Eu o encarei por alguns segundos, sem conseguir acreditar na hipotese de saber quem o garoto de cabelos negros era, aquilo era absurdo, mas ainda assim, a unica pessoa em que pude pensar…
— Tom Riddle?
— Tom! — Esbravejei animada ao me aproximar. — Mas como é possível… é você mesmo?!
— Surpresa ao me ver Emma Clermont? — Disse presunçoso, segurando levemente minha mão direita.
— Sim, sim. Muito muito surpresa!
— Muito bem, você me disse que queria me ver, e cá estamos não? — Disse passivo. — Sou como havia imaginado?
— Bem… não tenho certeza. Não acha um tanto complicado adivinhar a aparência de alguém por sua forma de escrever? — Questionei jovial.
— Certamente, você tem razão. — Concordou.
— Mas e eu? sou como imaginou na madrugada em que conversamos?
— Na noite em que nos conhecemos Emma Clermont, não tive tanta certeza de suas características físicas, mas desde sua primeira sentença soube que é uma garota especial.
Eu não sei o que Tom queria dizer com “garota especial”, sem contar que ele sempre falava com uma convicção e certeza tão grande que pareciamos amigos de longa data, e me fazia sempre questionar o que ele realmente dizia na maior parte do tempo. E por algum motivo, eu não perguntava muito sobre, eu só queria apenas conversar mais e mais um pouco com ele, parecia que Tom realmente seria a pessoa que me entenderia.
— Você parece atordoada novamente Emma Clermont, o que passou? — Tom questionou, me tirando da nuvem de pensamentos.
— A algumas semanas atrás… — Resmunguei em uma pausa. — Encontramos uma pichação na parede do corredor principal, e dizia que a tal da "Câmara Secreta” foi reaberta pelo seu herdeiro, algo petrificou a gata do zelador naquela noite, e Hogwarts não é mais a mesma depois desse dia...— Falei sem revelar o real motivo de eu estar chateada.
— Isso parece um sério problema…. alguém tem algum palpite do verdadeiro herdeiro? — Tom pergunta suspeitoso.
— Não… mas… as pessoas acusam que os Sonserinos fizeram isso com a gata, sem realmente ter alguma prova.
— Disseram isso para você? — Disse Tom, com o olhar surpreso.
— Ninguém nunca disse isso diretamente para mim, mas eu sempre tive a noção do que os alunos falam, eu já tentei me acostumar… mas depois daquele dia parece que os olhares tortos e comentários pioraram… tudo parece piorar… — Expliquei em uma voz embargada.
— Deixe-me adivinhar… aposto que alguma dessas acusações veio de algum Grifinório-sabe-tudo? — Adivinhou em conforto.
— C-como… Como você sabe?! — Me afastei alguns centímetros com os olhos estalados.
— Não é muito difícil adivinhar Emma. Esses Grifinórios metidos acham que são os donos desse lugar, mas não passam de sem noções que agem sem pensar! com a desculpa se dizerem “corajosos”. — Falou entre os dentes suspirando fundo.
— Não é verdade Tom, você não conhece meus amigos, eles são corajosos de verdade, e eles também-
— Se eles fossem seus amigos leais, não diriam essas coisas sobre você, não acha? — Tom interrompe, com sua pergunta vaga.
Nenhuma palavra se passou pelos meus lábios, ainda mais com aquela sensação de solidão estar voltando novamente, com as palavras de Tom.
— Tem pessoas que não conseguem compreender o nosso potencial Emma. Seus, “amigos” podem ter a coragem de lutar contra dragões, mas você, você é muito mais grandiosa que isso, consegue ter a coragem e astúcia que todos aclamam.
DU LIEST GERADE
A Herdeira Perdida [Em Andamento]
JugendliteraturEmma acorda na manhã de 15 de Abril seu aniversário, querendo que fosse só mais um dia normal, pois não tinha nenhum amigo para comemorar. De repente ela escuta seus pais discutindo sobre dúvidas que ela teve desde muito nova, por quê ela e seus pai...