Capítulo 17: O Festival Assombrado

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NO CAPÍTULO ANTERIOR:

{— Mentiras podem ser descobertas ou reveladas — Sua voz era doce, mas me deixavam arrepiada.
— Existem pessoas que podem não aguentar ouvir a verdade — Argumento, abraçando a mim mesma, melancólica}

{— Não, ele não precisa saber de... — Escuto alguém bater na porta e entrar.
— Quem precisa saber de que? — Arthur, com um sorriso largo, adentra o quarto acompanhado de seus fiéis amigos}

{— Infelizmente está comprovado o câncer no sistema nervoso central, mais conhecido como tumor SNC — Meu coração disparara e o medo tomava todas as minhas forças — Como a senhorita já deve saber, tenho uma clínica em Ottaka, especificamente para esse tipo de tumor. Conversei com seus pais e descobri que você já tem a oportunidade para estudar lá... Meus parabéns.}

P.O.V: Ingrid

Era incalculável o tamanho da minha alegria quando fui liberada daquele lugar. Tive tantas matérias e atividades para copiar que meus dedos estão implorando por férias e descanso. De qualquer maneira, era como se eu estivesse me sentindo mais leve que uma pena.

Estamos na véspera de Halloween. E a decoração do festival estava cada vez mais perfeita. Contei com a ajuda do Arthur e do Luke. Quero dizer, eles mais atrapalharam do que ajudaram. Tirando isso, tudo estava lindo, organizado e perfeito.

— Agora só falta pendurar a placa de Festival Assombrado lá em cima — Aponto para os ferros presos na cobertura da quadra.

— Acho que no armário do zelador tem uma escada grande o suficiente para alguém alcançar as barras. Podemos emprestar. — Arthur sugere, observando a altura dos ferros.

Depois de um tempo, um tempo bem longo pelo visto, eles trouxeram a escada e posicionaram na reta onde colocaríamos a placa.

— Pronto. — Suspira — Sobe aí — Ordena com desdém.

— Eu? — O Luke se apavora, tentando esconder o nervosismo e falhando miseravelmente, já que estava muito perceptível.

— É — Arthur responde, parecendo sem entender a situação.

Era hilário ver o quão nervoso o mesmo ficou. Seu medo de altura é tão grande que Arthur teve que correr atrás dele e o trazer pra perto da escada.

— Você tem que vencer o seu medo — O moreno o segurava para o impedir de fugir.

— Por quê? Eu não quero vencer esse medo, não tenho problemas em ser um perdedor as vezes!

Em um pequeno descuido de Arthur, o pequeno garoto medroso saiu correndo. Ao ser segurado novamente, o moreno cochicha algo e em seguida Luke aceita subir na escada. Podia ser engraçado essa situação, se não fosse pelo fato dele estar tremendo e evitando de olhar para baixo.

— Você conseguiu — Digo com um sorriso largo. — Qual foi a mágica que ele fez? — pergunto, intrigada, com uma sobrancelha erguida.

— Ameaçou contar onde escondo o meu diário para seus amigos

— ARTHUR! — Dou-lhe um tapa em seu ombro em forma de repreensão.

Ele massageia o lugar atingido e resmunga algo pra si mesmo.

— Eu disse para não contar pra ela!

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