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By hellenptrclliw

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➛ A segunda queda: livro 02 da série "The Four Falls". Apaixonar-se não era sequer a última das coisas que Et... More

OWH. #2 Série TFF
sinopse
dedicatória
epígrafe
prólogo
01. quem está julgando?
02. caos com íris cor de avelã.
03. dever e honra.
04. até onde você é capaz...?
05. ethan.jyoung.
06. se você diz.
07. calum young é um menino sábio.
08. quem é gwen evans?
09.1. eu não sei como você consegue.
09.2
09.3
10. movidos pelo instinto de sobrevivência.
11. precisamos parar de nos encontrar assim.
12. por que se explicar tanto para si mesmo?
13. temos tudo sob controle.
14. a verdade que há e suas promessas.
15. um dia, talvez?
16. até o sol nascer.
17. nada é como se apaixonar pela primeira vez.
18. a reputação que me precede.
19. quando o amor cai em mãos erradas.
20. no meu sangue.
21.1. a garota que me encara de volta.
21.2
22.1. os parágrafos escondidos e descobertos.
22.2
23. a sentença das nossas vidas.
24. misericórdia nunca foi o seu forte.
25. a vida acontecendo através desses sentimentos.
26. as estrelas que testemunham nossa queda.
27. isso é sobre quem eu sou.
28.1. a liberdade do meu verdadeiro eu.
28.2
29. isso muda tudo.
30. e quem a protege de mim?
31. "juntos e essa coisa toda".
33. é sempre assim?
34. como viemos parar aqui?
35. o narrador que conta a história.
36. neste momento, ele é o mundo inteiro.
37. aquela filha daquela família.
38. me diga que não é tarde demais.
39. me perdoe, eu me apaixonei.
40. boa fé da mulher que me amou primeiro.
41.1. é como deveria ser.
41.2
42. o monstro debaixo das nossas camas.
43. genuína.
44. o sangue puro e o sangue ruim.
45. julgamento
46. com um coração cheio.
47. rainbow
48.1. as constantes.
48.2
extra: pressentimentos.
49. você vem para o café da manhã?
50. a traição.
51. negação.
52. não esquecer o quanto você o ama.
53. é o único jeito, querida.
54. honra e morte.
55. se apaixonar.
56. este é o meu dever.
57. memórias: nós as construímos e elas nos constroem.
58. sem mais sentir muito.
59. era você que sempre estava lá.
60. o caminho de volta para casa.
epílogo.
nota final.

32. capítulos em branco.

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By hellenptrclliw

A lua é a única amiga que eu tenho aqui fora
Mais uma bebida e estarei curado
Eu te disse as palavras e depois soube que era mentira
Queria poder oferecer algum recurso

Você está errada
Eu não pertenço
Você está errada
Eu não pertenço a você

BELONG | Cary Brothers





VINGANÇA É UM PRATO que se come frio, é o que eles dizem.

Leon St. John parece ter levado essa frase mais a sério do que deveria. Presenciar uma discussão entre ele e minha irmã e consequentemente deixá-la ter o conhecimento de que eu sabia sobre os dois foi quase agradável; poder parar de fingir que não é óbvio que os dois estão tão ridiculamente atraídos e que são péssimos em esconder isso. E eu digo quase agradável porque foi à custa de alguns estilhaços do coração dela de acordo com o pouco que ouvi da briga.

Eu não me importo, realmente, com os dois juntos. Somos todos crescidos e casais brigam o tempo todo ― imagino eu ―; eles se desentendem, dizem coisas que irão se arrepender mais tarde e saem tempestuosamente apenas para voltar com o rabo entre as pernas mais tarde. Eu não estava preocupado com a situação da minha irmã porque eu conhecia a mulher que tinha em casa: ela o comeria vivo.

De coração partido ou não.

É só uma briga, eu disse a mim mesmo ao decidir que não me intrometeria a menos que Alyssa pedisse.

Porém, no dia seguinte, enquanto meu coração acelerava e acelerava com a visão de Gwen Evans parada nas escadarias principais do campus ― no mesmo lugar onde eu roubei um beijo dias atrás ―, eu simplesmente sabia que estava sendo ingênuo. Nunca era "só" em aspecto nenhum da minha vida, e na ausência dos meus sorrisos favoritos em seu rosto quando me vê indo em sua direção, sei que a vingança também servia para me lembrar de que tudo o que fiz, em breve, voltaria para mim.

Há um peso em meu estômago agora. Uma sensação desconfortável, como se eu estivesse quente e frio ao mesmo tempo, ondulando em minha pele. Foram apenas alguns poucos dias desde que conheci Rosie Evans e os usei para superar sua confissão e seguir em frente com ela, e embora não tivéssemos nos aventurado em um território mais íntimo desde então, nunca me senti tão próximo de alguém.

Olhe para mim, querendo ajudar minha irmã em seu namoro quando mal sustento o meu.

― Ei ― murmurei, meu olhar já perscrutando seu rosto. ― Tudo bem?

Gwen passou a língua no lábio inferior e inclinou sutilmente a cabeça para o lado, como se me desafiasse a descobrir sozinho. As íris esverdeadas não estavam brilhando com aquele prazer manhoso em me ver, tampouco ela parecia próxima de um sorriso caloroso. Algo está errado. Não conseguia me lembrar de ter feito alguma coisa para chateá-la, mas eu tinha certa tendência a estragar tudo e nem perceber.

Sua voz era veludo quando ela, enfim, falou:

― Você e Jessica, uh? ― a decepção escurecia o tom vivo de seus olhos. ― Quem diria. Com o seu melhor amigo?

Aquele peso afunda e dói no fundo da minha barriga, meu coração aperta como se mãos o torcessem, e se ela não estivesse tão focada nos meus olhos, tão sedenta em extrair algo de mim, veria o pulso frenético em meu pescoço. Como diabos ela descobriu sobre isso? St. John não contaria ― ele sabia que ela era importante para mim. Alyssa nunca faria isso, mesmo se me odiasse. Hunter e Caden nem se fala, mesmo que Caden fosse uma matraca sem filtro de vez em quando.

Mas essas pessoas eram minha família, e uma vez que Gwen e eu estávamos gradualmente expondo nosso relacionamento pelo campus para deixar cada vez menos dúvidas de que estávamos juntos, as pessoas falavam. As mesmas que eu convivia meses atrás apenas pela comodidade, as mesmas que eu transei e beijei.

― Quem te contou? ― eu perguntei, dando um passo para frente.

Gwen não recuou, levantando o queixo para não perder meu olhar. Se eu não estivesse tão nervoso, diria a ela que ela é linda me enfrentando.

― Eu acho que não importa, uma vez que deveria ter sido você e não foi ― respondeu ela.

Meu rosto era uma máscara controlada de paciência e indiferença que eu não conseguia soltar, porque essas situações sempre despertavam um tipo curioso de mecanismo no meu interior. Como um interruptor, uma chave sendo girada. Não conseguia abrir mão desse controle porque ele era tudo o que eu tinha quando sentia que algo estava desmoronando ― novamente e novamente ― e eu não seria rápido o suficiente para consertar.

― Foi antes de você ― eu declarei. ― Nós nem nos falávamos, Gwen. O que você quer que eu diga?

― Ethan ― ela soltou uma risadinha sem fôlego ―, você não acha que algo assim, que você ficou com a namorada do seu melhor amigo e quase perdeu a amizade com ele é uma coisa que deveria ter me contado?

Eu encolhi meus ombros. ― Na verdade, não. Isso não importa mais e St. John claramente já superou quando levou minha irmã para a cama dele. É verdade, quase perdi sua amizade, mas estamos bem agora.

Mas ela não faz isso e minhas sobrancelhas se franzem de frustração.

― Qual é, Gwen. Deixa essa merda pra trás.

― Ele humilhou a sua irmã por causa do que você fez ― ela cuspiu, as bochechas flamejando de irritação. ― Eu sei que ele gosta dela agora. Eu sei que ele fez aquilo no calor do momento e que ele nunca faria algo assim "são", mas que droga, Ethan, você não...

As vozes ao nosso redor silenciaram. Uma dormência se espalhou por meu corpo, até mesmo em meus ouvidos, e eu só pude ficar encarando minha garota enquanto seus lábios se moviam e moviam e eu me via incapaz de registrar o restante de suas palavras. Espalmei seu ombro, deslizando minha mão entre sua clavícula e pescoço esperando que meu toque a fizesse parar por um momento, e quando aconteceu, ela viu.

― O que você disse que ele fez? ― eu questionei, muito, muito calmamente.

Gwen fechou os olhos com pesar, mas eu poderia dizer que ela não queria se desculpar por ter revelado isso. Minha mente começou a girar com todas as coisas que ele poderia ter feito a minha irmãzinha, que gerou a discussão de ontem, mas simplesmente não conseguia imaginá-lo ferindo alguém por nada.

Ele humilhou sua irmã por causa do que você fez.

Por causa do que você fez.

Você fez.

― Ethan ― Gwen segurou minha mão contra seu peito e tocou minha mandíbula com a outra, forçando-me a encontrar seu olhar. ― Allie vai lidar com isso. Você sabe que ela vai.

Eu tirei a mão dela do meu rosto e afastei a outra de seu peito.

― Eu sei que vai.

Ignorei os chamados do meu nome quando desci as escadarias e marquei o caminho para o apartamento de St. John em vermelho. Não poderia proteger minha irmã de cada vez em que ele a machucasse, porque éramos humanos e fazíamos isso. Eu mesmo sei que Gwen está magoada ― e decepcionada, como sempre previ ― comigo por causa do que fiz e por ter omitido isso dela, pela minha falta de consideração. Mas eu não poderia ser honesto sobre isso sem contar meu motivo, e talvez fosse ainda pior.

Eu traí meu irmão para que ele pudesse ser livre? Que tipo de justificativa de merda seria essa?

No entanto, saber que eu era o catalisador para a tristeza nos olhos coloridos dela ontem à noite? Do tremor em sua voz quando ela pediu para que ele saísse e eu me vi quase tendo que expulsá-lo a força? Não me admira que ele soasse tão arrependido. Foi cruel, mesmo para ele, mesmo para mim ― e eu nem quero saber como foi exatamente que ele fez isso.

É cruel até mesmo comigo porque ele poderia ter resolvido isso como quisesse entre nós dois. Eu não me importava. Mas ele, melhor do que qualquer outra pessoa, sabia como era aterrorizantemente doloroso ter as pessoas que mais amávamos ― nossa força e fraqueza ― sendo os alvos dos nossos fardos e erros.

E eu quero julgá-lo por isso quando, na verdade, sou o maior miserável nesse jogo. Não era a primeira vez que isso acontecia ― que meus pecados eram creditados na conta de outros ― e conhecendo as minhas origens, tampouco seria a última.

Quando o loiro abriu a porta, não teve tempo de sequer abrir a boca antes que eu o agarrasse pelo colarinho e o largasse no chão. O baque de seu corpo contra o piso de seu apartamento caro ecoou pelo espaço amplo, e eu ergui meu olhar brevemente a tempo de ver Caden e Hunter correrem apressados na direção do som, como se imaginassem outra pessoa no meu lugar. Um pedido de desculpas veio até a garganta, mas eu o engoli de volta e olhei para St. John.

Suas sobrancelhas se franziram de vergonha, porque ele sabia.

― Você fodeu com ela por minha causa? ― eu vociferei, pisando em seu espaço. ― Você, seriamente, fez essa merda?

Ele não respondeu e eu trouxe a mão ao rosto para esfregar, para clarear minha visão. Caden deu um passo à frente como se fosse tentar nos apaziguar, mas Hunter estendeu o braço na frente do peito dele antes que ele pudesse se aproximar mais. Se Caden Burns estava prestes a bancar o remediador, eu não queria saber como era a expressão ― o olhar ― no meu rosto agora.

Para seu crédito, ele sequer hesitou ao ficar em pé e mesmo em toda a sua gloriosa altura, eu ainda era centímetros mais alto. Entretanto, mesmo se eu não fosse ele parecia simplesmente tão derrotado quanto era esperado. Isso deveria me dar satisfação, mas só me deixava mais desapontado. Esperei pacientemente até que ele reunisse a decência de fixar as íris âmbar nas minhas, meu silêncio subia pelas paredes e redecorava a maneira com que o sol mergulhava pelas janelas.

― Eu sei o que eu fiz ― digo a ele. ― Sei que foi errado. Sei que te decepcionei e sei que foi traição.

Hunter pareceu tentado a distorcer minhas palavras e me inclinar à verdade, mas eu continuei antes que ele se precipitasse.

― Mas você devia ter vindo atrás de mim ― apontei para meu próprio peito. ― Não dela, cara. Não assim.

― Eu sei, eu...

St. John engoliu em seco e meneou a cabeça, arrependimento escurecendo sua expressão.

― Você não... ― eu parei, reconhecendo o que estava prestes a dizer: ― Você não machuca minha irmã e espera que eu te perdoe, St. John.

― Eu sei ― ele diz simplesmente.

― Era para ter sido eu ― franzi a testa, minha indignação tomando conta do meu rosto. ― Qualquer coisa que você quisesse fazer deveria ter sido resolvida comigo, cara. Por que você a machucaria assim? Valeu alguma coisa?

― Não ― seus ombros caíram em derrota. ― Ela não vai mais falar comigo, eu sei disso. Não que devesse depois das coisas que eu...

Acenei com a mão no ar e dei alguns passos para trás, não estando com vontade de ouvir o que diabos ele usou contra minha irmã. E também para me recompor, porque eu não queria ser aquele que levantaria o punho para um irmão por ódio ― especialmente um que somente conheceu violência por metade de sua vida. Minha mão estava trêmula quando a levei para os cabelos e arrastei os dedos por entre os fios, tomando algumas respirações profundas para empurrar minhas emoções sob a superfície novamente.

― Sinto muito ― murmurou ele atrás de mim.

― Eu não me importo ― sibilei de volta. ― Você fez cagada. É problema seu. Porra, cara, eu nem iria me meter porque você sabe como ela é. Meu relacionamento com ela já é uma merda e agora ela tem que pagar pelos meus erros...

Ela me culpava? Não foi o que pareceu ontem à noite enquanto bebíamos vinho em xícaras e comíamos mingau de chocolate com colheres, murmurávamos pedidos de desculpas por nada e tudo, mas então, Alyssa era tão boa quanto eu em mascarar seus sentimentos e emoções. Se ela me culpasse, esconderia isso e manteria ruminando dentro de si mesma até que seu ressentimento atingisse novos níveis quando estávamos tendo algum progresso.

― Ela te ama, irmão ― Hunter disse ao longe, a voz cheia de certeza. ― Você sabe que ela te ama.

― Amor não é suficiente, Hunter ― eu quase revirei os olhos ante sua tentativa fracassada de me fazer sentir melhor.

― Mesmo assim ― Caden falou ―, ela sempre te escolhe e te escolheu dessa vez acima de St. John. Ela sabe o que você fez e sabe "por que" ele fez isso e ela ainda ficou com você e dispensou ele sem nem deixá-lo explicar.

― O justo seria dar um esporro nos dois, né? Mas não há justiça que a faça te odiar, cara.

Com isso, sou quase magneticamente forçado a encontrar o olhar de Leon e ver estampado nele o que nós dois sabemos. Eu me vejo naquelas familiares íris douradas e vejo nossos anos de confissões e vergonha e vejo a convicção plena e absoluta de que Hunter não sabe, mas não poderia estar mais errado.

Eu sei. Leon sabe. Deus sabe.

E é uma questão de tempo até que a própria Alyssa descubra que o amor não pode me salvar de ser odiado por ser um... bem, o que eu sou.

― Não me odeie ― St. John de repente murmurou. ― Cometi um erro, irmão. O que você quer que eu diga? Vou tentar consertar isso, não por mim ou por você, mas por ela. Porque as coisas que eu disse...

O loiro estremeceu, como se lhe causasse um mal estar físico pensar sobre suas atitudes. Um arrepio violento e carregado com fúria aquiesceu meu corpo e eu respirei fundo novamente, indo contra todos os instintos sombrios e irracionais que repuxavam meus músculos em apenas uma direção.

― Eu não te odeio ― minha voz era reflexiva ―, mas quero que você saiba que a posição que você ocupa na minha vida não garante que isso nunca possa vir a acontecer, ou que eu vou te perdoar se você alguma vez trair a minha confiança e machucar a minha irmã novamente.

Eu o amava como um irmão de sangue, mas era lógico para o universo inteiro que em minha vida aqueles dois eram o início e o fim. O que eu sei do amor aprendi com eles; se eu estava aqui hoje e agora era porque eles haviam me dado um propósito quando eu mal via razões para continuar a andar nessa Terra.

Ele não podia fazer essa merda e pensar que tudo ficaria bem.

Pela primeira vez em quatro anos, havia uma linha entre nós. Um limite. Limite esse que estava, aos poucos, se tornando uma ranhura. Uma fissura na base da nossa amizade e eu não lamentava, porque minha irmã valia a pena e não nos quebraria a menos que ele forçasse suas mãos nessa fissura.

Caden praguejou em italiano sob a respiração e saiu da sala em direção à cozinha ― e ele só aderia à segunda língua quando estava muito nervoso, muito irritado ou simplesmente muito de qualquer coisa. Hunter ainda travou seu olhar no meu e diga a ele, diga a ele porque você fez aquilo era o que eu lia em seu rosto, as palavras se agarrando a pele negra e dançando pela sombra em seus olhos escuros.

Nunca mais. Se antes eu não queria, agora simplesmente não podia. Tampouco depois de ver a decepção nos olhos esverdeados de Gwen mais cedo.

St. John alongou o ombro direito ― o ombro da cicatriz ― como se seus músculos estivessem atados.

― Vou consertar isso ― dizia ele. ― Eu prometo. Ela vai entender como tudo isso é fodido e... Ela vai.

Sua voz, no entanto, não era tão convicta.

― Se ela voltar para você ―fiz uma pausa, escolhendo minhas próximas palavras. ― Apenas saiba que... eu não confio mais totalmente em você com ela.

E fui embora, incapaz de ver o estrago que sabia ter feito com as minhas palavras.

. . .

Alyssa estava em casa quando cheguei, estirada no sofá com um exemplar de Moby Dick acima do peito e entre suas mãos. Ao me ouvir, ergueu a cabeça e me ofereceu sua singular versão de um sorriso caloroso ― lábios reprimidos e com um sutil levantar do lado esquerdo ― antes de se acomodar novamente. Havia um peso em meu peito que se ligava diretamente ao meu estômago. Culpa. Um monte dela. Tanto que eu poderia passar o próximo mês sem comer e ela ainda encheria minha barriga.

― Posso falar com você um minuto? ― perguntei a ela, jogando minha mochila na poltrona livre e sentando na guarda do sofá, seus pés escovando a lateral da minha coxa. ― É sobre o que aconteceu ontem.

Alyssa suspirou, virando a página.

― Olha, nem começa, tá? Eu sei que você tem essa obrigação de irmão mais velho e...

― Foi por minha causa, certo? É minha culpa que você tenha passado por isso.

Isso despertou algo dentro dela. Um fogo que ascendeu nas íris coloridas e a fez empurrar o livro para a mesinha de centro e se colocar em uma posição sentada, liberando um pouco de espaço para que eu me sentasse. Um rubor se derramou nas maçãs de seu rosto e ela franziu as sobrancelhas escuras e expressivas com raiva.

― Quem te disse isso? ― suas palavras eram afiadas. ― St. John empurrou essa porra para cima de você?

Meu peito ficou um pouco quente ao perceber que ela estava furiosa com a possibilidade de alguém estar me culpando. Acho que essa era coisa sobre irmãos, não é? Nós poderíamos brigar como gato e rato, gritar e xingar e explodir, mas no instante em que outra pessoa ousasse levantar o tom de voz, nós seríamos os primeiros a defender com unhas e dentes um ao outro. Era satisfação que flutuava em meu coração com essa percepção.

Eu dei um toque em sua canela nua, a pele macia e lisa contra meu tato.

― Ninguém me empurrou nada, rainbow. É apenas o que aconteceu.

Alyssa sacudiu a cabeça.

― Eu não vejo dessa forma ― ela enfim deitou-se novamente, apoiando a cabeça em uma almofada e esticando as pernas em meu colo. ― É só você se martirizando, como sempre.

Um som zombeteiro escapou da minha garganta.

― Não seja blasé sobre isso, Allie. O que ele fez com você, fez porque eu enfiei a língua na boca de Jessica Taylor meses atrás.

― Talvez devesse ter enfiado logo o pau. Quem sabe essa "vingança" tivesse sido um pouco melhor.

Eu belisquei sua canela e ela grunhiu, uma risadinha escapulindo de sua boca.

― O quê? É verdade ― ela encolheu os ombros. ― Ele disse algumas coisas depreciativas, mas nada muito surreal. Acho que só foi...

Ela parou, desviando o olhar para onde minhas mãos descansavam sobre seus joelhos. Dessa vez, o rubor em suas bochechas não era por raiva, e ver minha irmã desavergonhada e orgulhosa corando por razões semelhantes as que faziam Gwen ficar assim era no mínimo... Inquietante. Mostrava o quão fundo as garras do meu melhor amigo estavam nela e como ela não demonstraria, mas as palavras a atingiram mais do que um soco.

― Estranho ― continuou ela ― ouvir aquilo saindo da boca dele quando ele não fala assim de ninguém. É como se eu fosse tão desprezível que...

― Nem termine essa frase ― eu meio que rosnei, arrancando outra risada sem humor.

― As coisas são como são, certo? ― ela sacudiu a cabeça. ― E então, você está se culpando pelo quê? St. John é um menino grande e capaz de pensar e lidar com as consequências do que ele faz, Ethan. O que ele fez é única e exclusivamente responsabilidade dele agora, independente do que o "motivou".

― Mesmo assim, eu...

Alyssa bufou.

― Caralho, se você vai ficar aqui chorando sobre isso eu vou ir dormir lá no meu quarto.

― Mas eu...

Ela se levantou abruptamente e eu a agarrei pela parte de trás dos joelhos, puxando-a de volta para o sofá. Em uma segunda tentativa, ela falhou miseravelmente quando cutuquei suas costelas com os dedos e ela se contorceu pelas cócegas, a nuca colidindo entre meu peito e ombro em um baque cheio de risadinhas desesperadas.

― Para com isso, porra ― ela empurrou minhas mãos longe de suas costelas, girando o rosto para mim. ― Agora, isso é errado. Cócegas é golpe baixo, Ethan.

Eu fitei as íris castanha-azul idênticas as do homem que nos deu a vida, incapaz de segurar as palavras por mais tempo.

― Você me culpa? ― eu perguntei baixinho. ― Está tudo bem, Allie. Pode me dizer. Não vou ficar bravo ou magoado ou qualquer coisa, só quero a verdade.

Talvez eu estivesse imaginando, ou até mesmo sonhando, mas poderia jurar que seu rosto inteiro se suavizou em uma expressão que atualmente eu só veria se fosse destinada a Callie. Seu sorriso diminuiu, mas permaneceu curvando delicadamente seus lábios. Era um pensamento amargo e triste que muito provavelmente, a vida havia a endurecido tanto quanto havia feito comigo, mas acolhendo uma nova perspectiva, também me deixava meio orgulhoso.

Ela sobreviveu. Nós sobrevivemos. Poderíamos não ser os melhores em toda essa coisa de viver, de sentir ― lembrar ― como era estar verdadeiramente vivo, ou apenas lembrar como o mundo poderia ser um grande lugar novamente, mas continuávamos aqui. Nem sempre parecia algo bom, mas agora, enquanto seu olhar segurava o meu e ela parecia ter tantas coisas a dizer e ainda não sabia como, gostaria de ser o melhor.

― Não te culpo, Ethan ― ela sussurrou. ― Nem vou acordar amanhã e decidir que quero te culpar. Nós temos muito mais do que drama romântico para colocar entre nós, você não acha?

Como se um sinal, passos apressados soaram nas escadas e Alyssa e eu nos viramos a tempo de ver um Calum James Young completamente nu e molhado com o rosto em pânico e grandes olhos azuis aterrorizados em nossa direção.

O loirinho cobriu suas partes frontais com uma mão e apontou com o indicador da outra para o segundo andar, pulando sem parar de um pé para o outro como se o chão estivesse pegando fogo.

― TEM UMA ARANHA NO BANHEIRO! ― Ele exclamou tão alto que os pais de Leon provavelmente ouviram de sua casa. ― UMA ARANHA GIGANTE!

Alyssa mordeu o lábio inferior para não rir e eu pigarreei na mesma luta.

― E você saiu correndo peladão por causa de uma aranha?

― Mas ela era enorme ― ele justifica. ― Do tamanho da sua cabeça.

Alyssa caiu de volta no sofá para poder rir.

― Muito engraçado, cara ― eu abri um sorriso divertido. ― Tão grande como a minha cabeça, hã? Tenho certeza de que você pode lidar com ela sozinho.

Ele continuava pulando, os cabelos loiros molhados pingando em seu rosto e ombros.

― Não posso! ― sussurrou, como se a aranha pudesse ouvi-lo. ― Ela vai pular em mim.

Suspirei. Deixei as pernas de Allie caírem de volta no sofá ao me levantar e subir as escadas, ouvindo os passos hesitantes de Calum atrás de mim. A qualquer momento, a julgar pelo comportamento dele, a aranha gigante iria se materializar diante de nós em um tanque de guerra. Ao parar na porta do banheiro, envolvi a maçaneta e fiz uma pausa dramática antes de escancarar e dar um pulo, fingindo que a aranha estava prestes a sair correndo na direção do dele.

A última coisa que vejo antes de fechar os olhos e cair no riso é a bundinha branca correndo e xingando escada a baixo, chamando por Allie e afirmando que eu sou um "cabeçudo idiota".

Nós jantamos juntos, conversando e rindo pela primeira vez em quase três meses desde que nos reunimos. É bom. É bom pra caralho. Eu quase me esqueci de como o sorriso de Alyssa quando ela ria era igual ao da nossa mãe, e de como Calum ria como nosso pai: uma risada que começava hesitante, lenta, mas que logo se transformava em uma gargalhada rica e que deixava seus olhos em pequenas frestas para que o azul da íris pudesse se acender com o som de sua própria alegria.

Eu sabia que estávamos longe demais de estarmos milagrosamente curados, de termos superado tudo. Era muita bagagem acumulada durante os anos. Mas era os pequenos momentos como esse que me garantiam as poucas horas de sono que eu conseguia ter ao longo dos dias ― pequenos detalhes como pintar em minha cabeça as linhas de seus rostos, as piadas sem graça e as provocações infantis ―; eu me agarrava neles em um abraço mortal antes que tudo fosse tomado pela outra versão, o outro lado da minha vida.

Ruas molhadas, tempestades sacudindo as copas das árvores. O sinal de celular cortando a voz suplicante. Caixões abertos. Covas frescas. Paisagens de partida. Ruas sombrias. Calçadas frias. Estômago dolorido e morte me espreitando em cada beco que já dormi. Todos os "não" que já recebi. Toda a dor que plantei e começaria a colher em breve, se já não estivesse.

Os olhos coloridos do meu pai me observando no canto do quarto, lembrando-me das coisas que fiz. Do que não fiz. E a dor e alívio nos da minha mãe por ter tido um destino instantâneo.

São duas da manhã quando pisco para o teto e percebo que adormeci no sofá da sala. Alyssa deve ter me coberto antes de subir, porque havia uma manta sobre meus ombros me mantendo aquecido e a salvo do ar gelado da madrugada. Eu me espreguicei, esticando os braços acima da cabeça e bocejando, esticando as pernas até que elas passam pelo tamanho do sofá e meu pé esquerdo colide contra algo duro.

Ai, Ethan!

Pulei sentado, esfregando os olhos com a base da palma da mão para me certificar de que eu não estava sonhando. Era madrugada e Gwen Evans estava sentada no chão da minha sala com um laptop no colo e um brownie de chocolate a meio caminho dos lábios, me olhando com a expressão mais irritadiça que conseguia. Ah, certo. Foi a cabeça dela que eu chutei.

― Desculpe ― pigarreei, a voz rouca de sono.

Gwen sacudiu a cabeça e murmurou algum tipo de ofensa sob a respiração suave. Então, como se tudo fosse completamente normal ― e nada era apenas normal sobre essa garota ―, ela colocou o fone de volta e mordeu seu brownie, esquecendo minha presença ao se voltar para o que reproduzia em seu laptop.

Abri minha boca um par de vezes, meu cérebro ainda sonolento não encontrando nenhuma resposta plausível para o punhado de perguntas que eu estava me fazendo. Que diabos ela estava fazendo aqui no meio da noite? Pensei que ela estivesse brava? Inferno, cheguei a considerar que ela iria querer terminar nosso breve "namoro" ― embora eu mal tivesse feito um pedido oficial.

Mas há uma Gwen Evans assistindo série na minha sala de estar como se fizéssemos isso o tempo inteiro. Uma trança costurada afastava os cabelos cor de mogno de seu rosto e sem nenhuma maquiagem e completamente natural, isso tudo parecia tão casual que por um momento, quero com todas as forças que isso se torne comum. Ela. Em qualquer lugar que eu esteja, completamente relaxada e confiante e minha.

E... espera, era um pijama que ela estava usando?

― Gwen, o que você está fazendo? ― perguntei, cada palavra lentamente caindo dos meus lábios.

Ela apontou para a tela, mastigando seu brownie.

― Assistindo a quarta temporada de The Walking Dead.

Eu não acho que ela entendeu a pergunta.

E sim, era um pijama de cetim que ela usava. Verde, vários tons mais escuro que a cor de seus olhos e com botões na parte de cima, um tecido quase cintilante. Essa simples peça deveria custar o que eu gastava nas compras do mês no supermercado. Sacudi a cabeça e dei outra olhada ao redor, apenas para me certificar de que eu realmente estava na minha casa.

Puxando o cobertor das minhas pernas, sentei-me no sofá e arrastei uma mechinha de cabelo que caía na lateral de seu rosto para trás de sua orelha.

― Querida, ― arrisquei, acariciando seu pescoço com a ponta dos dedos ― o que você está fazendo aqui?

Gwen soltou um suspiro baixinho que eu senti contra o interior do meu pulso, tirando os fones e baixando um pouco a tela de seu laptop. Um baque invisível e surdo me acertou bem no meio do peito no momento que seus olhos encontraram os meus, porque aquele olhar, aquele aquele que era meu estava de volta para onde pertencia ― de onde eu nunca queria que saísse ―, e eu precisei engolir em seco a onda desconcertante de emoções que balançou dentro de mim. Ela era meu único ponto de segurança agora e tudo se tornaria ainda mais insuportável se ela decidisse que eu não valia a pena.

Eu não estava pronto; não ainda.

Gostaria de poder dizer que me sentia culpado por estar me apaixonando, beijando e rindo enquanto minha vida estava ruindo aos poucos e eu não conseguia consertar tudo a tempo suficiente, mas não podia. Não podia porque eu adorava cada segundo ao lado dela de uma forma que nunca imaginei que pudesse ― que existisse ― e não sabia se era capaz de abrir mão disso. Dela. Nunca senti isso antes.

Nunca me senti tão consumido por algo ― alguém.

Seus suaves lábios rosados formaram palavras ainda mais suaves quando ela respondeu:

― Onde mais eu poderia estar?

E assim, simples assim, ela me tinha.

Arriscando, inclinei-me para frente e contive um suspiro de alívio quando ela tombou a cabeça para trás e me ofereceu seus lábios doces com sabor de chocolate. Eu não fiz nada além de escovar os meus nela e pressionar um beijo casto, terno contra aquela parte tão macia e deliciosa dela.

― Ainda estou brava porque você não me contou. Isso não é qualquer coisa, Ethan ― ela me informou. ― Eu gostaria que você tivesse dito. Eu não teria te julgado se você tivesse sido honesto sobre isso.

Assenti, e ela continuou:

― Mas eu estive pensando... ― desviou o olhar, seus pensamentos enrugando sua testa. ― E não faz sentido. Alguma garota valeria sua amizade com ele – especialmente uma que você desgostava tanto?

Eu fiquei tenso, sabendo onde ela queria chegar.

― E eu me dei conta de que talvez St. John estivesse tão perdido naquele relacionamento tóxico a ponto... ― ela encontrou meu olhar, e a compreensão neles tirou o ar dos meus pulmões. ― A ponto de você não conseguir mais sentar e assistir. Ou talvez eu esteja errada e você simplesmente fez o que fez sem nenhum motivo, sem pensar nas consequências e sem se importar, no fundo, com o estrago que causaria em uma das coisas mais valiosas da sua vida.

Ela colocou seu laptop no chão e ficou de joelhos, me forçando a inclinar o corpo de volta para trás. Espalmando minhas coxas, seu olhar era firme no meu.

― Me diga que eu estou errada ― ela pediu. ― Diga que você ficou com Jessica porque talvez sempre tivesse cobiçado o que era do seu irmão de coração, porque um beijo ou uma noite valia o risco de perdê-lo depois de tantos anos. Diga que você é inconsequente, mau caráter e invejoso e tão, tão egoísta quanto isso.

Não posso. Porque não é verdade. Nunca cobicei, ela não valia esse risco. Não sou inconsequente: passo mais tempo estudando e analisando todas as alternativas e cenários até que eu saiba a média de cada probabilidade, de cada situação, que as pessoas se cansam de mim. Não sou invejoso; cada uma de suas conquistas me deixa feliz e cada uma de suas quedas me arrasta junto. Quanto à última parte...

Não quero ser e não fui sobre isso, mas ainda está no meu sangue.

E queima.

― Diga que tudo o que eu tenho aprendido sobre você está completamente errado ― ela soltou uma risadinha abafada, doce como o gosto de seus lábios. ― E eu vou embora, Ethan. Porque se você não fosse metade do que eu sei que você é, que a sua irmã sabe e que o próprio St. John sabe, eu não estaria aqui. Nenhum de nós estaria.

Eu a beijei.

Eu a beijei e engoli seu suspiro surpreso e curvei meus dedos em torno de sua garganta quando ela ousou tentar se afastar.

Eu a beijei porque não havia palavras dentre todas que aprendi em vinte e quatro anos que pudessem me ajudar a responder a isso. Porque eu queria que fosse verdade, queria acreditar nela, queria que isso ― essa fé em mim ― não fosse bater de volta em seu rosto em breve.

Eu a beijei porque estava me perdendo. As linhas e limites estavam mudando, se tornando mais confusas do que nunca e não somente entre nós dois.

Eu a beijei porque não estava mais conseguindo ver com clareza onde eu começava e ela terminava. Porque suas mãos me percorriam mesmo quando ela não estava me tocando e seu rosto estava por trás das minhas pálpebras mesmo quando eu mergulhava na escuridão do meu quarto.

Eu a beijei porque queria ser todas essas coisas e era tarde demais, muito tarde, e se esse era o xeque mate da vida ― apresentá-la a mim quando estou tão corrompido ―, eu entregava os pontos.

Minha mão envolvendo seu pescoço, o ponto de pulso frenético e quente contra a palma, a respiração entrecortada e todos os suspiros que eu engolia ― era meu alimento. Nunca usei drogas, mas teoricamente arriscava supor que o efeito dela pudesse ser semelhante. Eu queria me alimentar de tudo o que ela pudesse ― quisesse ― oferecer a mim como um animal; um animal que eu forçava a manter adormecido pelo bem dela, mas que já não tinha certeza sobre quanto tempo poderia esconder.

Ninguém era tão frio e controlado o tempo todo, nem mesmo eu.

Ela correria para longe como deveria quando descobrisse?

Ou será que havia uma chance ― uma pequena probabilidade ― de que alguma parte dela fosse tão selvagem quanto as minhas?

Nessa noite, nenhum pedido de desculpas saiu da minha boca.

Nessa noite, eu não falei mais nada. Nem uma única palavra.

Naquela sala escura e na calada da noite, eu a beijei até que a palavra devorar surgiu na minha mente. Nós beijamos e beijamos e beijamos até que ela não conseguia respirar e eu estava cobrindo sua boca com a palma da minha mão porque ela estava no meu colo e não parava de moer seus quadris contra os meus e o cetim de seu pijama não era nada contra o jeans da minha calça.

Eu a rastreei e rastreei e rastreei da maneira como predadores observavam suas presas até que não existia mais nada além do movimento de seus quadris e a ondulação de sua barriga enquanto sua boceta ia e vinha e ia vinha e mais forte e mais forte e mais forte, porra, até que ela mordeu a palma da minha mão com tanta força que eu sabia que haveria uma marca na manhã seguinte.

Ainda não houve uma única palavra quando ela deixou sua cabeça cair contra meu ombro e eu respirei e respirei e respirei enquanto empurrava meu pau entre suas mais algumas vezes até que seu nome escapou dos meus lábios em uma súplica e ela cobriu minha boca com sua mão trêmula e quente.

Naquela noite, na calada da noite, quando nossos olhares se encontraram, eu não queria protegê-la de mim.

Porque de um jeito ou de outro, eu queria que ela saísse disso tão assombrada quanto eu ficaria quando estivesse sozinho e de joelhos assistindo enquanto ela partia.

Seja como for, minha história com o "amor" estava cheia de capítulos em branco que ninguém poderia me ensinar a preencher. Eu poderia muito bem fazer do meu jeito fodido, então, por que não?

Bem. Você sabe como é. Alguém sempre se convence com um por que não, certo? quando há um plano com um potencial destruidor em andamento.

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