A Princesa Retorna

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— Eu sei, eu sei... Aquele dia foi engraçado. Mas acabei com uma baita enxaqueca depois. Nada legal. - Prendo os cabelos em uma trança lateral e passo um batom vermelho sangue antes de empurrar Lucy, agora trocada, para a penteadeira, onde começo a pentear os cabelos da garota com cuidado.

— Você vai para a Pandemônio depois do assalto? Soube que a banda do Dan e dos meninos vai tocar lá essa noite... - Ela observa meu reflexo no espelho, atenta.

— Vou sim. Você sabe que eu nunca falto a um show da banda... E, sim. Os garotos Wayne vão estar lá também, se é o que quer saber. - reviro os olhos, prendendo os cabelos da loira com um laço roxo manchado de sangue. Me afasto da minha irmã e vou buscar meu cinto de equipamentos. - Pode aparecer por lá, se quiser. O Damian sempre pergunta de você, mesmo.

— É, talvez eu apareça para dar um "oi"... O Taylorzinho vai estar lá? - Ela pergunta em tom provocativo, com um sorriso cínico.

— Não brinque com fogo, sua lagartixa albina... Sim, o Taylor vai estar lá. Porém, acompanhado. Obviamente, de mim. - Digo com um sorriso orgulhoso, antes de criar um portal e desaparecer do quarto. - Agora, se me der licença, Cuca, eu tenho um assalto para fazer...

***

Bem, se você acha que eu cheguei na hora, está redondamente enganado. E, sim, eu tinha horário marcado no banco de Gotham. Não necessariamente com o Banco, mas isso não vêm ao caso. Porém, alguém acabou errando os portais e aparecendo em Moscou, depois no Havaí, então no alto de um prédio com um "A" gigante, depois no quarto do Presidente (credo, essa foi traumatizante), pra só então conseguir chegar no local marcado.

— 30 minutos de atraso, Jade... Estávamos quase começando o show sem você. - uma voz diz atrás de mim, impaciente.

— Vocês jamais começariam um show sem sua estrela principal. Agora, vamos logo com isso... Mally, desativar alarmes.

Caminho de forma estilosa, elegante e sensual até a entrada principal, fazendo malabarismo com algumas bombas de gás colorido. Aceno para os seguranças com um sorriso malicioso, quando noto as armas apontadas para mim e aguardo que minha amiga Izzy faça sua arte... É, eu sei que ela é filha do Dick Chatão e da menina de outro planeta, lá. Mas quem liga?! A maior parte dos amigos dela são criminosos, e como dizia um idiota esperto: Você é o que anda com você... Ou qualquer coisa parecida.

Enfim, ela estende as mãos e surgem uns lasers "verde gosma-alienígena", que explodem a porta de vidro em um zilhão de cristais pequenininhos, comumente chamados de caco de vidro. Ela faz isso e a gente entra, mas não sem antes tacar uma dezena de bombas de gás colorido, óbvio.

Deixo a burocracia de lidar com os seguranças e explodir os caixas eletrônicos por conta da Izzy e das Gems. Que são tipo a minha gangue de mercenárias contratadas para fazer meu trabalho sujo ou resolverem a parte chata dos meus roubos. Enquanto isso, eu sigo saltitando na direção do cofre, desviando vez ou outra de alguma bala perdida ou corpo arremessado.

Me aproximo do cofre e olho em volta, só por precaução. Mesmo sabendo que já soamos um sinal para a cidade toda de que estamos por aqui no momento em que começamos a explodir coisas. Sim, eu sei, desativar os alarmes foi praticamente inútil, mas o som daquelas coisas irritam demais. E também, o Batman está ocupado, então não têm ninguém pra me dar sermão!... Aproveito a chance e puxo um dispositivo do bolso, o colando na porta do cofre e sinalizando para Mally abrir. Logo em seguida aproveito a chance e entro, arranjando um grande saco, que também estava no meu bolso, e começando a encher com a maior quantidade de bolos de notas possível. Coloco o saco sobre o ombro e me dirijo para a saída, bem plena.

Porém, como nada que é bom dura muito tempo...

— Acha que vai aonde com esse saco, Heart Princess? - uma voz áspera e rouca soa ao meu redor, sem dar pista alguma de sua origem.

Iron Girl- Entre Dois MundosOnde as histórias ganham vida. Descobre agora