E Se SwanQueen Tivesse Aconte...

By bex_mills108

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O que teria acontecido em Once Upon a Time se Regina e Emma tivessem ficado juntas? Nessa fic eu conto a hist... More

Piloto
Aquilo que você mais Ama
Neve e Paixão
O Preço do Ouro
A Voz Interior
O Pastor
O Coração é um Caçador Solitário
Almas Desesperadas
O Verdadeiro Norte
07:15 da Manhã
O Fruto da Árvore Venenosa
Beleza Externa
O que Aconteceu com Frederick?
Sonhador
A Capa Vermelha
O Coração das Trevas
O Chapéu Mágico
O Homem do Estábulo
O retorno
O Estranho
Uma Maçã Vermelha como Sangue
Uma Terra sem Magia
Quebrado
Nós somos ambos
A Dama do Lago
O Crocodilo
O Doutor
Tallahassee
Filha da Lua
Nas Profundezas
Rainha de Copas
O Jogo de Cricket
O Forasteiro
Em Nome do Irmão
Pequenino
Manhattan
A Rainha está Morta
A Filha do Moleiro
Bem-vindos a Storybrooke
Autruísta, Corajoso e Sincero
Lacey
A Rainha Má
Segunda Estrela à Direita
Seguindo Até o Amanhecer
O Coração do Verdadeiro Crédulo
Garota Perdida
Uma Fada Comum
Maus Hábitos
Agir Corretamente
Ariel
Buraco Negro
Pense em Coisas Bonitas
Salvar o Henry
A Nova Terra do Nunca
Voltando para Casa
Serenata de Nova York
Noite de Prazer
Caça a Bruxa
A Torre
Mentes Silênciosas
Não é Fácil ser Verde
Jolly Roger
Passado Obscuro
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Kansas
O Portal do Tempo
O Lar é o Melhor Lugar
Um Conto de Duas Irmãs
Dentro do Gelo
Estrada Rochosa
Espelho Quebrado
Assunto de Família
Quebrar o espelho
Queda
Visão Partida
Heróis e Vilões
Escuridão nós Limites da Cidade
Imperdoável
Segundas Chances
A Volta do Dragão
Pobre Alma Infeliz
Força Maior
O Coração de Ouro
Lado Mal
Simpatia pelo Diabo
Lily
Mãe
Operação Mangusto Ī
Operação Mangusto ĪĪ
Dark Swan
O Preço
Assento Perigoso
Apanhador de Sonhos
O Urso e o Arco
Nimue
Escolhendo um Lado
Coração Partido
O que aconteceu em Camelot?
O Herói
Merlin
Nascimento
Senhora das Trevas
O Canto do Cisne
Almas dos que Partiram
Obra de Amor
Dever do Diabo
A Volta do Caçador
A Nossa Ruína
Seu Belo Herói
Sapatos de Viagem
Irmãs
Cabeça de Fogo
Ritos Finais
Somente Você
Uma História Não Contada
O Salvador
Remédio Amargo
O Outro Sapato
Um Caso Estranho
Ratos de Rua
Águas Escuras
Sem Coração
Eu Serei Seu Espelho
Crianças Trocadas
Gostaria Que Estivesse Aqui
Onde há Fumaça há Fogo
Mais Resistente do Que o Resto
O Desejo do Seu Coração
Padrões de Presságio
Um Novo Começo
Um Lugar Maravilhoso
Ajudante da Mamãe
Acordando
Onde Pássaros Azuis Voam
A Fada Negra
A Canção Em Seu Coração
A Batalha Final Ī
Batalha Final ĪĪ
Epílogo

A Rainha da Neve

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By bex_mills108

Emma

Na manhã seguinte eu segui para a delegacia, onde eu prossegui com a Elsa na minha investigação para descobrir como capturar a Rainha da Neve:

-Belle achou um feitiço, talvez funcione contra a Rainha da Neve. - Ruby chegou equilibrando alguns livros e uma vela nos braços.

-Não vão matá-la, vão? - Elsa perguntou.

-Nós não vamos matar ninguém, só queremos neutralizar os poderes dela. - Expliquei.

-Consegue traduzir? - Elsa tornou a perguntar.

-Elfíco? Não, eu não assisti "Senhor dos Anéis." - Elsa me olhou sem entender e Ruby sorriu com a referência.

-Deixa para lá...

-A Belle traduziu, aqui diz como aplicar o feitiço. - Ruby mostrou um papel que havia tirado do bolso e Elsa pegou o mesmo.

-"Com as mãos segure a vela e a ilumine com a sua mágica e então quando você sopra-la..."

-Ela voltará a vender sorvete. - Completei e dei um high-five com a Ruby.

-Algo me diz que ela não terá muitos clientes. - Disse Ruby.

-Talvez, sem os poderes possamos falar com ela, encontrar a Anna, conseguir respostas.

-Sua irmã tem poderes? - Perguntei.

-Não, acho que é por isso que a Rainha da Neve está interessada em você.

-Sim. - Concordei.

-Alguém da sua família possui poderes?

-Tirando a minha namorada, não.

-É difícil quando olham diferente pra você, não é?

-Não olham. - Dei de ombros.

-Tudo bem... - Disse Elsa.

-Bom, vamos tentar? - Ruby pegou a vela e deu na minha mão antes de se afastar.

Me concentrei, acendi a mesma com magia e assoprei a chama que se espalhou pela sala indo na direção da Elsa, mas a mesma não conseguiu controla-lá:

-Me desculpe, podemos tentar de novo?

-Mais tarde, preciso encontrar a Mary Margaret, serei a babá hoje a noite.

-A vida continua, talvez eu passe lá no apartamento mais tarde. - Ruby piscou para mim.

-Vou estar te esperando. - Pisquei de volta e coloquei a mão sobre o ombro da Elsa. - Nós vamos encontrá-la.

-Está tudo bem, estarei aqui com a Ruby.

Saí da delegacia e fui direto para a creche onde eu encontrei Aurora, Ashley, minha Mãe, entre outras, todas com seus respectivos bebês cantando uma canção de despedida:

-Certo Mamães, na próxima cantaremos mais canções e então colocarei todas elas em um CD. - Explicou Ashley.

-O que é um CD? - Perguntou a Aurora e eu tive que segurar uma risada.

-Ela é nova. - Explicou Mary Margaret. - CD Player é como uma caixa de música, tem uma embaixo da TV do Granny's.

-Não me atrevo a tocar naquela caixa, não cometerei o mesmo erro de novo.

-Emma, você perdeu a canção de despedida. - Minha mãe disse quando me viu e eu abri um sorriso.

-Acho que entendi pelo título. O garotinho está pronto?

-Está, apenas mais algumas coisas: o carrinho, as fraudas e o leite.

-É bastante coisa.

-Queria que ele tivesse tudo.

-Emma. - A moça me chamou ao longe.

-Oh Ashley, olhe para você, a encantadora de bebês. - Ela me cumprimentou com um abraço.

-O que posso dizer? Eu peguei o jeito. Caso ajude ele a dormir, diga que se tornará uma abóbora a meia-noite.

-Então é isso que você faz aqui... Dá dicas para dormir e canta algumas canções...

-É mais do que isso, é como um grupo de apoio. Ser mãe de primeira viagem não é nada fácil.

-Mãe de primeira viagem... - Não pude evitar de desviar o olhar e encarar a Mary Margaret que me olhava boquiaberta.

-Emma, é claro que eu não sou mãe de primeira viagem.

-Meio que você é, nunca criou um bebê antes. Apenas o colocou em um armário mágico.

-Emma...

-Eu sei, é novo pra você. É emocionante aulas de mamãe e bebê, os primeiros passos, canções e tudo mais. Deve ser excitante. - Por um momento todas ficaram em silêncio. - O quê?

-A garrafa. - Disse Ashley, olhei na direção da mamadeira que eu segurava e a mesma estava brilhando e esquentando cada vez mais.

-Ah, é só mágica. Eu tenho praticado para capturar a Rainha da Neve, acho que estou meio adiantada. Certo. - Soltei a mamadeira e estiquei os braços para pegar o meu irmão, mas a minha mãe o afastou no mesmo segundo.

Antes que eu pudesse questionar a sua atitude o meu celular tocou:

-Alô?

-Emma... - Era o David. - Algo está acontecendo na torre do relógio, há uma trilha levando até o topo. Uma trilha de gelo.

-Rainha da Neve, ela ainda está lá?

-A trilha sobe, não desce.

-Tudo bem, estou indo aí. - Desliguei. - A Rainha da Neve está na torre do relógio, acho que terei que adiar o convite para ser babá. - Minha mãe não me respondeu e eu me virei seguindo para a torre do relógio.

Lá já me esperavam junto ao David a Ruby, Elsa e o Hook. Com a vela em mãos todos subimos pelo elevador:

-Hey! - A Rainha do gelo lançou uma estalactite na minha direção me fazendo parar.

-Emma, agora! - Disse Ruby e assim eu fiz, acendi a vela e assoprei na direção da Rainha, a chama ficou em volta do seu pulso, como uma espécie de algema que bloqueava seus poderes.

-Você conseguiu! - Elsa me abraçou.

-Acho que sim.

-Você me pegou. - Disse a Rainha da Neve.

A levamos para a delegacia e a colocamos em uma sala de interrogatório:

-Tudo bem, Rainhazinha, hora de falar. - Disse Ruby.

-Deveria examinar aquilo, Emma. - Disse ela.

-Agora quer jogar limpo?

-Com vocês? Vocês não entendem, é tudo que eu sempre quis.

-Não nos importamos com o que você quer! - Disse Ruby.

-Onde está a Anna? Ela está viva, nós ouvimos seus batimentos. - Explicou Elsa.

-Ouviram as batidas dela?

-Do cajado da Betty! - Disse Ruby.

-Parece que alguém está um tanto desesperada em encontrar a sua irmã perdida.

-O que houve com ela? - Elsa perguntou novamente, mas dessa vez com um tom mais firme.

-Não acho que deva se importar, foi ela que te colocou naquela urna. Não faço ideia do porquê iria querer achar alguém assim.

-Porque ela é minha irmã e não faria o que você está dizendo.

-Ou ela é sua irmã e não conseguiu aguentar o que você, o que nós somos e fez exatamente o que eu disse.

-Não! - Elsa bateu na mesa irritada e eu e Ruby a seguramos.

-Elsa...

-Vem comigo, por favor. - Ruby pediu e assim ela seguiu com a moça para fora da sala.

-Cuida dela, eu resolvo isso.

-Emma... - Elsa protestou.

-Eu cuido disso. - As duas assentiram e eu fechei a porta. - Tudo bem, agora somos só eu e você.

-Bom. Era com você que eu queria falar. - Me sentei de frente para ela.

-Você quer que eu vire para o lado negro e seja a sua irmã, amiga, qualquer coisa do tipo. Não estou interessada.

-Estou tão orgulhosa de você, Emma.

-Isso não vai funcionar. Eu sei que temos um passado e falaremos dele também, mas não vai me confundir.

-Estou sendo completamente sincera.

-Use seu superpoder... Verá que eu digo a verdade. - A olhei com estranheza.

-Como sabe disso?

-Você me disse, quando era criança. Você era uma criança adorável, sou grata por tê-la conhecido antes.

-Não fale comigo como se fossemos amigas.

-Não somos amigas, Emma. Nós somos família.

-Eu sei que é isso que você quer, mas independente do passado que roubou de mim, eu sei o bastante para dizer sobre o futuro. E o que você quer? Não vai acontecer, irmã.

-Ah vai sim, você verá no fim do dia, vai entender que tudo o que eu estou dizendo é verdade. E você fará a última coisa no mundo que poderia imaginar.

-É? E o que é?

-Irá me soltar. - A olhei em descrença. - Agora, então... Do que gostaria de conversar?

Regina

Depois que a Emma saiu eu me tranquei na biblioteca para pesquisar sobre o autor, eu precisava encontrá-lo, precisava garantir que essa felicidade que eu e a Emma estavamos sentindo não se esvaisse, eu precisava ter certeza de que não íamos estragar tudo de novo, de que eu não ia faze-lo.

Acabei pegando o livro do Henry, o qual eu começei a folear, todas as histórias dos heróis tinham uma coisa em comum, o príncipe e a princesa sempre viviam felizes para sempre:

-Mãe, pode me ajudar com essa coisa? - Henry entrou na biblioteca de terno pedindo ajuda com a sua gravata.

-Olhe para você, todo arrumado. Qual é a ocasião?

-Vou me casar. - O olhei sem entender. - Trabalho. Com o vovô. Na loja. - Assenti sorrindo com o sarcasmo dele. "Com quem ele aprendeu isso?" - Ele disse que se aprenderei o negócio da família, terei que representar os negócios da família. Estaria tudo bem se ela não tivesse me dito para usar gravata. - Me levantei para ajudá-lo.

-Bom, eu acho que você está muito bonito.

-Então o que houve?

-Como assim?

-Estava foleando o livro com a sua cara malvada. Aconteceu alguma coisa com a minha outra mãe?

-Não, eu estou apenas... Estou procurando o autor. Eu sei que estamos bem, mas... Eu ainda tenho medo de estragar tudo, eu preciso mudar o final da minha história.

-Eu não acho que você precise do autor para ser feliz com a Emma, mas eu vou te ajudar, é para isso que estou trabalhando com o vovô.

-Eu sei, obrigada, Henry. Não posso deixar com que esse livro ou essa profecia me detenham novamente. A partir de agora... A Operação Mangusto será meu foco principal. - Segurei o rosto dele entre as minhas mãos. - Encontraremos o autor.

-Que bom, porque eu tenho algumas ideias de onde procurar pistas próximo a loja.

-Vá trabalhar. - Dei um beijo de despedida na bochecha dele e assim meu filho se foi.

Emma

-Então, o feitiço da visão quebrada? Muito impressionante.

-De que importa? Você me deteve.

-Sim, detive. Sabemos quem você é. Sabemos os seus planos. E por um motivo doentio e destorcido. Você quer que eu e Elsa substituamos suas irmãs perdidas.

-Então já tem suas respostas, será que eu já posso ir para a cela?

-Não, eu quero saber o porquê. Por que me perseguiu a vida toda?

-Eu estava tentando te proteger, Emma.

-Era o que você fazia no orfanato, me protegia? Por que apagou as minhas memórias? Porque eram muito boas?

-Toda família tem seus altos e baixos.

-Não, você e eu... Não somos uma família, e se estende por três gerações e 400 anos.

-Família não é questão de sangue, é um vínculo muito mais forte que mera genética. Elsa e eu somos a sua verdadeira família, porque somos como você e devemos ficar juntas. A família que você acha que tem... Podem até te amar, mas também tem medo de você.

-Não, não têm.

-Nunca os viu estremesser diante do seu poder? Nunca viu nem uma pontinha de medo por trás de seus olhos? Nem mesmo uma vez? Eu acho difícil de acreditar. - Era difícil não pensar no episódio com a minha mãe hoje mais cedo, mas eu não ia deixar que isso tranparecesse ou me afetasse.

-Eles me amam por quem eu sou, inclusive pelos meus poderes.

-Eu também já pensei assim uma vez, Emma.

Ruby

Enquanto a Emma conversava com a Rainha da Neve eu e Elsa acompanhamos o Charming, o Hook e a Belle até a torre do relógio, para tentarmos descobrir como quebrar aquele espelho:

-É com isso que estamos preocupados? Parece só um espelho qualquer. - Dei de ombros.

-Não deveria estar tremendo ou fazendo algo maligno? - Perguntou Hook.

-Eu acho que sim. - Disse Elsa. - Parece só vidro inofensivo.

-Ainda não encontrei nada para combater o feitiço. Hey! Parem, não olhem naquela coisa. - Belle me puxou junto ao Hook pelo braço, nos afastando do espelho. - Ele os fará ver a pior versão de vocês.

-Deve estar quebrado, já olhei milhares de vezes e não vejo nada além de eu mesmo só que diabólicamente mais lindo e charmoso que o normal. - Revirei os olhos e Belle se aproximou do espelho.

-Esse não é o mesmo espelho.

-Por que a Rainha da Neve se arriscaria vindo aqui para plantar um espelho falso? - Elsa perguntou.

-Porque ela queria ser capturada.

-Emma! - Disse e no mesmo segundo nós saímos correndo em direção a delegacia.

Quando chegamos a porta estava congelada, por mais que Belle e David tentassem a abrir, a mesma nem se mexia:

-Emma! - Charming gritou.

Nós estávamos sem opções então tivemos que recorrer a alguém mais poderoso, alguém que pudesse derrotar a Rainha da Neve. O Sr. Gold:

-Esse tipo de procissão não é um bom presságio. - Ele disse assim que nos viu passando pela porta da loja.

-A Rainha da Neve congelou a porta da delegacia. - Disse David.

-Emma está presa com ela lá dentro.

-Ajude-nos Rumple, deve ter um jeito de nos colocar lá dentro, por favor, por favor. - Pediu Belle.

-Como posso ignorar o pedido da minha amada esposa? Depois de vocês. - Assim todos, menos o Hook, saímos da loja e retornamos a delegacia.

Emma

Eu estava inquieta, andando de um lado para o outro naquela pequena sala de interrogatório, quanto mais a Ingrid falava mais estressada eu ficava. Odeio admitir isso, mas se ela queria me desestabilizar ela estava de parabéns, pois estava conseguindo:

-Eu entendo que você se sinta chateada, Emma.

-Acha que sabe como eu me sinto?

-Eu te conheço melhor do que você mesma.

-Sim, porque você tirou um ano da minha vida!?

-Quando morou comigo, você falava dos seus pais o tempo todo. Você tinha tanta raiva por eles terem te deixado.

-Foi por um bom motivo, agora eu sei disso.

-Isso não muda o fato de você ter se sentido indesejada por 28 anos.

-Eles não tiveram outra escolha.

-Sempre há uma escolha, Emma. Podiam ter ficado com você. Poderiam ter dado um jeito. Poderiam ter tentado.

-Eles fizeram de tudo para salvar um reino inteiro!

-Você era a única filha deles e mesmo assim eles te usaram para quebrar a maldição. Ainda usam os seus poderes.

-Isso não é verdade.

-Não é? Quantas vezes você os salvou? Quantas vezes você se sentiu mais a "Salvadora" do que a filha deles? Basta um pequeno deslize, um acidente e você e seus poderes passam de salvação para pesadelo.

-Você não os conhece e nem a mim.

-Eu não preciso conhecê-la, Emma. Eu fui você. Diferente, incompreendida, sozinha e agora... Eles decidiram ter outro filho. Não acha que eles agradecem aos céus todo o dia por ele ter nascido normal?

-Eles me amam! - Cerrei os dentes, eu já podia sentir as lágrimas enchendo os meus olhos e o copo de água que estava em frente a Ingrid também tinha começado a borbulhar.

-Não pode se amar alguém que você não entende. E sabe o que acontece quando não entendem algo? Eles começam a teme-lo e depois eles começam a vê-lo como um monstro!

-Cale a boca! - Gritei e bati minhas mãos contra a mesa, abrindo com a minha magia um buraco gigantesco na parede da delegacia. Olhei para as minhas mãos assustada, as mesmas estavam brilhando. - O que você fez comigo?

-Apenas te mostrei quem você realmente é. - Em um passe de mágica as algemas desapareceram dos pulsos dela, a Ingrid nunca esteve presa de verdade, ela queria isso.

-Faça parar.

-Não posso. É você, Emma e... É lindo. - Ela desapareceu.

Set Fire to the Rain - Adele

Saí pelo buraco aberto olhando todo o estrago que eu tinha feito:

-O que eu fiz?

-Emma! - Ruby gritou e eu me virei.

-Você está bem? - David foi o próximo a perguntar.

-Estavamos tão preocupados. - Disse Mary Margaret.

-Esperem! - Pedi.

-Parece que ela não precisou da minha ajuda. - Disse Gold olhando para a parede, ou melhor para o buraco que tinha nela.

-Swan o que aquela monstra fez com a delegacia? - Perguntou o Hook.

-A "monstra" que fez isso não foi a Rainha da Neve, fui eu. - Todos me olharam chocados.

-O quê? - David perguntou.

-Fiquem longe! Não sei se posso controlar e não quero machucar ninguém. - Me virei.

-Swan! - Hook me chamou, mas eu o ignorei.

-Deveriamos ouvi-la. - Disse o Gold.

-Sem chance, eu já passei por isso e não vou deixar que o mesmo aconteça com ela. - Disse Ruby.

-Emma, nós podemos ajudar. - A próxima a dizer foi a Elsa.

-Fiquem longe! - Hook segurou na minha mão e eu a puxei abrupidamente. - Me deixem ir! - Ao puxar a minha mão eu fiz com que todas as luzes ao meu redor falhassem e que o poste caísse.

Hook estava bem embaixo dele e David o salvou o empurrando para o outro lado, mas o seu ato fez com que o poste o atingisse:

-David! - Gritei preocupada.

-Emma! - Minha mãe disse em um tom de reprovação enquanto ajudava o homem a se levantar, aquilo me fez sentir mal e eu fugi. - Emma! Emma, espere. Não, por favor, volte!

-Swan! - Hook tentou me segurar de novo, mas dessa vez ele não obteve sucesso.

-Mãe! - Henry gritou também.

-Está tudo bem! - Mary Margaret gritou de novo.

-Emma! - A voz da Ruby foi a última que eu ouvi antes de entrar no carro e acelerar.

Eu comecei a dirigir sem rumo e quando me dei conta eu estava estacionada em frente a cripta da Regina, eu desci do fusca, minha intenção não era encontrar a Regina, mas sim procurar algo que pudesse parar a minha magia. Então uma vez lá dentro eu comecei a procurar, até derrubar um dos seus frascos no chão:

-Quem ousa invadir a minha cripta? - A voz da Regina ecoou da sala ao lado e eu me escondi atrás da parede, eu não precisava de mais alguém tentando me ajudar e acima de tudo, eu não queria machucar mais ninguém. - Mostre-se! - Ela disse de novo, dessa vez ela parecia estar mais próxima e as minhas mãos começaram a tremer novamente, fazendo as luzes falharem, claro que não demorou muito para que a Regina me encontrasse. - Emma?

-Se afaste, Regina! Eu não quero te machucar. Eu só estava procurando... Eu não sei, algo que pudesse parar isso, como uma daquelas pulseiras anti-magia, você tem?

-Não, eu não tenho. O que diabos está acontecendo com você?

-Eu não consigo controlar.

-Estou vendo. - Ela disse em um ar risonho.

-Regina, eu não estou brincando, por favor se afaste. - Dei um passo para trás.

-Não!

-Regina... - Estiquei a mão na intenção de afasta-la e o lustre acima de nós estourou.

-Emma, eu não tenho medo de você. Você não vai me machucar. Eu posso te ensinar a controlar. - Ela deu um passo a frente e eu dei um para trás no mesmo instante quando uma luz estourou. — Emma, eu preciso que você pare de pensar. — Ela falava, mas os objetos da cripta insistiam em cair ou tremer, além das luzes que piscavam e estouravam uma por uma.

-Não consigo.

-Eu sei que está com medo e eu posso ver que está se esforçando muito agora para manter o controle, mas a magia não funciona assim, Emma. Não tem a ver com o pensamento e sim com a emoção. O que quer dizer que quanto mais nervosa você fica, menos controle você tem sobre ela. Apenas relaxe! - O que ela falava fazia sentido, então eu fechei os olhos e tentei respirar fundo, mas com o barulho de um frasco de vidro caindo no chão e se quebrando em mil pedaços eu tornei a abrir os olhos.

-Não, eu não posso! Não consigo!

-Emma... - Ela falou com uma voz suave e deu mais um passo a frente, e colou a sua boca com a minha antes mesmo que eu pudesse me afastar ou reagir. Eu podia sentir a eletricidade nos nossos lábios, não era doloroso, era como uma cócega, era uma sensação boa.

Nesse momento as luzes que ainda restavam estouraram acima de nós, mas o tremor da minha mão e nos objetos da cripta cessaram.

-Que tal assim? - Regina perguntou baixinho com uma sobrancelha erguida.

-As luzes...

-Shii... Não se preocupe com isso eu posso consertar depois, hoje você passa a noite comigo. - A olhei pensativa, eu não podia, não podia correr o risco de machuca-la durante a noite. - Emma, isso não foi um pedido, eu não vou te deixar sair assim. — Deu de ombros. — Assim, eu não direi aos seus pais que você esteve aqui. Me deixe cuidar de você. - Ela sussurrou com uma mão na minha bochecha, em seguida ela deslizou a mesma pelo meu braço, até alcançar a minha mão, onde ela entrelaçou seus dedos com os meus.

-Se eu te machucar... - Ela me calou com um beijo e em seguida olhou no fundo dos meus olhos.

-Você não vai.

E assim aconteceu, eu concordei em passar a noite com a Regina, eu só desisti da ideia de dormir no sofá e concordei em dividir a cama com ela, com a condição de que a mesma manteria uma certa distância, por mais que ela tivesse me ajudado a "controlar" a minha magia, eu não queria correr o risco de machuca-la.

É claro que ela não me ouviu e nós acabamos dormindo abraçadas, mas eu não reclamei. Era reconfortante sentir o calor do seu corpo contra o meu, me ajudava a me acalmar e a parar de pensar. Dessa forma eu não demorei muito para dormir.

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