HANDS TO MYSELF - Noart

By adaptationoart

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Em um sex shop, Sina conheceu Noah Urrea, um homem sedutor e cativante, que provou de sua inocência de forma... More

instruções.
elenco.
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epílogo.

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By adaptationoart

O carro de Joalin estacionou em frente ao bar. Ainda eram nove horas, por isso, imaginei que não estivesse tão cheio. Passamos com facilidade pelos seguranças. Ao entrarmos, certifiquei-me de que estava errada.

A quantidade de pessoas em comparação a quando vim aqui pela primeira vez era menor, mas nem de perto aquilo estava vazio. E, provavelmente, com o passar das horas, mais clientes chegariam. Julguei que o casal ao meu lado aprovou o espaço, considerando o brilho em seus olhares.

— Como conhece esse bar? — Sabina perguntou assim que nos sentamos numa mesa com quatro lugares.

— Foi aqui que Joel me trouxe no dia que saímos. — Joalin rodeou o braço por trás da namorada.

— Escolham o que vamos beber, garotas. Vou até lá pedir. — disse a namorada de Sabina.

Hoje, resolvi beber apenas um copo de uísque, para começar a noite. Afinal, viemos para comemorar. Minha amiga pareceu indecisa, mesmo checando o cardápio da mesa. Se levantou com a namorada, ambas indo até o balcão para decidirem juntas.

Cruzei as pernas, batucando as longas unhas pretas contra a mesa. Observei ao redor, nem um pouco surpresa em ver o ambiente sendo totalmente preenchido, aos poucos.

— Está sozinha, Sina?

Pulei da cadeira ao ver Marcel próximo a mim.

— O que está fazendo aqui? — sem permissão, sentou-se na cadeira da frente – que antes era ocupada por Joalin.

— Noah é dono desse bar. Como o ótimo amigo que é, me deixa trabalhar aqui em algumas noites. — ele virou o copo de cerveja que segurava.

Ótimo! Por que sequer fico surpresa com isso? Definitivamente, não há como essa noite piorar! Estava me arrependendo de ter vindo até aqui. Fiz menção de levantar, mas Marcel foi mais rápido, colocando-se no caminho.

— Saia da minha frente, Marcel. — tentei passar por ele, mas outra vez, fui impedida. — Prometo não te importunar, ok? — levantou as mãos em rendição. — Eu te vi aqui, sozinha, então decidi vir dar oi. Só isso.

— Para sua informação, não estou sozinha. Vim com umas amigas. Elas estão no bar. Agora, dá o fora daqui e volte para o seu trabalho. — desistindo da fuga, voltei a me sentar.

Marcel debruçou-se sobre a mesa, aproximando nossos rostos perigosamente.

— Fui liberado por alguns minutos. Para ser sincero, queria conversar com você. Esse é o momento perfeito, não acha? — abri a boca a fim de mandá-lo se foder, mas uma terceira voz me manteve quieta.

— Eu não acredito que você está vivo. — Sabina berrou ao se aproximar da mesa. — E pior, em Londres!

Porra. Esqueci totalmente de contar para minha amiga sobre nosso reencontro naquela maldita festa dada por Noah.

Ao compartilhar a história do antigo relacionamento que tive, mostrei uma foto de Marcel para Sabina, então ela pôde reconhecê-lo facilmente.

Joalin, porém, não sabia da fisionomia do meu ex-namorado. Ela encarava a cena em confusão, carregando os dois copos cheios nas mãos.

— Eu te conheço? — Marcel franziu o cenho, medindo Sabina da cabeça aos pés. Um sorriso indiscreto surgiu. — Se te comi, desculpe. Não me lembro. — tanto tempo se passou, mas continua o mesmo babaca de sempre... Sem surpresas.

O instinto de levantar e chutar seu saco gritou dentro de mim, mas a namorada de minha amiga rapidamente tomou frente. Bateu os copos na mesa, dando dois passos até se aproximar de James e segurá-lo pelo colarinho da camisa. Olhares curiosos nos encontraram – esperançosos para que uma briga iniciasse.

— Essa é minha namorada, seu idiota! Lave a boca antes de falar qualquer merda dessa.

Marcel manteve o semblante travado. Sabina puxou o ombro da namorada, e eu me ergui para colocar o corpo diante dos homens. Com um afastado do outro, virei-me para meu ex.

— Queria conversar? Ótimo. Então vamos conversar. — ele olhou para minhas amigas, hesitando antes de se afastar.

Pedi desculpas a Joalin sobre o que aconteceu, prometendo a Sabina que explicaria tudo assim que retornasse. Segui Marcel. Infelizmente, ele nos levou até a última porta – o escritório onde Noah quase me beijou. Entrou no cômodo depois de mim. Caminhei até a enorme mesa, escorando-me para encarar o homem a minha frente.

— E então? Sobre o que queria conversar?

— Acho que devo te pedir perdão, Sina. Nunca tive a intenção de te magoar, sabe. — ri nasalmente, mordendo o próprio lábio para controlar a raiva que se apoderava de mim. Em quantas línguas diferentes eu poderia xingá-lo?

— Não perca seu tempo, Marcel. Não vou acreditar nas suas merdas. — Marcel se aproximou. As mãos nos bolsos.

— Estou sendo honesto. Nunca deixei de te amar. Desde que soube que veio para Londres, não consegui parar de pensar em você.

— Da mesma forma que não conseguiu tirar aquela garota de cima do seu pau antes que eu chegasse, certo?

— Sou homem, porra. Tenho necessidades. Arregalei os olhos – agora marejados por lágrimas de repulsão.

— Que merda está dizendo?! Eu sempre estive lá! Sempre que você desejava! Realizando os seus malditos desejos. — pressionei o dedo em seu peito, o empurrando. Ele não se abalou com meu toque. — Naquela noite, estava pronta para te fazer uma surpresa. Gastei a maior grana numa lingerie ridícula apenas para te satisfazer!

Marcel abaixou os olhos, lamentando. Ele realmente iria tentar me persuadir dessa forma? Sinto muito. Não me derreto por seus chames. Não mais.

— Estava bêbado, Sina.

Involuntariamente, minha mão voou pelo ar até chocar-se contra sua bochecha. Arregalei os olhos, dando-me conta do que tinha feito.

Marcel permaneceu imóvel, até seus dedos correrem pela área avermelhada. Meu corpo tremia por inteiro. Sussurrei, quase inaudível.

— Não use essa maldita desculpa...

Esqueci como respirar quando ele se aproximou. Sua expressão, neutra. Soltei um grito ao ter os pulsos agarrados e o corpo puxado para perto do seu. Tentei virar o rosto, despreparada para encará-lo, mas Marcel usou a mão livre para forçar-me a encarar seus olhos.

— Quem pensa que é para me bater?

Permaneci imóvel. Em silêncio.

— Me responda, porra!

Uma lágrima rolou por minha bochecha ao escutar seu grito. Antes que algo pior acontecesse, a porta abriu.

Meu corpo relaxou ao encontrar os olhos verdes mais intensos que conhecia. O dono do bar franziu o cenho ao fitar a cena em sua frente.

— O que está rolando aqui? — Marcel me largou, mas não se moveu. Noah finalmente se aproximou, pisando forte. — Está maluco, porra? — empurrou meu ex-namorado, sucedendo em afastá-lo de mim. Me apoiei na mesa, usando as mãos para sustentar o corpo enfraquecido. — Ia bater nela? — meu vizinho se colocou entre nós, berrando. — O que ia fazer, seu idiota?!

— Nada, ok? — Marcel diminuiu o tom de voz. — Não ia fazer nada. Só estávamos conversando.

— Não precisa tocar nela para conversarem.

Marcel me olhou fixamente, travando a mandíbula. Abracei o próprio corpo, apavorada. Sua atenção focou em Noah.

Permaneceu calado mesmo ao sair do escritório, batendo a porta atrás de si. Imediatamente, o de olhos verdes se virou.

— Você está bem? Ele te machucou? — balancei a cabeça em negação. O garoto suspirou pesado. — Não sabia que viria aqui...

— Quer que eu compartilhe todos os passos que vou dar no meu dia? Não precisa saber, Noah.

Ok, eu sei. Eu sei. Fui uma estúpida, insensível. Mas porra. Tudo o que tinha acontecido ainda martelava em minha cabeça. Me sentia imunda pelo toque nojento de Marcel.

— Preciso encontrar minhas amigas... — esquivei de seu corpo, fugindo até a porta.

Toquei na maçaneta para poder me livrar daquele ambiente claustrofóbico, mas uma mão lotada por anéis me paralisou. Olhei para cima, encarando Noah.

— Por que sempre se esquiva de mim, Sina? — engoli em seco, sem saber como respondê-lo.

Não esperava por uma pergunta desse tipo.

— Nunca conseguimos conversar. Você vive correndo, fugindo de mim. Não sou um monstro, porra.

Escorei contra a porta, de braços cruzados.

— Me desculpe, ok? — envergonhada, abaixei a cabeça. — Isso tudo que aconteceu me deixou abalada. Além do mais, não estou acostumada a ter esse tipo de presença masculina... — gesticulei.

Ele tentou esconder um sorriso convencido, mas eu pude notar a covinha afundando em sua bochecha.

— Presença masculina?

— Sem essa, Noah. Você sabe muito bem o efeito que tem sobre as mulheres. — coloquei a mão sobre a boca, como se isso fosse apagar o que disse anteriormente. Sua expressão era uma incógnita. Merda. Não deveria ter falado isso. Praticamente admiti minha atração por esse galanteador mesquinho. — Olha, o que quero dizer...

— Não diga.

Sua mão carinhosamente arrastou por meu rosto, até alcançar meu cabelo. Prendeu alguns fios entre os dedos, erguendo minha cabeça possessivamente.

— Quero te beijar. Muito. Posso?

— N-Não... — falhei miseravelmente em concluir uma única palavra sem ao menos gaguejar.

Ele percebeu minha hesitação.

— Então me impeça.

Foi se aproximando.

Mais. E mais. E mais. Não o impedi.

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