Emma
Peguei o que precisava para a viagem e comecei a fazer as malas, não arrisquei dormir porque eu conhecia o Gold ele estaria lá meio-dia em ponto:
-Pronta para ir, Srta. Swan? - Falando nele, abri a porta.
-Quase.
-Você acha que será quente ou frio onde estamos indo? - Henry insistiu tanto que eu acabei o deixando ir comigo, e assim também eu poderia ficar de olho nele.
-Acho que várias camadas são uma boa ideia.
-Pensei que os termos de nosso trato fossem claros, você me deve um favor, somente você. - Sabia que ele iria reclamar.
-Não deixarei Henry aqui com Cora a solta. Ou vamos os dois ou nós dois ficamos.
-Teremos que comprar outra passagem de avião, não? - Boa escolha Gold, melhor não insistir, eu já decidi.
-Espera, nós vamos voar?
-Não se preocupe, eu pago as despesas.
-Você é mesmo um cavaleiro, não é? - Meu Pai disse descendo as escadas com mais uma das minhas bagagens.
Me despedi de todos eles e embarquei com Henry no carro do Gold, estávamos em silêncio, não tínhamos muito que conversar, então Henry o quebrou:
-Então, onde estamos indo?
-Aeroporto Internacional Logan.
-Ele quis dizer depois disso. - Eu também estava curiosa quanto o nosso destino.
-Vamos fazer uma coisa de cada vez, certo?
-Você realmente acha que esse xale funcionará? - Perguntei.
-Se não funcionar e eu voltar a ser como era antes da maldição, todos nós teremos alguns problemas. Funcionará. - Cruzamos a fronteira.
-E então?
-Meu nome é Rumplestiltiskin e vamos encontrar meu filho.
Regina
Já tinha passado do meio dia quando eu fui até o apartamento dos Charmings com a intenção de dar inicio ao meu plano com Cora, os encontrei de saída, a porta foi aberta antes que eu pudesse bater:
-Aparentemente não é muito difícil. - Parece que eles estavam falando de mim.
-Regina você voltou. - Snow comentou.
-Sei que pensam que sou responsável pela morte do pobre Dr. Hopper.
-Ele está vivo. - David falou.
-O que? - Ninguém pensou em me avisar? Já ouviram falar em celular?
-Armaram para você. - Sério Snow?
-Quem faria isso? - Me fiz de desentendida.
-Sua mãe, ela está aqui.
-Mas isso... Isso não é possível.
-Se descobrimos como voltar, ela também descobriu. - Suspirei fingindo estar surpresa. - Estávamos errados e sentimos muito.
-Eu sei, mas se Cora está aqui, estamos todos em perigo. Você precisa me deixar ver meu filho, eu posso protegê-lo.
-Ele não está aqui.
-O que?
-O Sr. Gold pediu que Emma ajudasse na busca por seu filho, eles deixaram a cidade há uma hora com Henry.
-E ninguém me disse? - "Por que sempre sou a última, a saber, de tudo?"
-Não sabíamos onde você estava e para ser honesta, Regina, não acho que Emma te deva alguma satisfação. - Minha vontade era arrancar o seu coração nesse exato momento.
-Não, acho que ela não deve. - Fui embora.
Emma
Como prometido Gold pagou por nossas passagens e nós estávamos esperando para passar pelo scanner:
-Já esteve fora de Storybrooke antes, Sr. Gold? - Henry perguntou.
-Não.
-Está nervoso?
-Não.
-Preocupado por achar seu filho?
-Não, Henry, estou bem. - Ele estava perdendo a paciência.
-Que tal falarmos depois, garoto? Somos os próximos. - Falei ajudando o Gold.
-Deve ser muito difícil não usar magia, ser como qualquer outra pessoa. - Começamos a colocar nossos pertences na bancada.
-Coloque os sapatos dentro. - Avisei o Gold que me olhava perdido.
-Isso é terrivelmente incivilizado. - Ele tirou os sapatos.
-Xale e bengala vão na cesta. - O segurança avisou.
-O que?
-Xale e bengala vão na cesta. - O homem repetiu.
-Eu não posso. - Se virou para mim.
-Você tem que.
-É algo muito simples, cara, já esteve em um avião antes? - O pessoal da fila começou a reclamar.
-Você já foi espancado com uma bengala antes?
-Meu... Pai está um pouco nervoso. - Segurei o Gold. - Vamos a uma reunião de família, desculpe.
-Pai?
-Coloque o xale na cesta, vou ajudá-lo a passar.
-Se eu tirar isso, eu vou esquecer quem sou.
-Não deixarei isso acontecer.
-Okay. - Ele tirou e colocou na cesta como pedido, notei que ele ficou meio tonto e suas pernas fraquejaram, eu o segurei e ajudei a passar, já pegando o xale e a bengala, devolvendo-os. Olhei para ele me certificando de que estava tudo bem e ele confirmou.
Regina
Minha Mãe avisou que Hook tentaria nos contatar e me pediu para procurá-lo nas docas, ela tinha uma ideia:
-Olá, Hook.
-Regina.
-Aguardando a minha Mãe? A pessoa que você deveria ter matado?
-Isso. Bem, não queria lhe privar de um reencontro feliz.
-Bem, é seu dia de sorte. Ela e eu fizemos as pazes.
-E está aqui para me agradecer? Que doce.
-Ela quer saber se eles encontraram o navio.
-Diga a ela que venha me perguntar.
-Ela decidiu que não seria prudente sair por aí.
-Bem, então é meu dia de sorte e você pode dizer a ela que acharam o navio.
-Você tirou as coisas dela?
-Estive amarrado na cama e não no bom sentido.
-Ela precisa das coisas dela.
-Aposto que precisa. Tenho boas notícias, um gigante se soltou da cela.
-Você perdeu um gigante? - Ri sarcasticamente.
-Bem, um gigante encolhido.
-Como são boas notícias?
-Por que... Quando se libertou ele deu uma olhada no Príncipe, e se tornou extremamente violento.
-Um gigante na cidade que quer matar o Príncipe, essa é exatamente a distração que precisamos.
-Exatamente, Querida. - Trocamos um sorriso cumplice.
Graças à confusão que o pequeno gigante fez na cidade eu o encontrei rápido perto do lago:
-Afaste-se de mim.
-Estou aqui para te ajudar.
-Não, você é humana, eu odeio humanos. Não se aproxime! Ou eu te matarei. - Não pude evitar de gargalhar.
-Ouvi que está na cidade porque quer matar alguém, eu posso ajudar. Eu também não gosto do Príncipe e se for destruir essa cidade para chegar até ele... Bem, ficarei feliz em fazer a minha parte. - Tirei um pedaço de cogumelo do país das maravilhas do bolso e ofereci a ele. - Isso te deixará maior, irá restaurar a sua antiga glória. - Ele hesitou, mas aceitou e comeu, ficando gigante novamente. - Agora, ao trabalho! Assim como sei que está ciente, aquele cogumelo não durará para sempre. - Gritei para que ele escutasse.
Emma
Ficamos na esperando o nosso voo enquanto Gold ficava cada vez mais apreensivo, a ponto de quase abrir um buraco no chão, andando e um lado para o outro. Eu nunca tinha visto ele daquele jeito:
-Quer alguma coisa para comer? - Perguntei tentando distraí-lo.
-Não.
-Há algo errado?
-Pare de me perguntar isso. - Ele aumentou o tom de voz sem paciência. É claro que tinha algo errado, mas ele nunca ia admitir que estava nervoso ao saber que reencontraria seu filho. - Eu já volto. - Avisou e saiu em direção ao banheiro.
Ele começou a demorar então acabei pedindo para o Henry ir procurá-lo, o aviso já tinha sido dado, nós embarcaríamos em breve.
Embarcamos no avião, Gold não tinha falado quase nada desde que saiu do banheiro e eu tentei não perguntar sobre o machucado na sua mão:
-Você está bem garoto? - Perguntei ao Henry.
-Está brincando? Estou viajando com você, andando de avião e vamos a uma missão igual ao livro. E a única coisa que pode deixar o dia melhor é mais glacê. - Sorri para ele, sua felicidade era contagiante.
-Vai ficar tudo bem, vamos encontrar seu filho. - Confortei o Gold.
-Eu sei.