CAPÍTULO 67

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Tenha cuidado ao fazer desejos no escuro, escuro
Não se pode ter certeza quando eles atingiram sua meta
Minhas canções sabem o que você fez no escuro
Então ilumine-as
(my songs know what you did in the dark)

AZRIEL
🦇

— Onde ela está? — eu rosno contra o rosto surpreso de Rhysand depois que eu invadi a sua cabana. Mal tendo tempo de defender quando eu desferi um soco contra a garganta exposta de Cassian quando ele tentou segurar meu avanço, ou até mesmo quando eu desviei da tentativa de ataque de Amren.

Os olhos violetas a minha frente escureceram a medida que as sombras se soltaram ao meu redor. Ela não estava aqui.

— Solte, agora. — Rhysand sibila, e eu consigo sentir as garras de poder violento e brutal contra as paredes do muro ao redor da minha mente. Era uma ameaça, embora eu tivesse dúvidas que o aperto se concretizasse, de toda forma a escuridão nós olhos dele me fizeram duvidar por um momento se ele não iria tão longe.

— Az... Irmão, solte-o e fale que porra está acontecendo. — o grunhido irritado de Cassian soou por trás do muro denso de sombras e escuridão que se desprenderam de mim e Rhysand. Distante, mas ainda audível. Forcei relutante as sombras recuarem de volta, a retirar meu cotovelo da base do queixo de Rhys.

Inferno, Callyen!

— Ela não está aqui, ela não... Porra. — as palavras se acumulam enquanto eu levo as mãos ao cabelo, puxando frustrado.

Como inferno ela havia partido?!

Porquê?!

Nenhuma resposta além da minha maldita incapacidade em mantê-la segura veio até mim. Pela terceira, ou talvez milésima, vez aquela manhã eu grito através da ponte de azul cristalino, e mais uma vez o silêncio que me recebe me deixa com raiva.

— Explique. — ouço o comando baixo de Rhys, e eu travo minha mandíbula para isso.

— Callyen não está no acampamento, Rhysand... — as palavras saem como se eu estive cuspindo malditos cacos de vidro. - Ela não estava na barraca quando acordei, e a Reveladora estava lá.. — eu digo e então observo o rosto do macho franzir quando eu cito a adaga.

— Como a Reveladora estar com você explica o desaparecimento de Callyen? — é a voz de Feyre quem questiona.

— Eu... — engulo as palavras rapidamente. Entretanto, compreensão atinge o azul do olhar da fêmea quando eu não disse.

Do outro lado, eu observo a troca de olhares entre Cassian e Rhys, quando o bastardo puxa o ar entre dentes, as narinas inflando quando ele volta o olhar analítico demais para frente, a forma como Rhysand troca olhares com a parceira e a forma que ela conserta a postura para totalmente reta me disse que havia, de fato, algo malditamente errado. Se o desaparecimento repentino da porra da minha parceira não fosse indícios o suficiente.

— Cassian, mande que os soldados procurem-na através de todo o acampamento. — ouço Rhys ordenar, e Cassian assentir quando ele sai da cabana. Ele procuraria, mas eu sabia que ela não estava aqui.

Inferno, Callyen, porque você desapareceu assim?

— É inútil. — eu digo entre os dentes, tomando a atenção dos outros para mim novamente.

Eu sabia que ela não estava ali antes mesmo entrar naquela maldita barraca para confronta-los. Não que eu estivesse certo de que qualquer um deles teria algo com com ela ter simplesmente evaporado do interior da nossa cabana, mas dado aos planos estratégicos antes abordados, e a inclinação de Rhysand ao autosacrificio, por um momento eu cheguei a imaginar se ele não a teria apoiado a ir e fazer o que tinha de ser feito. Eu não pensei no entanto que eu estaria de fato com a porra da adaga contra a garganta do meu irmão apenas por uma maldita especulação.

Príncipe das Sombrasحيث تعيش القصص. اكتشف الآن