NO CAPÍTULO ANTERIOR:
{— Você vai mesmo no Fly & Roll espionar sua mãe? — Oli questiona com um ar preocupado
— Pedi para Ingrid me ajudar, ela deve saber alguma coisa sobre o chefe dela — Respondo com desdém, dando de ombros.
— Me responde uma coisa: Por que parece tanto que você gosta dela? — Pergunta com olhar desconfiado. }{— Esse garoto está demorando demais — A escuto reclamar pra si mesma.
— Foi mal aí — Me desculpo a vendo pular de onde estava, tremendo.}{Em um minuto eu estava no camarim, e em outro minuto eu estava em uma sala desconhecida.
— Que sala é essa? — Pergunto curioso}{— Ele está enganando a minha mãe — Cochicho pra mim mesmo, ainda abismado.
— Ele está enganando todo mundo — Corrige, se virando em minha direção e mostrando uma ficha amassada.}
P.O.V: Ingrid
O desespero era incalculável naquela sala. Ainda estávamos amarrados e amordaçados em um canto da sala. Já tínhamos perdido todas as forças para pedir ajuda, não importava o quanto tentavamos gritar, ninguém escutava por conta do barulho da banda e da chuva, e se escutava, provavelmente achava que estava louco.
Depois de um tempo tentando nos desfazer da fita que tinha na nossa boca, finalmente conseguimos.— Me desculpa por brigar com você quando me chamou pra isso — Peço desculpas ainda ofegante, com o coração acelerado e veias pulsando.
— Me desculpa por ter te chamado pra isso — Ele também se desculpa, com respiração cansada pelo esforço que fez a alguns minutos atrás.
O nosso silêncio pairava por aquele lugar escuro. Mesmo ele amarrado de costas para mim, eu sentia o arrependimento em sua voz e podia imaginar sua expressão preocupada. Meus pensamentos e sentimentos estavam tão confusos que se tornavam complexos demais para entender, mas eu precisava liberar as sensações que eu sentia e em menos de minutos eu comecei a rir.
— Do que você está rindo Ingrid? — Ele pergunta estranhando a minha atitude.
Não o culpo por isso, até eu estranharia, afinal nós estávamos presos e correndo perigo.
— Nós vamos morrer — Suspiro em meio a risos baixos.
Em instantes o mesmo me acompanhou sem nem saber o porquê. Estávamos ele e eu rindo como bobos, um riso claramente desesperador.
— Só temos quatorze anos — Começa — E vamos morrer porque decidi me intrometer na vida amorosa da minha mãe — Conclui ainda rindo da situação.
— Mas pelo menos você estava certo. — O reconforto, mesmo achando que isso deve não ter ajudado muito.
P.O.V: Arthur
Passamos muito tempo na sala secreta do Fly & Roll. Tentamos conversar ou rir da infeliz situação, mas não foi o suficiente para nos acalmar.
— Arthur... — Ingrid me chama depois de um silêncio agoniante.
— O que foi?
— E se ligarmos para os nossos amigos e pedir ajuda? — Sugere me fazendo olhar para a direção em que ela ficara totalmente focada.
Nossos celulares estavam em uma mesa não muito longe do canto em que estávamos.
Em menos de minutos, nós nos arrastamos até a mesa lutamos contra nosso próprio equilíbrio para que pudéssemos ficar em pé. Ingrid tinha que ser rápida e ligar para qualquer uma de suas amigas que provavelmente estaria acordada a essa hora.— Ingrid? O que foi? Tinha que ligar agora? — Uma voz sonolenta é escutada por nós.
— Julian não é o Julian! — A loira começa a falar desesperada — Estamos trancados numa sala secreta do Fly & Roll e o falso Julian quer ir para Corsart depois de roubar a Sra Ivone — Continua quase perdendo o ar, falando rapidamente.
— Espera aí! Entendi nada — A mesma berra do outro lado da linha.
— Presta atenção Violeta! Estamos trancados e minha mãe vai ser roubada pelo irmão gêmeo do Julian! Corsart! Ele vai para Corsart! — Falo alto e rude o suficiente para a mesma reclamar do outro lado da linha.
Desligamos o celular e nos sentamos novamente no chão, dando tempo o suficiente para o golpista entrar na sala.
— Sua mãe fala tanto de seu único filho que me fez refletir... Por que vou esperar ela assinar algo pra mim se eu posso somente pedir um resgate? — Sua voz rouca e maliciosa nos amedrontava ainda mais — Quanto você acha que sua mãe pagaria para ter o filho dela de volta?
Ele se ajoelhou e fixou seus olhos nos meus, e eu nos dele.
— Vida vale muito — Sussurra — E aposto que até me ajudaria nesse sequestro.
— Por que acha que eu te ajudaria seu vigarista? — Pergunto com raiva nos olhos.
Ele olha para um de seus capangas que estava no local e começa a gargalhar como se fosse a coisa mais engraçada do mundo.
— Falei pra sua mãe que eu iria no banheiro e a deixei esperando para poder levá-la para um passeio em um campo estrelado — Ele se levanta e faz um sinal para o grandalhão do nosso lado — E você vai ligar pra ela, dizer que precisa dela urgente e se ela questionar, dizer que a vizinha foi uma incompetente.
— Eu não vou fazer isso — Protesto irritado, com o coração já acelerando.
Seu comparsa se aproxima, abaixando-se do nosso lado e desamarrando nossos pés lentamente.
— Ah você vai sim — Ele diz ajeitando a manga da camisa — Vai fazer tudo o que eu disser para sua garota não sair machucada — Suas últimas palavras me fez estremecer, me fazendo pensar em tudo que poderia acontecer com ela por minha culpa.
O capanga apontou uma arma direto para Ingrid a fazendo entrelaçar seus dedos nos meus totalmente amedrontada. Seus dedos estavam congelando.
— Hora de ligar para a mamãe — Seu sorriso era asqueroso e seus olhos queimavam os meus. Eu sabia que odiava esse homem.
Eu não sabia como reagir ou se tinha jeito de reagir, a única coisa que eu pensava era em fazer tudo o que ele quisesse para que aquele grandalhão tirasse o revólver de perto dela e ela parecesse menos amedrontada.
Já me sinto culpado por tê-la metido nessa roubada, mas se algo de ruim acontecesse com ela, eu não me perdoaria...Continua...
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Vida Adolescente
Teen FictionDois jovens totalmente diferentes e ao mesmo tempo tão legais, tendo que lidar com a loucura da adolescência, com os dias mais loucos da história, com problemas familiares e ainda sim com um conflito tão grande chamado "Amor". Uma palavra tão pequen...