Quem poderia Imaginar

By gabiiisslove

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-Eu não quero que você vá Maria.- Meu coração disparou. Será que eu ouvi corretamente? -Por que?- Perguntei o... More

-Nota da Autora-
Prólogo
Personagens
O que essa menina fez comigo?
Agora tudo irá mudar!
Isso não é um adeus...
Como fui tão ingênua?
No apartamento, dele.
Ótima companhia.
Mais confuso e complicado.
Comparações
Vou sair...
Divirta-se
Ressaca e Solidão
Pedido de desculpas
Ponto de paz
Não é um encontro!
Apreciando as estrelas?
Ninguém nunca me olhou assim
Boa noite meu amor
Mais tempo com ela
Lágrimas inocentes
Nunca duvide...
Um momento romântico
Nosso lugar secreto
Culpa e mentiras
Feriado
Inconveniente
Novo Integrante
Susto
Isso não pode estar acontecendo!
Quero tê-la de volta.
Você não ligou...
Parem de brigar!
Orfanato
Envelope
Paralisada
Tudo o que eu quero, eu consigo!
Destruída
Colo de mãe
Ressentimentos
Eu vou falar com ele!
Coração partido
Se Deus quiser...
Você não é ela...
Eu não quero você em minha vida!
Afogar as mágoas
O processo de cura
Contando os dias
Lute pelo amor dela
Tulipas brancas
É possível consertar o passado?
Confronto
Em família
Personagens Pt. 2
Aviso Importante
Laura
Pra Sempre!
Juntos!
Entrega
Cupcakes
Você precisa descansar...
Deixa eu cuidar de você
Me abrace e não solte mais
Eu devo me preocupar?
No chão
Avô
Um momento tão especial
Um dia inesquecível
De corpo e alma
Mais de você
Fora do quarto
Frio na barriga
Amar e ser amado
Spa
Amor em chamas
recadinho
De volta a realidade
Um dia de chuva e amor
Saudade e mudanças
Bolo
Momento juntos
Relembrando os velhos tempos
Eu acredito em você meu amor
O melhor pra nós

Frustrado

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By gabiiisslove

PIETRO MONTELLATO

Eu sempre pensei que poderia viver sozinho, já estava acostumado com esse pensamento. Estava convencido de que nunca encontraria uma mulher que eu amasse verdadeiramente a ponto de querer dividir minha vida com ela, em minha visão essa parecia ser uma tarefa muito difícil porque todos ao meu redor pareciam enxergar apenas o que eu tinha a oferecer e não quem eu realmente sou, isso fez com que eu ficasse aprisionado em meus próprios medos e inseguranças. Quando experimentei o verdadeiro significado de solidão eu entendi que meu dinheiro e meu trabalho não poderiam suprir as minhas principais necessidades, foi então que aquele pontinho de luz chamado Maria entrou em minha vida e de certa forma foi transformando tudo dentro de mim de uma forma tão rápida e avassaladora que eu não pude fazer nada a respeito apenas me render a ela. Contar a verdade sobre meus sentimentos para Maria foi difícil, tive que romper meus próprios bloqueios mas se eu tivesse que fazer isso mil vezes eu faria porque ela vale a pena.

Ouvir de sua boca que ela correspondia aos meus sentimentos me fez ter vontade de gritar como um louco para o mundo inteiro ouvir. A sensação de tocá-la como eu desejava era indescritível, poder abraçar seu corpo, beijar seu rosto, sentir seu perfume de perto, todos esses pequenos detalhes já me deixavam completamente feliz, com Maria era diferente das outras mulheres com quem já estive, eu não sentia extrema necessidade de levá-la pra cama, é claro que eu sinto desejo por ela, mas apenas ter sua companhia era suficiente para mim, e foi nesse exato momento que eu percebi que a amava. Com Maria eu não tinha pressa, não queria ultrapassar seus limites, eu queria que tudo acontecesse de modo e no momento certo, queria valorizar cada momento ao seu lado porque pra mim eles eram extremamente valiosos.

Hoje é domingo e me encontro sozinho em casa, Sabrina assim que acordou convenceu Maria a ir no shopping e no salão de beleza, e eu fui totalmente excluído dessas atividades, sei que Maria e minha filha são melhores amigas e passaram meses sem se ver mas eu não queria ficar só, passei algumas mensagens para Maria perguntando se estava tudo bem e ela me respondeu que as duas estavam indo almoçar em um restaurante, Maria pediu para que eu fosse me encontrar com elas assim passaríamos um tempo juntos, assim que li sua mensagem fiquei mais animado e saltei do sofá indo até meu quarto trocar de roupa.

Não demorei muito a chegar no restaurante pois ele era próximo de casa. Estacionei o carro e pelas janelas de vidro do estabelecimento pude ver as meninas sentadas em uma mesa perto da janela, quando olhei pra Maria meu coração começou a bater mais forte e eu fiquei ansioso, ainda é estranho pra mim lidar com essas sensações já que nunca amei ninguém, o amor deixa a gente bobo e impulsivo, tenho medo de cometer alguma loucura.

Assim que entrei no restaurante uma atendente veio falar comigo, percebi segundas intenções em seu olhar então não perdi tempo em informá-la que minha filha e minha namorada estavam me esperando, ela fechou a cara na hora e me permitiu passar. Caminhei apressado até a mesa e quanto mais fui me aproximando notei que Sabrina ria de alguma coisa e Maria estava meio desconfortável.

-Oi- Falei chamando atenção das duas para mim. Sabrina parou de rir no mesmo instante e Maria me olhou com os olhos arregalados.

-Oi pai.- Sabrina me cumprimentou com um sorriso, me inclinei beijando sua testa e em seguida me aproximei de Maria, beijei seus lábios e a olhei tocando seu rosto.

-Tudo bem meu amor?- Perguntei preocupado ela parecia meio estranha.

-sim.-Ela forçou um sorriso.

Mesmo não estando muito satisfeito com sua resposta decidi não fazer mais perguntas, a mesa era de quatro lugares, Maria e Sabrina estavam sentadas uma ao lado da outra e eu me sentei de frente para Maria, segurei sua mão que repousva sobre a mesa e a beijei suavemente, ela me olhou com a bochechas coradas e um sorriso escapou dos meus lábios.

-Quero ver um anel no dedo da minha amiga hein pai!- Sabrina disse em um tom de voz ameaçador.

-Sabrina!- Exclamei lançando um olhar incisivo para ela.

-O quê? Eu vou cobrar hein!- disse apontando o dedo indicador para mim.

-Pode chamar o garçom pra mim?- Mudei de assunto antes que me estressasse. Soltei a mão de Maria por alguns segundos para ler o cardápio.

Eu fiquei tenso depois do que Sabrina falou, eu tenho sim intenção de fazer um pedido de namoro para Maria e colocar uma linda aliança em seu dedo, mas eu quero fazer algo especial, sei que Maria é uma menina simples e não liga para coisas extravagantes e luxuosas mas ainda assim todas as ideias que tenho parecem ser muito ruins perto do que ela merece. O garçom se aproximou da mesa e eu nem tinha pensado ainda no que pedir, estava com a mente ocupada pensando na linda mulher a minha frente.

-Então pai já se decidiu?- Sabrina perguntou.

-Não filha...- Respondi e por um momento olhei para o garçom e notei que seus olhos estavam sobre Maria e isso fez meu sangue ferver.

-Eu pedi um prato que vem filé mignon parece ser muito bom.-Ela sugeriu.

-Pode ser esse então.-respondi sem me importar muito.

Assim que Sabrina fez o pedido o garçom se retirou mas não sem antes dar mais uma olhada em Maria, cerrei os punhos sobre a mesa, que cara inconveniente.

-Pai quando eu voltar para Londres estou pensando em alugar um apartamento pra mim.- Franzi o cenho quando ouvi Sabrina dizer aquilo.

-Mas por que filha? Na casa da sua vó você não tem despesas e ainda pode passar mais tempo com ela.- tentei fazê-la mudar de idéia.

-Eu sei pai mas a vovó é muito rígida, as vezes me sinto sufocada dentro daquela casa.- Desabafa parecendo bem chateada.

-Eu entendo, mas sua vó só quer o seu bem, é o modo dela demonstrar que te ama.- Mesmo não gostando de Katherine eu sei que é importante que ela e minha filha tenham uma boa relação.

-Eu vou tentar conversar com ela, espero que ela ceda em algumas coisas.- Assenti um pouco mais aliviado.

-Isso é bom Sabrina, a pior coisa é evitar os problemas, tem situações que uma boa conversa pode resolver, tenha fé.- diz Maria passando o braço por cima dos ombros de minha filha e a abraçando.

-Ok, vou seguir o Conselho de vocês. Mas fiquem sabendo que irei passar as festas de fim de ano aqui no Brasil, quero estar perto da minha família.- Quando Sabrina disse isso eu vi um brilho lindo em seus olhos, um brilho que eu nunca tinha visto antes.

-Isso vai ser ótimo!- Afirmei sorrindo de felicidade.

-Eu acho isso maravilhoso!- Maria comemorou junto com minha filha.

Olhei para as duas e senti aquele vazio do meu peito sumir por completo ao ser preenchido pelo amor que sinto por elas.

Tempo depois o garçom trouxe nossos pedidos, a comida cheirava extremamente bem o que fez com que não perdessemos tempo e começassemos a comer logo. A todo momento Sabrina começava um assunto novo contando sobre as aventuras que tem vivido em outro país.

-Como assim você pagou mico no mercado?- Maria não parava de rir assim como eu.

-Sério, eu tinha acabado de sair da faculdade e então passei no mercado pra comprar um lanchinho pra comer na volta pra casa, mas eu não sabia que não havia caixa, era uma máquina esquisita que você mesmo passava os produtos, pagava e colocava as compras na sacola, eu fiquei uns trinta minutos com as coisas na mão esperando uma atendente aparecer,enquanto isso uma fila enorme foi surgindo atrás de mim.

- E o que você fez?-Perguntei pra ela em seguida comi um pedaço do meu brownie de chocolate já estávamos na hora da sobremesa.

-Depois de um bom tempo um dos funcionários veio falar comigo e explicou o que eu deveria fazer, fiquei com tanta vergonha que quase larguei as coisas lá e sai correndo.- concluiu rindo sem parar.

-É filha melhor se acostumar para não arrumar briga da próxima vez.- Falei e ela concordou.

-Esse constrangimento eu não passo nunca mais!- Afirmou com toda certeza.

-Bom acho que já está na hora de irmos embora.- Falei me sentindo satisfeito.

-Também acho, comi tanto que preciso do meu cochilo da tarde.- Afirmou pegando sua carteira de dentro da bolsa.

-Pode deixar que eu pago a conta!- Digo me levantando da mesa.

-Não precisa pai é um mimo meu para vocês!- Ela insistiu.

-Mas filha eu que..- ela me interrompeu.

-Não adianta insistir pai, esse almoço foi como um presente meu de despedida.- Senti meu peito se apertar ao me lembrar que amanhã ela irá embarcar de volta para Inglaterra.

-Está bem!- Levantei as mãos em forma de rendição.- Eu vou até o banheiro encontro vocês na saída.

Caminhei até o fundo do restaurante onde ficava o banheiro e entrei, minutos depois eu já estava saindo e seguia em direção a saída até que ouvi algo que me incomodou.

-Você notou aquelas meninas da mesa sete!- Era a mesa onde eu e as meninas estávamos, olhei para o lado e vi dois rapazes conversando.

-Cara eu fico com a gostosa de cabelos castanhos e você com a loira, tenho certeza que a gente consegue pegar elas fácil fácil...-Eu queria estar enganado mas assim que olhei na direção da pessoa que havia dito isso eu fiquei cego de raiva, era o garçom que nos atendeu e ficou secando Maria o tempo todo.

-As duas são gostosas a gente pode revezar...-Eu não pensei em mais nada apenas caminhei em direção aos dois, agarrei um deles e soquei seu rosto, no mesmo instante ele caiu no chão. Em seguida agarrei a gola da camisa do garçom que estava interessado em Maria.

-Escuta aqui seu verme! A morena de cabelos castanhos é minha mulher, e a de cabelos loiros é minha filha, fica bem longe delas ou eu vou te dar uma surra tão grande que você vai acabar a sete palmos abaixo da terra.- O cara me olhava com medo estampado em seus olhos, cerrei o punho e acertei um soco em seu rosto com toda minha força.

-Pai você está louco??- Ouvi a voz de Sabrina gritando atrás de mim.

Olhei os dois idiotas caídos no chão provavelmente com os narizes quebrados e a cena aliviou apenas um pouco da minha raiva. Minha respiração estava acelerada e meus punhos estavam cerrados com força até que senti um toque suave em minha mão, olhei por cima de meus ombros e Maria estava ao meu lado me olhando com preocupação. Desviei meu olhar do seu e notei que todos no restaurante estavam em choque olhando pra mim, segurei a mão de Maria e sai andando apressado para fora do restaurante. O caminho de volta para casa foi em completo silêncio, minha mão direita estava doendo e suja de sangue daqueles imbecis.

Assim que entramos no apartamento caminhei até o sofá e me joguei nele, sinto que estraguei o dia mas eu não consegui evitar, não podia ouvir aquelas coisas e não defende-las.

-Pai você pode me explicar o que aconteceu lá no restaurante? Porque bateu naqueles caras?- Sabrina me questionou me olhando atentamente com os braços cruzados.

-Eu estava indo embora quando ouvi aqueles garotos dizendo coisas desagradáveis sobre vocês duas e eu não pude ouvir e ficar calado, eles mereceram aquela surra, eu teria batido muito mais se eu pudesse.- Expliquei fechando os olhos jogando a cabeça para trás.

-Olha não tenho mais nada a declarar, vou deixar você colocar um pouco de juízo na cabeça do meu pai Maria.- Ouvi os passos de Sabrina se distanciando da sala d estar.

Eu permaneci de olhos fechados enquanto pensava no que havia acontecido, eu não queria causar problemas, mas ouvir aqueles garotos se referirem a pessoas mais importantes da minha vida como se elas fossem um objeto me deixou louco de raiva.

Senti o assento do sofá afundar, e em seguida um toque gentil em minha mão que estava machucada. Abri meus olhos e vi Maria sentada ao meu lado com uma caixinha de primeiros socorros, ela segurou minha mão e a apoiou sobre sua coxa e me olhou como se estivesse pedindo permissão para cuidar de mim, apenas assenti. Maria pegou um pedaço de algodão aplicou um pouco se soro e começou a limpar o sangue que havia sobre o nós dos meus dedos.

-Obrigada por nos defender.-Ela falou praticamente sussurando.- Mas eu não quero que se machuque e nem que machuque outras pessoas para isso.

-Eu sei que agi errado, eu não me orgulho da minha atitude mas também não me arrependo, vocês são importantes pra mim não poderia deixar eles sairem impune depois do que disseram.- Falei ainda sentindo a raiva percorrer meu corpo.

-O que eles disseram?- Ela perguntou me olhando de modo curioso, neguei com cabeça e então respondi.

-Não vale a pena repetir...-observei ela colocar um curativo sobre os pequenos cortes e em seguida depositou um beijo suave em minha mão, um arrepiou percorreu todo meu corpo.

-Promete que não vai agir assim novamente? Tenho medo que algo possa lhe acontecer.- Vi a sinceridade em seus olhos.

-Eu não vou prometer mas posso tentar controlar minha raiva da próxima vez.- Toquei seu rosto acariciando sua pele alva e macia.

-Eu ouvi você dizendo para um deles que eu era sua mulher.- Senti meu coração quase parar, Maria me observava com as bochechas coradas esperando por minha resposta.

Na hora eu agi na impulsividade, estava com raiva e disse que ela era minha mulher, mas eu não menti, eu desejo que ela seja minha mulher, minha companheira, minha amiga, minha amante, quero que ela seja minha para o resto de nossas vidas, porque eu a amo e por isso decidi ser sincero com ela.

-Eu amo você Maria, e eu quero que você seja minha mulher, quero que nossa relação dê certo e dure para sempre, eu já não consigo mais ver minha vida sem você.- Maria ficou boquiaberta como se minha resposta tivesse a assustado.

Ela me contou sobre suas inseguranças e me pediu que fôssemos devagar em nossa relação mas a questão é que o que eu sinto por ela é intenso e verdadeiro e não vejo motivos para reprimir algo que deve ser vivido.

-Eu também amo você Pietro!- Sua voz doce e suave proferiu aquela frase e foi como se diversas emoções estivessem explodindo dentro de mim.Me faltavam palavras eu estava tão nervoso.

- Você pode repetir?- Pedi aproximando meu rosto do seu, encostei minha testa sobre a sua e fechei meus olhos sentindo seu perfume doce e suave me embriagar.

-Eu amo você Pietro!- Sua mão tocou minha nuca e seus dedos adentraram nos fios de meus cabelos fazendo carícia.

Mantive uma mão acariciando as maçãs de seu rosto, a sensação de sua pele quente e macia sobre a palma da minha mão era tão boa que eu não queria me afastar, levei a outra mão até sua cintura e dei um leve aperto, eu a queria mais perto, colada a mim. Maria ofegou quando eu a puxei colando nossos corpos. Nossos lábios estavam prestes a se tocar, eu estava louco para beijá-la de verdade.

-Maria você sabe onde está minh...-Sabrina entrou na sala interrompendo o momento.

Eu amo minha filha mas ela conseguiu me deixar com muita raiva agora.

-Oh me desculpe eu quebrei o clima!- Sabrina colocou a mão no coração, ela realmente aparentava estar se sentindo culpada por nos atrapalhar.

Suspirei e então beijei a testa de Maria e me afastei dela.

-O que está procurando Sabrina?- Maria perguntou docemente enquanto se levantava do sofá.

-Estou procurando uma nécessaire cor de rosa com florzinhas...-Sabrina começou a falar enquanto caminhava para fora da sala.

Maria me lançou um olhar pedindo desculpas e então acompanhou minha filha me deixando sozinho e completamente frustrado.








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