Primeiro mês

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                  Pv Lorenzo Jauregui



    Ser pai. Se procurar no Google, vamos achar a seguinte explicação. Substantivo masculino. 1: homem que gerou um ou mais filhos; genitor, progenitor. 2: homem em relação aos seus filhos, naturais ou adotivos.

    Mas não era só isso, ser pai não era apenas gerar ou criar uma criança. É também ama-lo com uma intensidade incrível, inexplicável.

    Olhar aquela criaturinha tão pequena e frágil e ver o mundo em seus olhos, era incrível. Nicolas era minha continuação, um pedaço de mim e do amor da minha vida, era a extensão do nosso amor.

    Mesmo me fazendo perder algumas noites de sono, eu não conseguia tirar meu sorriso do meu rosto ao vê-lo.

    Meu filho até que era um bebê tranquilo, ele só acordava uma vez durante a madrugada. Pra facilitar nossa vida resolvi colocar um pequeno berço provisório em nosso quarto pra não ter que demorar muito para buscá-lo. As primeiras noites Camila tentava se levantar sem me acordar, quando ele chorava, mas eu acordava, e não deixava ela ir, eu ia buscar nosso pequeno. Conferia se ele estava sujo ou com fome. Se fosse apenas a fralda eu trocava e depois o levava para Camz o alimentar.

    Eu acabava dormindo vendo minha latina dar de mamar para nosso filho, era uma cena tão linda. Eu peguei licença da empresa e da escola para ficar com eles.

    Camila brigou comigo quando disse que não ia para escola por um tempo. Disse que não precisava, que eu ia perder aula, que ia ficar atrasado. Minha mãe e a dela conversarem com ela, dizendo que isso era importante pra mim também. Minha esposa então aceitou, um pouco relutante mais aceitou.

    Minha esposa, isso mesmo, Camila agora era minha esposa, nós nos casamos. No cartório apenas, mas nos casamos.

    Quando fui registrar Nicolas, meu pai me aconselhou a registrar nossa união também pra ficar mais fácil no registro do meu filho. Não fizemos nenhuma festa só um almoço em família e amigos. Ally e Troy foram meus padrinhos e Ariane e Harry os de Camila. Não teve briga nem nada, porque eles entenderam que quando nos fôssemos nos casar no religioso todos com seus devidos pares seriam nossos padrinhos e madrinhas.

    Nossa lua de mel foi uma maravilha, passei a noite trocando fralda. Camila estava de resguardo, não fizemos nada, só trocamos alguns beijos e carinhos.

    Foi uma felicidade a mais poder, agora, chamar a mulher da minha vida de minha esposa. Agora ela tinha também meu sobrenome. Karla Camila Cabello Jauregui Estrabao. Ficou enorme, mas ela não quis tirar nenhum dos nomes e quis acrescentar o meu. Eu adorei isso.

Lorenzo: Prontinho filho – falei tirando a fralda dele que sorriu ao se sentir livre.

Camila: Amor, agora você da um banho nele pra mim – Camz pediu saindo do closet – Eu vou fazer nosso almoço.

Lorenzo: Depois você pega ele pra mim tomar um banho – Nicolas mexia as perninhas e mordendo suas mãozinhas, ele era tão fofo.

Camila: Toma banho com ele amor, é mais rápido – veio até a cama onde eu trocava o pequeno – Papai vai te dar um banhinho amorzinho e depois mamãe vem buscar você – fez um carinho na barriga dele que se mexeu todo animado – Assanhado.

    Era tão fofo ver os dois juntos, a felicidade nos olhos deles, era tão bom ver isso, e eu tinha certeza que eu tinha aquele mesmo brilho nos meus olhos.

    Camila me deu um selinho e saiu do quarto. Peguei Nicolas em meu colo com cuidado e fui com ele até o banheiro. Optei por tomar banho de ducha, seria mais fácil. Eu já estava sem camiseta só de cueca box. Então só ajustei a temperatura para não queimar meu bebê. Quando achei que estava bom entrei com ele. Meu pequeno estremeceu um pouco ao sentir a água cair em suas costas, mas não chorou, sinal que estava tudo certo.

Lorenzo: É isso aí carinha, vamos tomar um banho caprichado para agradar a mamãe – peguei o sabonete líquido dele que estava ali – Agora ferrou em – eu ri, seria um pouco difícil com uma mão só, mas eu ia dar um jeito. Nico ficava quietinho com a cabecinha no meu ombro. Então eu o virei em meu braço deixando ele deitado. Com uma mão livre consegui despejar uma boa quantidade e esfreguei a parte da frente, sua barriga, seus bracinhos, suas perninhas – Agora o piu piu né filho – eu ri pra ele que me olhou – Tem que levar direitinho pra não assar – com extremo cuidado o virei de costas pra lavar seu cabelo, costas e seu bumbum – Que bunda branca filho.

Camila: Branca igual a sua – minha mulher falou me assustando um pouco, não tinha visto ela escorada no box nos observando – Que foi tô falando a verdade – falou quando olhei pra ela indignado.

Lorenzo: Tá vendo filho, é assim que sua mãe me trata – terminei de lavar meu pequeno – Pronto carinha.

    Camila pegou Nicolas o enrolando na toalha azul e saiu do banheiro. Tirei minha cueca molhada para tomar meu banho.

    Mudei a temperatura da água, eu adorava meus banhos gelados. Sempre que tomava banho com Camila ou Nicolas, eu sofria, tinha que ser quente ou morna.

    Lembrando dos meus banhos com minha latina, dos nossos momentos juntos, no chuveiro, na banheira, na nossa cama, foi impossível não ficar duro com as lembranças do corpo maravilhoso dela. Caramba, eu não ia me masturbar, eu não queria, mas meu pau estava muito duro, dolorido, tinha que aliviar um pouco.

   Apertei a glande bombando algumas vezes, sentindo minhas bolas apertarem.

Camila: Lolo, a Dinah está aqui... – ela entrou no banheiro de uma vez e parou no lugar encarando meu membro duro em minha mão – Lo...

Lorenzo: Camz, eu... já estou saindo – fiquei um pouco sem graça.

Camila: Tá... eu vou lá – ela não desviava os olhos do meu pau, mordeu seu lábio inferior e olhou pra mim.

    Merda, meu pau até deu uma fisgada com aquilo, a forma que ela me olhava, seus olhos cheios de desejo assim como os meus. Eu sentia falta de sentir ela, dos nossos momentos íntimos. Ela estava de resguardo ainda, eu teria que espera mais algum tempo.

Camila: Bom, eu vou indo – virou as costas e saiu rebolando.

    Olhar para aquela bunda era uma tortura a parte. Sem muita opção, terminei o que estava fazendo, porque eu não podia descer de pau duro ainda mais que Dinah Jane estava me esperando. Eu ia ficar ouvindo piadinhas terríveis dela.

    Terminei meu banho e digamos assim minha distração. Me troquei no closet. Eu costumava ficar sem camisa dentro de casa, mas tínhamos visita e por mais que fosse minha amiga, Camila não gostava muito disso.

    Estava quase saindo do quarto e quase pisei no Thunder, que estava me esperando na porta abanando o rabinho com aquela carinha de safado dele.

Lorenzo: Oi Thunder, que foi filhote? – peguei ele no colo – Vamos lá ver a Dinah, mas é melhor você correr dela, se não ela vai te esmagar.

    Na sala minha mulher estava sentada ao lado de Dinah, essa que tinha meu filho em seus braços. O mesmo encarava a maior como se entendesse o que ela estava falando.
Dinah: Seus pais são uns coelhos Nick, não vai demorar eles te darem um irmãozinho, vai por mim pequeno.

Camila: Não fala besteira Dinah – ela fechou a cara para a amiga – Vai demorar muito pro Nico ter um irmão.

Dinah: Só que não né, porque vocês dois... aposto que estavam praticando lá em cima já.

Camila: Cala boca Dinah, eu estou de resguardo ainda sua tonta.

Dinah: E aí branquelo – ela gritou assustando meu filho que fez um biquinho e começou a chorar – Não, bebê, chora não, desculpa sua dinda doida.

Camila: Meu Deus Dinah – ela se levantou pegando Nicolas que agora berrava em seu colo por causa do susto.

Lorenzo: Parabéns Girafa – soltei o Thunder no chão que estava inquieto no meu colo, era sempre assim, quando Nicolas chorava, ele ficava assim.

Dinah: Ele tem que se acostumar com a madrinha maluca dele – ela disse se levantando também – Vem cá bebê – pegou ele de volta do colo de Camila – Desculpa a dinda, tá amor.

Lorenzo: Cuidado com meu filho Dinah – me sentei ao lado de Camila no sofá, puxando ela pra se sentar em meu colo – Como estão as coisas lá na escola?
Dinah: Um saco como sempre, o Brad andou se crescendo pro nosso lado, mas colocamos ele pra correr.

Lorenzo: O que aquele idiota fez? – fiquei incomodado em saber disso, aquele Zé Ruela se mantendo com meus amigos, ele ia ver quando eu voltasse.

Dinah: Só ficou implicando, o de sempre mesmo.

    Conversamos mais um pouco sobre os assuntos da escola, sobre nossos amigos. Fiquei triste em saber que Selena e Demi estavam dando um tempo. A família da Sel não estava aceitando muito bem o relacionamento das duas. A família Gomes era um pouco preconceituosa. Não íamos a casa deles para evitar os olhares e comentários desnecessários. Agora estavam proibindo Selena de sair de casa. Ariana e Ally eram as únicas que estavam indo até a casa dela, porque segundo eles, as duas eram as únicas normais.

Lorenzo: Eu sempre achei a Sr. Gomes muito antipática, nunca gostei muito dela.

Dinah: Principalmente quando ela cismou que você seria um bom partido pra Sel.

Lorenzo: Nem me lembre disso, a Demi ficou quase um mês sem conversa comigo – Camila ficou um pouco incomodando com isso, deu pra perceber porque ela ficou um pouco tensa.

Camila: Eu não sabia disso – falou ainda estranha.

Dinah: Nem começa Chancho, o Enzo nem deu bola para o que a mãe dela falou, e você sabe muito bem que a Selena gosta de colar velcro.

    Ela relaxou no meu colo sentando exatamente em cima do meu pau. Aí merda desse jeito ela ia acordar o Jauregui Júnior. Segurei firme em sua cintura para ela parar quieta. E funcionou, ela parou de se mexer.

Dinah: Enzo, você podia ir comigo até a casa da Demi – minha amiga falou seria – Ela não tem saído com a gente e a irmã dela disse que ela quase não sai do quarto. Você sabe quando ela está assim só escuta você...

Camila: Pode ir amor, nós vamos ficar bem, minha mãe está vindo pra cá com Sofi – ela garantiu depois que eu hesitei um pouco.

Dinah: E as meninas estão vindo pra cá também, conseguiram convencer a dona encrenca a liberar a Sel pra ver a Mila e o bebê.

Lorenzo: Tudo bem, só vou colocar esse pequeno na cama e já volto – peguei Nicolas que dormia tranquilo no colo da mãe.

    Subi as escadas com Nicolas em meu colo. Ele dormia tão sereno nos meus braços, se eu pudesse ficaria com ele pra sempre. Mas minha amiga precisava de mim. Deitei ele com cuidado no bercinho, me certifiquei que estava tudo certo, com as almofadas e tudo mais. Liguei a babá eletrônica deixando bem próxima ao seu berço, pegando a outra levando comigo de volta para sala.

    Dinah estava assaltando a geladeira enquanto Camila terminava o almoço que ela havia começado a fazer antes da girafa loira chegar. Ângela estava de folga. Como o almoço estava quase pronto resolvemos esperar mais um pouco. Minha mulher cozinhava bem demais.

Lorenzo: Eu volto logo tá amor – me despedi dela enquanto ela guardava a louça que eu havia lavado após o almoço.

Camila: Pode ir tranquilo amor, vamos ficar bem – se virou de frente pra mim – Nossa amiga está precisando de você agora, vai lá – me deu um selinho demorado.

    Dinah estava com seu carro parado em frente nossa casa então fomos nele. Ao chegar na casa dos Lovato, a irmã de Demi nos disse que ela tinha saído sem dizer pra onde tinha ido. Eu tinha uma suspeita onde ela poderia estar. Dinah também pensou a mesma coisa que eu, nem precisei falar nada, ela já ligou o carro e nos levou.

    A loira parou o carro em frente ao prédio abandonado cercado por um muro alto e um portão azul. Era um prédio antigo onde funcionava uma creche, mas por falta de verba foi fechada. Um dia andando de skate Demi, Dinah e eu descobrimos esse lugar. Transformamos ele em uma espécie de QG. Fizemos alguns desenhos, arrumamos algumas coisas ali para ficar mais confortável para nós. Com o passar do tempo paramos de ir ali.

Dinah: Demi – ela chamou assim que entramos, ela estava sentada em um dos sofás que nos fizemos de pneus velhos.

Demi: Vocês se lembraram daqui – ela riu.

Lorenzo: Nosso QG – me sentei do lado dela – Tá precisando conversar? Nós estamos aqui tá.

Demi: Se lembra como foi difícil pra mim quando minha mãe descobriu que eu era lésbica? – ela me olhou e pude ver seus olhos cheios de lágrimas – Minha mãe ficou durante um mês inteiro sem falar comigo. Aquilo me matou por dentro, minha própria mãe que me carregou durante 9 meses em sua barriga, que segurou minha mão quando dei o meu primeiro passo, no meu primeiro dia de aula, estava comigo em tudo – ela parou um pouco fungando – Olhar nos olhos dela vendo todo aquele desprezo, foi terrível, a pior coisa do mundo.

Dinah: É difícil mesmo Demi, meus pais sempre desconfiaram, sempre foram muito abertos comigo, não tive problemas com isso, mas você se lembra como foi com a Mani.

Demi: É por isso que eu não quero que a Selena passe por tudo isso.

Lorenzo: Ela ama você Demi, vocês duas podem passar por isso juntas, ela precisa de você, e você dela. Tem que ser forte por ela e por você.

Demi: Eu não quero que ela passe por tudo o que eu passei, não quero isso pra ela – fungou secando as lágrimas que caiam dos seus olhos – E além do mais ela não quer continuar, não quer decepcionar a mãe.

Lorenzo: Eu não estou muito presente ultimamente, mas sei que você tem que conversar com ela primeiro, é uma decisão das duas, sentem, conversem e se resolvam, não se afaste dela sem ao menos tentar.

    Demi desabafou, chorou e se acalmou. Resolveu ligar pra Selena para conversarem. Ela aceitou e iria ir até lá. Já que íamos ficar sobrando, Dinah e eu fomos embora.

    Tinha uma mensagem de Camila no meu celular avisando que estava no parque com as meninas, sua mãe e Sofia. Então a Girafa loira e eu fomos para lá encontrar com elas.

Perfect ChangeWhere stories live. Discover now