Amar e ser amado

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PIETRO MONTELLATO

Ela está ao meu lado dormindo e tudo o que eu consigo fazer é olhar pra ela, com os olhos fechados e o cenho um pouco franzido ela repousa tranquilamente seu rosto sobre o travesseiro. Acredito que já se passaram horas desde que comecei a observá-la e ainda não me cansei. Em certos momentos eu custo acreditar que essa mulher é minha, que ela me ama tanto quanto eu a amo e que ela é real, porque as vezes parece bom demais pra ser verdade e eu acho que não sou digno de tanto.

Minha esposa, minha Maria.

Eu a quero tanto, ela significa tanto.

Quando penso na sorte que tenho por poder amá-la e chamá-la de esposa sinto até mesmo uma vontade quase que incontrolável de chorar, eu passei muito tempo sozinho e depois que Sabrina cresceu esses momentos de solidão só aumentaram, e eu não tinha expectativa alguma de que encontraria alguém que eu amasse e que viesse me amar também. As mulheres que eu conhecia pareciam tão fúteis e as vezes tão oferecidas que eu não conseguia me interessar por nenhuma profundamente a ponto de querer algo sério.

Tudo mudou quando eu olhei para Maria de um modo diferente, até hoje eu me faço a seguinte pergunta, como eu nunca percebi a garota incrível que ela era em todo o tempo que ela frequentou minha casa? Na verdade eu estava preso nos encantos de Cristina e isso acabou me cegando por um longo tempo.

Agora eu não me sinto mais sozinho, agora eu posso sonhar acordado, eu tenho um lugar para repousar seguro e respirar aliviado, eu tenho meu amor, minha esposa, a minha Maria. Não teria como ser nenhuma outra mulher, somente ela.

Quando estamos juntos as horas parecem segundos, estamos a dez dias em lua de Mel, já vivemos tantas coisas, tantas aventuras, e descobrimos ter uma atração tão forte que não conseguimos nos desgrudar por muito tempo, só de estar em outro cômodo a pouquíssimos metros de distância, já sentia uma saudade imensa, uma vontade de estar perto.

Suspiro ao pensar no quão bom é amar e ser amado.

Admirando a beleza da minha bela esposa a vi abrindo seus olhos de modo lento e sonolento, não demorou nem dois segundos para ela perceber que eu a observava, Maria sorriu de um jeito tímido e esconder o rosto no travesseiro.

-O que foi amor? Por que está se escondendo de mim?-perguntei risonho ao ver seu jeitinho fofo de agir.

- Você estava me olhando esse tempo todo?-murmurou com o rosto ainda escondido no travesseiro

Passei a mão sobre sua cabeça fazendo carinho em seus cabelos.

- Eu estava sim, apreciando sua beleza enquanto dormia, você é linda a todo instante meu amor.

-No momento não estou me sentindo assim...-disse virando o rosto em minha direção

-Por que não minha princesa? -Acariciei sua bochecha, eu simplesmente amo tocar sua pele, não consigo ficar longe.

-Mal consigo abrir os olhos de tanto sono e me sinto quebrada, você me deixou cansada...- Ao mesmo tempo que disse isso suas bochechas ficaram vermelhas, mesmo agora que estamos casados Maria ainda fica com vergonha ao abordar certos assuntos.

- Eu te deixei cansada é?- perguntei querendo provocá-la.

Me arrastei para mais perto do corpo da minha mulher e passei meu braço em volta de sua cintura trazendo-a para perto de mim, colando ela em meu peito. Nossos corpos quentes e juntos me trouxeram uma sensação de conforto, eu não a largo por nada nesse mundo, tudo em mim grita por ela. Maria suspirou profundamente e seus lábios tremeram, ela já estava sendo tomada pelo desejo, eu sabia pela forma como seu peito subia e descia mostrando que estava ficando difícil de manter a respiração corretamente. Rocei os meus lábios sobre os dela apenas para fazer com que ela desejasse meu beijo e assim que me afastei Maria soltou um gemido demonstrando sua insatisfação.

-O que você quer meu amor?- minha voz soou rouca

-E-Eu quero você.- ela me olhou de maneira tão profunda e em seguida abraçou meu corpo e beijou minha boca.

Seu beijo era doce, mas havia um gostinho diferente, eu sabia quand o ela começava a me beijar assim, um beijo lento, provocativo e totalmente encantador que me deixava a sua mercê, eu não conseguiria mais me afastar dela, não conseguiria sair mais daquela cama, não até ter tudo da minha mulher. Enquanto com uma mão ela apoiava em minhas costas deslizando e fazendo carinho a outra se encontrava no meio de meus cabelos acariciando e os puxando levemente. Eu perdi totalmente a linha de raciocínio quando ela mordeu minha boca suavemente.

Maria olhou em meus olhos ofegante e sorriu, ela apoiou a mão em meu rosto e acariciou minha barba me beijando novamente, meu Deus como sou fascinado por essa mulher, eu abracei seu corpo quente e macio. Ao finalizarmos o beijo ela se afastou sorrindo e deitou a cabeça em meu peito, sorri me sentindo o homem mais feliz do mundo por saber que eu a amo e que ela me ama também, comecei acariciar seus cabelos, e assim adormecemos novamente.

Quem poderia ImaginarWhere stories live. Discover now