Prólogo

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um tempo atrás, haviam dois jovens estudantes, que mesmo estudando juntos a anos, não se dão tão bem quanto as pessoas acham. Ingrid, uma menina loira, de cabelos longos, com olhos azuis e altura média. Arthur um garoto de cabelos castanhos, de olhos verdes, alto, forte e muito popular.
Em uma noite, suas famílias se encontraram numa cidade distante, em um restaurante elegante e diferente do que Ingrid e Arthur eram acostumados. Esses dois adolescentes do nono ano não sabiam o porque de suas famílias se conhecerem e como eles se conheceram, até saber que a família do garoto é a família do marido da tia de Ingrid. Uma grande família nova para os dois.

Naquela noite tudo estava esquisito, suas famílias alegres por eles estudarem juntos, a coincidência de todos se conhecerem e eles só descobrir a poucos minutos, e o mais interessante: sua professora de projeto de vida estar ali como atendente. Pelo o que Ingrid sabe, ela está ali para ganhar um dinheiro a mais, o que é bom.

— Então, Ingrid, meu filho faz muita bagunça na sala de aula? — pergunta uma mulher morena, fazendo com que seu filho parasse de prestar atenção no joguinho do celular.

— Não — diz por fim, com timidez — Eu acho — cochicha para si mesma, enquanto escrevia alguma coisa no celular.

Assim a mãe e a tia de Ingrid entram na conversa, se interessando pelo assunto que surgiu.

— E ela, Arthur? — pergunta sua tia, Tainá, cruzando os braços

— Não... Ela e suas amigas são como fantasmas — responde o moreno, baixo e um pouco ignorante.

Ingrid já começava a ficar chateada e irritada com a piada, ainda mais porque sua família e os outros que ela não conhecia muito bem estavam rindo, sem perceber como a menina se sentiu.

— Calma, Ingrid, foi só uma piada para expressar o quão quietas vocês são — Explica Arthur, com a intenção de provocá-la, com um sorriso sátiro

— Por que você não revida? — pergunta Gustavo, sobrinho de Ricardo, marido de sua tia. — Faz uma piada, o que você relaciona o Arthur e seus amigos? — continua ele sorrindo junto com todos.

Ela olha o garotinho, sentindo raiva pelos risos causado pela piada maldosa, porque ela sabia que aquela piada não era para divertir os familiares, e sim para atingir ela e suas amigas discretamente. E ela sabe que ele conseguiu, mesmo sendo de muita infantilidade.

— Caças fantasmas — responde se aliviando da raiva.

Ingrid então percebeu os sorrisos se afastando e expressões de dúvida se formando, o que a alegrava. Mas Arthur se irritou com aquilo, deixando seu emocional tomar conta de si.

— Você tem algum problema comigo? — Pergunta alterado, fechando o punho de raiva por debaixo da mesa.

— Te faço a mesma pergunta — ela diz também se irritando com o tom de voz do garoto.

As famílias se espantam com a briga dos jovens, sem entenderem o motivo, enquanto o primo de Arthur tentava conter as gargalhadas pela confusão. Não havia motivo para aquela reação de ambos, o que deixava a situação incrivelmente desnecessária.

— Pelo visto o meu querido primo Arthur não é amigo de todos — ironiza seu primo, Flávio.

Esse momento terrível foi atrapalhado pela comida, que enfim, chegou a mesa. Depois de um tempo, todos já estavam se levantando e os adultos se direcionando para pagarem a conta.

— Acho que a moça que você irritou está sem blusa de frio, então seja cavalheiro meu filho — diz Ivone, sua mãe, esticando sua mão na direção de Ingrid.

— ela não precisa do casaco de um caçador de fantasma — responde irônico, revirando os olhos.

— Seja cavalheiro meu filho, faça a coisa certa, aliás eu não acho que ela esteja errada — Completa ela, logo após, se juntando aos seus amigos.

Com todos os adultos no caixa, as crianças brincando ao lado de seus pais, Arthur decide se aproximar de Ingrid, que estava sozinha mexendo em seu celular.

— oi — diz cabisbaixo, a fazendo levantar seu olhar.

— oi — responde desconfiada.

Ele então a oferece seu casaco, em silêncio, ela o olha surpresa e confusa e então o recusa com a cabeça. Sua mãe, Teresa, e seu pai, Eliot se aproximam percebendo que o garoto estava a fim de se redimir.

— O garoto está sendo educado, não ignore minha filha — diz Teresa sorrindo.

A menina, então, aceitou e vestiu o casaco, ainda desconfiada, mas se sentindo melhor ao ver que o clima ruim se foi,e ela não era a única. Sua professora, Valéria, que estava vendo a situação, estava sorrindo ao ver seus alunos se redimindo.

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