Minha perda maior

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— Eu disse pra você que iria fazer vários amigos. — Meu pai disse orgulhoso.

— Filha, também temos uma ótima notícia para lhe dar! — Eles se entreolham alegres. — Vamos nos mudar!





Eu tinha perdido a fala, parece que parei em um loop para relembrar todas as vezes em que passei minha vida sem uma casa definitiva, apenas esperando qual seria a próxima vez. Pensei que as coisas iriam mudar, desde que descobri ser uma bruxa e fui para Hogwarts mas não, eu estava novamente, novamente passando por isso! depois de juntar todos os meus pensamentos, aquela revolta incontrolável subiu mais uma vez em mim, eu não aguento mais!

— O quê?! e vocês dizem isso como uma coisa boa?— falei em indignação.

— Calma querida, não é bem assim…

— Calma? Mãe eu estou cansada de “ter calma” “ter paciência". A única vez que a droga da minha vida dá certo vocês chegam e tiram isso de mim! — disse alterando o tom de voz.

— Eu não pensei que iria se importar tanto, além do mais você não vai mudar de escola, e esta casa será definitiva.

Encarei eles tentando digerir o que disseram, um pouco envergonhada depois de ter gritado com eles no meio da estação, sendo que agora sei que não era nada demais.

— Então… eu não vou precisar sair de Hogwarts? 

— Não, agora que você sabe que é uma bruxa, decidimos  ir para um bairro com uma comunidade bruxa também. — Minha mãe continua calmamente.

Fecho meus olhos e suspirei lentamente em alívio, pensei que teria que reviver aquelas memórias solitárias de antes. Depois de tudo ter se resolvido, estávamos em direção ao carro e por incrível que pareça eu estava animada para conhecer a nova casa, mas de repente fomos parados por um garotinho e uma garotinha na estação.

— Sr. Clermont posso ter um autógrafo? — O garotinho pergunta em euforia para meu pai. 
Eles tinham chegado de surpresa, o que assustou meus pais de repente, mas depois eles voltaram do susto.

— Ah sim, claro — Meu pai responde com êxito mas assina alegre do mesmo jeito. 

— Sra. Clermont pode assinar o meu também? — A garotinha pergunta com uma voz tímida e aguda. 

— Claro querida, qual o seu nome? 

— Meggie.
Minha mãe pegou o caderno e consegui ler uma parte do que escreveu, “Para uma admiradora muito especial, Meggie. Com amor, Martha Clermont”.

Depois do garotinho e a garotinha saírem todos faceiros, voltamos ao carro em silêncio. Provavelmente meus pais estavam esperando uma chuva de perguntas vindo de mim, mas decidi ficar calada pois já sabia um pouco sobre a fama que eles tinham, mas isso não quer dizer que vou descobrir mais a fundo sobre tudo isso…
A volta de carro foi esplêndida, eu e papai cantávamos a todo vapor músicas da década passada enquanto passamos por belas paisagens inteiramente cobertas pela neve, pelo jeito a casa nova é um pouco mais afastada da cidade grande e da estação King’s Cross.

— Estamos quase chegando… 
Meu pai olhava em volta das árvores ressecadas que criavam um caminho.

Quando chegamos vejo uma casa ainda maior do que aquela que estávamos antes, era mais afastada de vizinhos e da cidade, mas parece que isso não seria um problema para meus pais.

Quando chegamos vejo uma casa ainda maior do que aquela que estávamos antes, era mais afastada de vizinhos e da cidade, mas parece que isso não seria um problema para meus pais

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A Herdeira Perdida [Em Andamento]Where stories live. Discover now