No chão

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MARIA GONÇALVES

É engraçado como os dias podem passar tão rápido, alguns se arrastam lentamente como se não tivessem fim e outros se passam em um piscar de olhos. Desde que fui pedida em casamento minha rotina se tornou ainda mais corrida que o normal, são tantas coisas para decidir e resolver que me sinto perdida, mas tenho sorte que Pietro está sempre ao meu lado, cuidando não apenas das questões do casamento, mas especialmente de mim, seu cuidado me encanta, a forma como ele me acolhe nos dias difíceis, eu realmente não sei o que seria de mim sem seu amor, ele acrescenta e muito em minha vida e me faz extremamente feliz.

Eu estou ansiosa, muito ansiosa para me casar com Pietro, não quero mais ter que me despedir, não quero mais dormir longe do seu abraço, sei que no casamento nem tudo é perfeito, temos muitas responsabilidades, mas eu só penso na ansiedade que eu estou em dividir minha vida com o homem que amo. Por alguns dias Pietro até conseguiu me manter no apartamento, porque não conseguíamos ficar muito tempo longe um do outro, mas agora eu tenho passado mais tempo na casa da minha mãe, para aproveitar esse tempo com ela e minha vó, sei que depois do casamento as coisas vão mudar, então estou aproveitando para criar o máximo de memórias que posso com elas.

Neste exato momento me encontro dentro do uber indo até o apartamento de Pietro, Sabrina retorna hoje ao Brasil, estou com tanta saudades que mal posso esperar para abraçá-la, todos esses dias Pietro passou completamente preocupado com a filha e com o tal assunto importante que ela vem nos contar pessoalmente, eu tenho certeza de que é algo muito Bom, Sabrina nunca faria isso se não fosse uma boa notícia, se fosse algo ruim ela escondera ou simplesmente viria sem avisar para nos comunicar.

O carro estacionou em frente ao condomínio de Pietro, paguei ao motorista e logo desci do carro. Atravessei a rua, rapidamente cheguei a portaria e autorizaram minha entrada, peguei o elevador ansiosa contando os andares até chegar no qual Pietro mora. As portas de metais se abriram e caminhei em direção a porta de seu apartamento, toquei a campanhia e aguardei que ele atendesse, estou com saudades, faz pouco mais de uma semana que não nos vemos, temos conversado mais por mensagem porque nossos horários tem se desencontrado ultimamente, mas cuidamos um do outro mesmo de longe.

A porta do apartamento se abriu e assim que vi Pietro o abracei, fechei meus olhos e apenas senti o que corpo junto ao meu, a sensação de segurança e acolhimento me invadiu na hora.

-Ah que saudade que eu estava desse abraço.- murmurei não querendo me soltar mais dele.

- Eu também estava com saudade amor!- ele beijou meus cabelos e então nós afastamos um do outro.

Olhei diretamente em seus olhos e quando meu dei conta nossos rostos já estavam se aproximando e nossos lábios se juntaram em um beijo, me afastei dele sorrindo e entramos em seu apartamento.

-E como você está amor? Como foi seu dia?-perguntei caminhando em direção ao sofá.

- Meu dia foi bem estressante, mas que bom que você está aqui, sua presença me ajuda a esquecer um pouco as preocupações que tenho.- fiquei em silêncio por um tempo e preocupada com sua resposta.

Olhei bem para seu rosto e notei que ele parecia abatido e cansado, como se tivesse passado a noite em claro.

-Amor sabe que pode me contar tudo o que quiser não é? O que houve? O que está te preocupando?- disse a ele sentindo meu coração apertado por vê-lo dessa forma.

- Eu não quero te chatear com meus problemas meu anjo, só preciso do seu abraço. - ele disse de forma tão sôfrega como alguém sedento implorando por água.

Quem poderia ImaginarWhere stories live. Discover now