.
-Uma tática bem funcional. - Segurei a mão do meu filho pronta para protegê-lo caso aquelas vadias tentassem alguma coisa. - Uma vez você não arrancou o coração de todos ao norte da floresta?
-Ou foi ao sul?
-Porque não vai ao meu escritório investigar o livro? - Perguntei para o Henry, ele não precisava ouvir nada daquilo.
-Claro. Pegue os dunuts de chocolate assados, não os normais, certo? - Assenti e ele saiu.
-Deixem-me ser clara, Ladies. Se mencionarem os meus erros perto do meu filho outra vez, se encontrarão além da linha da cidade antes que digam: "casaco com jóias".
-Para a sua informação são diamantes. - Corrigiu Cruella.
-Levemos nossos negócios a outro lugar, venha. - Chamou Úrsula já se levantando e Cruella a seguiu.
-Então, qual é o plano? - Charming perguntou assim que as duas saíram do restaurante.
-Para lidar com a nossa nova crise? - Mary Margaret completou a pergunta do marido.
-Podem ser duas imbecis, mas... Eu não me preocuparia, elas estão aqui para se redimir.
-Acredita mesmo nisso? - Perguntou Snow.
-Se eu pensasse que essa possibilidade existe, eu não teria deixado que elas entrassem.
-Agora que elas entraram, devemos ter certeza e isso significa que devemos vigia-las 24 horas por dia. - Disse David.
-Parece um trabalho para o departamento de Xerifes. Eu tenho coisas mais importantes para me preocupar.
Emma
Depois de me encontrar com o Hook na loja do Gold e a Belle se negar a nos acompanhar, nós seguimos até o Granny's para encontrar com a minha família:
-Hook. - Úrsula o cumprimentou e eu o olhei com estranheza.
-Você a conhece? - Perguntei.
-Conheci muitas criaturas más em minhas viagens, Amor. - Ele deu de ombros e retomou sua caminhada.
-Emma, que bom que estão aqui, precisamos ir. - Disse David.
-O quê? Agora? Eu vim almoçar com vocês. Eu morreria por um queijo quente.
-Terá que esperar, temos novos amigos na cidade. Estão tramando algo e se corrermos, ainda podemos rastrea-las.
-Parece que o dever chama. - Dei de ombros.
Regina
Depois de conversar com os Charmings eu peguei as rosquinhas e segui para o meu escritório me encontrar com o Henry como o prometido:
-Dunuts de chocolate assados. Como estamos indo? Achou alguma coisa?
-Ainda não, mas se o Autor deixou pistas no livro, como a Madre Superiora disse, nós o encontraremos. E você, mãe? Como está?
-Estou bem, Henry.
-Você não pareceu bem quando vimos a Úrsula e a Cruella. - Ele sorriu.
-Bom, talvez seja por elas me lembrarem de uma parte da minha vida que eu prefiro esquecer. O tempo em que eu era uma vilã. Me faz duvidar da possibilidade de um final feliz.
-Você não pode pensar assim.
-Eu sei, mas as vezes imagino se um dia eu serei feliz, só você, eu e a Emma, sem ter que me preocupar com o fato de poder destruir tudo a qualquer momento. Eu quero deixar de ter medo.
-Você irá, mãe. Encontraremos o Autor e ele reescreverá o seu final. Tudo será como você quer que seja. - Ele deu uma mordida na rosquinha.
-Cuidado, Henry. Está deixando migalhas no livro. - Dei a volta para limpar as migalhas e notei algo diferente na página. - Isso é estranho, esse papel é diferente do restante.
-É por ser a história do Pinóquio.
-Porque essa história seria diferente das outras?
-Porque August a adicionou no livro. Ele queria que Emma soubesse que ele era o Pinóquio quando criança, para fazê-la acreditar.
-Se August desmontou o livro, ele pode saber algo que não sabemos.
-Pena ele não estar aqui para perguntarmos.
-August pode não estar, mas Pinóquio está. - Sorrimos um para o outro.
Emma
Eu já estava parada a horas no carro com o David espionando a Cruella e a Úrsula, mas esse não era o ponto. Tudo aquilo já estava me deixando entediada, me fazendo pensar no que a Ruby estaria fazendo se ela estivesse aqui, acho provavelmente ela estaria reclamando de fome e implorando por um queijo quente do Granny's. O pior de tudo era que Cruella e Úrsula não estavam fazendo nada de mais aquilo já estava se tornando uma paranóia do meu pai:
-Eu sei que você não é um fã da Úrsula e da Cruella, mas eu perdi alguma coisa? Você as conhecia da Floresta Encantada?
-Já tivemos problemas com elas, não foi bonito.
-E...? - Esperei ele continuar.
-E o quê?
-Eu sinto que você está escondendo algo.
-Espere, aí vem elas. - Cruella entrou em seu carro acompanhada de Úrsula e David é claro, a seguiu. - Ligue para a Belle, quero saber exatamente o que aconteceu na loja.
Liguei para a Belle enquanto David as seguia pela estrada, nós não fazíamos ideia de para onde elas estavam indo, e elas provavelmente já tinham notado a nossa presença:
-Belle checou os fundos da loja e disse que uma caixa de madeira sumiu.
-O que havia dentro? - Perguntou David.
-Ela não sabe.
-Bom... Vamos descobrir. - David ligou as sirenes da viatura e Cruella encostou.
-Algum problema, Xerife do queixo cinzento? - Perguntou Cruella.
-Saíam do veículo, por favor. - Pediu David.
As duas mulheres desceram e esperaram no acostamento comigo enquanto David revistava o carro:
-Achou alguma coisa? - Perguntei.
-O carro está limpo. - Disse David.
-Estranho. Acha que Belle perdeu a caixa? - Perguntei.
-Quem sabe? Mais não podemos prende-las por especulações.
-Parece que vocês duas estão livres, desculpe.
-Seria legal se apenas um dos Charmings honrasse o nome da família. - Disse Úrsula.
-Deveríamos voltar para a delegacia checar algum vídeo de segurança do Gold e ver se leva a algo.
-Por que não vai na frente? Quero ver a sua mãe. Pode me deixar em casa na volta? - Ele me deu a chave do carro.
-Pai... Tem certeza que está tudo bem?
-Emma, claro que sim. Vamos?
Como o planejado eu deixei o David em casa, passei no Granny's e comprei um queijo quente e um chocolate quente com canela e chantilly para mim. Depois parti para a delegacia:
-Hey, Amor! - Killian chegou. - Pensei em trazer algo para você, mas parece que já deu um jeito.
-Comida nunca é de mais. O que tem aí? - Perguntei.
-Bom, mais queijo grelhado e anéis de cebola.
-Aceitou em cheio. - Comemorei já pegando o pacote.
-O que é isso? - Ele apontou para a tela do computador.
-Video vigilância, estamos tentando saber se Úrsula e Cruella roubaram algo da loja do Gold. - Expliquei. - A propósito, você ainda não nos disse como exatamente conhece a Úrsula.
-Bom, eu já disse. Ela é um dos monstros do mar que cruzou o meu caminho nos meus dias de pirataria.
-Tá, mas o que isso significa? - Perguntei.
-Honestamente, eu não me lembro. - O olhei com descrença.
-An, an...
-Estou falando sério, isso é tudo. - Ele disse rindo.
-Você está escondendo algo. - Disse.
-Não sei o que mais eu posso dizer. - Deu de ombros.
-Bom, nem eu. - Dei de ombros. - Quer saber? Acho que precisamos voltar ao trabalho.
-De nada, aproveite a caça as bruxas. - Hook me deu as costas.
-Obrigada pela comida! - Disse por último.
-De nada.
-Bom, o que temos aqui? - Perguntei para mim mesma já abrindo o vídeo.
Na filmagem era possível ver claramente Úrsula saindo da loja com uma caixa de madeira em suas mãos, então eu saí para encontrar os meus pais. Encontrei os dois de saída:
-Hey! Onde vocês estão indo? - Perguntei.
-Emma! - Cumprimentou minha mãe.
-Encontrei algo contra aquelas mulheres, vejam. - Mostrei a filmagem pelo celular. - Parece que a Belle estava certa, eu acho que é a caixa que sumiu. Não acham que é o suficiente para interroga-las?
-Não sejamos precipitados, nem sabemos o que é isso. - Disse meu pai.
-Espere, o quê?! Mais qual o problema com vocês hoje?! Vocês estavam tão preocupados com elas e agora vocês...
-Vamos fazer uma caminhada. - Mary Margaret me interrompeu. - Ashley cuidará do Neal.
-Então agora... A crise não importa? O que houve?
-Nós percebendo que precisávamos dar um passo atrás na nossa cruzada. A verdade é que estávamos errados. - Disse David.
-Quando as conhecemos na Floresta Encantada, elas eram vilãs, e desde que elas chegaram nessa cidade a tratamos exatamente assim. - Disse minha Mãe.
-Escolhemos ver o pior nelas, mas para que elas possam se redimir temos que escolher ver o que há de melhor nelas. - Concluiu David.
-Vocês vão mesmo caminhar? - Perguntei.
-Pode ser difícil de acreditar, que nos afastamos de Úrsula e Cruella, mas sua mãe e eu achamos que é o certo a se fazer. - Eu não sei porque, mas algo me dizia que os dois estavam mentindo.
-Okay, então... Se precisarem de mim... Estarei na delegacia.
Regina
Acabei conseguindo o número do Gepeto, e com isso eu pedi para que ele viesse com o Pinóquio até o escritório da prefeitura:
-Lembra-se de algo, Pinóquio? - Perguntei enquanto ele folheava o livro e o garoto negou. - Talvez se você olhar para as páginas novamente. - Pedi e foi quando a Emma chegou. - Onde diabos você esteve? - Me aproximei dela com pressa.
-Vigiando as bruxas. - Me deu um rápido beijo na bochecha. - Estava indo a delegacia quando você ligou, como está indo?
-Não está. - Suspirei. - Ele não se lembra de nada, mas como você e o August passaram tanto tempo juntos, você pode ver se consegue refrescar a memória dele.
-Claro, acho que posso tentar. - Emma andou na direção do garoto. - Hey, vem aqui. - Ela puxou o garoto para o sofá que tinha em meu escritório. - Você se lembra de mim, certo?
-Você é a Emma, a Xerife.
-Mas você sabia que quando era mais velho... Nós éramos amigos. Você era um adulto muito inteligente, tão inteligente que podia demonstrar aquilo e acrescentar uma nova história. - Emma apontou para o livro de contos. - E então, monta-lo novamente. Se lembra de fazer isso ou qualquer coisa relacionada com o livro? - O garoto olhou em volta.
-Eu sei que todo mundo quer que eu me lembre, mas eu não consigo.
-Você foi para Phuket, você pilotou uma motocicleta, você vestiu couro e não fazia a barba!
-Regina... - Emma tentou me impedir, mas eu a cortei.
-Não, ele não está tentando o suficiente! Você só precisa se concentrar e pensar! Ou a sua cabeça ainda é de madeira?
-Ow ow! Pare! - Reclamou Marco.
-Mãe...
-Eu não deixarei você falar assim com o meu garoto.
-Talvez o seu garoto precise de motivação.
-Okay, Regina, basta. - Disse Emma. - Vamos pegar algo para comer, Henry, venha. - Antes que Emma saísse acompanhada com as duas crianças ela veio até mim. - Eu volto para falar com você depois. - Eu consenti e a loira deu um beijo rápido na minha bochecha antes de partir com os dois meninos.
-Já passou pela sua cabeça que talvez essa busca esteja destinada a falhar? Depois de arruinar todos os finais felizes, o que te faz pensar que você merece o seu? - Perguntou Marco com um tom de voz elevado.
-Posso te perguntar a mesma coisa, artesão! Considerando que você mentiu sobre o armário para que pudesse enviar o Pinóquio para esse mundo.
-Eu não precisaria fazer isso se não fosse a sua maldição. Eu precisava salvá-lo! Fique longe do meu garoto. - Ele saiu me deixando sozinha no escritório.
Não demorou muito para que Emma voltasse:
-Onde está o Henry? - Perguntei.
-Eu pedi para que ele ficasse com o Hook enquanto eu falava com você.
-Bom, não há nada para se dizer. - Dei de ombros.
-Não é o que parece, o que foi aquilo com o Pinóquio? - Suspirei pesadamente e me sentei no sofá, a loira se acomodou ao meu lado entrelaçando a sua mão com a minha.
-A volta da Cruella e da Úrsula, me fazem lembrar do meu passado, dos meus tempos de vilã. Eu não sou mais aquela pessoa, e nem quero voltar a ser. Agora eu tenho uma família, eu, você e o Henry. Eu tenho tanto medo da possibilidade de isso acabar mal por minha causa. Não só para mim, mas para vocês também. É o meu destino, Emma pagar todo o mau que eu fiz.
-Tudo o que importa para mim é o presente e como estamos agora e como eu me sinto bem com você, mas se você se sente mais segura assim, confie em mim. Nós encontraremos o Autor, não vamos desistir. Mas não será intimidando as pessoas que nós vamos conseguir as respostas. O Pinóquio é só uma criança. - Deu de ombros.
-Eu sei, eu só... Perdi a cabeça, me desculpa.
-Acho que não é para mim que você deve pedir desculpas. - Sorriu sugestivamente.
-Eu sei, eu vou. - Me levantei e peguei o meu casaco já saíndo do escritório.
-Te espero pro jantar? - Emma gritou de lá de dentro.
-Eu adoraria.
Segui até a marcenaria do Marco:
-Oh achei que tivesse deixado bem claro. Eu não quero você perto do meu garoto.
-Eu não vim para falar com o Pinóquio, vim para falar com você.
-Se quer alguma informação do livro, August nunca me contou nada.
-Pode calar a boca e me deixar terminar? Eu estou tentando me desculpar.
-Continue, está fazendo um trabalho interessante.
-Se alguém falasse com o Henry como eu falei com o seu garoto... Eu faria pior do que gritar com esse alguém. Eu sei que perdi a cabeça. É que toda a vez que eu pareço ter progresso com o meu final feliz, eu chego em outro beco sem saída, mas eu sei que nunca serei feliz se eu votar a ser como eu era. Então... Eu sinto muito. - Me virei para ir embora.
-Espere. - Voltei a minha atenção para ele e o homem tirou um pano que cobria a velha moto do August. - Depois que a Fada Azul transformou August em garoto, eu guardei tudo que ele trouxe a cidade, caso ele lembrasse quem costumava ser. - Ele pegou uma bolsa que estava sobre a moto. - Talvez aqui haja algo que te ajude a encontrar o que procura. - Com isso ele me entregou a bolsa. - Se meu garoto não pode ajudá-la com isso, talvez o seu possa. Boa sorte. - Sorri para ele e peguei a sua mão em um gesto carinhoso antes de partir.
Emma
Depois de falar com a Regina eu passei no apartamento procurando pelos meus pais, mas eles ainda não tinham voltado da caminhada, então eu retornei a delegacia para cumprir o resto do meu turno:
-Pronta para ir, Swan? - Regina chegou.
-Claro, vamos. - Disse um tanto desanimada.
-Está tudo bem? - Ela se aproximou e se sentou ao meu lado no sofá azul.
-Claro, melhor do que nunca.
-An an, eu conheço esse olhar, Emma Swan. Tem alguma coisa te incomodando, o que é? - Ela gentilmente ergueu o meu rosto, fazendo com que os meus olhos encontrassem os dela.
-Eu não sei... Eu estava pensando.
-No quê?
-São meus pais, eles estavam estranhos hoje, eu duvidei deles. Então quando eles saíram para caminhar, eu realmente achei que eles estavam mentindo pra mim.
-Eles estavam?
-Não. É claro que não, meus pais nunca mentiram para mim, mas o fato de eu achar que eles poderiam. Me fez lembrar que eu tenho essa tendência a esperar o pior das pessoas. Na minha infância, as pessoas sempre me decepcionavam e eu... - Baixei o olhar de novo e novamente Regina o ergueu.
-Hey, eu sou uma vilã, mas farei o possível e o impossível para nunca te decepcionar.
-Eu sei. - Regina beijou a mão que eu havia esticado para acariciar o contorno do rosto dela. - É por isso que eu escolhi ver o melhor em você. - Nós nos aproximamos cada vez mais, encurtando a distância que existia entre os nossos corpos e principalmente a que existia entre os nossos lábios.
Quando estávamos prestes a encontrar nossos lábios nós ouvimos um barulho e automaticamente olhamos na direção dele, eram meus pais:
-Desculpem, nós só não queríamos interromper. - Disse minha Mãe.
-Então vocês ficaram parados assistindo? Da próxima vez interrompam. - Disse já me levantando junto a Regina que estava corada ao meu lado.
-Temo que tenhamos más notícias, Cruella e Úrsula estão tramando algo. - Disse David.
-Elas ressuscitaram a Malévola.
-O dragão que eu matei embaixo da torre do relógio?
-Bom, ela está de volta. - Disse David.
-E enquanto estiver aqui, ninguém está seguro. - Completou minha Mãe.
-Eu deveria saber que a Vara de Peixe e a Cadelinha estavam aqui para algo mais que uma segunda chance. - Regina bufou.
-Eu não entendo, porque elas estão se virando contra nós?
-Elas querem destruir nossos finais felizes, todos eles. - Disse Mary Margaret.
Regina
Snow e Charming tinham acabado de sair da delegacia e a Emma já estava trancando o lugar para que pudéssemos fazer uma caminhada noturna quando eu recebi uma mensagem da Snow.
(22:44)Snow: Regina, precisamos conversar em particular, me encontre no lago, por favor, é importante.
(22:45)Regina: Não pode esperar?
(22:45)Snow: Não, me desculpe.
Revirei os olhos ao ler a última mensagem da Snow e bufei.
-Emma, eu preciso ir. - Avisei e começei a me afastar.
-Espere, onde você vai? E o nosso jantar? - Questionou Emma.
-Surgiu uma emergência com o Henry, eu preciso ir, desculpe. - Avisei e saí sem dar brechas para mais perguntas da loira.
Encostei o carro e esperei, estava chovendo e o lugar estava escuro, mas logo eu avistei o farol do carro da Snow se aproximando, peguei o guarda-chuva e desci para encontrá-la:
-Mas que jeito estranho é esse? - Perguntei.
-David e eu conversamos. Precisamos saber o que Malévola e as outras estão planejando. Precisamos usar alguém que seja próximo a elas, alguém que elas acreditarão ser um vilão. Queremos que você se infiltre e ajude a impedir o plano delas.
-E você acha que vão me receber no clã delas de braços abertos?
-Regina, você costumava ser uma delas.
-Elas acham que eu sou uma heroína, não vão acreditar que eu quero entrar.
-Então você fará com que acreditem.
-Por que tem tanta certeza que querem nos destruir?
-Por causa de algo que eu e David fizemos a muito tempo atrás. - A olhei sem saber o que dizer, imaginando o que eles poderiam ter feito. - Regina, uma vez você me pediu para... - Ela parou de falar por um momento e fechou os olhos como se estivesse pensando se deveria continuar ou não. - Regina, uma vez você me pediu para guardar um segredo e eu não pude. Mas agora, eu vou pedir para que guarde um para mim. Um que Emma nunca poderá saber. - Dei um passo a frente.
-O que é?
-Emma nasceu com um grande potencial para as trevas.
-Ela é a Salvadora. Uma heroína. A magia dela é de luz.
-Porque David e eu fomos a lugares extraordinários para nos assegurar de que seria.
-Se você garantiu a sua bondade, por que não pode dizer a ela?
-Pelo mesmo motivo que você não quer que o Henry saiba de todas as coisas terríveis que você fez no seu passado. Você quer protegê-lo... Para que ele não perca a fé na pessoa que você se tornou, a pessoa que ele sempre acreditou que você poderia ser. É por isso que Emma nunca poderá saber do que eu vou te dizer. Ela finalmente está abrindo o coração e se ela descobrir a verdade, se a desapontarmos, ela perderá a fé em nós e isso pode levá-la para um caminho de trevas, porque quando você traí as pessoas que você ama, quando você as faz ver as piores partes de você, o que você fez muda tudo. Não há volta. Você quebrou os laços que trabalhou duro para forjar e quanto mais forte esses laços eram, mais difíceis eles são para repor. Isso se puderem ser reparados.
-Eu não entendo. O que exatamente você fez para a Malévola?
-Por nossa causa, Malévola perdeu seu filho.