Capítulo 24: A Surpresa.

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Leia com atenção o meu pequeno pronunciamento no final do capítulo

NO CAPÍTULO ANTERIOR:

{— Que bom que você está bem, fiquei preocupada — O abraço da ruiva era apertado e sufocante.
— Eu estou bem — Respondo, me desvencilhando de seus braços.}

{— Isso são estátuas? — Tenta desembrulhar a parte de cima do grande objeto encontrado. — De ouro? — Se espanta, aponto de falar com a voz falha.
— Contrabando de estátuas de ouro, esse era o plano desde o início — Raciocino, passando a mão pelo pescoço — O roubo que seria feito à dona Ivone só era uma distração.}

{— Não temos tempo para ficar aqui a noite toda — Sem paciência, César intensifica e tensão em seus ombros.
— Nem a gente — Isso foi a última coisa que Arthur disse antes...}

P.O.V: Arthur

Hoje é um dia bem interessante pra mim. Finalmente é o meu aniversário. Geralmente esse é o dia reservado para a minha mãe, sempre tenho uma longa viajem de carro com ela pra qualquer destino, nunca no final dessa longa viajem há algo surpreendente, sempre é uma simples parada para dormir e depois voltar para a cidade. Pode ser estressante aos olhos de qualquer um, mas passar o caminho todo conversando, rindo, e vivendo todas as coisas doidas que se possa imaginar com a minha mãe é muito gratificante. Porém não será assim hoje. Encontraram o Jorge, ele estava foragido e a conclusão disso é que tivemos uma semana de quarentena com seguranças na nossa porta, nas ruas e no Fly & Roll. As aulas finalmente acabaram, mas nem isso não está me animando, hoje é o dia que vou receber o presente mais importante de toda a minha vida até agora e mesmo que pareça ser bom, não é.

— Você vai poder entrar sem nenhuma democracia humilhante — Continua a explicar a sargenta Cristina, mesmo que eu não tivesse prestando atenção.

Passei por meio de alguns policiais com cara de assassinos — que estavam me observando curiosos — e parei assim que vi o velho.

— Não deveria estar aqui, senhor — Coloco minhas mãos em meus bolsos e relaxo os meus ombros.

— Vim dar o meu último adeus ao meu filho — Sua face não tinha alegria, porém também não tinha preocupação — Hoje é o primeiro dia de sua nova história.

Me sentia aflito pelo Samuel. Sofre pelos filhos e ainda sim tem esperança neles.

— Um menino tão jovem não deveria passar por tanto desespero e terror, não sozinho... Sua amiga não quis vir? — Questiona, intrigado.

— Ela nem sabe que estou aqui — Aperto meus lábios e coço a garganta — Ela não me deixaria vir se soubesse, sei que é seu filho, mas eu preciso entender...

— Não se preocupe pequeno Arthur, meu filho fez muitas coisas erradas e a pior delas é aterrorizar a vida de jovens como vocês.

O ar naquele lugar era gélido, um lugar rodeado de gente que vê coisas que nunca serei capaz de imaginar e o ruim disso é que estou ali porque passei por uma situação que alguém também não conseguirá imaginar. Pois bem, já chega de se lamentar, drama não é comigo e o meu querido amigo está do outro lado da porta esperando para me ver.

— Ora, ora, ora. Eu esperava por sua visita.

Vê-lo atrás daquele vidro gigante e de mãos algemadas era algo beneficente, mas não muda nada, já tive essa visão uma vez e posso ter novamente se esse golpista sequestrador for tão qualificado quanto ele diz.

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