Resfriado

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                 Pv Camila Cabello


    Que merda eu tinha feito, meu Deus. Eu estava com raiva por ele não ter parado quando eu pedi, não estava mais no clima. Perdi a vontade assim que gozei, foi egoísmo da minha parte, ele não queria no começo por estar cansado, mas insisti, então ele me deu o melhor orgasmo. Percebi que ele não tinha me ouvido, tinha falado baixo também. Ele era mais forte que eu, não pensei direito a única maneira de fazer ele sair era chutando ele.

    O pior era do que eu havia o chamado, eu tinha consciência que ele jamais faria nada contra minha vontade.

    Me encolhi em nossa cama chorando, pensando em onde ele poderia estar , já que tinha falado pra ele ir dormir o mais longe possível de mim.

    Precisava me desculpar, não ia conseguir dormir sem ele. Completando meus pensamentos, Nicolas não parava de se mexer, me causando um desconforto enorme, entendia ele, sentia falta do pai também, o mesmo havia prometido cantar pra ele antes de dormir como ele fazia toda noite.
Camila: Eu vou atrás do seu papai, filho – acariciei minha barriga me levantando – Tomara que ele me perdoei.

    Calcei minhas sandálias e segui até a porta do quarto. Assim que abri, vi uma cena que apertou meu coração. Lorenzo estava deitado no chão do lado de fora, tremendo de frio. Notei que ele resmungava alguma coisa baixinho. Me agachei em seu lado tocando seu braço percebendo que ele estava muito quente.

Camila: Lolo, amor – eu o balancei fazendo ele virar de frente pra mim. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, indicando que ele esteve chorando, me fez ficar pior ainda.

Lorenzo: Desculpa Camz, eu sou um monstro – sua voz quase não saia de tão rouca – Eu não ia...

Camila: Eu seu Cariño, você não é um monstro – eu acariciei seu rosto – Vem Cariño, vamos sair desse chão frio, dormi na cama. Você está com febre, preciso cuidar de você.

Lorenzo: Não Camz, eu mereço ficar aqui pelo que eu fiz.

Camila: Você não fez nada meu amor, eu que fiz, te machuquei, te falei coisas horríveis – eu não aguentei, as lágrimas saiam sem parar.

Lorenzo: Olha só, eu só faço você chorar, sou um merda mesmo – ele chorava também – Desculpa Camz, desculpa não ser o suficiente.

Camila: Não Lolo, você é mais que suficiente, é mais do que eu mereço – eu o puxei para meu colo, já que estava ajoelhada no chão ao lado dele.

    Lorenzo estava muito quente e suado, seu corpo tremia um pouco. Aquilo com certeza era sinal que ele havia pegado um resfriado. Consegui com muito custo, fazer ele se levantar e entrar no quarto. Ele não queria se sentar na nossa cama. Chorava e dizia que não merecia ficar ali pelo que tinha feito. Cada lágrima eu me sentia ainda mais culpada.

Camila: Você prometeu para o Nico que ia cantar pra ele – falei tentando convencer ele é finalmente consegui.

    Ele se sentou na beirada da cama, me aproximei mexendo em seus cabelos. Não conseguia manter seus olhos abertos.

Camila: Amor você está ardendo em febre – toquei sua testa que estava pelando – Você precisa de um banho para abaixar essa febre – puxei seu rosto pra cima para ele me olhar – Lolo, amor, olha pra mim.

Lorenzo: Não amor, eu não quero – falou e eu mal ouvi sua voz.

Camila: Anda Lorenzo, vamos, eu vou te ajudar, vem – me afastei pegando sua mão o puxando em direção ao banheiro – Por favor Lorenzo, me ajuda.

Lorenzo: Eu não quero Camz, quero dormir um pouquinho.

Camila: Você pode dormir depois amor, mas antes vamos tomar um banho pra abaixar essa febre.

    Meu amor ficava ainda mais manhosos quando estava doente. Parecia um bebê, o meu bebezão. Ele concordou em ir tomar banho ainda com um bico fofo nos lábios. Eu o ajudei a tirar a roupa ainda sobre protestos. Assim que ajudei tirar sua cueca, depois de insistir muito, notei que seu membro estava muito vermelho. Resultado da joelhada que tinha dado. As lágrimas desciam frenéticas do meu rosto, eu não as conseguia conter.

Camila: Tá doendo muito? – perguntei ainda de cabeça baixa.

Lorenzo: Eu mereci – ele cobriu com suas mãos o seu membro.
Camila: Não mereceu não Lolo, por favor, para de falar assim, eu só falei aquilo... não sei porque caralho eu fale aquilo, não sei porque fiz aquilo com você – segurei em seu rosto em minhas mãos fazendo ele me olhar nos olhos – Para com isso tá.

Lorenzo: Tá – ele sorriu fechando os olhos aproveitando o carinho que eu fazia.

    Liguei a ducha no frio, a água estava muito gelada. Ele não queria entrar, o enganei falando que estava morna e ele acreditou.

Lorenzo: Camz, você mentiu pra mim, tá gelada, amor – ele deu alguns pulinhos quando a água bateu em suas costas – Eu não quero mais, quero sair Camz.

Camila: Me perdoa Cariño, mas é preciso, só assim pra febre abaixar – fiquei com muita dó, ele tremia de bater o queixo.

    Deixei ele por mais algum tempo, quando vi que já estava bom, peguei sua toalha e ajudei ele sair do banho. Depois de se enxugar ele foi até o closet saindo de lá vestido com uma blusa e uma calça de moletom. Roupas completamente opostas que ele costumava dormir.

Camila: Tira essa blusa Lorenzo – ele não podia dormir com aquelas roupas quentes.

Lorenzo: Camz, por favor, eu tô com frio – reclamou quando tirei sua blusa.

    Estava muito preocupada, ia esperar um pouco mais, se não passasse eu teria que levá-lo no médico.

Camila: Lolo não pode, tem que ficar assim – puxei ele para se deitar em meu peito, que aconcheguei em mim enterrando seu rosto em meu pescoço – Vamos dormir um pouquinho meu bebezão – beijei seus cabelos fazendo carinho.

                             (...)

Camila: Sim, mama, eu já dei um banho frio nele, a febre passou, mas agora de manhã voltou mais forte – a noite tinha sido tranquilo, Lorenzo dormiu depois que a febre baixou, só que assim que eu acordei de manhã notei que ele estava ainda mais quente, suava muito – Ele nem tá conseguindo ficar com os olhos abertos mama – eu já chorava desesperada sem saber o que fazer a primeira coisa que fiz foi ligar pra minha mãe.

Sinu: Calma hija, eu estou indo aí, vamos levá-lo para o médico.

Camila: Vem rápido mama, por favor – me sentia uma inútil por não saber o que fazer.

Sinu: Já estou indo filha, mas você tem que se acalmar, isso faz mal para o bebê – ela se despediu já desligando.

Camila: Eu sou uma inútil mesmo, nem cuidar de você eu sei – passei as mãos pelos cabelos molhados de suor – Eu vou ser uma péssima mãe, meu Deus.

Lorenzo: Camz... não... fala assim – sua voz quase não saia – Eu fui o culpado lembra, você avisou pra não jogar na chuva – ele deu um meio sorriso – Você vai ser a melhor mãe do mundo – pegou minha mão e a beijou – A febre vai abaixar daqui a pouco – seus olhos permaneceram fechados enquanto falava, seu rosto estava muito vermelho.

Camila: Minha mãe já está quase chegando, ela vai com a gente para o hospital – avisei a ele que me olhou com uma carinha espantada.

Lorenzo: Não, não, Camz, por favor, hospital não, eles vão me dar injeção, eu não quero – seus olhos se abriram cheios de lágrimas.

Camila: Mas temos que ir Lolo – me abaixei para ficar a sua altura dando um selinho nele.

    Minha mãe logo chegou, sobre vários protestos de Lorenzo nós fomos para o hospital.

    O médico disse que sua garganta estava inflamada. Passou então a temida injeção anti inflamatória, e uma outra pra baixar a febre.

Sofia: Não precisa ter medo Lolo, é só uma picadinha de agulha pequenininha – Sofia falava para ele enquanto o mesmo tinha um bico enorme no lábios – Eu vou segurar sua mão, tá bom.

    A pequena segurou a mão do maior enquanto ele tomava as injeções. Lorenzo tentou se fazer de forte, para não decepcionar Sofia.

Lorenzo: Obrigado pequena princesa – ele a pegou no colo enchendo seu rosto de beijinhos.

Camila: Ei, eu ganho uns beijinhos também não? – perguntei me aproximando deles.

Lorenzo: Ganha sim, vem cá – me deu um selinho demorado – Eu te amo, me desculpa o trabalho, prometo de dedinho não jogar mais futebol na chuva – falou ainda pouco.

Camila: Não é trabalho nenhum, eu também tive culpa, você sabe – falei fazendo um carinho em seu rosto.

    Minha mãe apareceu acompanhada pelo médico que logo deu alta para o Lo. Então voltamos para casa. Sofia quis ficar conosco. Mama não queria deixar, alegando que ela iria me atrapalha a cuidar do meu branquelo.

Lorenzo: Não vai atrapalhar não sogra – meu branquelo garantiu saindo com Sofia no colo – Eu vou adorar ficar com essa pequena aqui.

Sofia: Mama, eu vou ajudar a Kaki a cuidar do Lolo, eu prometo – ele fez um biquinho tão fofo que não teve jeito, minha mãe acabou cedendo.

    Minha princesinha realmente não deu trabalho nenhum, ficou o tempo todo do lado do Lolo, medindo a temperatura, dando água pra ele, me ajudando com os remédios que ele tinha que tomar.

Camila: Sofi – eu s chamei, estava na cozinha preparando um lanche. Ângela estava de folga, ela não trabalhava aos fins de semana. Lorenzo e eu ficávamos responsáveis pela cozinha.

Sofia: Oi Kaki – ela desceu as escadas devagar.

Camila: O Lolo dormiu, anjinho?

Sofia: Dormiu, ele tá quente de novo – ela respondeu sentando em umas das cadeiras perto de mim.

    Suspirei preocupada, o médico nos disse que a febre poderia voltar, era só esperar o remédio fazer efeito. Se estivesse muito alta poderia voltar ao hospital.

Sofia: Deixa eu ajudar Kaki – ela parou em minha frente – Você não pode ficar carregando peso, faz mal para o Nico.

Camila: Não tá pesado não amorzinho, eu consigo levar – acariciei seu rosto apertando seu nariz.

    Já estava quase subindo as escadas quando ouvi o interfone tocar. Eu já imaginava quem poderia ser. Mais cedo, assim que chegamos do hospital, liguei para minha sogra  contando que Lorenzo passou mal. Ela ficou preocupada disse que assim que chegasse da empresa passaria em nossa casa pra ver como o filho estava.

    Deixei a bandeja em cima da mesinha da sala e fui abrir o portão. Não era só Clara que estava ali, Mike e os gêmeos também vieram.

    Minha irmã ficou feliz com a presença dos meus cunhados, juntos eles pareciam ter a mesma idade.

    Eu tinha feito um lance só pra nós três, então Clara me ajudou a fazer mais alguns. Lorenzo ficou ainda mais manhoso com a presença de sua mãe.

    Eles ficaram até a hora do almoço, que fiz com a ajuda da minha sogra. Meus pais também almoçaram conosco, eles tinha vindo buscar Sofi e resolveram ficar. Então mesmo sem programar tivemos um almoço em família. Só faltava meu irmão, ele já estava em Londres, tinha assumido a presidência da filial de lá. Isso mesmo, a empresa já estava crescendo, a sociedade dos nossos pais estavam progredindo. Lembrar do meu irmão me deu um pequeno aperto no peito, sentia falta dele.

Mike: Shawn já está produzindo bem lá na filial – meu sogro comentou com meu pai.

Alejandro: Meu filho é muito inteligente e perseverante, eu sempre acreditei em seu potencial – papa falava orgulhoso – Lorenzo está aprendendo bem Mike, daqui a um tempo já pode assumir uma das filiais também.

Mike: Concordo Alejandro, se ele resolver seguir nossos passos, será promissor também.

Lorenzo: É o que pretendo pai – sua voz saiu muito rouca.

    Eles continuaram falando sobre coisas do trabalho. Lorenzo se sentiu mal de novo, então pedimos licença e voltamos para nosso quarto.

Clara: Mila – minha sogra apareceu na porta do quarto – Ele dormiu?

Camila: Dormiu sim – continuei fazendo carinho nos cabelos do meu branquelo.

Clara: Nós já estamos indo, qualquer coisa você pode me ligar que eu venho correndo.

Camila: Pode deixar, eu chamo sim – garanti sorrindo com preocupação dela.

    Todos foram embora, resolvi tirar um cochilo também depois de checar mais uma vez a temperatura de Lorenzo. Assim que me deitei, Nicolas resolveu começar uma série de chutes. Alguns estavam mais fortes que chegavam até doer.

    Rolei um pouco pela cama, afim de achar uma posição confortável, mas meu filhote não estava colaborando. Lorenzo acordou com minha movimentação, ficou preocupado, só que assim que colocou as mãos em minha barriga e cantou para Nicolas se acalmar. Era incrível como os dois eram ligados.

                          (...)

    Já tínhamos jantando, eu estava terminando meu banho. Sai do banheiro enrolada em minha toalha. Lorenzo estava saindo do closet, me olhou de cima a baixo engolindo a seco. Resolvi provocar um pouquinho, tirei a toalha lentamente caminhado nua até ele.

    Eu estava com vontade de tê-lo pra mim, vontade era tanta que estava escorrendo em minhas coxas. Eu precisava dele. Estava quase chegando perto dele, quando ele saiu praticamente correndo para o banheiro se trancando por lá. Demorou mais do que o normal. Mas mesmo assim o esperei cheia de amor pra dar. Ele não estava no clima, alegou ainda estar indisposto. Me restou apenas dormir.

                   (...)

    Uma semana já havia se passado, o resfriado havia durado apenas dois dias. Graças a Deus. Só que a uma semana Lorenzo estava me evitando, não estava distante ao contrário, me tratando com carinho, atenção, mas quando eu me aproximava dele com o intuito de tê-lo sexualmente, ele fugia de mim. Eu estava me sentindo rejeitada e frustrada.

    Estava em frente ao espelho apenas de calcinha e sutiã. Eu estava enorme, minha barriga tinha algumas estrias, os cremes não estavam adiantando.

    Talvez fosse por isso que Lorenzo não me queria. Ele não me desejava mais, o que era aceitável, como ele iria me querer com aquele corpo.

    Quando começamos a morar juntos, costumávamos a fazer sexo todos os dias, é agora fazia uma semana que ele mal me tocava.

    Eu não consegui evitar as lágrimas que desciam pelo meus olhos frenéticas. Eu não queria pensar assim, não queria ser tão insegura, mas não conseguia evitar.

Lorenzo: O que foi Camz? O que está acontecendo? – me abraçou por trás beijando meu pescoço – Porque você está chorando baby?

Camila: Olha pra mim Lorenzo, olha como eu tô gorda. Eu tô virando uma bola, é tem algumas estrias na minha barriga. O creme não tá adiantando de nada, eu não quero ficar feia – era normal eu ganhar peso, e aparecer algumas manchas, mas eu estava muito sensível.

Lorenzo: Camz, abre os olhos – ele pediu, eu resisti um pouco até fazer o que ele me pediu, vi seus olhos encarando os meus através do espelho – Você é linda, de onde tirou isso de estar ficando feia?

Camila: Eu vi no espelho – falei manhosa e chorosa, ele me puxou para ficar de frente pra ele, beijando meu rosto molhado, limpando onde as lágrimas haviam passado. Peguei sua mão beijando a palma.

Lorenzo: Você é linda, a mulher mais linda que eu já conheci – ele sorriu pra mim.

Camila: Mais que as meninas da escola?

Lorenzo: Nenhuma delas chegaram aos seus pés, amor.

Camila: Você está falando isso só pra me agradar.

Perfect ChangeWhere stories live. Discover now