Ruinas de Claudia.

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- oi pra você também Amélia- Scorpius debochava um pouco.

- Você tá bem ? Parece...estar estranho- ela disse vendo que ele estava realmente abatido.

- Ótimo, nada de anormal, enfim oque você quer ? - se apoiava na porta.

- Da uma olhada nisso - mostra o livro pro menino.

- não sabe voar ? - diz rindo e tossindo um pouco.

- Veja no que estão voando.

- Ta de brincadeira, isso vai ser muito bom - o menino se animava um pouco.

   "Uma das características mais exóticas de Koldovstoretz , é que eles tem uma espécie diferente de quadribol, ao invés de voar com vassouras, eles voam com árvores inteiras."

- entra aí - ele abria a porta do quarto.

- eu sou péssima voando normalmente, quem dirá numa árvore - ela dizia se sentando na ponta da cama.

- bom árvores não voam sozinhas, não que eu saiba. Provavelmente você vai ter que usar algum feitiço ou algo assim, só vai ter q ter equilíbrio e coordenação motora, se quiser posso te ajudar a treinar amanhã, já que o dia é livre.

- como está a cicatriz ?

- Está secando, está bem melhor - ele levantou a blusa mostrando o x em cima de seu peito, que agora tinha mais um risco ao meio, Amélia estava meio sem graça ele tinha um peitoral muito bonito

-É que eu me lembre era um X por que tem....

- acho que você está enganada - ele disse abaixando a blusa.

- talvez, bom obrigada pela ajuda e até amanhã - ela disse saindo - mas ele puxou seu braço e a colocou contra a parede, deixando seus rostos muito próximos, as respirações de ambos eram sentidas, ele chegou em seu ouvido e sussurrou.

- Cheiro de maresia, maçã verde, chá inglês, margarida e perfume amadeirado ? - colocava as tranças dela para trás da orelha.

- Se não sair de cima de mim cima de mim agora eu... - ela estava vidrada, não conseguia parar de olhar os lábios do menino.

- Vai fazer oque ?

- Te fazer ir pro chão se contorcendo de dor igual fiz com Marcos então faz esse favor e sai de cima de mim agora.

- Okay moça - ele saiu e ela foi andando pelo corredor - o nome do perfume que você sentiu é Gentleman Givenchy - gritou, ao se virar sentiu uma forte pontada no peito da cicatriz.

   Amélia foi até as ruínas de Claudia, era uma ruína enorme com duas estátuas em pé a frente, ficavam na queda  do rio Sul, dentro da mata de trás de CasteloBruxo, a lenda diz que o lugar foi um palácio feito por um dos bruxos fundadores de CB para sua amada, mas ela adoeceu e morreu antes do lugar ficar pronto, o bruxo então abandonou tudo deixando o lugar apenas em ruínas, já que seu amor nunca estaria nele.
     Amélia gostava de ir no lugar para desenhar, ela se sentia mais inspirada lá, as vezes via uns Centauros pelo lugar, eles se davam muito bem com todos de Castelobruxo e sempre ajudavam os alunos, a menina estava desenhando como de costume até que alguém a chamou.

  - Achei que só eu vinha aqui, nunca vi nenhum aluno daqui no lugar - ele se sentava ao lado dela

- É , eu gosto daqui.

- Claudia teria um palácio lindo - ele olhava em volta - Me chamo Pedro , Pedro Oliveira - Estendia a mão para a menina.

   Ele era um menino muito bonito, magro, tinha olhos castanhos e um cabelo castanho claro ondulado.

- Prazer Sou Amélia, Camacho - riu de leve.

- ah você tá no torneio, Onça né  ?

- Sim onça, e você tatu ? - disse apontando para o uniforme laranja chamativo do menino.

- Sim, Tatu - riu ao olhar o uniforme, o menino se mostrava bem calmo - gostei do desenho, é um belo rosto.

- ah obrigada, eu não sei quem é, as vezes só vem os rostos na mente e...

- eu sei como é, quer ver algo legal ? - ele pegou a varinha do bolso, seu cristal era roxo - "ad movere" - lançou para cima do caderno da menina, e o desenho começou a se mover e piscar.

- De onde tirou esse feitiço ? - ela estava impressionada.

- Minha irmã me ensinou ela é toda sabichona - ele observa Amélia minuciosamente- Você é tão estereótipo de onça- ele riu

-  Estereótipo ?

- Quieta, misteriosa, aparentemente durona - riu de leve.

- Acho que você também não pode falar muita coisa.

- Culpado - riu um pouco - como eu nunca te vi pela escola antes do torneio ?

- hmmm a escola tem mais de mil alunos e... misteriosos lembra- balançou o dedo.

- É verdade, faz sentido - riu um pouco bobo.

    O tempo começou a fechar e algumas trovoadas foram surgindo no céu, era certo de que uma tempestade estava por vir, ao que tudo indicava.

- Acho melhor irmos - disse vendo a chuva cair.

- concordo.

    Os dois foram correndo pela mata Pedro ainda escorregou no caminho oque gerou belas risadas, os dois chegaram no grande salão entre gargalhadas completamente encharcados.

- cara eu procurei você por toda parte, você perdeu a fazendo aula de Adivinhação, foi bizarro.

- Oi pra você também Caio.

   Caio era o melhor amigo de Pedro, ele fazia parte das Araras, era Chileno e filho de trouxas, eles se conheceram no dia em que entraram na escola e eram basicamente inseparáveis, o garoto como de característico de sua Família era completamente hiperativo, oque contrastava super com a personalidade do amigo que era quase 100% zen o tempo todo.

- Essa é Amélia Camacho - apresentava a menina - Amélia esse é Caio González.

- Camacho ? Você é parente de Emília Camacho ? - o garoto estava eufórico

- Sim é a minha avó - a menina se encontrava meio sem graça.

- Ah meu Deus você é a menina do torneio, eu já li todos os livros da sua avó, eu sou tipo muito fã sabe, e cara vocês tiveram que fugir de um Mapingari, se fosse comigo eu teria infartado e...

- Desculpa ele sempre é assim - disse tapando a boca do amigo - bom eu tô todo encharcado e você também, é vai a Japurá amanhã ?

- Sim, eu vou sim.

- Bom quem sabe a gente se esbarra.

- quem sabe- ela disse acenando, e pode ouvir ao fundo a conversa deles mesmo a distância.

- cara já falei que você tem que aprender a se controlar, inspira e respira lembra, me fez passar a maior vergonha.

Amélia ria, ela subia as escadas e viu uma movimentação estranha de Ashley, ela parecia estar se escondendo, a menina virou o corredor com pressa, aflita. Amélia seguiu a menina com cautela mas ao virar o corredor atrás dela, a menina já tinha desaparecido.

Castelo bruxo Where stories live. Discover now