E Se SwanQueen Tivesse Aconte...

By bex_mills108

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O que teria acontecido em Once Upon a Time se Regina e Emma tivessem ficado juntas? Nessa fic eu conto a hist... More

Piloto
Aquilo que você mais Ama
Neve e Paixão
O Preço do Ouro
A Voz Interior
O Pastor
O Coração é um Caçador Solitário
Almas Desesperadas
O Verdadeiro Norte
07:15 da Manhã
O Fruto da Árvore Venenosa
Beleza Externa
O que Aconteceu com Frederick?
Sonhador
A Capa Vermelha
O Coração das Trevas
O Chapéu Mágico
O Homem do Estábulo
O retorno
O Estranho
Uma Maçã Vermelha como Sangue
Uma Terra sem Magia
Quebrado
Nós somos ambos
A Dama do Lago
O Crocodilo
O Doutor
Tallahassee
Filha da Lua
Nas Profundezas
Rainha de Copas
O Jogo de Cricket
O Forasteiro
Em Nome do Irmão
Pequenino
Manhattan
A Rainha está Morta
A Filha do Moleiro
Bem-vindos a Storybrooke
Autruísta, Corajoso e Sincero
Lacey
A Rainha Má
Segunda Estrela à Direita
Seguindo Até o Amanhecer
O Coração do Verdadeiro Crédulo
Garota Perdida
Uma Fada Comum
Maus Hábitos
Agir Corretamente
Ariel
Buraco Negro
Pense em Coisas Bonitas
Salvar o Henry
A Nova Terra do Nunca
Voltando para Casa
Serenata de Nova York
Noite de Prazer
Caça a Bruxa
A Torre
Mentes Silênciosas
Não é Fácil ser Verde
Jolly Roger
Passado Obscuro
Uma Coisa Curiosa
Kansas
O Portal do Tempo
O Lar é o Melhor Lugar
Um Conto de Duas Irmãs
Dentro do Gelo
Estrada Rochosa
Espelho Quebrado
A Rainha da Neve
Quebrar o espelho
Queda
Visão Partida
Heróis e Vilões
Escuridão nós Limites da Cidade
Imperdoável
Segundas Chances
A Volta do Dragão
Pobre Alma Infeliz
Força Maior
O Coração de Ouro
Lado Mal
Simpatia pelo Diabo
Lily
Mãe
Operação Mangusto Ī
Operação Mangusto ĪĪ
Dark Swan
O Preço
Assento Perigoso
Apanhador de Sonhos
O Urso e o Arco
Nimue
Escolhendo um Lado
Coração Partido
O que aconteceu em Camelot?
O Herói
Merlin
Nascimento
Senhora das Trevas
O Canto do Cisne
Almas dos que Partiram
Obra de Amor
Dever do Diabo
A Volta do Caçador
A Nossa Ruína
Seu Belo Herói
Sapatos de Viagem
Irmãs
Cabeça de Fogo
Ritos Finais
Somente Você
Uma História Não Contada
O Salvador
Remédio Amargo
O Outro Sapato
Um Caso Estranho
Ratos de Rua
Águas Escuras
Sem Coração
Eu Serei Seu Espelho
Crianças Trocadas
Gostaria Que Estivesse Aqui
Onde há Fumaça há Fogo
Mais Resistente do Que o Resto
O Desejo do Seu Coração
Padrões de Presságio
Um Novo Começo
Um Lugar Maravilhoso
Ajudante da Mamãe
Acordando
Onde Pássaros Azuis Voam
A Fada Negra
A Canção Em Seu Coração
A Batalha Final Ī
Batalha Final ĪĪ
Epílogo

Assunto de Família

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By bex_mills108

Emma

Acordei na outra manhã, o ambiente estava pouco iluminado, devido ao fato de que a cripta era subterrânea, mas eu ainda podia ver o rosto da morena que ainda dormia com o corpo enroscado ao meu e a cabeça sobre o meu braço que já estava dormente, mas não era algo que me incomodava, sua mão macia continuava apoiada na minha barriga, onde ela havia acariciado até quando eu me lembro. Sua respiração era profunda, o que fazia com que alguns fios de seu cabelo se movessem e sua feição estava tão pacífica, eu quase podia ver um sorriso nos seus lábios.

Estiquei a mão livre para acariciar suas costas, era interessante ver como a sua pele se arrepiava, reagindo ao meu toque, não demorou muito para que eu notasse seu corpo enrigesser e nariz enrugar, ela estava acordando.

Me levantei sobre ela e comecei a distribuir vários beijos nas suas costas até que a mesma se espreguiçou e se virou para mim:

-Bom dia, Srta. Swan! - Ela disse com uma voz de sono.

-Bom dia, Madame Prefeita! - Trocamos um selinho rápido.

-Está acordada a muito tempo?

-Apenas o suficiente.

-O suficiente para quê?

-Para me lembrar do quão sortuda eu sou. - Regina tentou esconder o sorriso e o rosto corado no travesseiro, mas não obteve sucesso. - Linda. - Estiquei a mão para acariciar o contorno do seu rosto.

Ficamos ali apenas passando o tempo, trocando olhares. "Deus acho que nunca vou me cansar disso!"

-Eu tenho uma surpresa para você.

-Tem? O que é?

-Se eu contasse não seria surpresa. - Ela mostrou a língua pra mim em resposta. - Eu deixei no meu escritório, na delegacia, podemos buscar depois que eu te levar para comer no Granny's.

-Que romântico, um encontro no Granny's. - Ela riu e eu bati o travesseiro nela.

-Tudo bem, sem surpresa então... - Disse fingindo um biquinho.

-Você não faria isso comigo, faria?

-E se eu fizer?

-Posso ter algumas ideias.

-Que tentador. - Sorri maliciosamente.

Enrolamos mais um pouco na cama, depois nos levantamos e partimos para o Restaurante da vovó, onde pegamos mistos-quentes, uma sidra de manhã quente e um chocolate quente com canela antes de partirmos para a delegacia:

-Então... Qual é a surpresa? - Perguntou Regina impacientemente.

Fui até a gaveta e abri a mesma, encontrei a caixinha de jóias dentro de outra caixa que eu não abria a muito tempo, onde eu guardava alguns objetos que remetiam ao meu passado, minha adolescência voltaram com tudo, eu me lembrei do Neal, da Lily, de como ela me ajudou, do tempo em que passamos juntas e...

-Emma, está tudo bem? - Regina colocou a mão no meu ombro.

-Está, está sim. São só... Coisas do meu passado, da minha infância. - Coçei a garganta e peguei a caixinha de jóias, tirando uma correntinha de ouro com um pingente de um cisne com uma coroa em sua cabeça.

-É lindo. - Ela passou a mão pelo pingente. - Onde você comprou?

-Na verdade apareceu no bolso da minha jaqueta, estava com uma etiqueta escrito: "Swan Queen".

-Swan Queen, soa bem. - Sorriu.

-Soa como nós. - Sorri para ela. - Você gostou?

-Se eu gostei? Emma, é lindo. - Ela colocou o cabelo de lado. - Pode colocar para mim?

-Seu desejo é uma ordem... - Me posicionei atrás dela para prender a correntinha. - Majestade. - Falei da forma mais sexy que consegui próxima a sua orelha, onde eu plantei uma mordida de leve.

Assim que eu prendi a corrente ela se olhou no espelho e depois de satisfeita voltou a olhar para a mesa:

-O que tem naquela caixa? Eu vi como ela mexeu com você. - Ela apontou para a caixa que eu tinha deixado em cima da mesa. - Posso ver? - Entreguei a caixa maior a ela. Regina pegou a mesma e começou a mexer nas minhas coisas. - Você usava óculos?

-Eram só de descanso, eu ficava horrível com eles. - Sorri.

-Eu duvido. - Ela sorriu, devolveu o óculos e pegou o meu anel do humor. - Mistura de emoções? É bem a sua cara. - Brincou ao ver a cor verde brilhando no anel, o próximo objeto que ela pegou foi uma foto de polaróide, minha com o Neal, ela não comentou nada sobre a mesma e o silêncio pesou antes dela pegar uma velha câmera. - O que tem aqui?

-Algo que eu não vejo a muito tempo. - Peguei a câmera da mão da mesma e a liguei na TV. - Se lembra da amiga do passado que eu te falei?

-Claro, quer mesmo compartilhar isso comigo?

-Quero, isso faz parte de quem eu sou hoje. - Entrelaçei a minha mão com a dela e dei play no vídeo, logo eu e a Lily mais novas aparecemos na tela, nos estávamos rindo, nos divertindo juntas, parecíamos felizes.

-Vocês parecem próximas.

-É... Eu acho que éramos. - Regina passou o braço em torno dos meus ombros antes do vídeo mudar.

-Hey, olhe o que a garota nova trouxe. - O garoto do vídeo dizia.

-Onde é isso? - Regina perguntou.

-Eu não me lembro. Meu próximo lar adotivo?

-Foi desagradável? Você bloqueou?

-Eu acho que sim.

-Quem é esse? Outro amigo?

-Eu não me lembro de nada disso.

-Devolva, Kevin! A câmera é da Emma. - O inesperado aconteceu, a Ingrid apareceu no meu vídeo, nos deixando boquiabertas.

-Mas que diabos!? Essa é... - Regina mal conseguiu completar a frase.

A mulher se aproximou mais da câmera e eu pausei o vídeo:

-É a...

-Temos que avisar os outros.

Assim fizemos, eu cuidei de avisar o Hook, Ruby, Elsa, Belle, Gold, meus pais e o Henry. Logo todos eles estavam lá e eu dei play no vídeo novamente:

-Emma, essa é você? Você deveria ter...

-13, 14 anos. - Completei para a Mary Margaret.

-Será que eu sou a única que vejo o perigo aqui? Ela está com a Rainha da Neve! - Disse Regina.

-Tem certeza de que não a conhecia antes de Storybrooke? - Perguntou Ruby.

-Encontrá-la na cidade parece não ser a única memória que ela apagou. Todo esse tempo nesse orfanato ou o que quer que fosse esse lugar, se foi.

-Eu só não entendo como ela veio parar nesse mundo. - Disse Belle.

-Acho que ninguém aqui entende. - Ruby bufou.

-Não, tem alguém que entende sim, alguém que tentou vir para cá de todas as formas, não é mesmo, Gold? - Disse me virando para o mesmo. - Como ela veio?

-Considerando o tempo que gastei tentando atravessar eu gostaria de saber. - Disse Gold.

-E importa como ela chegou á Emma? Não deveríamos estar mais preocupados com o "por quê"? - Perguntou David.

-Obviamente ela precisa da Emma para algo, mas para quê? Esse é o nosso próximo problema. - Disse Regina.

-Sabemos que ela se esconde por volta do norte da floresta. - Disse Ruby.

-Nós reviramos cada centímetro da loja e da casa dela, mas não há nada. Ela deve ter limpado dias antes. - Explicou David.

-Ela deve estar escondendo algo. - Disse Hook.

-Mas onde? - Perguntei.

-E o caminhão de sorvetes dela? - Henry sugeriu e todos os olhos se voltaram para ele.

-A Rainha da Neve tem um caminhão de sorvetes?

-Eu sou criança, reparo nesse tipo de coisa. - Sorri orgulhosa.

-Vamos nos dividir em grupos. Buscaremos na cidade, na mata... Ruby, Regina e Emma vão para o oeste. Gold, Hook e eu vamos ao leste.

-Quer que eu trabalhe com o Crocodilo? - Hook protestou.

-Todos sabemos que eu trabalho melhor sozinho. - Disse Gold.

-Sem tempo para discussões. - Argumentou David. - Belle, você consegue rastrear?

-Na verdade acho que terei mais serventia na biblioteca. Talvez eu encontre algo sobre a Rainha da Neve.

-Eu gostaria de ir junto se não for incômodo, talvez haja algo sobre a minha irmã lá. - Sugeriu Elsa. - A não ser que você não queira a minha companhia.

-Não, claro que não. Eu adoraria a sua companhia.

Assim com nossas funções dividas, eu segui para a floresta acompanhada da Ruby e da Regina, isso até o Robin Hood ligar para a Regina avisando que tinha encontrado o caminhão de sorvetes:

-David, cancele a busca. Achamos o furgão perto do acampamento.- Falei no Walkie-talkie. - Obrigada por ficar de olho.

-De nada, essa Xerife eu não me importo em ajudar. - Disse o homem. - Regina queria conversar sobre a Marian...

-Se não notou eu vou destruir um caminhão de sorvete do mal. - Eu e Ruby nos entreolhamos segurando uma risada pelo comentário da morena.

-Vocês parecem bem. - Disse Ruby.

-É nós conversamos e fizemos as pazes.

-Teve sexo de reconciliação, não teve?

-P-perdão? - Engasguei.

-Vocês não conseguem disfarçar, não quando trocam olhares e sorrisos bobos a cada dois segundos.

-Eu não troco olhares. - Revirei os olhos.

-Pronta, Swan? - Regina nos alcançou e meu olhar encontrou com o dela, vi Ruby com um sorriso conhecedor estampado em seu rosto ao meu lado e eu revirei os olhos de novo. "Okay, nós trocamos olhares."

Entramos pela parte de trás do caminhão de sorvete:

-Parece que ela foi mais rápida. - Disse Ruby. - Ela limpou o caminhão.

-E agora? Interrogamos as vacas que ela ordenha? Investigar a fábrica de casquinhas? - Ironizou Regina.

-Esperem, olhem. - Apontei para o cadeado enroscado no freezer. - Quem tranca um freezer? Tem medo de roubarem o sorvete?

-Aguenta aí. - Ruby tirou as garras para fora e quebrou o cadeado.

-Desde quando consegue fazer isso?

-Desde que você foi a Terra do Nunca, eu acho. - Deu de ombros e eu abri o freezer, dentro tinha um arquivo... Um arquivo sobre mim.

-Parece que a Rainha láctea me segue há muito tempo.

-Desde antes do orfanato? - Regina perguntou e eu passei o arquivo para ela.

-Desde que eu cheguei nesse mundo. - Regina passou os olhos pelo arquivo e me olhou boquiaberta.

-Ela foi minha mãe adotiva por seis meses.

-Foi? - Perguntou Ruby.

-Foi o maior tempo que eu fiquei em um lar adotivo, mas eu não me lembro de nada.

-Você está bem? - Perguntou Regina abraçando as minhas costas.

-Estou. É que isso já faz muito tempo.

-Passados são complicados, feridas que sofremos quando jovens podem durar muito tempo. - Disse Ruby enquanto eu foleava o arquivo, encontrando uma pintura.

-O que é isso? - Perguntou Regina.

-Wow, você pinta? - Ruby perguntou por sua vez.

-Isso já faz muito tempo, é só uma pintura que eu fiz quando estava na escola.

-Por que isso é tão surpreendente? - Questionou Regina.

-Porque ela não é a única. Essa louca tem um acervo de meus antigos projetos de arte e disssertações.

-É como o que temos para o Henry. - Concluiu Regina.

-Exato, não se guardam coisas assim, ao menos que você se importe com a pessoa.

-Talvez a Rainha da Neve não tenha só te usado, pode ter se apegado a você com o tempo. - Disse Ruby.

-Parece que o sentimento era recíproco. - Abri uma carta escrita por mim.

"Obrigada por ser a família que eu nunca tive!

Com amor,
~Emma"

-Eu escrevi isso para ela.

-Parece que vocês já foram próximas. - Disse Regina.

-Mas ela apagou as minhas memórias, algo deve ter ocorrido para mudar isso. Deve ter uma pista que nos diga o motivo.

-Talvez haja... Se souber ler hieróglifos. - Regina puxou um pergaminho do meio do arquivo.

-Isso não é do nosso mundo. O que diabos ela estava fazendo comigo?

Quanto mais investigavamos, mais perguntas sem respostas apareciam, a tarde seguiu assim até eu receber uma ligação da Elsa, me pedindo para encontrá-la na delegacia:

-A Rainha da Neve é sua tia?

-Segundo esse livro heráldico da biblioteca a minha irmã tinha duas irmãs Helga e Ingrid. Estou tão surpresa quanto você.

-Passe mais tempo nessa cidade e vai descobrir que todos são parentes. - Hook chegou acompanhado da Ruby.

-Esse livro acompanha todas as gerações da linhagem de Arendelle. Essa é minha mãe, Guerda e Helga, minha outra tia.

-Essa é igualzinha a você. - Ruby me olhou e apontou para a foto da Helga. Talvez seja esse o motivo da obsessão por você e também o porquê dela ter guardado todas aquelas coisas da sua infância.

-Ela veio a esse mundo procurando loiras? Tem muito mais que eu.

-Eu que o diga. - Disse Hook.

-Ela não procura por uma loira, ela está procurando pela Salvadora. - Disse Elsa.

-O quê? - Eu e Ruby dissemos em uníssono.

-Esse pergaminho, é uma profecia em runas, diz: "O nome da Salvadora é Emma."

-Ela sabia? - Me levantei confusa.

-Antes de você, ela sabia que você era poderosa.

-Mas porquê?

-E diz aqui... "E a Salvadora será a irmã da Ingrid." - Elsa continuou a leitura.

-E o que isso significa?

-Bom, minha mãe morreu, e a outra irmã não está mais aqui. Eu acho que a Ingrid acredita na profecia, eu acho que ela quer substituir as pessoas que ela amava.

-Elsa? - Belle adentrou a delegacia.

-Sim?

-Eu... Sinto muito, mas...

-O quê?

-Eu estive mantendo um segredo... Eu conheço a sua irmã Anna, ela me ajudou uma vez, mas quando eu tive a chance de ajudá-la, eu falhei. E por isso ela foi capturada pela Rainha da Neve.

-O quê? Onde foi isso? Quando?

-Arendelle, foi há muito tempo. Eu não faço ideia de onde ela está agora, mas eu temo que tenhamos algo mais urgente para resolver. A Rainha da Neve tem um espelho com uma magia terrível que pode fazer coisas horríveis.

-Espelho? - Perguntou Ruby.

-Essa é fácil, é só quebrar. - Disse Hook.

-Não é tão simples. O Rumple me disse que é parte de um feitiço. O feitiço da visão quebrada. Se ela lançar, a magia fará que todos em Storybrooke virem-se uns contra os outros.

-Maldição! - Hook murmurou.

-A cidade inteira vai se destruir. - Disse Ruby com os olhos arregalados.

-Não sobraria ninguém. - Completou Belle.

-Exceto nós.

-O que a faz pensar que ela pouparia você e a Elsa?

-Por causa disso. - Apontei para o pergaminho.

-Ela quer que sobremos só nós três.

-A família perfeita.

Good for you - Selena Gomes, A$AP Rocky

Saí da delegacia, e passei na floricultura dos French onde eu comprei uma rosa e fui direto para a cripta, onde eu sabia que a Regina estava estudando para conseguir descongelar a Marian:

-Hey! - Disse escondendo a rosa nas minhas costas e fazendo a Regina levantar os olhos do livro.

-Já está com saudades, Srta. Swan?

-Não posso mais te ver? - Ela sorriu e mordeu o lábio inferior.

-Sempre que você quiser, mas... - Ela parou de falar e me olhou curiosa. - O que você está escondendo aí? - Deu um sorriso travesso e eu mostrei a rosa.

-Ah... Isso? Não é nada. - Dei de ombros.

-É para mim?

-Depende...

-Do que?

-Você aceitar ou não a minha proposta. - Dei de ombros.

-E o que seria essa proposta? - Ela fechou o livro e se aproximou de mim como uma felina, pronta para capturar a sua presa.

-Quer jantar comigo?

-Eu e você? Jantar?

-Sim, você já tem outros planos?

-Talvez. - Sorriu maliciosamente e deslizou uma mão boba pelo decote da minha blusa, só aquele simples gesto teve efeito direito na minha calcinha, além de fazer com que o meu coração errasse a batida.

-Eu acho que isso pode esperar. - Prendi a respiração e afastei gentilmente a sua mão e Regina me olhou em desafio.

-Okay, eu adoraria jantar com você, Srta. Swan. - Ela pegou a rosa da minha mão e com a mão livre ela materializou um pequeno vaso, o qual ela colocou a flor dentro e o posicionou sobre uma prateleira.

Peguei a sua mão e ela me seguiu até o fusca:

-Você não vai me contar onde estamos indo? - Com um passe de mágica eu fiz com que a venda que a Regina usou em mim na noite passada aparecesse na minha mão.

-É uma surpresa. - Disse antes de me posicionar atrás dela e colocar a venda sobre seus olhos. - Prometo que você vai gostar. Confia em mim? - Ela assentiu e assim eu amarrei o tecido.

A guiei com cuidado até o meu fusca e de lá eu dirigi até uma das montanhas que ficavam quase no limite da cidade, era um dos meus lugares favoritos de Storybrooke, a vista era incrível, dava para ver a cidade toda dali.

Regina fez algumas perguntas em meio ao trajeto, mas eu consegui "desviar" de todas elas:

-Chegamos? - Ela perguntou assim que paramos.

-Sim, me espera aqui, não vale espiar.

Desci do carro e mentalizei os objetos que eu queria e em um passe de mágica eu fiz com que uma toalha xadrez vermelha e branca, vinho tinto, hambúrgueres e batatas fritas aparecessem.

Quando me convenci de que tudo estava do meu agrado eu voltei ao carro para buscar a Regina:

-Majestade, poderia me dar as honras? - A mesma esticou a mão e eu a segurei plantando um beijo na pele macia, conduzi a morena até a toalha, onde eu tirei a sua venda. - Então, o que você achou? - A morena olhou em volta antes de se virar para mim.

-Bom, não estamos no Granny's. - Ela sorriu.

-Com certeza não estamos. - Brinquei e Regina se acomodou entre as minhas pernas, se encostando no meu peito, enquanto eu enchia duas taças de vinho e entregava uma a ela.

-Como encontrou esse lugar?

-Eu vinha muito aqui durante a maldição das trevas, quando você me afastava do Henry, me ajudava a pensar.

-Eu sinto muito.

-Não sinta, nada disso importa mais. - Trocamos um beijo rápido e Regina começou a passar os dedos sobre o meu pulso, contornando os traços da minha tatuagem. - É tão estranho... Pensar que tudo começou como começou, não acha?

-Sim, quem imaginaria que eu me apaixonaria pela filha da minha maior inimiga. - Deu uma risada rouca. - Foi uma experiência interessante tentar te odiar, Swan. - Encontrei seus lábios novamente.

-Não acho que você teve que fazer tanto esforço. - Sorri.

-Você era uma pedra no meu sapato.

-Você adorava. Admita que era divertido o fato de tentamos matar uma a outra.

-Acredite, se eu estivesse tentando eu teria conseguido. - Me lançou um olhar convencido e eu revirei os olhos como quem diz: “sei”. - Mas sim, era divertido.

-Um brinde a isso! - Batemos nossas taças e quando Regina deu mais um gole no seu vinho, eu a senti estremesser contra o meu corpo. - Está com frio? - Tirei a minha jaqueta e entreguei a ela.

-Eu acho que prefiro morrer de frio ao colocar essa coisa. - Ela disse sarcástica segurando a minha jaqueta entre dois dedos.

-Tudo bem, você é quem sabe. - Estiquei a mão para pegar a jaqueta de volta, mas Regina não me devolveu, parecendo pensar no assunto e depois de estremesser de novo ela revirou os olhos ela finalmente colocou a jaqueta.

-Se alguém ficar sabendo disso, eu juro que te transformo em um sapo.

-Será o nosso segredo. - Pisquei.

-Agora sim eu estou preocupada, sua família não tem um bom histórico com segredos. - Brincou nos fazendo rir. - O que tem na cesta? - Disse quando voltou a ficar seria.

-Achei que nunca ia perguntar. - Levei a mão a mesma e tirei os dois hambúrgueres e o pacote de batatas fritas.

-Ah você acha mesmo que eu vou comer essas coisas gordurosas?

-Bom, se você não quer, tem quem queira. - Dei de ombros e mordi o meu lanche soltando um gemido de satisfação proposital e fazendo com que a barriga de Regina roncasse. - Parece que alguém está aqui com fome.

-Você é impossível. - Disse Regina rindo e eu estiquei o lanche em sua direção.

-Vai, prova só um pedacinho. - Ela levantou a sobrancelha e eu adicionei ketchup no lanche antes que a mesma mordesse.

-Está feliz agora?

-Com você? Sempre. - Ela sorriu, tomou o lanche da minha mão e saiu do meu aperto para come-lo de uma vez, senti o frio pela sua ausência me atingir. - Espera. - Disse antes que ela desse outra mordida.

-O quê?

-Tem um pouco de ketchup no canto da sua boca. - Ela lambeu o lugar e os meus olhos acompanharam a sua língua.

-Saiu?

-Não... - Falei em meio a risos. - Esse momento merecia uma foto.

-Idiota!

-Você adora. - Regina sorriu sem jeito e eu me aproximei para lamber o canto dos seus lábios me esticando até a sua cicatriz. - Agora sim. - Sussurrei e encontrei o meu olhar com o da Regina antes que ela fechasse os olhos e buscasse a minha boca e eu sugasse seus lábios inferiores.

Nosso beijo era lento e caloroso, o calor de nossos corpos tão próximos supria o frio que fazia ao nosso redor, era como se estivéssemos em nossa própria bolha, eu quase conseguia acreditar que enquanto estivéssemos ali, juntas. Nada poderia nos atingir.

Depois do jantar eu deixei a Regina na mansão, foi difícil deixá-la quando cada pedacinho, cada célula do meu corpo ansiava por ela, então com muito esforço, eu acabei seguindo de volta para o apartamento dos meus pais:

-Então como foi? - Levei um susto quando ouvi a voz da minha mãe.

Mary Margaret e David estavam sentados no sofá lado a lado, minha mãe tinha um sorriso radiante estampado em seu rosto, já o meu pai, bom... Creio que não possa dizer o mesmo dele.

-Vocês ainda estão acordados.

-Queremos saber tudo sobre o encontro. - Disse minha mãe.

-Só para constar alguns de nós não querem saber de tudo. - Disse David.

-Esperem, esperem! Quem disse que eu fui a um encontro?

-Sério!? Não foi muito difícil ligar os pontos. - Minha mãe deu de ombros.

-Que pontos? Eu nem passei em casa. - Cruzei os braços.

-Tudo bem, Ruby me contou.

-Ela o quê!? - "Eu vou matá-la!"

-Não brigue com ela, foi minha culpa, eu insisti para que ela o fizesse. Mas, então, como foi lá? Para onde você a levou? O que fizeram depois? Teve um beijo de boa noite?

-Isso é uma das coisas que eu não quero saber. - Reclamou David.

-Eu preciso da minha própria casa. Boa noite, pessoal. - Dei as costas para os dois.

-Ela parece feliz.

-Parece que a Regina realmente mudou. - Disse David.

-Posso ouvir vocês, pessoal.

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