35 - After the rain

216 12 38
                                    

TO DE VOLTA! gostaror?
não dropei a fic! só sou vestibulanda :( prometo voltar aqui sempre que der! esse capítulo deveria ser maior, mas ia demorar muito mais pra escrever, então resolvi dividir em dois pra não deixar vocês na mão por taanto tempo!!! ♡ divirtam-se :))
- cella

•••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••••

O gosto dela, Ruel pensou. Então este é o gosto dela. A forma com que o beijava, com paixão e devoção, como se estivesse expelindo todo o amor e vontade que fora presa por anos. Ruel finalmente sentia o gosto de seus lábios e o cheiro de seu cabelo quando perdeu o controle e a beijou no maxilar, e então no pescoço, sentindo o gosto de cada pedaço de sua pele. Ele a queria. Ele precisava dela. Precisava de Clarissa. E ela estava deixando. Permitindo que ele continuasse. Ela o queria mais do que ele poderia imaginar, seu corpo queimava por ele, exigindo-o para si. Pedindo mais, mais até do que ela poderia compreender. As mãos dele estavam presas uma em sua cintura e outra em sua nuca, controlando o movimento de seu corpo para que ela não pudesse se mover e correr o risco de perderem o contato frenético que estavam tendo.

— Clary... — Ruel sussurrou contra sua pele.

Eu a beijei. Eu a beijei. Eu a beijei. Eu a beijei. Eu a beijei. Eu a beijei. Eu a beijei.

Eram todas as palavras que a cabeça de Ruel conseguia montar e juntar naquele instante em que se encontrava jogado em cima da — antiga — cama de seus pais no castelo de Norfolk, encarando o teto, apenas dois dias após beijar Clarissa em um dos terraços.

E eu a deixei.

No instante seguinte em que percebeu o que estavam fazendo naquela noite, mesmo com todo seu cérebro derretido junto aos seus sentidos, Ruel conseguiu juntar toda força que restava em seu corpo para se afastar e dizer:

— Não posso fazer isso.

Foram suas únicas palavras antes de dar um passo para trás e sair rapidamente daquela varanda — ameaçando qualquer empregado que tivesse visto a cena.

Ele havia beijado Clarissa.

Exatamente onze anos, três semanas e vinte e dois dias depois de ter partido para Amsterdã.

Não só beijado. Ele tinha ido além. Tinha a desonrado e ainda fugiu. O que só fazia dele um covarde, pois o mínimo que deveria fazer depois do que fez era se casar com ela.

E quando ele achava que a situação não poderia piorar, lembrara que havia dito que a amava.

Não exatamente com todas as palavras, mas ela teria que ser uma completa tola para não ter compreendido.

"Meu coração ferve por você", ele dissera no instante antes de beijá-la. Em seus lábios. E em sua pele. E em seu pescoço. Céus! Onde estava com a cabeça? Nem sabia se realmente queria fazer aquilo, suas obrigações não permitiam.

Certamente não conseguia viver longe de sua presença, nem do furacão que era sua personalidade, mas isso não queria dizer que a desejava desesperadamente, certo? Poderiam ser apenas amigos. Deveriam ser apenas amigos.

Por Joshua.

Exatamente uma semana antes, Ruel tinha dado ao amigo toda a liberdade do mundo para que ele pudesse seguir em frente com Clarissa. Naquele momento, abriu mão de qualquer chance de futuro que poderiam ter juntos. Não seria ele o tolo à traí-lo. Não perderia Joshua novamente para uma situação em que ambos já estavam exaustos.

Through the time • RuelOnde as histórias ganham vida. Descobre agora