Destruída

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MARIA GONÇALVES

Abri os meus olhos e logo em seguida senti uma terrível dor de cabeça, a minha frente pude ver o vidro do carro, estavamos em movimento.

Franzi o cenho tentando entender o que estava acontecendo, lembro-me de estar saindo do shopping a tarde com Cristina e ela me oferecer uma carona o resto é um vazio, não faço idéia do que aconteceu. Me ajeitei no banco do carro sentindo meu corpo fraco e ao mesmo tempo pesado.

-Que bom que acordou estava ficando preocupada!- a voz de Cristina me chamou atenção então olhei pra ela que dirigia tranquilamente.

-O que aconteceu? Quando estávamos saindo do shopping ainda estava cedo e agora já anoiteceu.- Perguntei preocupada.

-Você teve um reação alérgica a alguma coisa que comeu no restaurante e desmaiou, tive que levar você para o hospital.

-Sério?- Exclamei assustada e ela assentiu.

-S-sim eles te medicaram e me disseram que você acordaria em breve.

-Meu Deus!- Coloquei as mãos sobre a boca.- Eu não fazia idéia que era alérgica a algum alimento, sempre comi de tudo e nunca passei mal.

-Pois é acontece...-Respondeu fazendo uma curva que dava para a rua onde fica o condomínio que eu e Pietro moramos.

-Você sabe me dizer a que eu sou alérgica?- Perguntei apreensiva.

-Frutos do mar eu acho...-Respondeu rapidamente enquanto estacionava o carro.

-Ah entendi...- Minha mente ainda estava muito confusa.

-Bom está entregue foi ótimo passar o dia com você Maria.- Ela sorriu pra mim de modo acolhedor.

-Eu que agradeço, obrigada pelo almoço e pela carona é bom saber que agora somos amigas.- Sorri para ela enquanto pegava a sacola onde estava o presente de aniversário de Pietro e mais algumas coisas que comprei no shopping.

-Não precisa agradecer não, é isso que amigas fazem.- Assenti.- Agora vá, tenho certeza que Pietro está muito preocupado com você.

Realmente ele deve estar preocupado, passamos o dia inteiro sem trocar uma mensagem sequer e isso nunca acontece.

-Tá bom!- sorri abrindo a porta do carro. -Tchau Cris.- Ela acenou e eu desci do carro.

Andei com um pouco de dificuldade até a portaria, minha vista estava um pouco embaçada e minha mente confusa. Ao entrar no condomínio peguei meu celular para conferir algumas mensagens e notei que havia cinco chamadas perdidas de Pietro porém isso foi as 22h da noite e agora já passa da meia noite. Entrei no elevador sentindo um aperto no peito, um sensação estranha me rondava e eu não sabia explicar de onde vinham esses sentimentos.

Cheguei até o nosso apartamento e estranhei quando percebi que não precisei destrancar a porta pois ela estava levemente encostada. Girei a maçaneta e a abri, todo o ambiente estava escuro e silencioso, será que Pietro já foi dormir? Entrei fechando a porta logo em seguida e então acendi a luz, me assustei quando vi Pietro sentado no sofá com as mãos apoiadas na cabeça e os cotovelos sobre os joelhos, estranhei encontrá-lo naquela posição, ele não esboçou nenhuma reação ao perceber que cheguei, ele não levantou a cabeça e nem me cumprimentou.

Quem poderia ImaginarWhere stories live. Discover now