Capítulo 14: Detenção

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NO CAPÍTULO ANTERIOR

{— Está irritado comigo? — Sua voz era tão dramática que poderia partir o coração daqueles que não a conhecem.
— O que você acha? — Reviro meus olhos em descontentamento.
— É por causa do beijo? Eu juro que eu não queria forçar a barra — Tenta se explicar, me deixando cada vez mais chateado e irritado}

{— Tem certeza que não quer ir ao Fly & Roll patinar? Você adora tanto aquele lugar e aquela pista.}

{— Vocês são muito próximos e hoje se beijaram, só pensei que estivessem juntos
— Pelo o que eu saiba, eu sou só amigo dela — Ele solta uma risada curta e baixa — E o beijo foi surpresa até pra mim, então, não fique com ciúmes Rapunzel.}

P.O.V: Ingrid

Minhas amigas simplesmente surtaram quando contei que no dia anterior eu estava patinando com Arthur no Fly & Roll.

— E você gostou? — Priscila pergunta, animada até demais.

— Sim, ele patina muito bem, sem contar que não me deixou cair nenhuma vez — Respondo inocente, percebendo que não era essa a resposta que queriam ouvir só pela expressão que fizeram.

— Ela não está perguntando se gostou de patinar com ele dessa maneira, mas sim, se gostou diretamente dele — Violeta interfere na nossa conversa impaciente.

Começo a rir da grande ilusão das minhas amigas. Eu? Gostar dele? Que bobagem. Imagina...

Tocou o sinal para voltarmos para a sala e lá tivemos uma longa e divertida aula de Projeto de Vida. Dessa vez fizemos um desenho do nosso futuro, do que já fizemos no passado e do que estamos fazendo no presente.

— Novamente a sua aula foi incrível — Oliver elogia, colocando sua bolsa nas costas.

— Minha aula é simples, vocês que a tornam maravilhosa — Valéria sorri, terminando de guardar suas pastas.

Saímos da sala e caminhamos até a escada que levaria à recepção. Só estavam — como sempre — Oliver, Paulo, Arthur, Priscila, Violeta e eu. Sempre nos atrasamos para sair da escola... E eu não sei porquê.

Tudo corria muito bem, até demais, já que a Leila não foi a escola hoje. E como sempre — também — quando estamos juntos, é porque vai dar alguma coisa errada na nossa vida. O sinal de emergência tocou e todos começaram a correr. Professores, cozinheiras, faxineiras, inspetores, estagiários, diretores... Todos estavam em desespero. O incrível é que isso tudo foi desnecessário, afinal, não havia incêndio nenhum. Por não haver incêndio surgiu a pergunta: Quem apertou o botão de incêndio?

É aí que as coisas pioram para o nosso lado.

Já que éramos, até então, os únicos alunos por "perto" da recepção, pela decisão do diretor, os superiores estão desconfiando que nós somos aqueles que causaram terror nos funcionários da escola.

— Eu não sou inimigo de vocês, podem falar a verdade — Roger, nosso diretor, tentava nos convencer em confessar.

— Meu senhor, com todo respeito, vou dizer novamente:  Não. Foi. A gente. — Arthur começara a mostrar seu rubor de irritação, com suas mãos fechadas.

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