Capítulo 11: Sentir e Cuidar

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NO CAPÍTULO ANTERIOR:

{— Que estranho, o Jorge trocou os planos — O segundo capanga comenta, parecendo desconfiado e confuso.}

{— No três, você abre a porta — Cochicha.
— Quê? — Eu adoraria ler mentes para não sentir o que eu estava sentindo.
— 3! — Grita, puxando o freio de mão com toda a força que tinha enquanto eu abria a porta o mais rápido o possível.
— E agora? — Pergunto com receio.
— Pula! — Ordena.}

{— Finalmente a loirinha pensou melhor e apareceu — O menor se aproxima com um olhar assustador. — Onde está o seu amiguinho hein?
Em menos de segundos, com o galho forte de árvore, Arthur acerta e derruba o mesmo no chão.}

{— Obrigada por se arriscar por mim — Agradeço o abraçando mais forte.
— Não deixaria que eles te machucassem — Responde.}

P.O.V: Ingrid

Ficamos três dias sem ir a escola. Primeiramente, porque tínhamos que ficar um dia todo na delegacia. Segundo, porque tínhamos que "descansar". Terceiro, porque nossos pais queriam que ficassemos um dia todo numa casa de tratamento psicológico. Tudo isso para não ficarmos traumatizados com a noite do sequestro. Pelo menos a psicóloga achou que seria bom os nossos amigos ficarem com a gente naquela casa, assim ela veria se tivéssemos alguma mudança de comportamento que seja diferenciada.

— Boa tarde meus jovens — Uma mulher, aparentemente de uns 36 anos, desce as escadas da casa.

Não posso dizer que aquela casa era algo normal de se ver hoje em dia. Cheia de flores pela varanda e nas janelas. Tudo era um pouco rústico e a luz do sol deixava tudo mais bonito.

— Isso aqui parece uma floricultura — Leila comenta, tentando não encostar nas flores, se contraindo e falhando quase todas as vezes.

—  A senhora é a Dra Josie? Muito  prazer, sou Eliot, pai da Ingrid — Meu pai a cumprimenta formalmente.

— Podem entrar. Esses são os amigos dos seus filhos? — Ela pergunta.

— Não, não são todos dele, esse é meu — Ivone sorri, colocando as mãos nos ombros de Arthur.

Não demorou muito, meu pai e a Sra Ivone foram embora, nos deixando junto com nossos amigos na casa da psicóloga.

— Hoje o dia vai ser muito divertido, tanto pra vocês, quanto para seus amigos — Dra Josie abre um sorriso largo. — Vou buscar uma coisa no meu quarto, por favor, fiquem a vontade. — Ela diz, gesticulando com as mãos.

E ela também nos deixou naquela sala cheia de flores.

— Psicóloga estranha — Paulo comenta.

— Que bom que todos estão aqui, vai ser muito mais fácil ser observada junto com meus amigos — Digo sorrindo.

— Eu não sou sua amiga — Leila contradiz cerrando os olhos.

— Talvez seja, só não quer admitir — Argumento, com um sorriso falso e cínico.

Ela e Amanda começaram a rir com a maior falsidade do mundo.

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