E Se SwanQueen Tivesse Aconte...

By bex_mills108

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O que teria acontecido em Once Upon a Time se Regina e Emma tivessem ficado juntas? Nessa fic eu conto a hist... More

Aquilo que você mais Ama
Neve e Paixão
O Preço do Ouro
A Voz Interior
O Pastor
O Coração é um Caçador Solitário
Almas Desesperadas
O Verdadeiro Norte
07:15 da Manhã
O Fruto da Árvore Venenosa
Beleza Externa
O que Aconteceu com Frederick?
Sonhador
A Capa Vermelha
O Coração das Trevas
O Chapéu Mágico
O Homem do Estábulo
O retorno
O Estranho
Uma Maçã Vermelha como Sangue
Uma Terra sem Magia
Quebrado
Nós somos ambos
A Dama do Lago
O Crocodilo
O Doutor
Tallahassee
Filha da Lua
Nas Profundezas
Rainha de Copas
O Jogo de Cricket
O Forasteiro
Em Nome do Irmão
Pequenino
Manhattan
A Rainha está Morta
A Filha do Moleiro
Bem-vindos a Storybrooke
Autruísta, Corajoso e Sincero
Lacey
A Rainha Má
Segunda Estrela à Direita
Seguindo Até o Amanhecer
O Coração do Verdadeiro Crédulo
Garota Perdida
Uma Fada Comum
Maus Hábitos
Agir Corretamente
Ariel
Buraco Negro
Pense em Coisas Bonitas
Salvar o Henry
A Nova Terra do Nunca
Voltando para Casa
Serenata de Nova York
Noite de Prazer
Caça a Bruxa
A Torre
Mentes Silênciosas
Não é Fácil ser Verde
Jolly Roger
Passado Obscuro
Uma Coisa Curiosa
Kansas
O Portal do Tempo
O Lar é o Melhor Lugar
Um Conto de Duas Irmãs
Dentro do Gelo
Estrada Rochosa
Espelho Quebrado
Assunto de Família
A Rainha da Neve
Quebrar o espelho
Queda
Visão Partida
Heróis e Vilões
Escuridão nós Limites da Cidade
Imperdoável
Segundas Chances
A Volta do Dragão
Pobre Alma Infeliz
Força Maior
O Coração de Ouro
Lado Mal
Simpatia pelo Diabo
Lily
Mãe
Operação Mangusto Ī
Operação Mangusto ĪĪ
Dark Swan
O Preço
Assento Perigoso
Apanhador de Sonhos
O Urso e o Arco
Nimue
Escolhendo um Lado
Coração Partido
O que aconteceu em Camelot?
O Herói
Merlin
Nascimento
Senhora das Trevas
O Canto do Cisne
Almas dos que Partiram
Obra de Amor
Dever do Diabo
A Volta do Caçador
A Nossa Ruína
Seu Belo Herói
Sapatos de Viagem
Irmãs
Cabeça de Fogo
Ritos Finais
Somente Você
Uma História Não Contada
O Salvador
Remédio Amargo
O Outro Sapato
Um Caso Estranho
Ratos de Rua
Águas Escuras
Sem Coração
Eu Serei Seu Espelho
Crianças Trocadas
Gostaria Que Estivesse Aqui
Onde há Fumaça há Fogo
Mais Resistente do Que o Resto
O Desejo do Seu Coração
Padrões de Presságio
Um Novo Começo
Um Lugar Maravilhoso
Ajudante da Mamãe
Acordando
Onde Pássaros Azuis Voam
A Fada Negra
A Canção Em Seu Coração
A Batalha Final Ī
Batalha Final ĪĪ
Epílogo

Piloto

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By bex_mills108

"Era uma vez... Numa floresta encantada com os clássicos personagens que conhecemos ou que achamos conhecer. Que um dia se viram presos num lugar, onde seus finais felizes foram roubados. Nosso mundo...".

Snow

Todos conhecem a tradicional história da Snow White, não é? O Príncipe Charming a acorda com o famoso beijo de amor verdadeiro e eles vivem "felizes para sempre". Só que... Não!

Sim, eu fui acordada com um beijo de amor verdadeiro, mas as coisas não foram tão fáceis como parecem. Para vocês terem uma ideia, quando eu e o Charming estávamos prontos para nos casar, estávamos literalmente no altar. A Rainha Má. Minha madrasta, também conhecida como Regina adentrou o meu castelo.

"Desculpem, estou atrasada".

Ela jurou que tiraria o final feliz de todos, para que assim pudesse ter o seu:

“Eu vou destruir a sua felicidade! Nem que seja a última coisa que eu faça”.

Ela nos avisou que uma terrível maldição estava por vir. Mas, com um pouco de sorte e pelo preço certo, Rumplestiltskin nos contou que havia um jeito de escapar. Eu estava grávida e ele disse que a minha filha era a chave para quebrar a maldição. Nos contando sobre uma profecia que dizia que quando a minha filha completasse 28 anos ela nos encontraria e nos salvaria. Quebrando a maldição.

"Toda a magia tem um preço... Qual é o nome da criança?"

"Emma".

Para que tudo desse certo, nós tivemos que colocar nossa filha em um guarda-roupa magico, protegendo-a da maldição e a enviando para um lugar onde a mesma não poderia atingi-la. O plano inicial era que eu fosse junto para cuidar dela e ensina-la sobre o seu passado, contando nossas histórias, mas tivemos alguns Imprevistos.

O instrumento mágico só tinha a capacidade de teletransportar uma pessoa, então tivemos que tomar uma decisão e mandar a Emma sozinha para onde quer que fosse.

"Ache-nos".


Emma

Meu nome é Emma Swan, estou completando 28 anos hoje e bom.... Não esperem nem uma festa ou saideira, não eu vou passar meu aniversário sozinha, como faço todo ano, desde sempre. Eu sou órfã desde que me entendo por gente, abandonada quando ainda era bebê na autoestrada, nunca tive um lar, nenhuma família me adotou para valer, nunca descobri quem são meus pais biológicos, a única pista que tenho é um cobertor com o meu nome bordado atrás, estava comigo quando eu fui encontrada, dito isso eu não tenho ninguém, eu vivo sozinha, mas não se incomode com isso, já estou acostumada, foi assim a minha vida inteira.

Depois de uma longa noite de serviço eu cheguei em casa e peguei um cupcake que tinha comprado mais cedo e acendi uma velinha azul em formato de estrela, é assim que eu vou passar meu aniversário, fechei os olhos e desejei:

-Outro ano acima das expectativas. - Sussurrei para mim mesma. - "Por favor, não me deixe passar outro aniversário sozinha". - Pensei de olhos fechados e assoprei a vela.

Quase no mesmo instante ouvi batidas na minha porta e a abri, era um garoto, de uns 10 anos eu diria:

-An, posso te ajudar?

-Você é Emma Swan?

-Sim, quem é você?

-Meu nome é Henry, sou seu filho. - Fiquei em choque quando ele falou isso, e quando me dei conta o garoto já estava adentrando o meu apartamento.

-Hey, garoto, garoto, garoto! Eu não tenho filho, onde estão seus pais?

-Há 10 anos, você deu um bebê para adoção? - Fiquei em silêncio. - Era eu.

-Me dá um minuto. - Me tranquei no banheiro tentando acalmar minha respiração, não era possível, como ele me achou? Será que é verdade? A idade bate, mas foi tudo tão sigiloso.

Eu não podia ficar trancada no banheiro para sempre, então respirei fundo e sai:

-Sabe é melhor irmos embora.

-Ir aonde?

-Quero que você venha para casa comigo.

-Tudo bem, garoto. Vou chamar a polícia. - Andei até o telefone.

-E direi a eles que você me sequestrou.

-E eles acreditarão em você porque sou sua Mãe biológica.

-É.

-Você não vai fazer isso.

-Experimenta.

-Você é bom, mas tem uma coisa. Não sou boa em muitas coisas, mas tenho uma habilidade, vamos chamar de "superpoder". Posso saber quando alguém está mentindo e você está garoto. - Começei a discar o número.

-Espere, por favor, não chame a polícia, por favor, venha para casa comigo.

-Onde é?

-Storybrooke, Maine.

-Storybrooke? Sério? - Ele murmurou que sim. - Então, tudo bem, vamos te levar de volta para Storybrooke.

Fui rapidamente ao meu quarto, tirei o vestido rosa que vestia e coloquei calça jeans, camiseta e a minha habitual jaqueta vermelha, nunca saia sem ela. Logo caímos na estrada com o meu velho fusca amarelo, estávamos em silêncio até ele reclamar:

-Estou com fome, podemos parar?

-Não é uma viagem, não vamos parar para comer.

-Por que não?

-Pare de reclamar, garoto, ainda posso te colocar num ônibus.

-Eu tenho um nome e é Henry.

-O que é isso? - Notei que ele carregava um livro.

-Não sei se está preparada.

-Gosta de contos de fadas?

-Não são contos de fadas, são de verdade. Todas as histórias desse livro, na verdade aconteceram.

-Claro que sim.

-Use seu superpoder, veja se estou mentindo. - Ele me pegou.

-Só porque você acredita em algo, não faz disso verdade.

-É exatamente assim que se torna verdade, você deveria saber melhor do que ninguém.

-Por que isso?

-Porque você está nesse livro.

-Ah garoto, você tem problemas.

-Sim, e você vai concertá-los.

Eu não ia ficar discutindo com uma criança, então deixei as coisas como estavam e ele voltou a ler, ficamos em silêncio o resto da viagem.

Riders On The Storm - Meg Washington

Quando chegamos à cidade o garoto não queria me dizer onde morava. Ao invés disso, ele me contava uma história maluca sobre aquela cidade estava amaldiçoada pela Rainha Má. Que estava congelada, o tempo não passava e os personagens de contos de fadas ficavam presos sem as suas memórias. Ninguém envelhecia e ninguém chegava ou saía da cidade, além de mim é claro, que ele acreditava ser algum tipo de Salvadora Foi quando um homem passou na rua cumprimentou o Henry:

–Henry! O que você está fazendo aqui? Está tudo certo? — Ele se aproximou junto ao seu dálmata que estava preso a coleira.

–Eu estou bem, Archie. — Respondeu o garoto.

–Quem é ela? — Ele olhou para mim.

–Apenas alguém que está tentando levá-lo para casa. — Sorri.

–Ela é minha mãe, Archie.

–Oh, entendi. — Ele disse e eu bufei.

–Você sabe onde ele mora?

–Oh, claro. É na rua Mayfleen. A Prefeita tem a maior casa da quadra.

–Você é o filho da Prefeita? — Questionei o garoto enquanto ele olhava atentamente para os seus sapatos.

–Talvez...

–Hey, por onde andou hoje, Henry? Você faltou a sua sessão.

–Oh, eu esqueci de te avisar. Eu fui a uma excursão.

–Henry... — O homem se abaixou. — O que eu te disse sobre mentir? Ceder ao seu lado sombrio não te leva a nada. — “Lado sombrio?!”

–Okay... Eu realmente preciso levá-lo para casa.

–Certo... — Ele se levantou. — Boa noite e... Seja bonzinho, Henry.

–Tá. — Troquei um “sorriso” com o homem antes que ele partisse.

–Então, esse é o seu terapeuta?

–Eu não sou louco.

–Eu não disse isso, é que... Ele não parecia amaldiçoado para mim. Só estava tentando te ajudar.

–É ele quem precisa de ajuda, porque ele não sabe.

–Que ele é um personagem de contos de fada?

–Nenhum deles sabem. Eles não se lembram de quem são. — Ele disse já dando a volta para entrar no carro de novo.

–Conveniente. — Ri enquanto abria a porta e também entrava no carro. — Certo, vou entrar na brincadeira. Quem ele deveria ser?

–O Grilo falante! — Ele disse animado.

–Claro, o lance da mentira. Sabe, acho que o seu nariz até cresceu um pouco.

–Eu não sou o Pinóquio. — Ele riu.

–É claro que não. Porque isso seria ridículo.

Dei a partida e levei o garoto até o endereço indicado pelo homem. Descobrindo que ele não tinha mentido quando disse que aquela era a maior casa da rua:

-Por favor, não me leve de volta para lá. - O garoto começou a implorar assim que cruzamos o portão da casa da Prefeita, quer dizer... Aquilo não era uma casa, era uma mansão, toda branca, com janelas grandes e um jardim impecável, tenho certeza que aquela casa era o triplo do meu apartamento.

-Eu tenho que levar, tenho certeza que seus pais estão doentes de preocupação por você.

-Eu não tenho pais, só uma mãe e ela é má.

-Má? Não acha que está sendo exagerado?

-Ela é. Ela não me ama, ela só finge.

-Garoto, tenho certeza que isso não é verdade, sua mãe deve ser... - "Linda". Pensei assim que me deparei com uma morena que usava um vestido cinza claro, que se encaixava perfeitamente no seu corpo. "De onde saiu essa mulher?"

-Henry! Henry! - Ela o abraçou. - Você está bem? Onde esteve? - Agora devido a proximidade da morena eu podia sentir um cheiro de maçã que emanava dela e ver a cor dos seus olhos, eram castanhos, pareciam brilhar a luz da lua, tinha os lábios carnudos com uma cicatriz no canto superior que eu ouso dizer ser bem sexy. "No que diabos eu estou pensando? Eu nem conheço essa mulher, não posso achar a cicatriz dela é sexy."

Game Of Survival - Ruelle

Regina

Meu nome é Regina Mills, eu sou a Rainha Má e lancei a maldição das trevas, eu queria destruir o final feliz de todos e com isso ganhar o meu. Minha maldição enviou todos os personagens de contos de fadas para o mundo real, inclusive, minha maior inimiga, Snow White, foi ela quem começou tudo isso, ela contou um segredo. E agora ela e todos os outros irão pagar pelo seu erro.
Naquela noite eu estava com o Graham. Meu... Bom, eu não sei exatamente o que ele é. Quando ainda estávamos na Floresta Encantada eu tirei seu coração e o guardei, com isso posso controlá-lo, mas aqui ele é só o meu brinquedo sexual.

Enfim, estávamos tendo uma boa noite quando eu notei o sumiço de meu filho Henry. Tínhamos procurado ele por todo o lugar e não encontramos, já era tarde da noite quando ouvi um barulho vindo na parte da frente da casa. Era ele. Abri a porta correndo:

-...O que houve?

-Encontrei minha mãe de verdade! - Meu filho respondeu e correu para dentro de casa, me deixando com o Graham e uma moça que eu mal tinha notado a presença, a mesma que deve ter trazido o Henry de volta, uma loira de cabelos compridos e ondulados, e olhos verdes esmeraldas, ela vestia uma jaqueta vermelha surrada e cheirava a canela. Era uma moça bonita, mas eu não fazia ideia de quem era, eu nunca tinha a visto da cidade, como aquilo era possível?

-Você é a Mãe biológica dele? - Não havia mencionado. Sim Henry é adotado, não posso ter filhos por conta de uma escolha que eu fiz a anos atrás, a ideia era prejudicar a minha mãe, mas eu acabei prejudicando a mim mesma, mas não tem a menor importância agora, Henry é meu filho a pessoa que mais amo nesse mundo, essa mulher seja quem for foi bem sigilosa e não queria ser encontrada.

-Oi. - Seu desconforto com a situação era visível.

-Eu.... Vou lá ver se ele está bem. - Graham saiu nos dando um pouco de privacidade.

Fiquei um tempo em silêncio, não sabia muito bem como tratar da situação, quer dizer, será que depois de 10 anos ela vai querer se aproximar do meu filho?

-Gostaria de uma taça da melhor cidra de maçã que já tomou? - Era um começo assim eu poderia saber das suas intenções com o meu filho.

-Tem algo mais forte? - A chamei para entrar e peguei bebida para nós duas, enquanto fazíamos as apresentações básicas. - Como ele me achou? - Ela me perguntou encostada no batente da porta com a mão nos bolsos.

-Não tenho ideia, quando o adotei, ele tinha apenas três semanas, os registros eram sigilosos. Disseram que a mãe não queria contato.

-Disseram a verdade.

-E o Pai?

-Houve um.

-Devo me preocupar com ele?

-Não, ele nem sabe.

-Devo me preocupar com você, Srta. Swan? - Andei até ela e lhe entreguei o copo com a bebida e gelo.

-Absolutamente não.

-Prefeita, pode ficar tranquila, fora o cansaço, Henry está bem. - Graham desceu as escadas.

-Obrigada Xerife. - Ele se foi e eu me voltei para a Srta. Swan. - Desculpe-me por ele te arrastar para isso, não sei o que deu nele. - Começei a andar para uma sala mais reservada e ela entendeu o recado me seguindo.

-Crianças passando por momentos ruins, acontece.

-Entenda desde que virei prefeita, equilibrar as coisas tem sido um desafio. Suponho que tenha um emprego? - Apoiei-me ao lado da lareira.

-Me mantenho ocupada.

-Imagino que faça mais do que isso. - Me sentei no sofá a sua frente a olhando curiosa. - Estou sendo mãe solteira, então tenho que manter a ordem, sou rigorosa? Eu suponho, mas faço isso para seu próprio bem. Quero que Henry se sobressaia na vida. Não acho que isso me faça mal, acha?

-Tenho certeza que ele só está dizendo por causa dos contos de fadas.

-Quais contos de fadas?

-Você sabe o livro, ele acha que todos são personagens de conto de fadas, com seu psiquiatra ser o Grilo Falante. - Por dentro eu só estava querendo sair dali e revirar o quarto do meu filho em busca desse livro, como assim ele sabia que Archie era o Grilo?

-Me desculpe, mas eu realmente não faço ideia do que está falando.

-Quer saber? Não é da minha conta, ele é seu filho e eu deveria voltar outra hora. - Ela se esticou para colocar seu copo sobre a minha mesa e sua jaqueta subiu um pouco revelando uma tatuagem em seu pulso esquerdo, quase engasguei com a minha bebida pensando ver o que eu achava que era me aproximei.

-Tatuagem bonita Srta. Swan. — Comentei.

-Ah isso? - Ela puxou e me mostrou novamente. - É uma flor chamada dente-de-leão, gosto de pensar que ela me traz sorte. - Não pude deixar de arregalar os olhos.

-Quantos anos você disse ter mesmo?

-Não disse, mas na verdade estou completando 28 anos hoje. - "Não é possível!"

Engoli seco e coçei a garganta:

-Bom, eu acho que já está tarde e você terá uma longa viagem de volta para Boston, tenha uma boa noite, Srta. Swan! - Falava enquanto a acompanhava até a saída.

-Boa noite, Madame Prefeita!

Fechei a porta, não podia ser... Aquela fada estúpida!

Emma

Eu estava indo embora da cidade, quando um lobo cruzou o meu caminho. Eu não acho que tenha sido efeito da bebida, eu não estava bêbada, mas em uma tentativa de desviar do animal eu bati o carro na placa da cidade e bom, essa é a última coisa que eu me lembro antes de acordar e olhar em volta, percebendo que eu estava presa:

–Está olhando o que, irmã? — O homem que estava na cela ao lado questionava.

–Hey, Leroy, maneiras. Temos visita. — Perguntava um homenzinho de mais idade que estava do lado de fora. — Então, você é a mãe do Henry? É bom para ele ter você de volta a vida dele.

–Na verdade eu só estava caindo fora. — Levei a mão a minha testa quando me levantei. — “Que dor de cabeça”.

–Não te culpo. — Riu o homem ao lado. — São todos pirralhos. Quem precisa deles?

–Bom, eu daria tudo por um. — Disse o homem enquanto bebericava o seu café. — Minha mulher e eu tentamos por muitos anos, mas... Não era para ser.

–Chorei rios. — Disse o cara mau humorado ao meu lado.

–Leroy, vou te soltar, mas você tem que se comportar. — Dizia o Xerife entrando na delegacia e abrindo a cela ao lado. — Agora sorria e fique fora de confusões. — O homem forçou um sorriso antes de sair e partir.

–Sério?! — Coloquei a minha cabeça entre as grades.

–As bebidas da Regina. Parece que são um pouco mais fortes do que pensavamos.

–Eu não estava bêbada. Tinha um lobo parado no meio da estrada.

–Um lobo. Certo. — Assentiu.

–Graham, o Henry fugiu de novo, nós temos que... — Reconheci a voz dela e logo a vi. Regina, entrando na delegacia vestindo um casaco cinza por cima de um vestido preto. A morena parou de falar assim que bateu os olhos em mim. — O que ela está fazendo aqui? — Ela se aproximou. — Você sabe onde ele está?

–Não o vejo desde que o deixei na sua casa. E eu tenho um álibe muito bom.

–É, mas ele não estava no seu quarto de manhã. — Cruzou os braços.

–Já tentou seus amigos?

–Na realidade ele não tem nenhum. É meio solitário.

–Toda criança tem amigos. Já tentou o computador dele? Se estiver com alguém, pode ter enviado um e-mail.

–E como você sabe disso?

–Achar pessoas é o que eu faço. — Dei de ombros. — Aqui vai uma ideia. Me deixe sair que eu te ajudo a encontrá-lo.

Eu já tinha tido alguns indícios na noite passada, mas nesta manhã, eu tive a certeza de que a Regina era mulher era arrogante, de personalidade forte. Relutou muito em aceitar a minha proposta, mas por fim. Ela me deixou sair. Como eu havia mencionado antes, eu comecei a procurar pelo computador dele. Pelo histórico para ser mais específica.

E bom, ao final de tudo. Tudo apontava para uma mulher. Mary Margaret. Pelo que Regina disse ela era uma professora da pré escola. E ao que tudo indica, foi ela quem ajudou Henry a me encontrar.

Então, nós fomos até a escola para procurá-la. Ela era uma morena de pele clara, cabelos curtos e olhos verdes. Optei por ficar um tanto distante, encostada na porta enquanto a Regina chegava com o seu ar autoritário e a confrontava, perguntando sobre o paradeiro do garoto.

Por fim, a Regina saiu de lá um tanto irritada e contrariada por parecer ser a única a não saber sobre o livro de contos do Henry. E pior, sem nenhuma informação do paradeiro dele. Eu não sei se ela fez de propósito ou não, mas ao sair a Regina deixou alguns livros caírem e não se incomodou em parar para pegá-los. Então, eu acabei ficando para ajudar a Mary Margaret a recolher os mesmos.

Ela me disse para tentar procurar o Henry no "castelo" dele, um feito de madeira, perto da praia pelo que ela disse. Alegando que era um dos lugares favoritos do garoto. Então, eu resolvi tentar. E adivinhem... Lá estava ele:

–Hey, você deixou isso no meu carro. — Me sentei ao lado dele com o livro de contos em mãos e entreguei o mesmo a ele, percebendo que o garoto olhava atentamente para a cidade que crescia ao longe. — Não mudou nada, não é?

–Eu esperava que quando eu a trouxesse de volta as coisas mudariam por aqui. E a batalha final começaria.

–Eu não estou lutando nenhuma batalha, garoto.

–Sim, está. Você está aqui porque esse é o seu destino. Você vai trazer de volta os finais felizes.

–Pode parar com essa besteira de livro?

–Não precisa ser hostil. Sei que gosta de mim, dá para notar. Você está se afastando porque eu te faço se sentir culpada. — Coloquei uma mecha do meu cabelo para trás. O garoto era bom, eu tinha que adimitir. Ele estava me lendo como um livro aberto. — Está tudo bem. Eu sei porque você me entregou. — Não consegui responder, um nó parecia ter se formado na minha garganta. — Queria que eu tivesse a minha melhor chance. — Demorei um pouco para conseguir respondê-lo.

–Como sabe disso?

–É o mesmo motivo da Snow White ter te entregado.

–Escuta, garoto. Eu não sou uma personagem de um livro. Eu sou uma pessoa real. Não sou nenhuma Salvadora. Entretanto, você tem razão sobre uma coisa. Eu queria que você tivesse a sua melhor chance, mas não comigo. — Ele não me respondeu. — Vem, vamos embora. — Me levantei.

–Por favor, não me leve de volta para lá. Fique uma semana comigo, é só o que eu peço. Uma semana e verá que eu não sou louco. — Ele veio correndo atrás de mim.

–Garoto, eu tenho que te entregar de volta para a sua mãe.

–Você não sabe como ela é. Minha vida é uma droga.

–Quer saber o que é uma droga? Ser abandonada na beira de uma estrada. Meus pais nem sequer se incomodaram em me deixar em um hospital. Eu terminei em um sistema de adoção e não fui adotada até os meus três anos, mas aí eles tiveram um filho e me mandaram de volta. — Fiz uma pausa para respirar fundo. Eu não queria chorar, não podia. Tinha prometido a mim mesma que não ia mais deixar aquela história continuar a me afetar. — Olha... — Me inclinei um pouco para falar com ele. — A sua mãe está dando o seu melhor. E eu sei que é difícil e que às vezes você pode pensar que ela não te ama, mas, pelo menos, ela te quer.

–Seus pais não te deixaram na beira de uma estrada. Foi lá que você apareceu.

–O quê?

–O guarda-roupa. Quando você entrou nele, você apareceu na rua. Seus pais estavam tentando te salvar da maldição.

–É claro que estavam. — Sorri tristemente. — Vamos lá, Henry.

Levei o garoto para casa:

–Obrigada. — A morena agradeceu depois que o Henry correu para dentro da casa.

-Sem problemas.

-Vejo que ele simpatizou com você. - Ela disse e eu soltei uma risada nervosa.

-Sabe o que é o mais estranho? Ontem foi o meu aniversário e quando assoprei a vela do bolo que comprei, eu fiz um desejo, que não ficasse sozinha no meu aniversário. Então Henry apareceu.

-Espero que não haja um mal-entendido aqui.

-Desculpe?

-Que isso é um convite para você voltar à vida dele. - Eu tentei falar, mas ela continuou. - Srta. Swan, você tomou a sua decisão há dez anos e nos últimos 10 anos, enquanto você estava... Fazendo sabe-se lá o que, eu troquei cada fralda, cuidei de cada febre e suportei todas malcriações, você pode ter dado à luz, mas ele é meu filho.

-Eu não tinha...

-Não, você não vai falar você não fará nada, você perdeu esse direito, quando o abandonou. Você sabe o que significa adoção sigilosa? Foi o que você escolheu você não tem nenhum direito legal sobre o Henry, então eu sugiro que entre naquele carro e saía da cidade. Por que senão for... Eu te destruirei, nem que seja a última coisa que eu faça. Adeus, Srta. Swan.

-Você o ama? - Perguntei antes que ela entrasse no casarão e fechasse a porta.

-Como é?

-O Henry.... Você o ama?

-Claro que o amo.

Com os olhos de lágrimas e a mente nebulosa, eu segui para uma pousada que tinha ali por perto, eu nunca fui uma das pessoas mais obedientes, mas agora com as ameaças de Regina, isso passou de desobediência. Eu tenho que garantir que meu filho esteja bem. Que ele esteja seguro:

–Com licença, eu gostaria de um quarto. — Disse para uma senhora que parecia discutir com a sua neta.

–Sério? — As duas pararam me olhando chocadas e eu dei de ombros. — Gostaria de uma vista para a floresta ou para a praça? — A senhora dizia enquanto corria para trás do balcão, quase como se estivesse com medo que eu saísse correndo e desistisse do quarto. — Geralmente há uma sobretaxa na vista para a praça, mas como o aluguel está vencido não vou cobrar.

–A praça parece bom. — Dei de ombros enquanto a neta da senhora me olhava de longe com os braços cruzados, quase com desconfiança.

–Então... — Ela começou enquanto abria um livro de registros. — Qual o seu nome?

–Swan, Emma Swan.

–Emma! — Um homem de cabelos grisalhos e compridos que estava atrás de mim repetiu me fazendo pular de susto. — “De onde diabos ele surgiu?!” — Que nome adorável. — Comentou.

–Obrigada. — Disse e ele sorriu enquanto a senhora lhe esticava um maço de dinheiro.

–Está tudo aqui.

–Claro que sim. Obrigado. — Ele sorriu pegando o dinheiro. — Aproveite a estadia... “Emma”. — Ele repetiu o meu nome de um jeito estranho e saiu. — “Que diabos?!”

–Quem era?

–É o Sr. Gold. Dono desse lugar. — Disse a moça mais nova enquanto o espiava pela janela.

–Dono da pousada?

–Não. Da cidade. — Respondeu a senhora em um suspiro e eu a olhei chocada. — Então, quanto tempo ficará conosco? — Ela sorriu de novo mudando de assunto.

–Uma semana. Apenas uma semana.

–Maravilha. — Ela sorriu me entregando uma chave. — Bem vinda a Storybrooke.

-----------------------

Hey, pessoal! Como estão? Espero que bem! Ksksks.

Passando aqui no final do capítulo só para dar as boas vindas a vocês.

E bom, eu sei que é cedo ainda, mas vocês vão notar ao longo dos capítulos que eu gosto muito de colocar sugestões de músicas. Eu faço isso sempre que posso, então, por isso eu criei/estou criando uma playlist no Spotify para disponibilizar todas elas em um lugar só.

Vou deixar o nome e o link aqui em baixo e espero que gostem não só da playlist como da fic também.

E Se SwanQueen Tivesse Acontecido? (Playlist Oficial).

https://open.spotify.com/playlist/0hqvXept1OKLOOcvInkIvz?si=p2_7SRsES3KujGslDrY9Hw

Até o próximo capítulo!😘❤️

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