ADENDO DO LIVRO

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Sim, eu prefiro ser um apaixonado do que um lutador
Porque toda a minha vida eu tenho lutado
Nunca senti uma sensação de conforto
Todo esse tempo estive escondido
E nunca tive alguém para chamar de meu, oh não
Estou tão acostumado a partilhar
O amor só me deixou sozinho
Mas estou em silêncio
(Silence - marshmallo feat. Kallid)

Ouçam essa música porque ela literalmente, é a música do Eris

ERIS
🍁

Eris sabia que ela estava falando a verdade. Mas ainda assim, todos ali sabiam que assinar um tratado de guerra não era uma questão simples de querer impedir que um mal maior sobrepujasse qualquer um deles tão facilmente. Ele era novo particularmente novo em seu papel como Grão Senhor, mais novo em sua patente que o próprio Tarquin, ainda assim, ele vira e vivera mais coisas e séculos que a maioria dos outros aqui presentes e não seria tratado com a mesma inexperiência que o senhor da Estival. Eris, estivera a frente de sua Corte muito antes de se tornar de fato seu Senhor.

Ele observou Callyen falar novamente, atentamente demais por um momento após observar a forma como Morrigan se encolhia cada vez que via Azriel tocar a outra fêmea de forma íntima. Era algo que ele jamais entenderia, a hipocrisia das reações nada veladas de Morrigan em relação ao macho que, ela nunca se quer quisera. Ele sabia disso. E qualquer um que pudesse olhar um pouco mais atentamente também saberia que ela jamais nutriria os mesmo sentimentos que o mestre espião da Noturna tivera por ela. E ainda assim, aqui estava a fêmea, com a chama de ciúmes pela falta de atenção que tivera anteriormente. Não, Eris não entenderia. Porque ele nunca sentiu de fato a necessidade de fingir sentimentos por alguém, ele não renegou Morrigan quando descobrirá o que ela havia feito. Que ela havia desonrado seu corpo apenas para não se juntar em matrimônio com ele por um acordo fadado ao fracasso desde o acordo de seu pai com Keir séculos antes. E mesmo que Morrigan o odiasse, ele não tivera de fato, envolvimento com a punição que ela receberá. Aquilo, fora obra de seu pai. E mesmo que ele tenha ajudado Morrigan a escapar, a salvar sua vida da fúria assassina de Beron, ele havia sussurrado para que ela esquecesse. E desde então conviveram com seu ódio, e para ele, estava bom dessa maneira.

Algo naquela fêmea... Havia algo sobre ela que o fez observa-la mais profunda e atentamente. Desde o momento em que a fêmea a mencionou, Eris se questionou como ela poderia ter visto. Havia algo que queimava em seu interior por trás das muralhas de Poder brutal que emanava através de sua pele e do negro animalesco em seus olhos. A violência de suas palavras o lembrou dela. Ela também poderia avançar em qualquer um desses machos apenas por estarem debatendo demais sobre um assunto que, talvez, não merecesse tanto debate, uma vez que todos sabiam sobre o resultado e que de fato, se Hybern havia um herdeiro, e Eris sabia que tinha, uma guerra era cedo ou tarde, inevitável.

Essa fêmea, Callyen, havia algo em seu poder que cheirava aos tempos dela, talvez tenha sido por isso que ela o tenha reconhecido inicialmente, ou reconhecido os resquícios de poder dela. Ou ao que ele poderia estar pesquisando em seus movimentos. O que era divertido e interessante para Eris.

Assim que Hellion encerou a reunião e a remarcou para o outro dia, todos sabiam que a resposta já havia sido tomada, e mesmo que Eris não estivesse disposto a perder mais guerreiros numa batalha que não era sua ele também não poderia arriscar os avanços de Hybern sobre seu território.

"Uma guerra pode-se ser evitada antes mesmo que seja iniciada. Se todos souberem como agir durante esse meio tempo"

Príncipe das SombrasWhere stories live. Discover now