Regina
Henry estava começando há passar muito tempo com o filho do Gold, e eu comecei a me perguntar o porquê:
-Parece que fomos deixados de lado. - Falei para o Gold que assistia o seu filho e o meu brincarem ao longe.
-O que está fazendo aqui?
-A pergunta certa é: O que seu filho está fazendo com o meu?
-Isso? Não recebeu o anuncio do nascimento, não é? Aquele é o Pai do Henry. - Ele falava sorrindo.
-O que? - E de nova a última, a saber, de tudo, o que a Srta. Swan estava pensando ao não me contar? Eu também sou Mãe dele.
-Vou ter que soletrar? A Srta. Swan e meu filho...
-Você é o avô do Henry? - O interrompi.
-Acho que isso nos faz parentes, ele tem meus olhos, não acha? - Como eu odiava aquele sorriso convencido que ele carregava.
-Você fez isso.
-Acredite Queridinha, foi tão chocante para mim quanto para você.
-Não, você deveria saber. Quando eu o adotei, você o procurou para mim. Espera que eu acredite que foi uma coincidência?
-Coincidência não. Destino, e aparentemente o destino tem senso de humor.
-Destino? Então agora está interpretando o papel do avô querido? Eles não o aceitarão. Não importa o que faça nem seu filho, nem nenhum deles.
-Você verá.
-Eu já vi Gold. Já vi seu coração sombrio e ele sempre triunfa. Você sempre escolhe as trevas.
-Sinto que você esteja errada, Queridinha. Você acha que me conhece, mas não conhece.
-Conheço o suficiente. Se seu próprio filho não pode despertar o bem em você, quem poderá?
Com isso saí, eu faria o possível para que assim como eu Rumple não fosse aceito, mas para isso eu teria que jogar sujo e garantir que Belle não se lembrasse de quem é e estivesse muito ocupada para amar o Gold, então tudo o que eu tive que fazer foi implantar memorias falsas nela.
Ruby
Naquela manhã eu tinha tido uma briga feia com a vovó, então, eu resolvi passar no Buraco do Coelho para tomar uns drinks até a minha raiva passar, tudo estava tranquilo, até que eu notei uma moça jogando sinuca, haviam muitas pessoas ao redor dela, mas não era para pouco, olhando de longe ela era linda, com o cabelo preso em um coque e uma blusa azul chamativa.
Cheguei mais perto e reconheci a moça, era a Belle:
-Belle? - Chamei.
-Oi! É Lacey na verdade... Eu me lembro de você, você me levou bolinhos no hospital, não levou?
-Culpada, eu me chamo Ruby. - Estiquei a mão.
-Prazer! - Ela pegou a mesma e voltou para dar mais uma tacada. - Você sabe jogar? - Ela perguntou e eu sorri convencida já pegando um taco.
-Com certeza! Preparada para perder?
-Te pergunto o mesmo. - Ela bateu na bola branca acertando a bola azul e laranja lisa, encaçapando as duas. - Sua vez. - Ela disse convencida.
Ficamos jogando por um tempo até que eu avistei o Rumplestiltskin ao longe, literalmente babando no decote da Belle, não demorou muito para que ele se aproximassem:
-Belle. - Disse ele.
-Ah meu nome é Lacey.
-Eu acho que o nome dela deveria ser "Fast Eddie" porque ela é agitada, ela está me agintado. - Disse Atchim e eu o fuzilei enquanto Belle ria como se ele tivesse dito a coisa mais engraçada do mundo.
-Você se lembra de mim? - Perguntou Rumple.
-O cara que me visitou no hospital, claro que sim. Mas agora eu me lembro quem eu sou. E meu nome é Lacey, agora se você me der uma licença, está na minha tacada.
Regina
Depois de alterar as memórias da Belle eu sabia que era só uma questão de tempo para que o Rumplestiltskin me procurasse:
-O que fez com a Belle? - Ele questionou.
-Me desculpe, mas pareço um pirata com uma mão e uma pistola? Você sabe quem atirou nela.
-Pare de jogar, ela se foi e agora é outra pessoa.
-Você quer dizer que ela recuperou a memória? - Dei um sorriso sínico. - De nada.
-Não as lembranças dela, as lembranças da maldição.
-Sim, da maldição que você me deu. Tudo o que eu fiz foi colocar as coisas no lugar.
-Desfaça, traga-a de volta.
-Você sabe que eu não posso. - Ora, ora, ora, quem está sorrindo agora Rumple? - Ela atravessou a linha da cidade, o antigo "eu" dela se foi. As lembranças da maldição são reais agora. Lacey ficará.
-Qualquer maldição pode ser quebrada, Queridinha. Agora, você me ajudará...
-Ou o que? Vai me matar? Não, não irá. - Sorri de novo.
-Não irei?
-Está se comportando por causa do seu filho. Não quer que ele saiba quem você realmente é quer? Então sugiro que se acostume com a Lacey.
-Tudo bem, eu encontrarei um jeito.
-Encontrar um jeito não é o problema, Querido. Sabemos qual é.
-O beijo de amor verdadeiro.
-Não acho que sua nova namorada sinta o mesmo que você.
-Então a farei sentir.
-Aí está o charme que pode facilmente cortejar uma dama. Certamente, ela se apaixonará por você a primeira vista. - Ri. - Espere isso não aconteceu, não é mesmo? - Ele se levantou irritado.
-Ela irá ou eu prometo que haverá sofrimento. - Sua ameaça não me amedrontava, pelo contrario, só me trazia mais diversão.
-Finalmente algo que ambos podemos concordar. Boa sorte, Gold. - Ele começou a se dirigir a saída e eu o chamei de volta. - E... Mande minhas lembranças a Lacey.
Ruby
Depois de várias rodadas de sinuca, eu e Belle, ou melhor, Lacey, encostamos no balcão para beber alguns drinks, aquela não era a Belle que eu conhecia e estava acostumada, mas pelo menos daquele jeito eu poderia cuidar dela:
-Outra rodada para a moça. - Disse um homem se encostando no balcão.
-Não precisa, estamos bem. - Avisei e o cara revirou os olhos antes de se voltar para a Belle.
-Eu estive de olho em você por um tempo.
-Obrigada, você não faz o meu tipo. - Disse ela.
-Mas você nunca saberá se não me der a chance.
-Hey! Você escutou a moça! - Me levantei de forma ameaçadora.
-Ruby, sei que está com ciúmes, baby, mas nós já nos divertimos tanto no ano passado, porque não dá uma chance para a sua amiga agora? - Cerrei os dentes.
-Eu não vou falar duas vezes, vaza! - Senti meus olhos brilharem.
-Claro, ela é toda sua. - Deu de ombros assim que viu os meus olhos brilhando e saiu.
-Desculpe por isso. - Disse ela.
-Tudo bem, já lidei com babacas assim antes. - Dei de ombros.
-Hey, Ruby. - David colocou a mão sobre o meu ombro chamando a minha atenção.
-O quê faz aqui? - Ele apontou discretamente para o Gold e fez sinal para que eu desse espaço para os dois conversarem, fiz uma careta, mas assenti. - Lacey, eu preciso ir, nos vemos de novo qualquer dia desses.
-Claro, até mais Ruby.
Assim eu saí do Buraco do Coelho e fui direto para a pousada da vovó, evitando qualquer contato com a minha avó.
Regina
Depois de terminar de preencher alguns documentos no escritório eu resolvi ir até as docas, tirar um tempo para mim, e chame do que quiser, acaso, destino, mas eu acabei encontrando a Srta. Swan lá:
-Lendo sobre o Pai do Henry? - Falei quando vi que ela estava lendo o livro do Henry e vi suas duas esmeraldas se levantarem do livro e me observarem. - Ou talvez sobre o avô dele? - Me sentei ao seu lado. - Quanto tempo achou que poderia esconder isso de mim?
-Eu ia te contar, mas estava ocupada impedindo você e sua Mãe de me matar e a minha família toda. - Okay, essa eu mereci, desviei o olhar e me foquei no horizonte.
-O que ele está fazendo aqui?
-Neal? Relaxa. Ele só quer passar um tempo com seu filho.
-Engraçado, ele não quis fazer isso nos primeiros 10 anos da vida dela, mas novamente nem você quis.
-Sabe Regina? Que tal se parasse de se preocupar com os outros e começasse a ser a pessoa que Henry quer que seja, antes que você o perca para sempre?
-O que isso quer dizer?
-Nada... - Foi à vez de ela desviar o olhar, o que ela poderia estar escondendo? - Diferente de você, o resto do mundo não está tramando para ter o que quer.
-Não, você está escondendo algo. - Ela não respondeu. - Bom o que quer que seja, posso te garantir uma coisa. Eu descobrirei.
Assim eu a deixei ali, ou fiz com que ela acreditasse que eu a tinha deixado, na verdade eu passei a tarde toda vigiando a família Charming para tentar descobrir o que eles estavam escondendo.
Ao cair da noite os Charmings e os anões vieram ao Granny's, foi só uma questão de raciocínio, onde têm anões tem trabalho. Eu encostei a minha mão no asfalto, onde o carro tinha passado e isso faz com que um rastro se iluminasse no chão, tudo que eu precisava agora era segui-lo e ver onde dava.
O rastro deu em um campo camuflado por magia, mas quando adentrado ele revelava uma plantação de feijões mágicos, eles estavam planejando voltar para a Floresta Encantada.