Quem poderia Imaginar

By gabiiisslove

203K 13.4K 1.3K

-Eu não quero que você vá Maria.- Meu coração disparou. Será que eu ouvi corretamente? -Por que?- Perguntei o... More

-Nota da Autora-
Prólogo
Personagens
O que essa menina fez comigo?
Agora tudo irá mudar!
Isso não é um adeus...
Como fui tão ingênua?
No apartamento, dele.
Ótima companhia.
Mais confuso e complicado.
Comparações
Vou sair...
Divirta-se
Ressaca e Solidão
Pedido de desculpas
Não é um encontro!
Apreciando as estrelas?
Ninguém nunca me olhou assim
Frustrado
Boa noite meu amor
Mais tempo com ela
Lágrimas inocentes
Nunca duvide...
Um momento romântico
Nosso lugar secreto
Culpa e mentiras
Feriado
Inconveniente
Novo Integrante
Susto
Isso não pode estar acontecendo!
Quero tê-la de volta.
Você não ligou...
Parem de brigar!
Orfanato
Envelope
Paralisada
Tudo o que eu quero, eu consigo!
Destruída
Colo de mãe
Ressentimentos
Eu vou falar com ele!
Coração partido
Se Deus quiser...
Você não é ela...
Eu não quero você em minha vida!
Afogar as mágoas
O processo de cura
Contando os dias
Lute pelo amor dela
Tulipas brancas
É possível consertar o passado?
Confronto
Em família
Personagens Pt. 2
Aviso Importante
Laura
Pra Sempre!
Juntos!
Entrega
Cupcakes
Você precisa descansar...
Deixa eu cuidar de você
Me abrace e não solte mais
Eu devo me preocupar?
No chão
Avô
Um momento tão especial
Um dia inesquecível
De corpo e alma
Mais de você
Fora do quarto
Frio na barriga
Amar e ser amado
Spa
Amor em chamas
recadinho
De volta a realidade
Um dia de chuva e amor
Saudade e mudanças
Bolo
Momento juntos
Relembrando os velhos tempos
Eu acredito em você meu amor
O melhor pra nós
Epílogo

Ponto de paz

2.9K 255 16
By gabiiisslove

Eu me sentia enfadado.

Todos os dias em que eu acordava sentia como se o mundo inteiro pesasse em meus ombros.

A minha vida, a rotina que eu considerava produtiva, bem sucedida, satisfatória estava se deteriorando a cada dia. Eu que pensava ter o controle de tudo sobre minhas mãos estava começando a me sentir perdido, as coisas que antes eram importantes pareciam fúteis e sem sentido.

Eu não conseguia mais encontrar razões que me motivassem como antes, tudo era vazio demais e eu me sentia angustiado. O desgaste emocional, o cansaço, o aborrecimento sempre estiveram ali eu que demorei tempo demais para perceber.

Meus pais me criaram para ser um bom homem, alguém bem sucedido e um dia um bom pai e marido. Desde adolescente eu me esforcei para dar orgulho a eles, mas as coisas mudaram quando contei a eles que seria pai e por ter apenas dezessete anos eles não lidaram bem com a idéia, esse acontecimento e muito outros criaram um enorme peso sobre mim, eu tinha que me tornar um alguém, tinha que dar um bom futuro a minha filha, esse se tornou o objetivo da minha vida, tudo pela minha princesinha. Boa faculdade, dono de uma empresa multinacional, uma ótima casa, carros modernos e luxuosos, conquistei tudo isso achando que quanto melhor eu fosse e quanto mais eu tivesse assim seria um bom pai. Sabrina cresceu e foi para a faculdade, para longe de mim viver sua própria vida, é claro que sinto orgulho de quem ela se tornou e fico feliz por suas conquistas, mas quanto a mim o que restou? Muito dinheiro acumulado, vários carros na garagem, mas uma casa vazia e silenciosa, um vida solitária e triste.

Esse tipo de reflexão nunca havia me tocado de maneira tão profunda, eu precisei que uma certa pessoa aparecesse no meu caminho para que eu percebesse certas coisas.

Maria, a minha menina como gosto de chamá-la em meus pensamentos. Ela de forma despretensiosa despertou algo em mim que eu ainda não tinha sentido. Era difícil de explicar e entender, mas parecia que eu estava preso em uma caixa escura e vazia e ela abriu a porta permitindo que eu encontrasse a luz e tudo o que o mundo tem a me oferecer. Minha mente demorou muito para admitir, mas meu coração já sabia que era ela, ele se rendeu completamente ao seu sorriso, ao seu olhar, ao seu jeito de ser, e não tinha como voltar atrás, eu estava convicto que me apaixonar por alguém era algo que nunca aconteceria mas Maria foi uma excessão.

Infelizmente eu não tenho coragem o suficiente para deixar que meu coração guie minhas atitudes, a razão permanece sendo minha fiel aliada e quando assumi para mim mesmo que estava apaixonado por ela eu tentei apagar esse sentimento até que ele desaparecesse por completo sem deixar nenhum vestígio. Me afundar no trabalho foi a primeira coisa que fiz, eu me empenhei o máximo que pude e quando isso não foi o suficiente eu recorri a alguém que nunca me negaria, Cristina ficou mais do que satisfeita quando eu comecei a chamá-la pra sair com mais frequência, ela adorava me ter por perto e eu aproveitava isso da melhor forma que podia, eu só queria esquecer o que eu sentia, só queria me desligar de tudo.

Mas nada, nada me fazia tão bem quanto o meu ponto de paz.

Eu finalmente tinha encontrado algo que eu nem sabia que estava procurando, algo que me preenchia, que me fazia bem e tudo o que eu mais desejava era segurar ela em meus braços e não soltar nunca mais, eu queria tê-la para mim.

O meu lado racional era o motivo pelo qual eu não tentava me aproximar, o motivo pelo qual eu massacrava aquele sentimento dentro de mim. Um homem de trinta e seis anos apaixonado por uma menina mulher de dezoito anos, o que nossos familiares pensariam? Quem iria apoiar esse relacionamento? Era uma loucura arriscar tudo por uma paixão sem futuro. Eu já eram um homem maduro e experiente, Maria estava aprendendo a viver, descobrindo quem ela era e por Deus, minha menina é tão frágil, tão inocente eu nunca me perdoaria se a machucasse, se eu ferisse seu coração com qualquer atitude ou palavras eu enlouqueceria.

Hoje havia sido um dos meus piores dias, tudo estava dando errado desde o momento em que acordei, tudo o que eu queria era gritar e fugir para bem longe, ir embora mais cedo do trabalho foi uma decisão fácil de se tomar, eu sabia que sentiria melhor em casa. Ao entrar no apartamento vazio estranhei um pouco por não encontrar Maria no sofá ou na cozinha preparando algo para comer, vários pensamentos ruins começaram a passar pela minha mente mas eu decidi esperar mais um pouco até que ela chegasse do trabalho. Quando a campainha tocou fui imediatamente até a porta ver quem era já que não havia sido informado sobre nenhuma visita. Eu fiquei atônito quando encontrei Cristina parada em minha frente com um sorriso e uma garrafa de vinho nas mãos.

-Cristina o que faz em minha casa? Quem deixou você subir?- Comecei a perguntar, eu não gosto de receber visitas surpresas ainda mais quando essa visita é Cristina.

-Eu vim te fazer uma surpresinha, te liguei o dia todo e você não atendeu.- Deve ser porque eu não queria falar com você.

-Não devia ter vindo.- Afirmei irritado, Maria poderia chegar a qualquer momento.

-Por que não? Por acaso está me escondendo alguma coisa?- Questionou arqueando as sobrancelhas.

Ela entrou dentro do apartamento sem ser convidada, seus saltos batiam contra o piso de madeira conforme ela andava e isso me tirava do sério.

-Eu não gosto quando invadem minha privacidade.- Falei andando atrás dela que estava na cozinha já abrindo a garrafa de vinho.

-Não começa Pietro! Eu vim aqui pra gente se divertir, você sabe que podemos fazer algo melhor do que brigar.- Falou de modo sedutor, confesso que me senti levemente afetado.

-É melhor você ir...-Eu não queria que Maria chegasse e encontrasse Cristina ali, isso causaria uma confusão e conhecendo o jeito ciumento e controlador de Cristina essa casa se tornaria um inferno.

Ignorando completamente o que eu disse Cristina caminhou até mim com duas taças de cristal nas mãos, as duas estavam cheias com vinho e era um dos meus favoritos. Confesso que a bebida também se tornou meu refúgio, se tornou uma forma de eu me desligar de tudo.

-Apenas relaxe, vamos beber um pouco não tem nada demais nisso.-Falou me entregando a taça que eu não recusei.

O meu dia foi um porre.

Eu precisava mesmo relaxar e Maria não estava aqui para me acolher com seu sorriso, eu precisava de algo forte para me fazer esquecer de todos os meus problemas.

Virei a taça na boca e em apenas um gole acabei com todo o vinho, o sabor era esplêndido e eu precisava de mais, porém fui pego de surpresa quando Cristina me beijou agarrando meus braços e me puxando tentando desesperadamente colar seu corpo no meu.

As coisas foram acontecendo rápido demais e estavamos prestes a ficar totalmente nus e saciar nosso desejo. Quando as luzes da sala se acenderam foi como se eu despertasse do meu modo automático e tomasse conta dos meus atos, eu sentia que podia enfrentar um exército naquele momento menos Maria. A forma como ela olhou para mim e Cristina me quebrou por inteiro.

No meio daqueles olhos azuis tão inocentes eu vi uma dor tão profunda que se tornava quase que palpável e eu me perguntei o que se passava em sua mente naquele momento.

-O que essa criança está fazendo aqui Pietro?- A voz estridente de Cristina ecoou pela sala de estar.

Olhei para Maria e ela pareceu tremer de medo.

-Ela mora aqui.- fui direto querendo esclarecer logo a verdade.

-O quê?- Cristina se levantou do sofá rapidamente.

-Isso mesmo que ouviu! Maria está cursando faculdade aqui na cidade e precisava de um lugar pra ficar e eu ofereci minha casa.- Expliquei enquanto pegava minha camisa e vestia novamente.

-Então agora você virou babá?- Ela debochou e eu me neguei com a cabeça.

-Para de falar bobagens Cristina é hora de você ir embora.- Falei pegando sua bolsa do chão e entregando para ela.

-Eu não vou embora!- ela bateu o pé no chão como uma criança mimada.- Eu sou sua namorada essa garota que tem que sair.

Quase tive uma síncope ao ouvir Cristina se autodeclarar minha namorada.

-Cristina nós não somos um casal, eu já te disse mil vezes, agora se retire por favor.- Ao dizer isso eu fiz com que a chama de raiva de Cristina aumentasse ainda mais.

-Sua pirralha aproveitadora!- Cristina avançou na direção de Maria apontando o dedo em seu rosto.- não me olha assim com essa carinha de menina assustada, eu sei muito bem que está tentando seduzir o meu homem sua cachorra safada.

Eu fiquei possesso quando ouvi Cristina dizer aquelas coisas horríveis pra minha menina.

-Cristina! Eu não admito que você fale essas coisas pra Maria.- Adverti enfurecido.

-É a verdade só que você é cego demais pra perceber esse olhar de menina apaixonada.- Esbravejou fazendo Maria se encolher.

Ela parecia tão assustada e seus olhos estavam marejados. Eu não gostava de ver minha menina assim.

-Me desculpe...- Maria sussurou.

-Não vem com esse choro falso sua pirralha, eu estou avisando fica longe do Pietro.- Ela apontava o dedo do rosto de Maria enquanto a ameaçava.

-Já chega!- gritei me aproximando de Cristina e a pegando pelo braço sem machucá-la, eu a puxei para fora do apartamento.

-Me solta Pietro! Ficou louco para me puxar assim?- Ela reclamava sem parar.

Quando cheguei no corredor caminhei até o elevador, apertei o botão e assim que ele chegou em nosso andar eu a puxei para dentro junto comigo. Meu sangue estava fervendo de raiva, eu estava com o coração acelerado e a respiração ofegante.

-Eu não quero mais ver você Cristina! Sempre avisei que o que tínhamos era algo casual, sem rótulos, sem sentimentos e você estragou tudo! Nunca mais me procure e não ouse chegar perto de Maria.- A ameacei e ela me encarou com os olhos marejados.

-Você tá apaixonado por ela!- Cristina estava agitada, suas vestes todas desalinhadas e seu olhar tinha um brilho estranho.

-Isso não importa!- Exclamei.

-Importa sim, porque eu amo você Pietro, por que você se apaixonou por ela e não por mim? Ela é só uma pirralha pobre, está interessada em você pelo dinheiro.- Eu não podia acreditar no que estava ouvindo.

-Eu não aceito que fale dela assim! Você não a conhece.- Rebati cerrando os punhos.

-Eu vi a forma como olhou pra ela, você ama aquela menina mas quer saber a verdade? Ela vai destruir você, ela vai te enganar e você vai perceber que eu sempre estive certa.

-Eu não me importo com mais nada do que você diz.- Falei indiferente sem olhar pra ela.

As portas do elevador se abriram, nós havíamos chegado ao estacionamento.

-Eu vou embora, mas saiba que você ainda vai voltar pra mim!- Me ameaçou mas eu nem fiz questão de olhar para ela.

Assim que ela saiu de dentro do elevador comecei a apertar o botão do meu andar repetidas vezes, eu precisava saber como Maria estava depois de tudo o que aconteceu.

O tempo que passei dentro do elevador pareceu uma eternidade, quando cheguei ao meu apartamento entrei seguindo direto para o quarto de Maria, eu queria me desculpar pelo que tinha acontecido. Quando cheguei em frente a porta do seu quarto me assustei com o que eu vi, Maria estava andando apressada pelo quarto enquanto colocava suas roupas e pertences dentro da mala.

-Por que está fazendo as malas?- Questionei enquanto caminhava até ela.

-Eu vou embora.- Sua voz embargada cortou meu coração.

-Não precisa ir embora, Cristina não vai voltar mais aqui, eu sinto muito por tudo o que ela disse.- falei desesperado enquanto ela andava de um lado para o outro jogando as coisas dentro da mala.

-Eu tenho que ir, já fiquei tempo demais e estou começando a atrapalhar sua vida.- Ela dizia tudo de cabeça baixa, seus cabelos cobriam seu rosto, eu queria olhar em seus olhos.

Andei até ela e segurei sua mão antes que ela arremessasse a próxima peça de roupa na mala, ela estava tremendo. Virei seu corpo em direção ao meu, ela ainda estava de cabeça baixa tentando fugir de mim. Toquei seu queixo levantando seu rosto que estava vermelho e totalmente molhado pelas lágrimas.

Tudo isso é culpa minha...

-Me perdoa pelo que aconteceu pequena, não vai embora.- falei tentando conter o desespero crescente em mim.

Eu não quero que ela vá embora, não quero ela longe de mim.

-Ninguém nunca me tratou daquela forma, eu fiquei com medo.-Ela começou a chorar, seus soluços ecoando pelo quarto me deixavam agoniado. Abracei seu corpo, ela encostou a cabeça em meu peito e só então respirei aliviado.

-Nunca mais ela vai te tratar daquela maneira, me perdoe.- Sussurrei beijando seus cabelos enquanto sentia seu cheirinho doce de baunilha.

-Eu não sou aquelas coisas que ela disse né?- Me perguntou baixinho.

-Não! Não acredite nela, Cristina só queria magoar você entende?- Ela havia levantado a cabeça e agora me olhava bem no fundo dos olhos com o queixo apoiado em meu peito.

-Ela também me disse pra ficar longe de você.-Murmurou.

-A vontade dela não importa e sim a minha, eu quero que você fique aqui comigo.- Falei a abraçando apertado.

-Tudo bem eu vou ficar.-Ela abriu um lindo sorriso que parecia o sol surgindo depois de uma grande tempestade.

Continuei abraçado com ela porque era isso que eu queria, queria que ela ficasse em meus braços, queria que ela ficasse em minha vida pra sempre porque ela era meu ponto de paz.

Continue Reading

You'll Also Like

992K 64.1K 60
What will happen when an innocent girl gets trapped in the clutches of a devil mafia? This is the story of Rishabh and Anokhi. Anokhi's life is as...
2.7K 51 14
Helloo! This is my first time writing an eddsworld fanfic (a eddsworld x child reader one but still my first:3) Summary: Your (Y/N). You lived with y...
480K 22.7K 24
"Bokuto why are both of you sitting in the freezer?" "It's hot." "So... you thought sitting in the freezer would be a good idea...
30.1K 785 12
❝ I AM TOUGH, BUT NO COOKIE .❞ in which thor comes across a powerful being that can take down the greatest threats in existence. thor x oc x loki